Categorias: História

6 formas que o tema escravidão pode aparecer no vestibular

Prof. Dimas explica cada uma delas 

Foto: Reprodução/Divulgação

Nesta semana, farão exatos 129 anos que a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea e aboliu a escravatura no Brasil. Será que isso é assunto para o vestibular? A nossa respostar é: com certeza!

“Quando os alunos me pedem dicas para o ENEM, uma das primeiras que dou é a escravidão”, comenta o professor Dimas. A Lei Áurea, em específico, já apareceu em 2 vezes na prova, por exemplo.

Dimas explica que o tema escravidão é tão frequente que de 15 edições de prova, o assunto foi cobrado em 12.  Relembre essa parte da nossa história:

Desde a chegada dos portugueses em solo brasileiro, nossos colonos utilizavam os índios e negros como seus escravos – aqueles que viviam em absoluta obediência a um Senhor.

Os negros eram trazidos da África em navios com péssimas condições de higiene e habitação. Sofriam torturas tanto na parte física, quando na psicológica – sendo que muitos morriam no meio do caminho.  Quem chegasse ao Brasil seria explorado para gerar cada vez mais lucro aos seus “donos”, os fazendeiros e Senhores de Engenho.

Em 1888 isso mudou. Com Lei Áurea sancionada, foi decretado o fim da escravidão.

Para você, aluno que quer saber exatamente o que pode cair no vestibular e descobrir quais assuntos priorizar em seus estudos: temos uma boa notícia.

Confira 6 perguntas sobre escravidão que podem cair no vestibular:

1. Como era realizado o tráfico negreiros?

Um assunto muito abordado no ENEM e vestibulares é a questão do transporte dos navios negreiros.

Os negros vinham todos deitados nos porões das embarcações. O professor Dimas chega a citar que em espaços de 1,70 cm por 1,60 cm tinham que caber 8 escravos.

Quanto você mede? Tente fazer a comparação mentalmente.

Era um espeço extremamente pequeno para tanta gente alocada. Eles tinham que vir todos encaixados um nos outros. Estima-se que cerca de 3 milhões de negros tenham disso escravizados e explorados no Brasil.

Curiosidade: o professor explica ainda que a Suíça financiou muito tráfico negreiro. Alguns banqueiros se enriqueceram em cima dessa prática.

2. O que eram os quilombos?

Quando se fala em quilombo, logo vem em mente o Quilombo dos Palmares, não é mesmo? Isso porque esse foi o mais importante de todos.

Os quilombos, para quem não se recorda, eram locais que abrigavam os escravos que fugiam dos troncos e senzalas. Eles eram localizados geralmente no interior de matas para ficar escondidos.

O Quilombo dos Palmares ficava em Pernambuco, na região da Serra da Barriga. Seu líder mais conhecido foi Zumbi. Ele nasceu no quilombo, mas depois de um tempo foi descoberto, e passou a ser explorado.

Zumbi foi símbolo de luta e resistência negra. É importante destacar que o Dia da Consciência Negra é celebrado no mesmo dia em que o Zumbi dos Palmares foi morto (20 de novembro de 1695), sendo assim, uma homenagem.

3. Quem foram os líderes abolicionistas?

Existem dois líderes abolicionista que o candidato precisa conhecer: Luiz Gama e Joaquim Nabuco.

Luiz Gama nasceu em 1830 na Bahia, filho de pai português e mãe negra. Com 10 anos de idade, o menino foi vendido por seu pai para pagar uma dívida de jogo.

Durante a sua vida passou por diversas cidade e foi alfabetizado aos 17 anos. Um ano depois, ele fugiu para São Paulo. Tornou-se um advogado e conseguiu libertar mais de 500 escravos com seus conhecimentos jurídicos.

Joaquim Nabuco era branco, político, diplomata, historiador e jornalista. Nasceu em Recife em 1849.

Ele foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras. É muito conhecido, também, pelos seus ideais abolicionistas, já que lutou tanto pela liberdade dos negros.

4. Qual a diferença entre a escravidão negra na economia açucareira e a escravidão negra na mineração?

A diferença é praticamente o tipo de trabalho. Na economia açucareira eles vão trabalhar nas grandes plantações e na mineração vão trabalhar na busca de ouro.

As formas de controle também são diferentes porque o ouro tem uma fiscalização muito maior, já que algum escravo poderia tentar esconder alguma pepita.

5. Como a igreja justificava a escravidão negra, mas não aceitava a escravidão indígena?

Segundo a Igreja, o índio era um ser puro que vivia num paraíso terrestre em contato com a natureza. Eles eram tão inocentes que eles andavam “com as vergonhas de fora” – sem roupas. A partir do momento em que eles são considerados puros e representam o Éden na Terra, eles são passíveis de catequização.

Já os negros, a Igreja dizia que eles traziam a alma carregada de pecados da África. Dessa forma, mereciam o sofrimento para se purificarem. Existem trechos de sermão do Padre Antônio Vieira que fala “sois imitador de Cristo. Assim como Cristo sofreu, os escravos também sofrem”.

6. Por que a Inglaterra queria que o Brasil acabasse com a escravidão logo?

Porque a Inglaterra sabia que a única forma de aumentar o mercado consumidor dos seus produtos industrializados era por meio da abolição da escravidão.

Não que o escravo fosse comprar seus produtos, mas aqueles fazendeiros que gastavam o seu dinheiro comprando o escravo (o que era bem caro) poderia gastar o seu dinheiro comprando produtos ingleses.

Resumindo: a Inglaterra estava de olho no mercado consumidor, quem tinha potencial para comprar.

Atualização 10/05/2017 às 14h24

Stoodi

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