A questão dos atentados terroristas é um tema que tem recebido muita atenção de governos e organizações em todo o mundo. Apesar de sua relevância, a própria conceituação do que é terrorismo acaba por ser assunto de disputas.
Pensando na importância desse debate, propomos este artigo tanto para sanar suas dúvidas sobre o que são atentados terroristas como para listar e explicar os mais recentes deles no mundo e também no Brasil.
Como estudante em formação, você deve imaginar o valor de compreender tal questão em seus detalhes. É válido estudá-la pela alta probabilidade de cair como tema de redação no Enem e em outros vestibulares.
Além disso, é parte importante de sua formação enquanto cidadão, pois se trata de um grave problema enfrentado por muitos países. Vamos lá?
Você sabe dizer o que difere um atentado terrorista de outras manifestações de violência? Essa é uma boa pergunta para iniciarmos a discussão, já que existem compreensões bem divergentes que podem causar confusão.
Partimos aqui da noção de que terrorismo é uma forma extrema de violência, que pode se dar em diversas formas e deve atender a determinados critérios para ser concebida assim.
Tratam-se de ataques localizados, que tem como alvos grupos de pessoas, prédios ou instituições, eventos públicos e etc. Tem como característica a propagação de medo, pânico e terror.
São sentimentos que atingem não só as vítimas dos atentados, mas criam um estado de medo em um grupo muito maior de pessoas, que se identificam com os alvos dos ataques. Essa é uma característica importante sobre o terrorismo, que ajuda a entender o componente de “terror” presente na palavra.
Se pararmos para pensar em retrospecto, é possível identificar na história humana uma infinidade de eventos que poderiam ser enquadrados como terrorismo. Entretanto, essa acepção do termo no sentido que conhecemos passou a ser mais utilizada desde o fim da segunda guerra mundial.
Vamos então passar por algum desses trágicos momentos na história recente de alguns países pelo mundo. Ter em mente essas referências é um recurso interessante para o estudante conhecer sobre o assunto do terrorismo e também podem ser usados como exemplos para ilustrar o assunto em uma redação.
No ano de 2017, Barcelona foi alvo de uma sequência de ataques terroristas que marcaram profundamente a história da comunidade espanhola. Barcelona é a capital da Catalunha, uma região que faz parte da Espanha mas tem seus próprios costumes e idioma, um palco de muitas disputas ocorridas no território europeu durante os últimos séculos.
Os atos, que ficaram conhecidos como atentados da Catalunha, ocorreram durante o mês de agosto de 2017. Um homem dirigindo uma van em La Rambla, populoso centro comercial de Barcelona, atropelou propositalmente um grande grupo de pessoas que transitavam nas vias públicas.
Nesse dia, 13 pessoas foram mortas e pelo menos outras 100 feridas. Na noite anterior a esse ataque, também ocorreu uma explosão no interior da Catalunha, responsável pela destruição de uma casa e a morte de uma mulher.
Muitas pessoas foram presas, de forma que a polícia local noticiou que outros ataques estavam sendo planejados mas foram interrompidos pelas forças legais. O grupo conhecido como Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques, uma dissidência islâmica com grande atuação nesse sentido nos últimos anos.
Em julho de 2015, foram executados os atos que ficaram conhecidos como atentados ao metrô de Londres. Em pleno horário de pico uma série de explosões foi detonada nas estações de transporte público, matando pelo menos 50 pessoas e ferindo outras 700.
Isso resultou em uma completa paralisação do metrô em Londres no dia, gerando também grande apreensão da população londrina, que já a muito tempo não viam ações como essa ocorrerem em seu território.
Um terrorista foi identificado pela polícia como ligado aos ataques. Mas, até hoje não existe uma certeza de quem foi o grupo ou ideologia responsável por planejar e executar esse atentado.
No ano de 2017, após o encerramento de um show da cantora Ariana Grande em Manchester, houve a detonação de uma bomba na entrada da arena que recebia o evento.
Um homem-bomba foi responsável por detonar a explosão, que matou 22 pessoas e deixou outras 112 feridas. O Estado Islâmico foi identificado como grupo responsável pelos ataques, sendo que a participação britânica nas guerras islâmicas teria sido a motivação para os atos.
Quando pensamos na realidade nacional, parece que a questão do terrorismo é distante e nunca vai nos alcançar. Entretanto, quando observamos os acontecimentos dos últimos anos no país, é possível identificar o surgimento de ocorrências que minimamente se assemelham muito ao terrorismo.
A título de exemplo, temos os recentes massacres ocorridos nas escolas em Realengo e Suzano. Apesar de não terem ligações com organizações internacionais, esses autos e seus autores representam um tipo de comportamento que se assemelha muito com as práticas terroristas.
Recentemente, a forma como compreendemos o tema do terrorismo, que sempre teve como símbolo maior o ocorrido no 11 de setembro, tem passado a se modificar. Um caso de 2019, como o de El Paso no Texas, chama atenção para as formas menos evidentes que o terrorismo pode agir.
Estamos acostumados a entender terrorismo como uma questão eminentemente islâmica ou ligadas a países árabes. Essa é uma visão empobrecida e preconceituosa, portanto não recorra a argumentos desse tipo na escrita de uma redação ou quando for chamado a falar.
No caso de mais esse tiroteio em massa nos Estados Unidos, é possível verificar todos os critérios que nos fazem caracterizar um ato terrorista. Tratava-se de um jovem com filiação ideológica e religiosa bem definida, que pretendia atingir um grupo específico de pessoas, além de ter sido feito inspirado em outro atentado terrorista anterior.
Apesar de complexo, o tema do terrorismo é fundamental para compreender a nossa realidade e a história do mundo que nos cerca. Os atentados terroristas, apesar de injustificáveis, são ações que chamam atenção para os problemas e conflitos de populações que usualmente são ignoradas pelos governos.
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