Fascismo: Origem, Contexto Histórico e Características
Tudo o que você precisa dominar sobre esse tema para mandar bem no vestibular e no Enem!
O fascismo foi um regime político totalitário que surgiu na Itália no início do século XX. Sua ideologia é muito autoritária, racial e nacionalista.
Se você tem qualquer dúvida sobre o assunto, veio ao lugar certo, porque vamos explicar tudo o que você precisa saber para arrasar no Enem e principais vestibulares do país. Continue conosco!
O que é fascismo?
O fascismo foi um regime político totalitário que surgiu na Itália entre as décadas de 1920 e 1940. Sua ideologia é autoritária, racial, violenta e nacionalista.
O líder do fascismo italiano foi Benito Mussolini, filho de uma professora e de um ferreiro. Apesar de ter feito parte do Partido Socialista Italiano durante sua juventude, Mussolini mudou sua ideologia política e criou um partido de extrema direita, em 1919.
Existem alguns fatores que contribuíram para a ascensão do Partido Nacional Fascista na Itália, como a grave crise econômica que a Itália enfrentava e o não atendimento de reivindicações territoriais no pós Primeira Guerra Mundial. Essa frustração vai inflar ainda mais o nacionalismo italiano.
Além disso, com a guerra, o país sofreu queda na produção industrial e queda na produção agrícola. Isso tudo acabou gerando uma inflação.
Contexto histórico do Fascismo
A Europa estava arrasada pela guerra, com uma forte crise econômica. A população encontrava-se com a moral lá embaixo, bastante desanimada.
É nesse ambiente que surgem alguns políticos e ideólogos com um discurso inflamado de resolver problemas complexos e com a capacidade de falar aquilo que o povo mais queria ouvir.
Esse líder fascista, portanto, aproveitou o momento para apresentar um discurso parecido com “Levante-se, orgulhe-se! A nação precisa de você, nós somos superiores”.
Mussolini chegou ao poder no ano de 1922 com a chamada “Marcha Sobre Roma”. Em 1943, ele recebe apoio dos nazistas e é obrigado a fugir para o norte da Itália, onde cria a República Social Italiana.
O líder fascista vai governar até 1945, quando Mussolini é fuzilado com sua esposa por um grupo italiano antifascista.
A crise econômica na Itália
Num momento de desespero, a Itália começou a emitir papel-moeda (o chamado emissionismo), o que resultou também na desvalorização da moeda italiana, alimentando ainda mais a inflação.
A taxa de desemprego foi aumentando e a Itália contou com o famoso “baby boom”, um superpovoamento. A situação do país foi saindo do controle com revoltas, greves, invasões de terras e ocupações de fábricas.
Em meio a esse caos, os partidos de esquerda ganharam força. A burguesia, os latifundiários e a classe média católica passaram a ficar com mais medo da “ameaça comunista ateia.
O temor era que acontecesse na Itália o mesmo que aconteceu na Rússia em 1917, onde a Revolução Bolchevique suprimiu a propriedade privada dos meios de produção.
É nesse momento que surge, com força e popularidade, Benito Mussolini. O apoio que ele recebe da burguesia será importantíssimo para a sua ascensão.
Características do Fascismo
O Fascismo por se tratar de um sistema político complexo destacamos 8 principais características para melhor compreensão sobre o tema. Veja cada uma delas abaixo:
1. Nacionalismo exacerbado
Primeira característica que podemos destacar é o nacionalismo exacerbado. Para os fascistas, a nação é a instituição mais importante e está acima de tudo.
Os interesses dos indivíduos jamais devem ser superiores aos interesses da nação. Aliás, o indivíduo não existe, o que existe é a nação.
Mas não é qualquer nacionalismo que estamos falando. É um nacionalismo exagerado e inconsequente, tanto que ele será levado às últimas consequências: a Segunda Guerra Mundial.
2. Totalitarismo
A segunda característica é o totalitarismo. Esse termo significa que o Estado que controla todos os setores da nação, como todas as atividades políticas, econômicas (um capitalismo sob forte intervenção estatal), controla a educação, a cultura e a imprensa.
O Estado é o poder que deve manter o controle de tudo por meio do partido único — que é a próxima característica que vamos destacar.
3. Partido Único
Os fascistas defendem o unipartidarismo, ou seja, somente o partido fascista poderia ter forças sobre a nação. Aliás, em relação ao Estado totalitário, existe uma frase de Mussolini que é bem esclarecedora: “Nada deve estar acima do Estado. Nada deve estar fora do Estado e nada deve estar contra o Estado”.
Os fascistas desprezam a democracia. Para eles, o parlamento e o congresso são perda de tempo com discussões inúteis de parlamentares de diversos partidos, sendo que o que a nação precisa é um partido com pessoas disciplinadas e apaixonadas pela sua nação.
Segundo os fascistas, é isso que a nação precisa. Para o fascismo a democracia não só é desnecessária como atrapalha a ação do partido único (do Partido Fascista).
4. Culto ao líder
Outra característica bem importante é o culto à personalidade do líder. Benito Mussolini, por exemplo, foi identificado como o grande guia da nação para solucionar todos os problemas no país.
Em um determinado momento, graças a uma intensa propaganda por parte do Estado que tem o poder para controlar tudo, a figura do líder quase se confunde com a própria nação, com o próprio Estado. Muitas vezes esse líder vai ser identificado como um “salvador”.
5. Anticomunismo
Outra característica muito marcante do Fascismo é o anticomunismo.
Para os fascistas, não deve haver luta de classes porque ela atrapalha o desenvolvimento e o progresso da nação. Eles acreditam que o que deve existir é a união das classes, a integração em prol do desenvolvimento da nação.
6. Corporativismo
Essa é uma peculiaridade do fascismo. O que é o corporativismo? Benito Mussolini, líder fascista que chegou ao poder na Itália em 1922, propõe e cria as corporações.
Nas corporações, teremos a reunião de todos os profissionais de um mesmo ofício, agregando patrões e trabalhadores, com representantes do governo fascista atuando como juízes ou intermediários, evitando, assim, a luta de classes.
Isso nos remete, mais uma vez, ao anticomunismo. Então, a palavra final será do Estado para promover a “harmonia entre as classes e o desenvolvimento da nação”.
Benito Mussolini dizia: “Creia, obedeça e acredite na nação”. Ele defendia que um dia a Itália voltaria a ser uma grande potência. Para isso, seria necessário conquistar territórios. Está aí outra característica: o expansionismo.
7. Expansionismo
Era preciso conquistar novos territórios para que a Itália pudesse se desenvolver plenamente, obtendo novas fontes de matérias-primas e novos mercados consumidores.
Para que esse expansionismo seja realizado, para que novos territórios sejam conquistados, os fascistas defendem um exército forte, moderno e disciplinado.
8. Militarismo
O militarismo é uma característica muito forte do Fascismo, uma vez que, para que haja a expansão de territórios, os fascistas utilizam a luta, violência e uma forte organização militar.
Destacamos uma frase típica dos fascistas: “Mais vale um dia de coragem no campo de batalha como um leão feroz do que viver cem anos como um carneirinho covarde”.
Nazismo e Fascismo
É bem comum haver confusão entre os dois termos, isso porque o Nazismo e Fascismo foram regimes políticos com características semelhantes entre si, de caráter autoritário e violento.
O fascismo nasceu na Itália e foi comandado por Benito Mussolini entre os anos de 1919 e 1943. Já o nazismo se desenvolveu na Alemanha entre 1933 e 1945, tendo como líder Adolf Hitler.
O Nazismo tinha como fundamento a doutrina nacional-socialista, defendia o nacionalismo exacerbado, totalitarismo e superioridade da raça ariana. Foi um período marcado pelo Holocausto e pela perseguição aos Judeus.
Fascismo no Brasil
É no período da Europa pós 1ª Guerra Mundial que o fascismo vai se estabelecer, vão se expandir e, inclusive, vai chegar até a América Latina, inclusive no Brasil.
O ex-presidente Getúlio Vargas inspirou-se no Fascismo para dar início ao período que chamamos de Estado Novo. Vargas era um admirador da ideologia fascista .
Fascismo: Enem e vestibulares
É muito importante revisar este conteúdo antes dos processos seletivos — além disso, é um assunto que vai te ajudar a entender a transição entre a Primeira Guerra Mundial e Segunda Guerra Mundial.
Nos últimos 7 anos de vestibular (de 2010 até agora), a UERJ apresentou 9 questões sobre o nazifascismo. O tema caiu 5 vezes no Enem e 5 vezes na Unesp. O conteúdo caiu 3 vezes na Fuvest e esteve presente 2 vezes na Unicamp.
Por isso, a nossa dica é: relembre quais são os conceitos básicos desse período, conheça um pouco sobre o líder fascista (Benito Mussolini), veja quais foram os fatores que levaram a ascensão desse regime político e entenda as características da ideologia fascista.
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