Com toda certeza você já sabe que vivemos atualmente em um mundo composto, em sua maioria absoluta, por países capitalistas. O Capitalismo é o sistema dominante em todo o globo e rege as relações nacionais e internacionais, pautando políticas e modos de produção.
Quer saber exatamente o que é o Capitalismo, como ele funciona, quais são suas características e fases? Então, continue ligado neste artigo para descobrir tudo isso e muito mais!
O Capitalismo é um sistema econômico no qual o principal objetivo se dá pela obtenção do lucro e da proteção da propriedade privada. O acúmulo de capital, tanto pelos governos quanto pelos indivíduos, é representado na forma de bens e dinheiro.
Apesar de ser considerado, na teoria, um sistema econômico, o Capitalismo expande sua influência em praticamente todos os campos da organização social, como na política, nas práticas sociais e culturais, nos limites éticos e em vários outros aspectos. Dessa forma, o Capitalismo ocupa o espaço geográfico em, basicamente, todas as suas vertentes.
As bases do Capitalismo estão consolidadas na divisão da sociedade em classes, de maneira semelhante a outros sistemas experimentados pela humanidade ao longo da História. Entretanto, na teoria, é possível que um indivíduo se posicione em diferentes classes sociais ao longo de sua vida, desde que alcance um acúmulo de capital.
De um lado, encontram-se aqueles indivíduos que detém os meios de produção, chamados de burgueses. Do outro lado, estão aqueles que vivem da própria força de trabalho, trocando-a por salários, denominados proletariados. Já no meio agrário, a relação permanece a mesma, apenas alterando-se a denominação para latifundiários e camponeses.
O Capitalismo não surgiu do dia para a noite. Pelo contrário, se deu em um processo lento e gradual, com início na Baixa Idade Média, período compreendido pelos séculos XIII e XV. Nessa época, pequenos centros comerciais começaram a se formar, conhecidos como burgos. Essas cidades contrapunham o modelo econômico da época, chamado de Feudalismo. Além desta concorrência entre sistemas, a própria Igreja Católica, a instituição mais poderosa da época, condenava a usura, o que dificultava ainda mais o nascimento do Capitalismo.
Com o passar do tempo, a burguesia passou a ganhar muito poder, enquanto a classe e a cultura do acúmulo de capital se difundiu. Associado ao crescimento dos burgos e a urbanização da Europa, esse processo culminou no desaparecimento do sistema feudal, dando origem ao Capitalismo enquanto prática dominante.
O principal acontecimento histórico que marcou o domínio do Capitalismo na Europa foi o início das Grandes Navegações, que aconteceram nos anos finais do século XV e no começo do século XVI.
Para entender melhor o que é e como funciona o Capitalismo, o ideal é compreender suas principais características. Assim, o primeiro aspecto a ser notado é a existência do Capitalismo em torno da propriedade privada dos meios de produção. Para que o sistema funcione corretamente, é necessário que o Estado garanta a propriedade privada.
Dessa forma, os burgueses e latifundiários estão livres para utilizar suas terras e propriedades como quiserem, como donos de tais recursos. Geralmente, a propriedade privada é garantida pela Constituição de cada país.
A busca pelo lucro máximo e pela acumulação de riquezas é outra forte característica do sistema capitalista. Nele, o objetivo é obter cada vez mais lucros, decorrentes do trabalho da mão de obra proletária e de seus meios de produção. Para a maximização dos lucros, é comum que os detentores dos meios de produção busquem reduzir custos e elevar os preços de seus produtos e serviços sempre que for possível.
Além da busca pelo lucro, o Capitalismo se baseia na economia de mercado, guiada pela lei da oferta e da procura. Ou seja, com pouca ou nenhuma interferência o mercado, a teoria capitalista espera que o mercado se autorregule, principalmente por meio das leis de oferta de produtos, demanda por eles e pela livre concorrência entre os produtores.
Por fim, é importante também destacar a existência do trabalho assalariado, que substituiu as relações de servidão e escravidão, comuns nos sistemas anteriores ao Capitalismo. O salário é fundamental para que a roda capitalista gire, pois é com ele que os próprios proletariados consomem os bens e serviços produzidos por eles mesmos, os quais são detidos pela classe burguesa.
O Capitalismo, em seu processo de evolução e consolidação, passa por três fases diferentes.
A primeira fase, também conhecida como pré-capitalismo ou mercantilismo, é o Capitalismo Comercial. Vigorou entre os séculos XV e XVIII. Tem como principal característica a transição entre o Feudalismo e o Capitalismo, na qual os Estados buscavam acumular riquezas e manter uma balança comercial favorável por meio da conquista de colônias e exploração de recursos.
O Capitalismo Industrial surgiu com a Revolução Industrial, ainda no século XVIII, transformando os meios e sistemas de produção. Com essa mudança, foi possível adotar grandes escalas produtivas, investindo na criação de fábricas e, consequentemente, resultando no surgimento da classe operária.
Por fim, o Capitalismo Financeiro tomou conta do globo no século XX, consolidando-se com a Primeira Guerra Mundial. Fundamentado nas regras dos bancos, corporações e multinacionais, o sistema é comandado por meio de monopólios industriais e financeiros.
Enquanto indústrias e estabelecimentos comerciais continuam a obter seus lucros, os bancos e instituições financeiras se encontram por detrás de todo o sistema, controlando-o com seu poder econômico.
Como uma contraposição ao sistema capitalista, surgiram várias outras teorias que buscavam combater as ideias do Capitalismo, como o Socialismo e o Anarquismo. A teoria socialista surgiu no século XVIII, se dividindo em duas vertentes:
Apesar de ser frequentemente confundido com o Comunismo, uma vez que ambos se baseiam nas ideias de igualdade econômica, existem profundas diferenças entre ele e o Socialismo. Enquanto o Socialismo é um sistema econômico, o Comunismo é encarado como uma ideologia, que pensa a sociedade sem desigualdades e classes sociais.
Dessa forma, é possível encarar o Socialismo como um sistema que tem, por objetivo, levar a sociedade ao Comunismo.
Sistema dominante no mundo, o Capitalismo encontra-se em constante evolução, aprofundando cada vez mais suas práticas de obtenção de lucros e valorização da propriedade privada. Entender seus conceitos é fundamental não apenas para exames como o Enem, mas principalmente para entender o mundo em que vivemos hoje.
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