A Guerra da Síria é um dos temas mais discutidos do momento. Portanto, para quem está se preparando para exames como o Enem, é fundamental entender o conflito e seus impactos no cenário global.
A questão é bastante complexa e, como ainda está em desenvolvimento, é difícil entender quais são as motivações de todos esses fatos e quais são os países envolvidos.
Mas, como o tema interessa a várias disciplinas ao mesmo tempo, podendo ser cobrado tanto na redação, quanto em qualquer área das Ciências Humanas, neste artigo, veremos tudo que é necessário para dominar o assunto, passando pelos seguintes tópicos:
Preparado? Então vamos começar logo, porque temos muitos assuntos para colocar em dia.
Em princípio, a Guerra da Síria foi motivada pelo descontentamento de grande parte da população com o governo do ditador Bashar al-Assad, em 2011, quando ocorreram manifestações consideradas pacíficas.
Naquela época, o Oriente Médio atravessava uma onda de protestos que ficou conhecida como Primavera Árabe. No entanto, o governo sírio reprimiu duramente o movimento em seu território.
Isso gerou duas consequências importantes que originaram a guerra:
É claro que isso parece um pouco confuso, afinal, que interesses são esses para tantos países se envolverem em um conflito interno da Síria? Para entender isso, é preciso separar os grupos, para verificar os objetivos de cada um.
Temos quatro grupos principais envolvidos na Guerra da Síria, além de vários atores com interesses independentes, dos quais dois são mais importantes.
Pelo interior do país, vários grupos diferentes entraram no conflito, nem sempre lutando com os mesmos objetivos. Podemos dividi-los em dois:
Radicais islâmicos que se infiltraram no conflito, tentando aproveitar o caos, para dominar a região e obter recursos para continuar sua luta particular contra o ocidente.
Os americanos e seus aliados têm interesses muito diversificados, mas podemos citar alguns mais importantes:
2011: durante a Primavera Árabe, manifestantes contrários ao regime de Assad são reprimidos e tem início a Guerra Civil na Síria.
2012: com o caos instalado no país, aumenta a presença de grupos islâmicos radicais como al-Qaeda e Estado Islâmico.
2013: com a intensificação da guerra, começam as notícias sobre ataques químicos contra a população civil, com o ocidente culpando o governo sírio, que por sua vez, culpa os rebeldes.
2014: o Estado Islâmico se fortalece e ocupa diversas cidades sírias. Em resposta, Estados Unidos e Rússia bombardeiam o país. Os russos, em apoio ao regime de Assad e os americanos, contra ele.
2015: apesar dos bombardeios, o Estado Islâmico promove decapitações e assassinatos em massa nas cidades ocupadas. Os refugiados de guerra aumentam e a crise se torna um problema mundial.
2016: com o apoio russo, o governo sírio consegue retomar e controlar várias cidades e pontos estratégicos do país.
2017: com o Estado Islâmico praticamente derrotado, Bashar al-Assad ganha força para se manter no poder, mas as negociações de paz não avançam e a Guerra da Síria se torna mais complexa, com a presença de forças turcas, iranianas e israelenses na região.
2018: Neste ano foi registrado o menor número de mortos desde o início da Guerra na Síria, sendo contabilizados cerca de 20 mil mortos. Este também foi o ano que, com a ajuda de seus aliados Irã e Rússia, o presidente Bashar Al-Assad reconquistou feudos jihaditas.
Um detalhe importante para que você entenda a guerra na Síria é a situação de Alepo, uma das maiores e mais industrializadas cidades do país, que foi disputada durante anos por vários grupos diferentes.
Como a guerra foi intensa na região, só ficou na cidade quem não conseguiu sair, ou estava com algum dos grupos combatentes. A cidade, inclusive, é uma das principais origens de refugiados sírios.
No momento, o governo sírio controla a cidade e alguns cidadãos começam a retornar aos poucos, em um esforço ainda tímido de reconstrução, principalmente porque no entorno ainda há muitos grupos rebeldes em atuação.
Além da guerra em si, os massacres promovidos por radicais islâmicos, aliados aos intensos e constantes bombardeios e ataques com armas químicas, criaram uma legião incalculável de refugiados, mas as estimativas da ONU apontam para:
Oficialmente, Turquia, Jordânia, Líbano e Alemanha receberam juntos, mais de 5,7 milhões de refugiados, mas muitos países europeus se recusaram a abrigar estas pessoas, na quantidade com que chegavam ao continente.
Para muitos analistas, Bashar al-Assad e a Rússia já venceram a Guerra da Síria, mas ainda há muitos combates acontecendo em vários pontos do país, além de um impasse político e militar, já que americanos e aliados não parecem dispostos a se retirar do país.
Além disso, a crise dos refugiados não está nem perto de ser resolvida e outras tensões estão se desenvolvendo, com a participação direta de Israel, Irã e Turquia em partes do país.
Resumindo, ainda que a Guerra da Síria possa estar se encaminhando para o final, não há como saber quando que isso ocorrerá, porque os grandes interesses políticos, econômicos e militares por trás da guerra permanecem sem solução.
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