Em tempos de preparação para o Enem e para os vestibulares, focar nos estudos e expandir as linhas de conhecimentos gerais é imprescindível para garantir uma boa nota. Afinal, os assuntos mais variados são abordados nesse tipo de exame.
Pensando nisso, neste conteúdo mostraremos o que é keynesianismo, quais são suas principais características e como ele funciona na prática. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!
Teoria ou Escola Keynesiana, como o keynesianismo também é conhecido, é uma linha de pensamento econômica e política que se opõe ao liberalismo. Nela, é dado ao Estado o poder de preponderância nos mais diversos assuntos pertinentes à organização de um país.
Essa metodologia teve grande importância na renovação da teoria sobre economia tradicional. O keynesianismo também é pautado pelo termo “macroeconomia” pelo fato de propor um regime de controle de inflação e pleno emprego, de modo que o desemprego seria completamente eliminado conforme o mercado ganhasse força, visto que no modelo capitalista todos os cidadãos poderiam ser empregados.
Outro ponto que keynesianismo defende é o preceito de que o Estado tem a responsabilidade de proporcionar benefícios sociais à classe trabalhadora, como salário mínimo, seguro-saúde, seguro-desemprego, alimentação, entre outros.
Dado o contexto, é correto afirmar que a ideologia prega que o Estado tem obrigações a cumprir com a sociedade, garantindo uma vida digna e de qualidade. Foi graças a essa metodologia que surgiu o conceito de bem-estar social.
O termo keynesianismo começou a ser utilizado em meados do século XX e se deve a John Maynard Keynes (1883-1946), um renomado economista britânico. Keynes começou a expôr a sua teoria político-econômica no livro “Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, publicado em 1936.
A teoria de Keynes surgiu em meio a um cenário complexo no qual o sistema liberal e capitalista apresentava as suas primeiras crises. No entanto, foi apenas depois do término da Primeira Guerra Mundial que o modelo econômico começou a ser utilizado em algumas nações que objetificavam melhorias pontuais na economia.
Entre os exemplos mais notáveis, podemos citar o governo norte-americano de Franklin Roosewelt, que propôs o Novo Acordo (New Deal) no início da década de 30. A finalidade era colocar um ponto final no período da Grande Depressão (1929-1933), que causou muitos problemas à economia não apenas dos EUA, mas de todo o mundo, inclusive na do Brasil.
Porém, 20 anos após o fim da Primeira Guerra Mundial, a teoria do keynesianismo passou a sofrer diversas críticas devido ao aumento do desemprego e das desigualdades sociais.
Existem alguns aspectos específicos que podem definir a teoria do keynesianismo. Entre eles, podemos citar:
Como foi dito, uma das características mais marcantes do keynesianismo é que essa teoria se opõe aos ideais políticos e econômicos do liberalismo e do neoliberalismo que, por sua vez, prezam pela liberdade do indivíduo.
Sendo assim, o conceito de liberalismo, criado por Adam Smith, um importante filósofo e economista britânico, se baseia em conceitos de democracia nos quais diversos direitos do cidadão devem ser preservados, como a liberdade individual nos âmbitos sociais, religiosos, políticos etc., e o direito ao voto, mediante um regime de livre mercado.
Ainda segundo a teoria do liberalismo, é defendida a baixa intervenção do Estado na economia de um país, o que se opõe radicalmente às ideologias do pensamento keynesiano. Nele, defende-se a ideia de que intervenção estatal para que a economia seja autorregulada.
À medida que o neoliberalismo avançou, devido ao contexto da abertura do mercado internacional e da globalização, o Keynesianismo foi perdendo suas forças. Se você parar para observar, verá que o neoliberalismo nada mais é do que uma versão atualizada do próprio sistema liberal que defende o conceito de privatização de organizações estatais e que, ainda, propõe a abertura da economia conforme a livre circulação de capitais internacionais.
Com a economia falida e em meio a uma das maiores crises financeiras da sociedade contemporânea, estava formado o cenário perfeito para colocar em prática os ideais do keynesianismo.
O presidente Roosewelt propôs o Novo Acordo como uma medida para reagir aos impactos da quebra da bolsa de Wall Street, que desencadeou uma taxa de desemprego de 25% entre os anos de 1930 e 1933, por conta da queda na produção industrial daquele período.
As políticas keynesianas foram colocadas em prática, pois acreditava-se que elas poderiam lidar com a recessão. Tais medidas eram fundamentadas em três aspectos:
As medidas incluíam a contratação de jovens para trabalhar em propriedades públicas, criação de uma seguradora que garantiria que a população recebesse recursos do governo caso as instituições bancárias viessem à falência, compra de alimentos dos agricultores e a criação de cozinhas industriais para fornecer alimento às famílias que se encontrassem em situação de pobreza.
Como você pôde conferir, o Keynesianismo é um movimento político e econômico que foi adotado no período pós-guerra como tentativa de frear os impactos negativos da quebra da bolsa de Wall Street em 1929. Embora defenda ideais progressistas e que abrangem a classe trabalhadora, o modelo não surtiu os efeitos esperados e logo foi substituído pelo formato neoliberal, devido a aspectos como a globalização e a internacionalização da economia.
Agora que você já tem uma dimensão mais ampla sobre o que é keynesianismo, aproveite para conhecer o nosso plano de estudos. Nele, você encontrará aulas virtuais sobre os mais diversos temas abordados nas provas do Enem e nos vestibulares!
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