2024 é um ano de muitas lembranças para estudantes e pesquisadores de história — e pessoas que possuem mais de 50 anos, vivendo vários fatos de grande importância. Muitos fatos impactaram na história global, na democracia e em conflitos geopolíticos.
Entre todos eles, 10 são os que entendemos que mais se destacam pelos seus efeitos como provocaram mudanças culturais, tanto na política internacional quanto na nacional. Arte e cultura, avanços tecnológicos, renascimento de antigas ideias – tudo isso está nesse caldeirão de histórias.
Você pode conferi-los no artigo abaixo, onde expando a lista iniciada lá no Instagram da Stoodi que falava sobre 5 fatos históricos que fazem aniversário em 2024 – e podem cair no Enem. Dá uma curtida lá depois, aproveitando e compartilhando com este blogspot para ajudar seus colegas.
Agora, ficamos com o texto abaixo. Faça uma boa leitura!
Existem 12 fatos históricos de grande importância que podem cair no Enem. São momentos que mudaram toda a humanidade e ainda são estudados pelos pesquisadores de história, que debatem seus pontos de vista e argumentos sobre o que realmente aconteceu.
Um acontecimento não é só um acontecimento. Cada um pode enxergar de uma forma diferente. O ponto é que você, que quer fazer Enem e Ensino Superior, deve estudar e saber que opinião sem base é só achismo.
Você precisa saber do que está falando e ter argumentos para sustentar o seu ponto de vista. Começar uma redação no vestibular com “eu acho” é uma péssima forma de iniciar um texto. Você precisa ter firmeza e defender suas hipóteses, mas embasá-las em argumentos, dados e fatos.
Para o Enem em si, o que se espera é que as perguntas sejam de forma objetiva ou que esses temas caiam de alguma forma na redação. Ah, e se na redação quiser ser disruptivo, esteja pronto para sustentar bem seu argumento. Essa é a parte mais importante.
Agora, vamos ao conteúdo.
O Tsunami no Oceano Índico de 2004, ocorrido em 26 de dezembro, foi um dos desastres naturais mais devastadores da história moderna. O tsunami foi desencadeado por um terremoto submarino de magnitude 9,1 na costa de Sumatra, na Indonésia. As ondas gigantes atingiram vários países costeiros, incluindo Tailândia, Sri Lanka, Índia e Malásia, além de regiões mais distantes como África Oriental. Estima-se que cerca de 230 mil pessoas perderam a vida, e milhões ficaram desabrigadas. Além do impacto humano, o desastre provocou uma mobilização global para ajuda humanitária e destacou a necessidade de sistemas de alerta para tsunamis em todo o mundo.
Em 2024, quando se completam 20 anos do tsunami no Oceano Índico, o evento continua a ser um símbolo da vulnerabilidade das regiões costeiras a desastres naturais. Além disso, ele trouxe importantes lições sobre cooperação internacional em respostas a emergências e sobre a necessidade de prevenção e sistemas de alerta precoce. O evento também despertou maior conscientização global sobre os efeitos de desastres naturais nas comunidades mais vulneráveis e a importância da resiliência diante de mudanças climáticas.
No ENEM, os 20 anos do tsunami no Oceano Índico podem ser abordados em Geografia, explorando os processos naturais de formação de tsunamis e terremotos, além dos impactos socioeconômicos e ambientais em países costeiros. Questões podem discutir as estratégias de mitigação de riscos e os avanços em tecnologias de alerta precoce, além de trazer a relação de desastres naturais com a crise climática global, cada vez mais perceptível na contemporaneidade. Em Ciências Humanas, o tema pode abordar a solidariedade internacional, a reconstrução das áreas afetadas e o papel das instituições globais na gestão de crises humanitárias.
Na Redação, o ENEM pode propor uma reflexão sobre a importância da cooperação global diante de desastres naturais, destacando o papel de governos e organizações internacionais no auxílio a populações atingidas. Questões de Sociologia e Ciências Políticas podem explorar a desigualdade no impacto dos desastres, abordando como populações vulneráveis são mais afetadas e os desafios para construir sociedades mais resilientes frente a eventos naturais extremos.
O Plano Real, lançado em 1994, foi uma das mais importantes medidas econômicas da história recente do Brasil, criado com o objetivo de estabilizar a economia e controlar a inflação que, até então, havia atingido níveis alarmantes. A iniciativa foi liderada pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, no governo de Itamar Franco, implementando uma série de reformas econômicas, incluindo a criação de uma nova moeda, o Real (R$), em substituição ao cruzeiro.
O plano combinava o controle fiscal, a estabilização monetária e uma política cambial firme, o que ajudou a reduzir a inflação drasticamente e estabilizar a economia brasileira, preparando o país para um período de crescimento econômico nos anos seguintes.
Em 2024, celebram-se os 30 anos do Plano Real, um marco que transformou a economia brasileira e permitiu ao país alcançar a estabilidade monetária. O legado do Plano Real inclui não apenas o controle da inflação, mas também a criação de bases para uma política econômica mais sólida e confiável, além de abrir caminho para a consolidação de Fernando Henrique Cardoso como presidente da República. O Plano Real é frequentemente lembrado como um exemplo de como políticas econômicas bem estruturadas podem trazer mudanças profundas em contextos de crises prolongadas.
No ENEM, os 30 anos do Plano Real podem ser abordados em História, discutindo o contexto da hiperinflação no Brasil nas décadas de 1980 e 1990 e o impacto das políticas econômicas no controle inflacionário e na estabilização monetária. Questões podem explorar a importância do plano no contexto de transição democrática e suas consequências na economia brasileira nos anos seguintes. Em Geografia, o tema pode ser trabalhado através da análise dos impactos econômicos nas diferentes regiões do país e como a estabilização da moeda afetou o desenvolvimento socioeconômico.
Na Redação, o ENEM pode propor uma reflexão sobre os impactos econômicos e sociais de políticas de estabilização monetária, pedindo aos candidatos que analisem os desafios de controlar a inflação e seus reflexos na qualidade de vida da população. Outras áreas, como Sociologia e Economia, podem discutir o papel do Plano Real na redução das desigualdades regionais e na inclusão econômica de setores antes marginalizados, além de explorar os efeitos das políticas econômicas nas diferentes classes sociais e grupos vulneráveis.
A Revolução dos Cravos, ocorrida em 25 de abril de 1974 em Portugal, foi um movimento militar que derrubou a ditadura do Estado Novo, pondo fim a quase 50 anos de regime autoritário. O levante, conduzido principalmente por oficiais de baixa patente insatisfeitos com a longa duração das guerras coloniais africanas e a falta de liberdades políticas, resultou em uma transição pacífica para a democracia.
Chamado de “Revolução dos Cravos” porque os soldados não usaram força letal e receberam cravos das pessoas nas ruas, o evento marcou o fim do colonialismo português e iniciou uma nova era política no país, com a implementação de uma Constituição democrática em 1976.
Os 50 anos da Revolução dos Cravos, em 2024, relembram a importância desse momento na história de Portugal e do mundo. O movimento foi fundamental para o fim de uma das últimas ditaduras da Europa e para a descolonização das colônias portuguesas na África, como Angola e Moçambique. A revolução também inspirou outros países em seus processos de transição para a democracia e simboliza a luta por liberdade e justiça social.
No ENEM, a Revolução dos Cravos pode ser abordada em História, explorando seu contexto dentro do fim dos regimes autoritários na Europa e do movimento de descolonização que seguiu o colapso das potências europeias na África. Também pode surgir em questões de Geografia, analisando as consequências geopolíticas da independência das colônias africanas e o impacto da descolonização no mapa político global.
Na Redação, o ENEM pode propor uma discussão sobre a importância de movimentos pacíficos de transição política e a luta pela democracia em diferentes contextos históricos. Outras áreas, como Sociologia e Ciências Políticas, podem explorar os processos de descolonização e a construção de democracias em países que viveram longos períodos de autoritarismo, refletindo sobre os desafios e as conquistas das transições democráticas no século XX.
O Golpe Civil-Militar de 1964 no Brasil marcou o início de uma ditadura que durou 21 anos, resultando na deposição do presidente democraticamente eleito João Goulart. O golpe, apoiado por setores da sociedade civil e pelas forças armadas, foi motivado pelo temor de um avanço comunista e a instabilidade política do período. Durante o regime, houve restrição das liberdades individuais, censura, perseguição a opositores políticos, e uso de tortura. A ditadura militar consolidou um modelo autoritário de governo, mantendo-se no poder até a redemocratização em 1985.
Em 2024, quando se completam 60 anos do golpe, o Brasil ainda reflete sobre esse período crucial da sua história. A ditadura militar teve grande impacto na sociedade, na política e na economia do país. A revisão histórica desse período é fundamental para entender questões como o autoritarismo, a violação de direitos humanos e a luta pela democracia. Os debates contemporâneos sobre memória e justiça continuam a colocar o golpe de 1964 no centro das discussões políticas e sociais do Brasil.
O tema pode ser abordado em História, com questões sobre o contexto do golpe, suas causas, o apoio de setores civis e o impacto do regime autoritário na sociedade brasileira, especialmente no que se refere às perseguições políticas, à censura e às lutas pela redemocratização. Além disso, a Geografia pode abordar o impacto da ditadura no desenvolvimento urbano e econômico do Brasil, com destaque para o chamado “milagre econômico” e seus efeitos contraditórios.
A Redação do ENEM pode propor uma reflexão sobre os desafios da construção da democracia e os legados do autoritarismo na sociedade brasileira contemporânea. Questões em Sociologia e Ciências Políticas podem explorar a relação entre Estado e poder durante a ditadura, o papel das instituições e o debate sobre memória e justiça para vítimas de regimes autoritários, conectando passado e presente no contexto brasileiro.
Getúlio Vargas, um dos mais influentes líderes políticos do Brasil, faleceu em 24 de agosto de 1954, encerrando um período marcante de sua trajetória. Vargas governou o Brasil por mais de 18 anos, divididos entre a Era Vargas (1930-1945) e seu retorno ao poder, de 1951 a 1954, durante o período democrático.
Seu governo é lembrado pela modernização do país, com a criação de leis trabalhistas, como a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), e pelo incentivo ao desenvolvimento da indústria nacional. No entanto, Vargas também enfrentou crises políticas, sobretudo no final de seu segundo mandato, culminando em seu suicídio, o que provocou grande comoção nacional.
Em 2024, os 70 anos da morte de Getúlio Vargas relembram o impacto duradouro de suas políticas e sua figura como o “pai dos pobres”, por suas reformas que garantiram direitos aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, há reflexões sobre o caráter autoritário de seu governo durante o Estado Novo (1937-1945), período em que suprimiram-se liberdades civis e instituiu-se a censura. O legado de Vargas segue como um dos mais debatidos na história brasileira, representando o equilíbrio entre avanços sociais e centralização de poder.
O Enem pode trazer questões de História sobre a influência de Vargas na política brasileira, desde a Revolução de 1930 até sua atuação no Estado Novo e seu papel na construção da identidade nacional. Questões podem tratar de suas reformas sociais e econômicas, bem como das tensões políticas que levaram à sua morte. Em Geografia, podem ser discutidos os impactos de suas políticas de industrialização e modernização econômica no desenvolvimento do Brasil.
Na Redação, o ENEM pode propor uma reflexão sobre o legado político e social de Getúlio Vargas, debatendo sua contribuição para a proteção dos trabalhadores e os desafios de conciliar autoritarismo e reformas sociais. Questões de Sociologia e Ciências Políticas podem explorar a relação entre populismo e democracia no governo Vargas, além de discutir como sua figura política moldou a relação entre o Estado e a sociedade brasileira ao longo do século XX.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte foi fundada em 1949, após a Segunda Guerra Mundial, com o objetivo de promover a defesa coletiva entre os países membros frente a ameaças externas, especialmente o expansionismo soviético durante a Guerra Fria. Ela foi criada com a assinatura do Tratado de Washington por 12 países, incluindo os Estados Unidos, Canadá e várias nações da Europa Ocidental. Ao longo dos anos, a OTAN ampliou seu número de membros e adaptou suas missões para enfrentar novos desafios globais, como o combate ao terrorismo e a promoção da paz em áreas de conflito.
Com seus 75 anos, a OTAN continua sendo uma peça-chave na segurança global, enfrentando desafios como a guerra cibernética, o aumento das tensões com a Rússia e o papel em crises contemporâneas, como o conflito na Ucrânia. Sua capacidade de adaptação e expansão reflete sua importância na manutenção da estabilidade internacional, atuando em diferentes regiões do mundo e promovendo cooperação militar entre seus membros e parceiros.
O tema pode ser abordado em História, com questões sobre a Guerra Fria, destacando o papel da organização na contenção do comunismo e na defesa do bloco ocidental. Além disso, pode explorar o contexto geopolítico atual, como as tensões recentes entre OTAN e Rússia e o impacto das ações da OTAN na estabilidade global e a guerra Rússia x Ucrânia. Também podem surgir questões em Geografia, discutindo a atuação da OTAN em conflitos internacionais e suas bases estratégicas em diferentes regiões.
A Redação do ENEM pode trazer uma proposta de dissertação sobre a importância de alianças militares na segurança internacional ou os desafios da OTAN no mundo contemporâneo, pedindo que o estudante reflita sobre a relevância da organização para a paz global. Também pode ser explorado o papel da OTAN na diplomacia e cooperação entre países membros.
O Dia D foi o dia 6 de junho de 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, quando as forças aliadas lançaram uma grande ofensiva na costa da Normandia, no norte da França, que estava ocupada pela Alemanha nazista. Conhecido como Operação Overlord, o Dia D foi o início da invasão que visava libertar a Europa ocidental do domínio nazista.
Esse dia marcou o desembarque de mais de 150 mil soldados aliados, vindos principalmente dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, em cinco praias da Normandia (Omaha, Utah, Gold, Juno e Sword). A invasão foi uma das maiores operações anfíbias da história e envolveu um planejamento extremamente complexo, que incluía apoio aéreo e naval.
O sucesso do Dia D foi um ponto de virada importante na guerra, pois abriu uma nova frente de batalha contra a Alemanha, contribuindo diretamente para a derrota do regime nazista e o fim da guerra na Europa em maio de 1945.
Falar sobre questões factuais e práticas do Dia D pode ser esperado, mas também os efeitos políticos e sociais nos movimentos de colonialismo, descolonização e até mesmo impacto ambiental no mundo todo. É possível ainda que se fale sobre racismo, sionismo e semitismo.
Também pode ser explorado o contexto geopolítico, as alianças entre os países aliados, e a reorganização mundial após a guerra, como o início da Guerra Fria. Além disso, o exame pode utilizar mapas históricos ou gráficos para interpretar a operação militar e suas consequências geopolíticas. O tema também pode surgir na redação, discutindo a importância histórica do evento e seus impactos globais.
Vladimir Lênin, líder da Revolução Russa de 1917 e fundador do Estado Soviético, faleceu em 1924, deixando um legado profundo na história do século XX. Como principal ideólogo do bolchevismo, Lênin foi crucial na derrubada do regime czarista e na criação da União Soviética, influenciando movimentos comunistas em todo o mundo. Seu governo implementou políticas como a Nova Política Econômica (NEP) e centralizou o poder nas mãos do partido comunista, moldando a trajetória da União Soviética após sua morte e influenciando o curso da Guerra Fria.
Com o centenário de sua morte em 2024, é importante refletir sobre o impacto de suas ideias e ações no cenário global. Lênin não apenas influenciou a política interna da Rússia, mas também inspirou revoluções e movimentos socialistas ao redor do mundo, fazendo de sua figura um símbolo do comunismo. Seu legado continua a ser debatido, tanto em termos de suas conquistas políticas quanto dos desafios e autoritarismos que surgiram durante e após seu governo.
No ENEM, o centenário da morte de Lênin pode ser abordado em História, com questões sobre a Revolução Russa, o impacto do comunismo na política global e o papel de Lênin na consolidação da União Soviética. Também podem ser feitas perguntas sobre a influência de suas ideias em movimentos de esquerda e sua relação com eventos como a Guerra Fria. A Geografia pode tratar dos impactos geopolíticos da formação da União Soviética e das suas influências em blocos ideológicos ao redor do mundo.
A Redação do ENEM pode propor um tema sobre a relevância das ideologias revolucionárias no século XX, analisando os impactos das ideias de Lênin no cenário político global. Questões sobre Sociologia e Ciências Políticas podem explorar o papel das ideias leninistas nas estruturas de poder e no desenvolvimento de Estados centralizados, abordando o debate sobre os limites e as consequências do autoritarismo revolucionário.
A Revolta Paulista de 1924 foi uma insurreição militar ocorrida em São Paulo, liderada por tenentes descontentes com o governo do presidente Arthur Bernardes. O movimento, que fazia parte do ciclo de levantes conhecidos como o Tenentismo, foi impulsionado pela insatisfação com a corrupção e a centralização do poder.
Os revoltosos, liderados por oficiais do Exército, tomaram a cidade de São Paulo por quase um mês, exigindo reformas políticas, como a implementação do voto secreto e maior participação política para a população. Os tenentistas não viam com bons olhos a liderança civil à frente do governo e defendiam a retomada do poder político pelos militares. Embora a revolta tenha sido sufocada, ela contribuiu para os movimentos que levariam à Revolução de 1930 e à ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Em 2024, completam-se 100 anos da Revolta Paulista. A revolta não atingiu seus objetivos imediatos, mas destacou as tensões políticas e sociais da República Velha e a necessidade de mudanças no sistema político brasileiro. Os levantes tenentistas foram um prenúncio das transformações que ocorreriam no país nas décadas seguintes, culminando na centralização do poder durante o Estado Novo de Vargas. As motivações, os personagens e os pontos de vista são bastante discutidos e contestados em 2024. O chamado Tenentismo é um passado glorioso para muitos, mas outros criticam de forma árdua.
No ENEM, o tema da Revolta Paulista de 1924 pode ser abordado em História, discutindo o Tenentismo, suas causas e impactos nas lutas por mudanças no cenário político da República Velha. Pode explorar também a influência das revoltas militares nos processos que levariam à Revolução de 1930 e à reformulação do sistema político brasileiro. Em Geografia, o exame pode analisar o contexto urbano de São Paulo e os reflexos das revoltas militares na organização política e econômica da cidade.
Na Redação, o ENEM pode propor uma reflexão sobre os movimentos por justiça social e política no Brasil e como eles moldaram o desenvolvimento democrático do país. Questões de Sociologia e Ciências Políticas podem explorar o papel dos militares no cenário político brasileiro e os desafios das reformas propostas pelos tenentes, assim como a relação entre militarismo e política na história do Brasil.
A Constituição de 1824, a primeira do Brasil, foi promulgada em 25 de março daquele ano, sob o reinado de Dom Pedro I, logo após a independência do país em 1822. Esse documento estabeleceu o Brasil como uma monarquia constitucional e centralizou o poder nas mãos do imperador, que detinha amplos poderes, incluindo o Poder Moderador, que permitia interferir nos outros três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário). Apesar de estabelecer algumas garantias individuais, como a liberdade religiosa, a Constituição de 1824 mantinha a escravidão e limitava os direitos de participação política a uma pequena elite, já que o voto era censitário, ou seja, restrito a quem possuía determinada renda.
Em 2024, os 200 anos da Constituição de 1824 representam uma oportunidade de refletir sobre a formação do Estado brasileiro e o impacto desse documento nas estruturas políticas e sociais do país. Embora tenha introduzido conceitos fundamentais como a divisão de poderes e o início de um sistema constitucional, a Constituição também consolidou um regime político elitista e autoritário, servindo aos interesses do imperador e perpetuando desigualdades sociais, especialmente em relação à escravidão. Esse marco histórico ainda ecoa nas discussões sobre a evolução das Constituições brasileiras e a construção da cidadania no Brasil.
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O bicentenário da Constituição de 1824 pode ser abordado em História, explorando o contexto de sua criação, suas características principais, e seus efeitos sobre a sociedade brasileira, como a centralização do poder e a exclusão da maioria da população do processo político. Questões podem tratar da relação entre a Constituição e a manutenção da escravidão, além de analisar o papel de Dom Pedro I como imperador. Em Geografia, o exame pode abordar as consequências sociais e econômicas da centralização política e a divisão de terras no período monárquico.
Na Redação, o ENEM pode propor uma discussão sobre a evolução dos direitos políticos no Brasil, comparando o início da cidadania limitada em 1824 com a ampliação dos direitos civis ao longo do tempo. Questões de Sociologia e Ciências Políticas podem explorar os conceitos de autoritarismo e participação política, além de debater o impacto de uma Constituição elitista nas estruturas de poder e desigualdade social no Brasil do século XIX.
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