Entenda, de uma vez por todas, o Estado Islâmico: quando surgiu, seu objetivo e suas características
Foto: reprodução site News of the World
O Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL ou a sigla em inglês ISIS) é um grupo radical religioso sob a liderança de Abu Bakr al-Baghdadi. Tem em sua formação o apoio da organização terrorista Al-Qaeda.
Criado oficialmente em 2013, o movimento de orientação sunita declarou neste ano a formação de seu califado em terras iraquianas e sírias e se desvencilhou da Al-Qaeda, tornando-se um grupo independente. Foi nesse mesmo momento em que o grupo alterou seu nome e passou a ser conhecido por apenas Estado Islâmico (EI).
Seu objetivo é formar um califado (um território teocrático) seguindo as interpretações das leis islâmicas – a chamada Sharia. Entre suas reivindicações está a restauração dos territórios do auge da expansão árabe (que ocorreu a partir do século VII d.C) e novas expansões – principalmente no Oriente médio e em partes dos continentes asiáticos e africanos.
De acordo com a ideologia do grupo, aqueles que não são adeptos do islã – os chamados infiéis – devem se converter, respeitar e aprender os ensinamentos do profeta Maomé.
Caso a pessoa não aceite a imposição, ela estará sujeita ao pagamento de impostos, mas poderá sofrer punições física ou ser condenada a morte.
O Estado Islâmico luta para que as palavras de Ala e do Islã sejam propagadas e a religião islâmica cresça em todas as partes do mundo.
A principal fonte de recurso para financiar os confrontos do EI vem do petróleo. A organização dominou terras com campos de produção e, de acordo com o G1, são movimentados 40 mil barris por dia (dados retirados de uma pesquisa da CFR – Council on Foreign Relation). Outras fontes de receitas são obtidas pelo tráfico de armas e atividades criminais diversas, como contrabando de relíquias históricas da região e medicamentos.
Para conquistar novos seguidores, o Estado Islâmico procura comunidades para convencê-las que o melhor caminho para a vida e salvação é seguir de forma rígida e literal as escrituras da religião islâmica. Há uma grande divulgação de suas ações nas redes sociais (principalmente YouTube e Twitter) além de forte influência social de seus líderes nas regiões dominadas.
Foto: reprodução G1
O grupo começa a aparecer nos noticiários a partir da retirada das tropas do Estados Unidos do Iraque – quando o país ainda era comandado por Saddam Hussain.
Em setembro de 2014, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou a formação de uma Coalizão Internacional contra o Estado Islâmico.
De acordo com uma reportagem do G1, o Centro de Estudos do Radicalismo divulgou que mais de 20 mil estrangeiros de 50 países se juntaram a grupos sunitas radicais em 2014. Vale lembrar que a grande parte dos novos integrantes é menor de idade.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos estima que mais de 2.600 pessoas foram executadas pelo Estado Islâmico desde a proclamação de seu califado (2013).
Segundo uma reportagem da revista “The Economist”, cada guerrilheiro que luta em nome do Estado Islâmico recebe um salário mensal de 400 dólares.
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