O Brasil, com sua imensidão territorial, apresenta uma grande diversidade no seu relevo, que é a forma que a Terra assume em determinado local. Estudar o relevo do Brasil é essencial para entender a geografia física do país, sua evolução geológica, as formas de relevo que existem em cada região e como essas formas influenciam nossa vida cotidiana.
Seja para o vestibular ou para uma melhor compreensão do mundo, entender o relevo brasileiro vai além de apenas decorar termos e conceitos. Trata-se de compreender como o solo que pisamos afeta o clima, a agricultura, os biomas e até a distribuição de cidades e populações.
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O Brasil é um país com uma grande diversidade de formas de relevo, que são fundamentais para a compreensão da geografia física e do desenvolvimento das regiões. As principais categorias de relevo que encontramos no Brasil são: planaltos, planícies, serras, montanhas, chapadas, maciços antigos e depressões. Cada uma delas possui características distintas, que influenciam diretamente o clima, a vegetação e as atividades econômicas nas diferentes regiões do país.
Vamos conhecer melhor cada tipo de relevo brasileiro!
Os planaltos são grandes áreas elevadas, com altitudes que variam de 300 metros a mais de 1.000 metros. O Planalto Central, por exemplo, é uma das maiores áreas de planalto do Brasil, ocupando grande parte do território do Centro-Oeste. Esse planalto é composto por regiões de vegetação de cerrado, predominando áreas de campo e áreas agrícolas.
Outro exemplo importante é o Planalto Gaúcho, localizado no Sul do país. Ele é um planalto com terras férteis, utilizadas para a agricultura e pecuária, além de ser uma região de relevo suave, ideal para o cultivo de grãos.
Os planaltos brasileiros são formados por processos erosivos que desgastaram áreas de altitudes mais elevadas, deixando superfícies planas ou suavemente inclinadas. Eles são predominantemente formados por rochas antigas e resistentes, como os escudos cristalinos, que compõem grande parte do Brasil, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste.
A erosão e os movimentos tectônicos ao longo do tempo desgastaram as áreas mais altas, criando essas extensas superfícies planas. O Planalto Central, por exemplo, é uma das áreas mais conhecidas de planalto, e sua formação está diretamente relacionada ao processo de sedimentação e ao levantamento tectônico de terras antigas.
As planícies são áreas de relevo baixo, com pequenas variações de altitude. Essas áreas são importantes para a agricultura, pois possuem solos muito férteis, propícios para o cultivo de uma ampla variedade de culturas.
As planícies fluviais do Pantanal, por exemplo, são uma das maiores e mais conhecidas do Brasil. Elas são formadas pelos cursos de água do Rio Paraguai e seus afluentes, que inundam essas áreas durante a época das chuvas. Além disso, a planície amazônica, na região Norte, é outra grande área de relevo plano, com extensas florestas tropicais e uma rica biodiversidade.
As planícies no Brasil são formadas principalmente pela ação de rios e mares, que depositam sedimentos ao longo de milhares de anos. A sedimentação desses materiais, como areia, argila e silte, cria superfícies planas e baixas.
As planícies fluviais e marenas (formadas pelo encontro de rios com o mar) são exemplos típicos. A planície Amazônica e a planície do Pantanal são grandes exemplos dessas formações, e sua origem está ligada aos cursos d’água, que ao longo do tempo foram sedimentando materiais nessas áreas, criando terras planas e férteis.
Veja também: como a geomorfologia está relacionada ao relevo?
As serras e montanhas são importantes para o estudo do relevo porque, além de influenciar o clima nas regiões vizinhas, também têm um impacto direto na hidrografia, formando bacias hidrográficas e determinando o escoamento de águas.
A Serra do Mar, por exemplo, é uma cadeia montanhosa que percorre a costa do Rio de Janeiro até Santa Catarina. Ela é uma das serras mais conhecidas do Brasil, e suas montanhas são responsáveis por formar um clima mais úmido e instável nas áreas ao redor.
No Sudeste, a Serra da Mantiqueira também se destaca como uma região montanhosa de grande altitude, sendo uma das mais elevadas do Brasil. Ela é conhecida por suas belas paisagens, além de ser um ponto importante para o ecoturismo e a preservação de áreas naturais.
As serras e montanhas no Brasil são o resultado de movimentos tectônicos, que levantaram grandes blocos de terra e formaram estruturas elevadas com picos e cumeeiras.
O processo de subducção, onde uma placa tectônica empurra outra para baixo, e o processo de orogênese, que ocorre quando duas placas tectônicas colidem, são os principais responsáveis pela formação dessas elevações. A Serra do Mar, por exemplo, é uma cadeia montanhosa formada pela compressão tectônica entre as placas, e a Serra da Mantiqueira também resultou da atividade tectônica de milhões de anos.
As chapadas são formações de relevo plano, porém elevadas, geralmente rodeadas por escarpas ou falésias.
A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, é um exemplo clássico de uma chapada no Brasil. Sua formação geológica é de grande importância para a compreensão do relevo do Centro-Oeste, além de ser uma região de grande importância ecológica, com rios e cachoeiras que alimentam o ecossistema local.
Outra chapada importante é a Chapada Diamantina, na Bahia. Ela é famosa pela sua beleza natural, com uma diversidade de formas de relevo, como montanhas, cavernas e cachoeiras. A região também é conhecida pela produção de diamantes no passado e pela rica biodiversidade que abriga.
As chapadas são formações de relevo plano, mas elevado, geralmente com escarpas ou falésias ao redor. Elas se formaram por processos de erosão e sedimentação.
Inicialmente, áreas de rochas mais duras e resistentes eram cobertas por camadas de rochas sedimentares mais brandas. Quando o processo de erosão começou a desgastar as camadas superiores, as áreas mais resistentes se mantiveram elevadas, formando as chapadas. A Chapada dos Veadeiros, em Goiás, é um exemplo dessa formação, onde a erosão esculpiu as falésias ao redor de grandes planaltos.
As depressões são regiões mais baixas do que os territórios vizinhos, sendo formadas por processos de sedimentação ou erosão. Elas podem ser classificadas em depressões periféricas, que estão ao redor de planaltos e maciços antigos, e depressões interiores, que são mais profundas e isoladas.
No Brasil, temos a Depressão do Amazonas, que ocorre no norte do país e é formada pelas grandes bacias fluviais da região. Outra depressão importante é a Depressão Sertaneja, no Nordeste, uma área de relevo baixo e árido, caracterizada por um clima quente e seco, que influencia a vegetação e as atividades agrícolas da região.
As depressões podem ser formadas por sedimentação ou erosão. Em muitas depressões, os materiais sedimentos de rios ou mares se acumularam ao longo do tempo, criando áreas mais baixas, como na Depressão Sertaneja, que é uma área no Nordeste caracterizada por um relevo plano e seco. A Depressão do Amazonas é uma depressão formada pela ação dos rios amazônicos, que sedimentam a região e mantêm áreas de relevo baixo.
Os maciços antigos, como o Maciço Brasileiro, são áreas compostas por rochas muito antigas, com mais de 500 milhões de anos, que formam grandes blocos de terra resistentes à erosão. Esses maciços não são elevados como as serras e montanhas, mas desempenham um papel importante na geografia do Brasil.
O Maciço do Urucum, no Mato Grosso do Sul, é um exemplo de um maciço antigo no Brasil, conhecido por suas formações rochosas e solos ricos em minerais.
Os maciços antigos no Brasil são áreas compostas por rochas muito antigas (mais de 500 milhões de anos), formadas em períodos geológicos remotos. Essas áreas sofreram longos períodos de erosão, o que as deixou com características mais suaves e desgastadas, com altitudes mais baixas em comparação com as serras e montanhas mais jovens.
Os maciços não apresentam picos acentuados, mas sim superfícies aplainadas. Eles são compostos por rochas como gnaisses e granitos e estão presentes no Planalto Brasileiro, como o Maciço de Goiás e o Maciço do Urucum.
As bacias hidrográficas são áreas formadas por rios e seus afluentes, e elas são fundamentais para a formação do relevo no Brasil. O relevo influencia a direção e o curso dos cursos d’água no Brasil, e esses cursos de água, por sua vez, alteram a topografia ao longo dos anos, criando novas formas de relevo.
A ação da água é um dos agentes erosivos mais importantes, sendo responsável por esculpir vales, desfiladeiros e outros elementos geográficos. A bacia do Amazonas, por exemplo, é uma das maiores do mundo e tem um relevo predominantemente plano, com muitas planícies e áreas alagadas.
O Brasil é dividido em diferentes regiões geográficas, como Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste, e cada uma delas tem características distintas em relação ao seu relevo. O relevo do Brasil influencia diretamente a formação dessas regiões, já que a presença de serras, planaltos, planícies e bacias hidrográficas determina como a população se distribui e quais atividades econômicas predominam em cada área.
Por exemplo, no Centro-Oeste, o relevo formado por grandes planaltos e planícies favorece a agropecuária, enquanto no Norte, com suas bacias e planícies inundáveis, a exploração de recursos naturais é uma atividade comum.
Os pontos mais altos do Brasil estão nas regiões montanhosas do país, como o Pico da Neblina, localizado no estado do Amazonas, e o Pico das Agulhas Negras, na Serra da Mantiqueira. Esses picos são fundamentais para o estudo do relevo, pois representam as áreas de maior elevação e estão frequentemente associados à diversidade ecológica.
Além disso, os pontos mais altos do Brasil servem como marcos geográficos e, muitas vezes, são áreas de proteção ambiental.
O relevo do Brasil desempenha um papel fundamental na definição dos biomas e ecossistemas do país. Cada tipo de relevo influencia diretamente as condições climáticas, os tipos de vegetação, a biodiversidade e até mesmo as atividades econômicas que podem ser realizadas em diferentes regiões. O relevo afeta a distribuição de água, a temperatura, a umidade e até mesmo a qualidade do solo, fatores essenciais para a formação de ecossistemas diversos, como a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.
Vamos explorar como diferentes formas de relevo influenciam os biomas e os ecossistemas no Brasil.
Os planaltos brasileiros são áreas de relevo elevado, mas com topografia relativamente plana. Esses planaltos influenciam a distribuição de biomas ao redor deles. Por exemplo, o Planalto Central tem uma vegetação predominante de cerrado, que é um bioma adaptado a climas mais secos e ao solo ácido e raso, características típicas do relevo dessa região.
A altitude também tem um impacto sobre o clima, o que resulta em uma variedade de microclimas dentro de um mesmo bioma. Os planaltos no Sudeste e no Sul, como o Planalto Meridional, têm um clima mais frio, o que favorece a Mata Atlântica e áreas de vegetação de campos de altitude.
As planícies, como as encontradas no Pantanal e na Amazônia, possuem solo extremamente fértil devido à sedimentação de materiais trazidos pelos rios. Essas regiões de relevo baixo favorecem a formação de grandes áreas alagadas e ecossistemas aquáticos.
No Pantanal, por exemplo, a planície alagada cria um ambiente único para uma grande diversidade de fauna e flora, com destaque para a fauna aquática e espécies de aves migratórias. O relevo plano e os constantes alagamentos influenciam a distribuição de plantas como vegetação de várzea, adaptadas a esse tipo de ambiente.
Já a planície Amazônica oferece condições favoráveis para o desenvolvimento da floresta tropical, pois o relevo baixo e as bacias fluviais da região garantem uma abundante oferta de água, essencial para a formação de uma vegetação densa e biodiversa.
As serras e montanhas são elementos de relevo que criam barreiras naturais e geram microclimas diferentes em cada lado da montanha, o que influencia diretamente os biomas.
No Planalto Atlântico, por exemplo, a Serra do Mar cria um efeito orográfico, em que a umidade vinda do mar se condensa quando atinge as montanhas, criando uma vegetação densa de Mata Atlântica nas encostas mais úmidas e mais fria, enquanto na parte oposta da serra, o clima é mais seco, o que favorece a vegetação do Cerrado.
As montanhas também influenciam a distribuição de águas. Muitas bacias hidrográficas no Brasil têm sua origem nas serras, que funcionam como divisores de águas, como no caso das Serras do Espinhaço e da Mantiqueira, que abastecem diversos rios e influenciam a formação de ecossistemas ao longo do seu curso.
Os maciços antigos apresentam um relevo mais desgastado e suave, com rochas muito antigas que foram esculpidas pela ação de agentes erosivos ao longo de milhões de anos. Essas áreas, apesar de não terem uma altimetria tão acentuada como as montanhas, ainda assim influenciam os biomas ao seu redor, pois oferecem uma topografia ideal para a formação de ecossistemas adaptados ao solo raso e aos processos de erosão.
Esses maciços antigos abrigam ecossistemas como o Cerrado e a Caatinga, que são adaptados ao solo pobre e ao clima quente e seco. Além disso, algumas áreas dos maciços antigos possuem vegetação de campo rupestre, um ecossistema único, onde plantas adaptadas a solos rochosos e secos crescem em condições bastante severas.
As chapadas são áreas elevadas e planas que se formam a partir da ação de erosão, com escarpas marcantes ao redor. A Chapada dos Veadeiros e a Chapada Diamantina são dois exemplos de chapadas no Brasil que influenciam a diversidade de biomas. O relevo plano dessas regiões cria uma divisão natural entre diferentes tipos de vegetação e clima. Essas chapadas abrigam ecossistemas de cerrado e campo rupestre, além de serem locais importantes para a conservação de espécies de fauna e flora endêmicas.
As chapadas também podem ter cavernas, rios e cachoeiras, que alimentam ecossistemas específicos, como o bioma da Caatinga, e proporcionam uma grande diversidade de habitats em áreas aparentemente uniformes.
As depressões no Brasil são áreas de relevo mais baixo, muitas vezes com características de solos secos e pouca vegetação. No entanto, elas desempenham um papel importante na formação de ecossistemas adaptados ao clima semiárido. A vegetação da Caatinga, por exemplo, é fortemente influenciada pelas condições de seca e solos rasos dessas depressões.
Essas áreas de relevo baixo criam condições para a formação de biomas xerófitos, com plantas adaptadas à escassez de água, e podem ser essenciais para a biodiversidade local, apesar da aridez. A vegetação de caatinga é um exemplo de um ecossistema que se adapta a esses ambientes de relevo seco e quente.
O relevo do Brasil é um dos temas recorrentes nas provas de Geografia do Enem e de diversos vestibulares, sendo abordado de diferentes maneiras, desde questões diretas sobre as formas do relevo até questões que envolvem sua relação com outros aspectos geográficos, como clima, biomas e a ocupação humana. Compreender as diversas formas de relevo e suas características é fundamental para se sair bem nesses exames. Vamos entender como esse tema é cobrado nas provas e qual a melhor forma de se preparar para ele.
Nos vestibulares, as questões sobre relevo brasileiro geralmente exigem que o candidato identifique e compreenda as diferentes formas de relevo. Essas questões podem ser apresentadas de várias formas, como:
No Enem, as questões sobre relevo estão frequentemente inseridas dentro do contexto de temas mais amplos, como meio ambiente, desenvolvimento sustentável, geopolítica e problemas urbanos. O relevo pode ser cobrado de diversas formas, incluindo:
Saiba mais: o que mais cai em geografia no Enem?
Para se preparar bem para as questões sobre o relevo no Enem e nos vestibulares, é importante seguir algumas dicas:
Estudar o relevo do Brasil é fundamental para os vestibulandos, pois é um tema recorrente nas provas de geografia. Compreender a diversidade do relevo brasileiro e suas implicações para a população, a economia e o meio ambiente é crucial para quem deseja se sair bem no vestibular.
Além disso, o estudo do relevo ajuda a entender melhor os aspectos do relevo, como a formação de solos, a vegetação e a relação entre as diferentes formas de relevo e as atividades humanas.
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