Um assunto muito cobrado nos vestibulares é atualidades. Afinal, estar em sintonia com o que acontece no mundo é fundamental para desenvolver o pensamento crítico, preconizado por todas as universidades. Hoje em dia, muito tem se falado sobre o que é indústria cultural. Você já pesquisou sobre isso?
Criado na virada do século XIX para o XX, o termo diz respeito ao modelo de produção artística que teve início com os avanços tecnológicos originados durante a Revolução Industrial.
Para você entender mais sobre esse conceito e ampliar os seus conhecimentos, continue lendo o nosso artigo! A seguir, estão todas as informações para garantir um estudo de sucesso!
Como dito, a história aponta que foi entre os séculos XIX e XX que o conceito de indústria cultural apareceu. Desenvolvido por Theodor Adorno e Max Horkheimer, o termo se refere à adaptação da produção em massa — aquela criada por Henry Ford — para o mundo artístico.
Dessa forma, as músicas, os filmes, os teatros e as obras clássicas começaram a ser formadas por meio de outro processo artístico, condizente com o sistema capitalista. Em outras palavras, a indústria cultural nada mais é do que a nova forma de fazer arte e cultura, utilizando as técnicas de produção capitalista.
Nesse cenário, um quadro pode ser reproduzido igualmente, mas com cores diferenciadas — técnica desenvolvida pela PopArt. Assim como diferentes músicas podem seguir o mesmo estilo musical, com notas e vozes semelhantes, gerando um padrão de produção.
Mas, afinal, por que é importante manter o universo criativo dentro de um sistema padronizado? Segundo os autores principais, desenvolver a arte por meio de produções sistemáticas é uma forma de gerar lucro para o sistema e, por consequência, colocar a roda da economia em ação.
Com isso, diversas empresas ganharam a possibilidade de produzir capital e conquistar visibilidade econômica dentro do mercado, garantindo uma boa posição no novo sistema.
E mais, ao colocar a arte e o entretenimento como elementos essenciais na vida do ser humano, é possível desenvolver outros produtos, que serão aceitos pelo público se seguirem minimamente o padrão já estabelecido.
Isso quer dizer que músicas semelhantes fazem sucesso, assim como os filmes, mesmo que sejam de gêneros diferentes, e tudo isso gera lucro para o sistema.
Com o fortalecimento do capitalismo, cada vez mais as empresas divulgavam artes que fossem adequadas e de fácil consumo pela população. Somando-se a isso a definição de conteúdos agradáveis de serem comprados e o avanço tecnológico, têm-se uma massa altamente lucrativa que deseja receber cada vez mais cultura padronizada.
No entanto, embora seja uma estratégia de controle e produção de capital, é possível compreender a indústria cultural como um meio de democratização da arte. Afinal, antes da sua divulgação em massa, pouca parcela da população tinha acesso aos conteúdos eruditas.
É, então, por meio da divulgação exacerbada de produções massificadas que as camadas mais populares poderiam conhecer quadros, filmes, obras e músicas que, antes, só eram acessíveis pela elite.
Ainda, tal divulgação, combinada com os avanços tecnológicos, permitiu que novas técnicas tomassem lugar no mundo criativo, como a fotografia, as séries de televisão e o design gráfico.
Essa amplificação possibilitou, também, que qualquer pessoa pudesse produzir arte e entrar para o mercado de trabalho, garantindo uma fonte de renda diferenciada para aqueles que não têm muito, sem perder de vista o lucro para a economia estatal.
Isso não só facilita a diminuição da desigualdade social, como também desenvolve a globalização e proporciona a comunicação de diferentes povos ao redor do mundo, sobretudo com o uso das tecnologias atuais. Por exemplo, hoje, qualquer pessoa com acesso a internet pode entender o que está acontecendo na Coreia do Norte.
E mais: embora a indústria cultural traga uma padronização de consumo, ela não impede que cada ser humano compreenda a arte da sua forma, a partir da sua visão e experiência com o mundo.
No início deste artigo, comentamos sobre a criação do conceito de indústria cultural, desenvolvido por Theodor Adorno e Max Horkheimer. Ambos estão conectados pela Escola de Frankfurt, um assunto muito comum nos vestibulares e que tem tudo a ver com produção em massa.
Fundada em 1924 pelos dois autores citados, a Escola de Frankfurt foi um espaço de debate crítico sobre a nova sociedade que estava surgindo após as revoluções operárias na Europa. Dessa forma, ela originou a teoria crítica e filosófica de ideologia marxista ocidental.
É, então, por meio desse olhar analítico que a Escola de Frankfurt criou, que os autores do conceito de indústria cultural desenvolveram seus pensamentos, investigando o capitalismo, a tecnologia e o consumo em massa relacionado aos métodos de alienação — comentados por Karl Marx.
Além disso, um dos temas mais falados pelos grandes filósofos de Frankfurt era justamente a comunicação de massa, isto é, os programas de rádio e de televisão que disseminavam as informações sobre os acontecimentos globais.
Então, da mesma forma que as notícias políticas e econômicas eram transmitidas pela mídia através desses canais, a arte e o entretenimento também eram e, portanto, serviam como estratégia de controle social.
Durante o surgimento do capitalismo, as produções artísticas eram divulgadas por meio de rádio, programas de televisão, jornais e boletins. Com o avanço da tecnologia, as formas de comunicação se tornaram mais ágeis, permitindo uma disseminação rápida e eficaz dos bens de cultura e informação.
Com isso, os meios de comunicação sustentaram a propagação da produção em massa, gerando o desejo de consumo na população e, novamente, trazendo mais renda para o sistema.
É, então, através das mídias e das redes sociais que constantemente recebemos informações culturais de consumo, sentindo a vontade de ter o produto mais recente do mercado — seja filme, música, série de televisão e design. Isso é a cultura de massa.
Dessa forma, assumimos o papel de agentes consumidores de entretenimento e cultura, favorecendo o capital de giro e garantindo que as grandes empresas tenham lucro contínuo.
Atualmente, o cenário brasileiro encontra-se em constante mudança, tanto econômica quanto política e social. Justamente por isso, quando se fala em indústria cultural, é inevitável associá-la à situação brasileira, sobretudo por se tratar de atualidades possíveis de serem cobradas nos grandes vestibulares.
Com tantas informações propagadas sobre as falsas notícias — ou fake news —, o conceito de cultura de massa e indústria cultural serve muito bem para compreender como a disseminação da comunicação pode ser prejudicial para uma sociedade, como Adorno havia teorizado.
Em outras palavras, os meios de comunicação e as redes sociais se tornaram canais estratégicos para divulgação de notícias não comprovadas, em que cada um cria a sua própria verdade, publicando as informações que acharem persistentes.
Além disso, é possível perceber a forte relação entre a produção artística em massa e a sociedade brasileira, sobretudo na música. Por exemplo, é bastante comum surgirem novos cantores de gêneros musicais específicos, com batidas parecidas e sonoridades semelhantes, não é mesmo?
A indústria cultural, embora seja um conceito antigo, pode ser facilmente aplicável na atualidade, em todos os contextos sociais, políticos e econômicos. Afinal, constantemente recebemos informações de consumo de padrões em massa para manter a roda da economia girando.
Agora que você já sabe tudo sobre esse conceito, o que acha de conhecer um pouco mais sobre os principais temas de sociologia e arrasar na prova do Enem? Boa leitura!
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