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História: o guia completo!

Guia Stoodi: saiba tudo sobre História

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O ensino de História tem importância fundamental para a construção de uma sociedade com identidade por meio do conhecimento do passado. Como ciência, essa disciplina interpreta a experiência humana ao longo do tempo, o que ajuda a adquirir consciência do que fomos (passado) para transformar o que somos (presente).

É devido a essa importância que os conhecimentos em História são recorrentes nos estudos do Ensino Médio e nas questões do Enem. Nós analisamos os conteúdos que são mais cobrados nas provas e fizemos um guia completo sobre História para você mandar bem. Confira!

O que é História?

A palavra História vem do grego e está relacionada aos sentidos de “procurar saber”, “informar-se”. Nesse caso, a História se referia a uma pesquisa sobre algo que aconteceu. Era uma narração, um relato, uma interpretação das informações.

Mais tarde, essa palavra passou a ser usada para dar nome ao conhecimento científico sobre a vida das pessoas ao longo do tempo. Para os historiadores atuais, a História é a ciência que estuda a vivência humana no passado. Assim, podemos descobrir as permanências, as rupturas, como as coisas surgiram, como os direitos foram conquistados, como a exploração humana se deu no espaço temporal.

Para que estudar História?

Estudar História pode ter várias finalidades. Como vimos, essa ciência interpreta as experiências humanas no passado. Conhecendo essas interpretações, podemos ter consciência do que fomos, para transformar o que somos.

Por exemplo, no caso do Brasil, percebemos a existência de grandes desigualdades sociais, assim, os estudos de história brasileira podem nos ajudar a compreender os motivos dessas desigualdades e nos nortear para combater esse problema.

Nesse sentido, o estudo de História pode despertar em cada um de nós o interesse em sermos agentes transformadores da nossa própria realidade. Ou seja, ao conhecermos como os processos históricos acontecem e nos incluirmos como parte deles, percebemos que também somos agentes transformadores da nossa própria realidade.

O que estuda a História no Ensino Médio?

É comum nos livros didáticos, em salas de aulas e em outros materiais voltados para o Ensino Médio, nos depararmos com o estudo da humanidade desde a Pré-História (homens das cavernas) até os dias atuais. Devido às nossas influências culturais, o enfoque maior nesse ensino se faz nas experiências humanas dos povos ocidentais, principalmente dos povos europeus e americanos.

Para facilitar a compreensão e a localização temporal, os historiadores mais tradicionais dividiram a disciplina histórica em cinco períodos:

  • Pré-História;
  • História Antiga;
  • História Medieval;
  • História Moderna;
  • História Contemporânea.

Assim, é possível identificar os acontecimentos, as formas de agir e de pensar da humanidade em momentos diferentes. Fizemos um levantamento dos conteúdos mais importantes de História para você conquistar o diploma do Ensino Médio e ainda se preparar para a prova do Enem.

História Antiga

A História Antiga ou Antiguidade teve início há cerca de 10 mil anos, quando os homens passaram a praticar a agricultura e a viver em aldeias. Graças à agricultura, eles deixaram de ser nômades, isso é, sem moradia fixa e passaram a ser sedentários, ou seja, com moradia fixada em torno de uma aldeia ou cidade.

Esse processo proporcionou ao homem o desenvolvimento tecnológico, como a cerâmica, a tecelagem, a construção de moradias, a metalurgia, entre outros. A partir daí começam a surgir as primeiras civilizações do mundo.

Uma das primeiras civilizações conhecidas desenvolveu-se entre os rios Tigre e Eufrates, atualmente na região do Iraque e da Síria e ficou conhecida como Mesopotâmia (em grego, terra entre rios). Lá se desenvolveu uma das mais antigas formas de escrita, foram criadas as primeiras escolas para jovens e o primeiro código de regras (Código de Hamurábi).

Em seguida, muitas outras civilizações antigas foram surgindo entre a Ásia, o Oriente Médio e a África. Povos como os chineses, indianos, egípcios, cuxitas, hebreus e persas deixaram suas contribuições para humanidade ao desenvolverem várias tecnologias, saberes, modos de fazer política, línguas, culturas etc. Porém, os gregos e os romanos foram os que mais influenciaram os povos ocidentais, dos quais fazemos parte. Por isso, vamos falar um pouco mais sobre essas duas civilizações.

Grécia Antiga

A civilização grega surgiu há cerca de 4 mil anos e influenciou profundamente as culturas ocidentais ao longo da história. Essa influência se revela, por exemplo, na presença de muitas palavras de origem grega em idiomas como inglês, alemão, português, no modo de fazer política, na democracia, na filosofia, nas artes, entre outros.

Os gregos foram o resultado do encontro de inúmeros povos, a partir do ano 2000 a.C., o qual teve início na Ilha de Creta, no Mar Egeu. A Grécia Antiga não era um país unificado por um poder central. Não havia capital nem governo único. A base da sociedade grega era a cidade-estado, também chamada de pólis.

Cada cidade-estado tinha seu próprio governo, suas próprias regras e costumes um pouco diferentes uns dos outros. O que fazia os gregos se sentirem pertencentes a um mesmo povo era a língua e a religião, praticadas da mesma forma em todos os cantos.

Geralmente, uma cidade era rodeada por campos cultivados (uva, oliveira e cereais), pastos e casas de camponeses. Na parte principal estavam as lojas, os prédios públicos, o teatro, entre outros. No mundo grego surgiram diversas cidades, como Atenas e Esparta (as duas mais importantes), Messena, Mégara, Corinto e muitas outras.

Os atenienses transformaram o jeito de governar sua cidade. Até meados do século VIII a.C., a cidade-estado era comandada por um rei que concentrava para si todas as tarefas administrativas, religiosas e militares. Depois, o governo passou a ser exercido pelos eupátridas (os bem nascidos, famílias nobres).

Diante do poder das elites, grande parte dos atenienses (comerciantes, artesãos, camponeses, etc.) começou a exigir reformas sociais. Essas reformas fizeram parte de um longo processo de lutas que culminou na criação de uma nova maneira de governar, que ficou conhecida como democracia.

É importante lembrar que na democracia ateniense, somente os homens, maiores de 21 anos, livres e nascidos em Atenas eram considerados cidadãos, portanto, somente eles tinham voz ativa nesse regime político. Mulheres, escravos, estrangeiros e homens menores de 21 anos não tinham direito à cidadania.

Os gregos antigos também são bastante conhecidos por terem sido os criadores dos gêneros teatrais comédia e tragédia, de gêneros literários como a lírica, a epopeia e o drama. Foram os criadores da Filosofia, da História como área de conhecimento, dos Jogos Olímpicos e deram contribuições importantes para a medicina. Por tudo isso e muito mais, a Grécia Antiga é considerada o berço das civilizações ocidentais.

Roma Antiga

A civilização romana surgiu há cerca de 753 anos a.C., na região da Itália. De acordo com a lenda de fundação de Roma, dois irmãos gêmeos (Rômulo e Remo) foram abandonados às margens do rio Tibre até que a correnteza os levou para o monte Palatino. Lá, uma loba teria amamentado os gêmeos, que depois foram cuidados por um pastor.

Quando viraram adultos, Rômulo e Remo fundaram uma cidade no mesmo monte. Porém, os dois irmãos lutaram para decidir quem ia ser o rei. Rômulo matou Remo e tornou-se o primeiro rei de Roma.

De certo modo, Roma Antiga ainda está muito viva. Afinal de contas, foram várias contribuições culturais e políticas deixadas por eles. O português que falamos, assim como espanhol, o francês e o italiano derivam do latim (idioma falado pelos romanos antigos).

Nas artes, os romanos combinavam o útil ao belo. Foram criadores de esculturas que homenageavam grandes feitos heroicos, personagens importantes e os deuses. Foram, também, excelentes arquitetos capazes de construir grandes teatros para receber multidões, aquedutos para levar água de um ponto mais baixo para um ponto mais alto, estradas, redes de esgoto, templos e palácios grandiosos.

Já o desenvolvimento do Direito foi uma das grandes contribuições romanas. Atualmente, os cursos de Direito ensinam alguns princípios jurídicos romanos. Por isso, é comum alguns advogados, promotores e juízes citarem certas frases em latim.

A história política de Roma é complexa. Passaram por três modelos de governos diferentes: a Monarquia, a República e o Império. Como você já deve estar pensando, a República foi o modelo político criado pelos romanos e que rege os princípios políticos do nosso país. A palavra vem do latim e significa “coisa pública”. A ideia é que, diferentemente da Monarquia, o comando da sociedade não seria de uma única pessoa, mas sim do conjunto de pessoas.

Idade Média

Os historiadores chamam de Idade Média ou Idade Medieval o período da história da Europa que se estende do século V d.C até o século XV — foram mais de mil anos.

Nesse tema abordaremos os principais aspectos da Idade Medieval, como o feudalismo, a dominação da Igreja Católica, a cultura e as invenções. Para estudar esse período é importante lembrar que não havia países, nem existia um grande império que impusesse seu padrão para todos (como o Império Romano fez). A força unificadora era a Igreja.

Durante a Idade Média a base da economia era agrária e quase todo mundo vivia no campo. A maioria das pessoas vivia e trabalhava em uma área denominada de feudo. O dono dessas terras era chamada de senhor feudal.

O feudo era uma grande extensão de terra, dominada por um senhor, que concedia suas terras às famílias mais pobres (servos) para que nela eles pudessem plantar, criar animais, construir suas casas e criar seus filhos. Em troca dessa concessão, o dono das terras cobrava parte das produções dos servos, impostos por utilização dos espaços comuns do feudo e, ainda, exigia que os trabalhadores prestassem serviços gratuitos de interesse do senhor feudal.

Essa extensão de terra possuia uma limitação territorial, geralmente delimitada por altos muros, como uma forma de proteção aos povos bárbaros. Eles invadiam os feudos, saqueavam cidades e castelos.

Geralmente, os servos nasciam, cresciam e morriam dentro de um mesmo feudo, aprendiam a profissão de seu pai e ajudavam na plantação e na criação de animais. O trabalho deles podia ser coletivo ou individual. Entregavam parte da produção ao senhor feudal e viviam com o que lhes sobrava.

Como já vimos, a classe dominante era formada pelos senhores feudais. Estamos falando principalmente dos nobres com títulos de duque, barão, conde, marquês e visconde. Eles viviam em castelos dentro do feudo e podiam cobrar pedágios, criar regras, organizar exércitos, expulsar ou receber novas famílias em suas terras.

A Igreja Católica também exercia importante papel de dominação na Idade Média, temos como exemplo as cruzadas. Desobedecer às ordens e tentar mudar o rumo da vida poderia ser considerado uma atitude demoníaca.

A Igreja afirmava que Deus havia determinado a divisão dos homens em tarefas:

  • alguns deveriam servir a Deus e difundir suas palavras — essa era a tarefa do clero (os homens e mulheres da Igreja);
  • outros deveriam defender o cristianismo e seu povo com as armas — eram os nobres que organizavam e lideravam os exércitos;
  • e, por fim, Deus teria criado os servos para trabalharem e alimentarem todos.

 

A partir do século XI, o mundo feudal começou a passar por transformações. Os servos procuravam maneiras de conquistar uma vida melhor e lutavam por mudanças nas relações de trabalho. Nesse período houve mudanças na agricultura. Técnicas como a rotação de cultura e a invenção de ferramentas como a charrua (um tipo de arado), a ferradura e o moinho proporcionaram o aumento das produções.

Com mais alimentos a população aumentou, afinal, comendo melhor as pessoas passaram a viver mais. Esse aumento de produção impulsionou o comércio na Europa. Agora o servo conseguia alimentar sua família, pagar suas obrigações ao senhor feudal e ainda conseguia acumular produtos.

Com essa acumulação as feiras nas rotas comerciais passaram a ser mais frequentadas e ficavam cada vez mais cheias. Ali encontravam-se comerciantes, artesãos e até artistas que faziam espetáculos para promover o entretenimento. Com toda essa movimentação, as primeiras cidades medievais começaram a surgir.

Porém, no final do século XIV e XV, as sociedades europeias foram atingidas novamente pela fome devido aos desastres naturais e, também, pela peste bubônica (uma doença mortal transmitida pela pulga do rato). Cerca de 30% da população europeia foi dizimada.

Essas mudanças afetaram as bases do feudalismo. A partir de então, esse cenário foi se modificando e as estruturas da Idade Média deram lugar a um novo período histórico.

Idade Moderna

A Idade Moderna surgiu a partir do século XV na Europa e foi um período de grandes modificações no mundo. As artes, as ciências e a filosofia se transformaram profundamente. O planeta ganhou novos contornos com as grandes navegações e a política deu novos passos.

Nas artes houve o esforço de retrabalhar os valores inspirados na cultura greco-romana. Por isso, o movimento de transformação dessa sociedade foi chamado de Renascimento Cultural.

Os temas religiosos que predominavam as obras de arte na Idade Média deram lugar a outros aspectos da vida social. Os renascentistas exploravam o mundo à sua volta, investigavam a natureza e o corpo humano.

De modo geral, podemos dizer que os renascentistas transformaram o mundo teocêntrico (Deus como base para as explicações do mundo) para etnocêntrico (o homem como o centro das atenções). Isso fez com que as ciências se desenvolvessem. Foram feitos novos estudos do corpo humano, de astronomia e grandes descobertas na medicina, na geografia, na matemática etc.

Nesse contexto surgiram também as Reformas Religiosas, nas quais o monopólio religioso da Igreja Católica dividiu espaço com o protestantismo. Novas religiões foram fundadas, a Bíblia foi traduzida para os idiomas locais e o povo pôde decidir sobre as suas próprias crenças. Graças às reformas iniciadas por Martinho Lutero, no século XVI, surgiram as igrejas anglicanas, luteranas, calvinistas e muitas outras vieram em seguida.

Diante da queda no número de fiéis e das críticas recebidas por objetivar o lucro com a venda de materiais ditos sagrados, do perdão dos pecados mediante pagamento, o catolicismo passou por reformas. Em 1545, o papa Paulo III convocou o Concílio de Trento, no qual a igreja firmou novas práticas e reafirmou pontos básicos de sua doutrina.

O desenvolvimento tecnológico proporcionou a criação de navios para viajar longas distâncias, de instrumentos como a bússola e o astrolábio para ajudarem na orientação em alto-mar. Aliados ao interesse pelo comércio e pelo lucro, surgiram as grandes navegações que permitiram o contato dos povos europeus com os povos americanos.

Na Filosofia, os pensadores apontaram novas formas de fazer política com o iluminismo. Nomes como Voltaire, Rousseau e Montesquieu foram responsáveis pelo surgimento de ideias que contrariavam a monarquia dominante da época. Eles defendiam a liberdade de expressão, a divisão do poder, a igualdade jurídica, a criação de mais escolas, entre outras coisas.

O movimento iluminista influenciou diretamente o povo francês, que depois de anos de exploração pelas classes dominantes, fizeram a Revolução Francesa, no século XVIII.

Como a Revolução foi um grande marco, não só para a sociedade europeia, mas para todo o mundo, seus ideias passariam a ser adotados por boa parte da população. Assim, foi realizado o Congresso de Viena, para poder regir e determinar quais os fatores que ainda continuariam em vigor e quais deles seriam modificados.

Anos mais tarde, em 1830 e 1848, esses ideias voltaram a permear as soceidades europeias, caracterizando as Revoluções de 1830 e 1848. Após estes ideias, ocorrem as unificações territorais na Europa, como a italiana e a alemã.

 

História no Enem: quais são os temas mais pedidos?

Para se preparar para o Enem, selecionamos os temas mais recorrentes na prova. Vamos falar agora um pouco sobre História do Brasil e da história do mundo atual, temas bastante retomados nos exames.

Início da Colonização

Como vimos, durante a Idade Moderna o desenvolvimento tecnológico proporcionou as grandes navegações por países europeus. Interessados no comércio, iniciaram uma corrida por descobertas de novas rotas marítimas que os levassem até o Oriente. Os portugueses e espanhóis saíram na frente dessa corrida.

Em 1500, o governo português enviou uma esquadra à Índia com a intenção de estabelecer o comércio. A esquadra partiu com cerca de 1500 tripulantes sob o comando do português Pedro Álvares Cabral. No decorrer da viagem, os navios de Cabral afastaram-se bastante da rota prevista indo em direção às terras americanas. O motivo desse desvio de rota é discutido até hoje por historiadores.

No dia 22 de abril, de 1500, os marinheiros portugueses avistaram as terras que mais tarde seriam chamadas de Brasil. O lugar era habitado por nativos e recebeu o nome de Vera Cruz. Porém, esse nome quase não foi usado.

Deu-se início ao período de colonização do Brasil por Portugal, que durou cerca de 300 anos. Durante esse tempo, o governo português extraiu daqui várias riquezas. A primeira atividade econômica foi a extração do pau-brasil da região litorânea. Com a exploração de mão de obra indígena, os europeus trocavam objetos de baixo valor (escambo), como espelhos, tecidos, maquiagens, pelo serviço dos nativos.

Não podemos deixar de ressaltar a importância da Inglaterra neste período que, foi resposnável por produzir grande parte dos objetos usados como troca aqui no Brasil, além de susa influência política sobre o rei de Portugal.

Mas a principal mão de obra portuguesa foi o trabalho escravo de africanos trazidos à força para o Brasil. Os negros foram responsáveis pela labuta na segunda grande exploração: a cana-de-açúcar. Como o preço do produto era alto na Europa e as terras do Nordeste brasileiro eram excelentes para esse cultivo, durante mais de dois séculos a monocultura da cana-de-açúcar foi responsável por encher os cofres portugueses.

Até que, no final do século XVII, a descoberta do ouro na região de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso fez com que o eixo comercial da colônia portuguesa se deslocasse para o sul. Em pouco mais de um século foram extraídas toneladas de ouro e diamante com a ajuda do trabalho escravo.

Ainda dentro do contexto sobre a colonização no Brasil, é importante destacar alguns outros itens que foram essenciais para o desenvovliemnto econômico do país neste período, como as Drogas do Srtão e a agropecuária.

Estamos falando do Brasil aqui, mas não deixe de revisar a colonização espanhol pela américa, além das colonizações pré-colombianas, ok? A importância deste conteúdo se estuca até suas independências.

Independência do Brasil

Você sabe por que o dia 7 de setembro é feriado no Brasil? Essa data relembra a luta contra o domínio colonial português e marca a independência do Brasil. Mas para saber como essa independência foi conquistada, é preciso voltar um pouco no tempo.

Durante o período colonial, ocorreram diversos conflitos entre os grupos coloniais brasileiros e portugueses que levaram à independência. Houve conflitos como a Guerra dos Mascates, a Guerra dos Emboabas, a Inconfidência Mineira e a Revolta de Vila Rica, que pretendiam mudar aspectos da dominação colonial.

Em 1808, a Família Real Portuguesa se transferiu para o Brasil a fim de evitar uma guerra com o imperador francês Napoleão. Com a instalação da Coroa Portuguesa no Brasil, a colônia ganhou novos contornos, foram criados bibliotecas, bancos, teatros etc. e vários artistas e cientistas vieram para o Brasil. Até que, em 1821, o rei de Portugal, D. João VI retornou ao seu país e deixou seu filho, D. Pedro, como representante da Coroa na colônia.

Com toda efervescência política e cultural no país, com a pressão das elites brasileiras pela emancipação, o príncipe regente, D. Pedro, proclamou a independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822.

Primeiro Reinado

O Primeiro Reinado foi a fase imediatamente após a proclamação da independência por D. Pedro, em 1822, até o dia 7 de abril de 1831, quando o rei brasileiro abdica do trono. Depois da proclamação da independência foi preciso criar as estruturas do novo Estado brasileiro. Essas estruturas refletiram na criação da primeira Constituição do país.

A Constituição de 1824 estabelecia a existência de quatro poderes: Poder Legislativo, Poder Judiciário, Poder Executivo e Poder Moderador (era o poder exclusivo do imperador e estava acima dos demais). Na prática, o rei tinha poder para dissolver a Câmara dos Deputados, convocar eleições, anistiar presos, nomear ministros e presidentes de cada estado.

A Constituição de 1824 excluía da vida política os homens pobres, todas as mulheres, os escravos e os indígenas. O direito de votar e ser votado dependia de uma renda alta, estabelecida pela lei.

Na primeira constituição, o catolicismo era a religião oficial do Brasil. Mas a lei garantia que ninguém seria perseguido por motivo religioso, desde que fosse respeitada a religião oficial do Estado.

No governo de D. Pedro houve o fechamento da Assembleia Constituinte, censura à imprensa, castigos aos marinheiros e aos escravos. Essas atitudes provocaram revoltas populares, sobretudo em Pernambuco. A tensão se espalhou por várias partes do país e o descontentamento com as políticas adotadas por D. Pedro era visível em parte da sociedade.

Para acalmar os ânimos, o imperador abdicou do trono, em 1831, em favor de seu filho Pedro de Alcântara, que na época tinha 5 anos da idade. Porém, de acordo com a Constituição, o país deveria ser governado por um conselho de três regentes até que o herdeiro do trono completasse 18 anos. Esse período ficou conhecido como período regencial ou regência trina.

Segundo Reinado

O Segundo Reinado corresponde ao governo de D. Pedro II, a partir de 1840 até 15 de novembro de 1889 com a Proclamação da República. Nessa fase, o império adotou o parlamentarismo como sistema de governo e o café tornou-se o principal produto de exportação. Entrou em vigor a lei que aboliu a escravidão.

Foi em 1831, pela primeira vez, que o comércio de escravos africanos para o Brasil foi proibido. No entanto, africanos continuaram sendo traficados ilegalmente. Apenas em 1850 entrou em vigor a lei Eusébio de Queirós, que levou ao fim do tráfico de africanos. A escravidão continuou com o tráfico interno, até que em 1888, a Lei Áurea, proibiu definitivamente a utilização de mão de obra escrava no Brasil.

Outra característica importante do Segundo Reinado foi o cultivo do café. No Brasil, o clima e o solo de muitas áreas da região Sudeste favoreceu esse cultivo. A partir de 1830, esse gênero agrícola tornou-se a principal exportação do país. A renda obtida ajudou o governo a recuperar a economia e os cafeicultores tornaram-se influentes na sociedade brasileira.

O período imperial do Brasil acabou, em 15 de novembro de 1889, com a criação da República pelo Marechal Deodoro da Fonseca. D. Pedro II e sua família se mudaram a para a Europa.

República das Oligarquias

Após a Proclamação da República, as oligarquias (famílias mais poderosas) continuaram exercendo suas influências no governo. Foi um momento de liderança dos grandes cafeicultores. A chamada República das Oligarquias teve início com o cafeicultor Prudente de Morais, em 1894, e teve fim em 1930 com a chegada de Getúlio Vargas ao poder.

Entre as características dessa fase, temos o coronelismo (poder exercido pelos “coronéis”), principalmente nos estados do Nordeste. O voto de cabresto, por exemplo, era uma forma de intimidar o eleitor e forçá-lo a votar no coronel de sua região.

A política do café com leite foi a alternância da presidência por representantes das elites dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Teve esse nome graças aos produtos que moviam a economia dos dois estados.

O início da industrialização do país também se deu nesse momento. A construção de novas ferrovias para escoar a produção de café e a ocupação das grandes cidades por operários marcaram o processo de urbanização do Brasil.

A chamada República das Oligarquias terminou quando o presidente paulista Washington Luís tentou quebrar a alternância da política do café com leite, elegendo o seu conterrâneo Júlio Prestes a presidente da República. Essa manobra política abriu precedentes para um golpe de Estado em que Getúlio Vargas foi reconhecido como presidente do Brasil.

Era Vargas

A chegada de Getúlio Vargas à presidência, em 1930, ocorreu devido à ruptura de acordos entre as oligarquias de Minas Gerais e São Paulo. Durante as eleições de 1930, o combinado era que o presidente Washington Luís passasse a vez para um candidato mineiro, no acordo político que ficou conhecido como política do café com leite.

Porém, na época das eleições Washington Luís apoiou e conseguiu eleger o candidato paulista Júlio Prestes. Obviamente essa traição deixou a elite mineira descontente e fez com que os mineiros se aliassem à terceira maior oligarquia do país, os gaúchos.

A união dessas oligarquias ficou conhecida como Aliança Liberal e lançou Getúlio Vargas como candidato à presidência. O resultado das eleições de 1930 apontaram o candidato paulista como vencedor, mas ele nunca chegou a tomar posse.

A Aliança Liberal reclamou do resultado das eleições acusando de ter sido um processo fraudulento. Em outubro de 1930, uma incursão militar foi organizada pelos liberais e depôs Washington Luís e alçou Vargas à presidência. O período de 1930 até 1934 ficou conhecido como governo provisório.

Getúlio Vargas proclamou uma nova Constituição, em 1934, em que criou alguns direitos trabalhistas, tornou o voto obrigatório e estendeu o direito de votar às mulheres, entre outros benefícios sociais. A Constituição previa também a escolha para presidente seria com voto direto e secreto, com exceção do primeiro presidente, que seria escolhido indiretamente pelo congresso. Obviamente, esse presidente escolhido foi Getúlio Vargas.

O segundo governo de Getúlio Vargas (1934 – 1937) teve um conjunto de ideias fascistas, recém surgidos na Europa. Nessa fase, Vargas enfrentou duras críticas por duas alianças: a ANL (Aliança Libertadora Nacional), grupo de esquerda que tinha ideais antifascistas e da AIB (Ação Integralista Brasileira) que tinha princípios fascistas e conservadores.

Em 1935, Getúlio Vargas sofreu uma tentativa de golpe dada pelos comunistas da ANL, liderados por Carlos Prestes. Por causa disso, as eleições de 1937 foram anuladas, a Constituição de 1934 foi rasgada e iniciou, em 1937, um novo período do governo Vargas, conhecido como Estado Novo.

Entre 1937 até 1945, Vargas implantou uma verdadeira ditadura, na qual ele conseguiu centralizar o poder em suas mãos. Censurou os meios de comunicação, reprimiu atividades políticas, prendeu seus opositores e deu continuidade na criação da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), em que criou direitos do trabalho, como a carteira assinada, o salário mínimo, entre outros.

Vargas saiu do poder, 1945, ao perder as eleições para o general Eurico Gaspar Dutra. Retomou o cargo da presidência em 1951.

Regime Militar

Regime Militar ou Ditadura Militar é o período da história do Brasil que vai de 1964 até 1985, quando os militares das Forças Armadas alternaram-se no cargo de presidente sem eleições diretas.

Antes do golpe ser dado, é importante lembrar de Jânio Quadros, e de seua renúncia à Presidência da República.

No contexto da Guerra Fria, com a polarização do mundo entre comunistas e capitalistas, o então presidente do Brasil, João Goulart, acenava sua predileção pela esquerda ao propor políticas de reforma agrária, ao dar espaço para os movimentos operários e estudantis, causando certa preocupação nas classes conservadoras do país.

Para muitos, o governo de Goulart era uma ameaça à ordem do Brasil, com possibilidades da abertura ao comunismo soviético. O clima e as tensões aumentaram, até que no dia 1º de abril de 1964, as tropas do Exército da cidade de Juiz Fora marcharam ao Rio de Janeiro, sede da presidência, e depuseram, por meio do uso de armas, o presidente eleito, João Goulart.

Daí em diante, cinco militares de alta patente se alternaram no cargo de presidente. Foram eles: Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo.

Esse período foi marcado por manifestações dos grupos de esquerda, dos movimentos operários e estudantis contra o regime. Foi tempo também de autoritarismo, repressão e tortura por parte dos militares. Os meios de comunicação eram censurados, o Congresso chegou a ser dissolvido algumas vezes, opositores políticos foram presos, torturados e muitos foram mortos.

O cenário cultural foi marcado por obras de protesto contra o governo por meio de músicas, peças de teatro, artes plásticas e filmes. Nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil, Glauber Rocha, Oduvaldo Vianna Filho, Caetano Veloso, Geraldo Vandré, entre outros fizeram muito sucesso.

Seu fim se deu em 1985, após vários anos de protestos, manifestações e passeatas, como as Diretas Já.

Neocolonialismo

O Neocolonialismo ou imperialismo foi a prática política de expansão territorial e exploração cultural e material dos países africanos, asiáticos e americanos pelos países da Europa, no final do século XIX e início do século XX.

Com a abertura do Canal de Suez e a descoberta de diamantes no sul da África, os países industrializados da Europa rapidamente deram atenção para a importância econômica dos países considerados periféricos.

Geralmente, com uso de força militar, os territórios da África, da Ásia e da América foram se submetendo ao domínio europeu. Países como a Inglaterra, Portugal e Bélgica dominavam territórios onde exploravam matéria-prima e mão de obra a baixo custo.

Um dos principais e, talvez, um dos piores legados do imperialismo foi a divisão da África em mais de 50 estados. O massacre provocado por essas invasões reflete até hoje na história política, econômica e social desses países explorados.

Contudo, foi apenas no século XX que grande parte desses países garantiram sua independência.

Nazifascismo

O Nazifascismo foi a confluência de ideias do nazismo alemão com o fascismo italiano criado por Benito Mussolini a partir do fim da Primeira Guerra Mundial, em 1919. Na Alemanha, o principal líder dessa doutrina foi Adolf Hitler.

As características dessa doutrina são:

  • o nacionalismo — ufanismo, valorização exagerada da cultura nacional;
  • o totalitarismo — concentração do poder nas mãos do líder;
  • o militarismo — investimento pesado nos exércitos, na compra e fabricação de armas e munições;
  • o anticomunismo — perseguição aos opositores políticos comunistas;
  • o antiliberalismo — perseguição aos opositores políticos capitalistas;
  • o antissemitismo — perseguição violenta contra judeus;
  • o expansionismo — expansão territorialista;
  • a superioridade racial — crença de que somente as pessoas brancas são mais desenvolvidas.

 

O nazismo alemão fez grande uso da propaganda para estimular a população a aceitar seus preceitos. Seu fim se deu com o final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, quando a Alemanha saiu derrotada.

Agora que você já aprendeu muitas coisas sobre História, que tal colocar seus conhecimentos em prática e resolver exercícios do Stoodi? Não deixe de conferir nossas aulas online e fazer os exercícios de História para aprimorar seus conhecimentos.

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