Um conhecimento de geopolítica atual é muito importante para quem vai fazer a prova do Enem ou os vestibulares. Isso porque na prova Ciências Humanas e suas Tecnologias, um dos conteúdos cobrados é justamente o entendimento sobre as relações econômicas e políticas entre os países.
E uma das peças-chave para entender a geopolítica mundial hoje é a crise do petróleo, que provocou e provoca guerras entre várias nações e que ainda não tem uma solução definitiva almejada.
Se você ficou curioso para entender de que maneira um produto como o petróleo influencia tanto o mundo inteiro, venha com a gente!
Antes de começarmos a explorar o que foi a crise do petróleo, temos que entender por que ela é tão impactante. Como sabemos, o petróleo é uma energia não renovável, ou seja, se utiliza de recursos naturais esgotáveis, que um dia vão acabar.
Por causa disso, o petróleo é motivo de muita especulação financeira: se estamos cada vez mais próximos do fim desse recurso mas ainda o usamos como principal fonte de energia, então é normal que haja uma disputa muito intensa pelo produto.
Além disso, as maiores reservas de petróleo do planeta estão no Oriente Médio, enquanto os maiores consumidores são os Estados Unidos e a Europa, o que acabou contribuindo para a instabilidade da região.
As fases da crise ocorreram justamente em momentos em que os países exportadores de petróleo pertencentes a OPEP e do Golfo Pérsico embargaram a distribuição para os EUA e os países europeus. Isso ocorreu três vezes desde a Segunda Guerra Mundial.
OPEP é o acrônimo de Organização dos Países Exportadores de Petróleo, uma organização internacional criada em 1960 com o objetivo de restringir a oferta no mercado internacional e pensar de forma conjunta a política de venda dos países-membros.
Atualmente a OPEP conta com 14 países: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Irã, Iraque, Kuwait, Catar, Angola, Argélia, Gabão, Guiné Equatorial, Líbia, Nigéria, Venezuela, Equador, e Indonésia. A OPEP é muito poderosa e sua atuação está inteiramente relacionada às crises que se seguiram.
Em outubro de 1973, os países árabes exportadores proclamaram um embargo às nações aliadas de Israel na Guerra do Yom Kipur, conflito militar entre estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel.
Em cinco meses de embargo, o preço do barril de petróleo subiu de três dólares para 12 dólares no mundo inteiro. O momento era de crescente consumo de petróleo nos países industrializados, o que garantiu que o embargo custasse muito aos embargados.
Ao perceber a dependência dos países árabes, os países compradores de petróleo começaram a mudar suas políticas energéticas para evitar que algo da mesma dimensão ocorresse novamente.
As consequências foram sentidas fortemente no Ocidente. Podemos dizer que esse primeiro “choque do petróleo”, como também é chamado, mudou o Ocidente em relação à busca por formas alternativas de energia, que passaram a ser uma prioridade na gestão energética na maioria dos países.
Os Estados Unidos, por sua vez, não quiseram investir na pesquisa em energias renováveis. Em vez disso, a resposta foi incentivar maior exploração do petróleo em solo americano.
Enquanto isso, os motoristas enfrentavam longas filas nos postos de gasolina e ainda lidavam com ladrões. Uma greve dos caminhoneiros que durou dois dias levou a um tiroteio entre motoristas a favor e contra e até um ataque com bombas.
O Brasil implementou em 1975 um grande projeto tecnológico: o Proálcool, que misturava gasolina e etanol para maior rentabilidade do combustível.
A segunda fase da crise do petróleo ocorreu como consequência da Revolução Iraniana, que transformou o Irã em uma república islâmica teocrática. As revoltas sob a liderança de Ayatollah Khomeini basicamente zeraram a extração de petróleo no Irã.
Se em 1973 o preço do barril durante a crise era de 12 dólares, em 1979, o preço foi a US$ 39,50.
Em seguida, em 1980, houve a Guerra Irã-Iraque, que impediu a produção do Irã de se recuperar e também derrubou a produção do Iraque.
É claro que a crise foi boa para os membros da OPEP, que lucraram como nunca, porque todo mundo que deixava de consumir do Irã e do Iraque passava a consumir dos outros países exportadores.
Nos Estados Unidos, a crise não foi tão severa nas partes do país em que a produção de petróleo tinha aumentado devido à crise de 1973. Mas com as lembranças ruins, os motoristas começaram a correr para os postos mesmo nos lugares onde não havia tanto perigo de faltar gasolina.
Depois da guerra, a OPEP diminuiu sua produção e foi ultrapassada até pelos EUA. Mas em 1985, com a Arábia Saudita querendo se destacar entre os competidores, a produção aumentou muito, o que causou a queda nos preços.
Em 1990, o Iraque, liderado por Saddam Hussein, invadiu o Kuwait, um colega da OPEP. A crise advinda dessa fato fez com que o preço subisse de 17 dólares para 36 dólares. Essa recessão durou bem menos tempo do que as crises anteriores, mas mesmo assim foi o suficiente para a crise econômica mundial que se instalou no início dos anos 1990.
Os EUA logo entraram na briga contra o Iraque, o que ficou conhecido como a Guerra do Golfo, uma expedição militar bem-sucedida para os Estados Unidos. Porém, na retirada do exército iraquiano, em 1991, ocorreram muitos incêndios nos poços de petróleo do Kuwait, o que fez com que levasse anos para que o preço se normalizasse novamente.
O Brasil é um grande produtor de petróleo mas, ao contrário dos EUA, vende quase todo seu petróleo para ser refinado lá fora e depois comprar de novo.
Ou seja, quase não produzimos petróleo para consumo interno, o que nos coloca em uma posição complexa durante as crises. Isso porque apesar de termos a matéria-prima, acabamos sendo afetados da mesma forma pelas altas dos barris, pois temos que comprar de volta.
No entanto, nos momentos das crises de 1973 e de 1979, o Brasil não sofreu tanto impacto porque a Petrobras detinha o monopólio de importação e optava por uma política de vários fornecedores.
E aí, curtiu aprender mais sobre a crise do petróleo e entender como ela está ligada a diferentes facetas da política mundial? Então que tal estudar mais conteúdos de geografia e geopolítica com nossas videoaulas e treinar seu conhecimento com os exercícios do Stoodi? E se estiver precisando de uma ajudinha para organizar o tempo, confira nosso plano de estudos!
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