Categorias: História

Consumismo: entenda o que é!

Você tem, ou já teve, o hábito de adquirir, de forma desenfreada, diversos tipos de produto sem, necessariamente, precisar deles? Conhece alguém que tem essa atitude diante das vitrines?

Se sua resposta foi afirmativa para uma ou para ambas as questões, você certamente já esteve diante de um caso de consumismo. Mas você sabe o que isso significa e como essa compulsão por comprar pode acabar prejudicando até mesmo a saúde?

Para ajudá-lo a ficar bem informado e chamar a atenção para a importância do tema na sociedade atual, preparamos este artigo. Acompanhe e amplie seu leque de conhecimentos gerais, inclusive para a redação do Enem. Vamos lá!

O que é consumismo?

Podemos definir o consumismo como um desejo incontrolável de adquirir produtos e serviços diversos que leva o indivíduo a comprar em exagero e sem necessidade.

Esse consumo exacerbado pode abranger desde a aquisição de itens mais rotineiros, como roupas, sapatos, CDs e livros, passando por produtos de custo médio — eletroeletrônicos ou perfumes — e se estender a mercadorias de alto valor como joias, carros e até imóveis.

Análise histórica sobre o consumismo

Se traçarmos uma linha do tempo para compreender um pouco mais sobre o surgimento da postura consumista, voltaremos à Revolução Industrial do século XVIII.

Com o progresso dos sistemas industriais de produção, aumentou, também, a circulação de produtos no mercado e, consequentemente, o volume de itens vendidos à população, gerando uma grande transformação nas relações de consumo em nível mundial.

Todo esse desenvolvimento econômico, pautado nos moldes do pensamento neoliberalista, teve um constante desenvolvimento ao longo dos séculos e, posteriormente, encontrou um grande aliado com o nascimento da publicidade e das diferentes mídias — jornais, panfletos, rádio, televisão e internet.

Dessa forma, a divulgação dos produtos estimulou ainda mais o desejo de compra, levando o mundo ao que hoje conhecemos como sociedade de consumo, que tem como foco a aquisição massiva de produtos, visando ao lucro máximo das empresas.

Mas como diferenciar o consumo de mercadorias e serviços necessários ao nosso dia a dia da compra compulsiva que caracteriza o consumismo? A resposta para essa pergunta está logo a seguir. Continue a leitura!

Consumismo X consumo

Fazendo um paralelo entre o indivíduo consumidor e o consumista, podemos identificar o primeiro como aquele que adquire apenas os produtos e serviços de que necessita para executar as atividades essenciais do seu dia a dia e adquirir qualidade de vida de acordo com categorias como alimentação, vestuário, saúde, educação e lazer.

Por outro lado, as vítimas do comportamento consumista se diferenciam dos padrões de consumo considerados como saudáveis ao ir além de suas necessidades, comprando mais do que necessitam e adquirindo, inclusive, mercadorias supérfluas.

A longo prazo, essa postura pode se tornar destrutiva, levando a um processo que chamamos de alienação social, sobre o qual falaremos no tópico a seguir. Confira!

Alienação e consumismo

O termo alienação social está relacionado a uma tomada de atitude sem base em qualquer questionamento ou pensamento crítico e, quando ligado ao consumismo, aponta para uma falta de consciência da ação de compra, levando o indivíduo a apenas adquirir mercadorias diversas sem qualquer objetivo pré-determinado.

Esse comportamento é extremamente prejudicial e pode ser agravado ainda mais sob influência dos modelos e estilos de vida idealizados divulgados pela mídia de massa e por diversas das páginas disponíveis nas mídias sociais.

O resultado é a busca da felicidade por meio do “ter” em detrimento do “ser”, que, ao fim, gera apenas insatisfação e dá origem a novas doenças relacionadas ao consumo. E é sobre isso que falaremos no tópico a seguir.

Consumismo é doença?

Quando os episódios de consumo compulsivo se tornam frequentes, o hábito pode, sim, se tornar uma doença com efeitos semelhantes ao vício causado por drogas ou álcool.

Conhecida como oneomania, esse distúrbio emocional e psicológico desperta no indivíduo a necessidade de adquirir novos produtos como única forma de alcançar a plena satisfação.

Essa postura é reflexo de sentimentos como baixa autoestima, insegurança, ansiedade e pode, inclusive, levar à depressão. Nesse aspecto, o acompanhamento de um profissional da área da Saúde — psiquiatras, psicólogos e terapeutas — é essencial para desvendar as razões do comportamento consumista e buscar formas de solucioná-lo.

Consumismo infantil

Da mesma forma que o consumismo atinge um número cada vez maior de adultos ao redor do mundo, as crianças também são atingidas por esse mal tão comum à sociedade moderna.

Por terem acesso a uma grande quantidade de informações desde os primeiros anos de idade, os pequenos são altamente induzidos ao consumo de diversos produtos, não somente pela propaganda veiculada nos canais infantis, mas também pela ação de influenciadores por meio da internet — principalmente no YouTube e no Instagram.

Dessa forma, as crianças já começam a desejar produtos cada vez mais novas e vão sendo absorvidas pela lógica de mercado atual. E, aqui, cabe aos pais monitorar o acesso à informação e conscientizá-las sobre os perigos do consumo em excesso.

Consumo e sustentabilidade

Por fim, mas não menos importante, além de trazer sérios problemas à saúde psíquica e emocional, como vimos nos tópicos acima, o consumo excessivo de diversos itens ainda é fortemente prejudicial ao meio ambiente.

Com a produção constante — e crescente — dos mais diversos tipos de mercadoria para atender às demandas da população, uma quantidade cada vez maior de matérias-primas é utilizada, degradando a natureza e gerando, na sequência, um enorme volume de lixo, principalmente nos grandes centros urbanos.

Como reverter essa situação? A resposta é: investindo no consumo consciente! Aqui, temos algumas dicas de como adotar essa postura no cotidiano e na redação:

  • pesquise sobre os reais impactos que o descarte de produtos pode gerar no ambiente;
  • procure a forma correta de se desfazer de alguma mercadoria — principalmente no caso de lixo tecnológico;
  • planeje suas compras e procure seguir uma lista para não fugir do necessário.

Por fim, quando bater aquela vontade de fazer novas aquisições, reflita durante alguns minutos sobre a real necessidade de possuir aquele produto e de que forma ele poderá contribuir com o seu dia a dia e com a sua felicidade.

Após essa verdadeira aula sobre o que é consumo consciente e os efeitos do consumismo, você já sabe como enriquecer a argumentação caso esse tema seja tratado na redação do Enem.

Encerramos este artigo falando sobre algo que pode ser consumido sem contraindicação: o conhecimento! Por isso, vamos fazer um convite especial para que você conheça o plano de estudos do Stoodi, uma ferramenta valiosíssima de aprendizado e preparação para os simulados e vestibulares. Acesse e confira!

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