Você sabe o que é o Islamismo? Conhecer os pilares dessa religião é fundamental para um bom desempenho no vestibular! Além de existirem muitas questões específicas sobre o tema, compreender esse assunto nos ajuda a dominar várias outros pontos de Atualidades.
Pensando nisso, preparamos um texto para ajudá-lo a entender melhor o Islamismo, contextualizando esse tema em vários momentos históricos.
A seguir, confira os pilares da religião, sua cultura e conheça o seu surgimento!
O Islamismo é, de certa forma, muito mais do que uma religião: é um fenômeno bastante complexo que envolve, simultaneamente, fatores religiosos, sociais, políticos e culturais, entre outros. Além disso, pode também ser lido como uma ideologia e até mesmo um movimento, algo que costuma dar bons nós nas cabeças dos estudantes.
No entanto, de forma mais simplificada, o Islamismo é uma religião muçulmana. Vale a pena ressaltar que indivíduos muçulmanos não são, necessariamente, árabes e que a religião islâmica tem crescido em todo o mundo, até mesmo entre grupos que não têm qualquer ligação com essa etnia ou cultura.
Para compreendermos adequadamente o Islamismo, precisamos dar muitos e muitos passos atrás na História. De acordo com os muçulmanos, a religião islâmica foi fundada em meados dos anos 600 pelo profeta Maomé. Essa é uma crença monoteísta (ou seja, que crê em apenas um deus), cujo termo significa, em tradução livre, ‘’submissão’’.
Maomé iniciou sua peregrinação pelas terras sagradas aos 40 anos de idade e afirmou ter escutado, do próprio arcanjo Gabriel, que contávamos com apenas um deus absoluto. A partir daí, começou a pregar seus ensinamentos e fundou uma religião própria, com muitos aspectos semelhantes ao Cristianismo.
Com a morte do grande profeta, o Islamismo passou por uma série de ‘’rachaduras’’, que fizeram com que algumas vertentes surgissem. Entre elas, podemos citar a dos xiitas e dos sunitas, que serão explicadas mais à frente. Elas são importantíssimas para a compreensão de uma série de eventos da atualidade.
Como vimos anteriormente, o termo ‘’islã’’ tem uma relação direta com o ato de submissão. Essa obediência, de acordo com os fiéis, seria destinada apenas a Deus, que é conhecido como Allah na linguagem árabe. O surgimento da religião ocorreu a partir das profecias de Maomé, que afirmou ter ouvido os preceitos do Islamismo do arcanjo Gabriel.
Para os muçulmanos, Maomé foi o último dos indivíduos enviados por Deus para passar as mensagens sagradas aos seres humanos. Os principais conceitos da religião foram escritos e organizados por ele mesmo no Corão (também chamado de Alcorão), o livro equivalente à Bíblia do Islamismo.
De acordo com Maomé, aqueles que seguissem os ensinamentos descritos no Alcorão obteriam a recompensa divina e seriam enviados, após a morte, para o Paraíso. De certa forma, é possível traçar uma série de paralelos entre essa religião e as fés Católica e Protestante, muito embora hoje em dia exista uma grande intolerância destinada aos muçulmanos.
No Alcorão, além de uma série de regras que devem ser seguidas pelos fiéis islâmicos (que é resumida na Sharia, ou seja, a estrada que deve ser trilhada pelos muçulmanos até o Paraíso), constam também os pilares dessa religião. Eles são divididos em cinco partes, que veremos a seguir.
Assim como os católicos e seguidores de muitas outras religiões, os muçulmanos veem na oração uma forma de se conectar com Deus e demonstrar a ele toda a sua dedicação. A oração, nesse caso, deve ser feita cerca de 5 vezes ao dia e tem regras muito específicas para a sua realização.
A proclamação da fé muçulmana é o testemunho dado pelo fiel em que, por meio das palavras, ele se autodenomina um proclamador dos ensinamentos do Islã. De modo simplificado, a proclamação consiste na confirmação de que Maomé é o mensageiro do único e absoluto Deus, Allah.
O jejum é outra forma que os muçulmanos encontraram para demonstrar toda a sua devoção a Allah. Durante o mês do Ramadã, os fiéis se abstêm completamente de alimentos e outras atividades no período do nascer ao pôr do sol.
Conhecida como Zakah, a caridade islâmica é tida como uma obrigação, prevista no Alcorão como um dos pilares da religião. Ela funciona como uma espécie de dízimo, de valor mínimo determinado, mas que é destinado para a prestação de auxílio às pessoas menos abastadas.
Por fim, um dos pilares mais emblemáticos dessa religião está na peregrinação a Meca, que deve ser feita pelo menos uma vez na vida de todos os muçulmanos. A visita à cidade sagrada é obrigatória àqueles que tenham saúde e condições financeiras para arcar com a viagem.
A cultura muçulmana é extremamente rica e presenteou a nossa sociedade de diversos modos. Afinal, como mencionamos no início deste artigo, esse conceito vai muito além de uma religião e abrange características culturais fortíssimas.
Entre os principais presentes do Islã para a sociedade como um todo, podemos incluir:
Além disso, os muçulmanos foram importantes personagens tanto na preservação quanto na difusão da cultura de povos com os quais eles fizeram qualquer tipo de transação ao longo da História. Um bom exemplo é a cultura helenística, que foi repassada para a Europa por intermédio dos árabes muçulmanos.
Como mencionado, o livro sagrado do Islamismo é conhecido como Corão ou Alcorão. Nele, estão todas as informações fundamentais sobre a religião, incluindo seus dogmas e pilares mais importantes. Esse livro é uma coletânea dos ensinamentos profetizados pelo arcanjo Gabriel a Maomé.
É um texto atemporal, que pode ser interpretado para pessoas de qualquer período histórico, localização geográfica e estilo de vida. Dividido em 114 ‘’capítulos’’, o Corão é levado muito a sério pelos muçulmanos, assim como a Bíblia é respeitada pelos católicos.
O Islamismo tem uma série de símbolos importantes. Os principais são:
Cada um desses símbolos tem significados muito específicos e foram, de certo modo, ‘’emprestados’’ por outras culturas e utilizados como símbolos de proteção, entre outros.
A fragmentação do Islamismo se deu a partir da morte de Maomé. Após esse evento, era necessário escolher um sucessor para o profeta, ou seja, um novo líder. Com isso, surgiram dois grupos distintos: os xiitas, que defendiam o primo de Maomé como sucessor natural, e os sunitas, que escolheram um amigo do profeta como sucessor.
Por conta disso, é muito comum encontramos o termo ‘’xiita’’ como um sinônimo de indivíduo inflexível. De fato, os xiitas islâmicos levam as palavras do Livro Sagrado de maneira muito mais ‘’ao pé da letra’’ do que os sunitas, que costumam ser mais flexíveis e buscar interpretações variadas para as palavras ali escritas.
Mas, afinal, o que são os jihadistas? Esse termo é muitas vezes mal empregado pela mídia, sendo utilizado de maneira completamente errônea e gerando uma série de controvérsias. De modo resumido, o termo ‘’jihad’’ significa, em árabe, luta ou esforço. Eles podem ser tanto no sentido de conflitos armados quanto nos termos de lutar por uma sociedade mais justa para todos os muçulmanos.
Os jihadistas radicais podem ser tanto sunistas quanto xiitas e acreditam que a violência é a única maneira de expandir os conceitos do Islamismo e fazer com que os inimigos de Deus sejam punidos. Há uma série de grupos jihadistas extremistas que podem ou não atuar em conjunto.
No entanto, é fundamental ressaltar que eles são uma pequena parcela dos muçulmanos e que a grande maioria dos fiéis não concorda com as atitudes do Estado Islâmico e outros grupos radicais.
De acordo com estudos feitos pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2010, o Brasil conta com cerca de 35 mil seguidores do Islamismo. Esse é um número relativamente pequeno, mas que vem crescendo pouco a pouco não só em nosso país, mas em todo mundo.
Com a recente Guerra na Síria e a grande chegada de refugiados ao Brasil, a estimativa é de que esse número cresça ainda mais nos próximos anos.
Por isso, conhecer mais sobre a cultura e os costumes desse povo é fundamental não só para as provas do Enem e vestibulares, mas para que possamos exercer a nossa cidadania de modo mais completo e receber nossos amigos de modo mais amigável em território brasileiro.
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