Quando você pensa na palavra folclore, as primeiras imagens que vêm à sua cabeça são o saci, a caipora e a mula sem cabeça? Bom, é verdade que eles são figuras bastante representativas dentro da mitologia brasileira, mas, na prática, esse conceito é muito mais amplo e rico.
E se você ficou curioso e quer saber mais sobre o que é o folclore, além de conhecer todas as lendas, brincadeiras e personagens que fazem parte desse universo, continue a leitura deste post e fique por dentro do assunto!
Formada a partir de uma junção dos termos ingleses folk, que significa “povo”, e lore, que significa “cultura”, a palavra “folclore” é utilizada justamente para definir as manifestações que formam a cultura de um povo.
No entanto, para que uma determinada representação seja considerada parte do folclore, deve apresentar algumas características:
É interessante observar, ainda, que diversas formas dessas expressões culturais são relativas a algumas regiões do Brasil de forma mais específica, mas ganham variações com o passar dos anos e formas diferenciadas de comemoração em cada local, o que justifica as diversas formas como uma mesma história pode ser contada.
De forma geral, o folclore brasileiro é extremamente diversificado, em parte pelo próprio tamanho do país e pelas diferentes realidades que ele abarca, em parte pela reunião das culturas indígena, europeia e africana, que ajudaram a enriquecer ainda mais a nossa gama de histórias, canções e festividades.
Mas, na prática, o conceito de folclore do ponto de vista nacional só passou a ser registrado de forma oficial no fim do século XIX. E, para saber mais sobre essa linha do tempo, confira o próximo tópico do nosso artigo!
Aproximadamente um século antes dos primeiros estudos sobre o folclore no Brasil, surgiu na Europa — mais especificamente na Alemanha — um interesse acerca das chamadas “antiguidades populares” que, em oposição à cultura erudita da elite, reuniam as diferentes formas de literatura, música e práticas religiosas exercidas pela população.
A princípio, o termo “folclore” se referia somente à tradição não escrita. Mas, com o passar dos anos, sentiu-se também a necessidade de registrar esses saberes, dando origem a uma fonte de informação valiosa para a compreensão dos costumes e crenças da sociedade.
No Brasil, entre os principais nomes do estudo folclórico nacional, podemos destacar os escritores Monteiro Lobato e Mario de Andrade e o historiador e antropólogo Câmara Cascudo, que contribuíram para a visão do folclore que temos até os dias de hoje, reunindo aspectos antropológicos, etnográficos e socioculturais.
Conforme citamos na introdução deste post, o saci, a caipora e a mula sem cabeça estão no rol das personagens do folclore mais conhecidas pela população de forma geral. No entanto, existem muitas outras figuras que fazem parte de narrativas extremamente instigantes. Abaixo, vamos listar algumas delas:
Esses e outros personagens podem ser vistos, também, em narrativas mitológicas de outros países, já que derivam de histórias contadas através dos séculos pelos povos das mais diferentes nações.
Muitas das lendas que conhecemos até hoje foram criadas pelos povos mais antigos como forma de explicar fenômenos da natureza que tinham sua origem desconhecida, dando a eles um sentido no mundo real.
Outras histórias, muitas vezes protagonizadas pelas personagens que apresentamos no tópico anterior, eram utilizadas como ferramentas para ensinar valores como honestidade, coragem, obediência, ou simplesmente utilizadas como forma de diversão, assustando e encantando muitas pessoas.
Como forma de valorizar as diferentes manifestações folclóricas das diversas regiões brasileiras, no ano de 1965, o Congresso Nacional instaurou o dia 22 de agosto como o Dia do Folclore nacional.
Essa iniciativa ressaltou a importância de respeitar e conservar essas tradições, possibilitando que elas sejam passadas de geração em geração, mantendo viva a cultura popular do país.
Como forma de celebrar a ocasião, instituições como escolas e centros culturais realizam diversas atividades para que todos conheçam mais sobre as lendas, as festas, as canções, as danças e as brincadeiras que compõem o folclore nacional.
E já que mencionamos as brincadeiras e danças, vamos aproveitar os próximos tópicos para falar um pouco mais sobre esses dois aspectos lúdicos — e bastante interessantes — da nossa tradição folclórica. Confira!
Utilizadas principalmente na educação infantil, as brincadeiras folclóricas são excelentes ferramentas para trabalhar não apenas a criatividade e as capacidades cognitivas e de coordenação, mas também para transmitir as tradições populares de forma divertida.
Nesse aspecto, podemos destacar brinquedos como pião, bola de gude, pipa e as figurinhas para “bater”, além dos jogos de amarelinha, pega-pega, esconde-esconde, pula-corda, cabo de guerra, passa anel, gato mia e cabra-cega.
Movidas pela música e caracterizadas por figurinos típicos, as danças folclóricas trazem um pouco da identidade de cada região do país e tiveram sua origem a partir dos rituais religiosos e mágicos, como forma de agradecimento, homenagem ou saudação às forças espirituais.
Entre as principais danças que fazem parte do nosso folclore, podemos destacar:
Como é possível perceber, o folclore brasileiro é extremamente rico e tem a importante função de ajudar a construir a História do nosso povo, sendo parte integrante do nosso perfil cultural.
Além disso, o conhecimento das tradições populares está entre os conteúdos abordados no Enem e nos vestibulares e, por isso, é indispensável a todos os vestibulandos, independentemente do curso escolhido.
Agora que você já conhece um pouco mais sobre o folclore, que tal se aprofundar ainda mais no assunto com os materiais que o Stoodi preparou para você? Conheça o nosso plano de estudos e aproveite para conferir também nossas videoaulas e exercícios que vão ajudá-lo a turbinar os seus conhecimentos!
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