Entenda o que foi a Mesopotâmia com o Stoodi!
Com o domínio da agricultura, há cerca de 10 mil anos, a humanidade deixou de ser nômade, isto é, de não ter lugar fixo para morar, sobrevivendo da caça e da coleta. Desde então, o homem começou a domesticar plantas e animais e a viver em torno de suas produções, o que levou ao surgimento da primeira civilização: a Mesopotâmia.
Na Mesopotâmia se desenvolveram várias técnicas e muitas invenções surgiram. Criaram a escrita, a roda, a astronomia e desenvolveram com muita maestria a matemática, a engenharia, entre outros conhecimentos.
Nesse super resumo da Mesopotâmia, vamos aprender sobre a importância de dois rios, a sociedade, as invenções, a arte, a religião, a economia desses povos que formaram a primeira civilização da história. Aproveite!
A Mesopotâmia é uma das primeiras civilizações conhecidas e desenvolveu-se entre os vales dos rios Tigre e Eufrates, atualmente onde é o território da Síria e, principalmente, do Iraque. Seu surgimento se deu por volta do ano 5.000 a.C.
Ao longo de aproximadamente 4.500 anos, foi habitada por diversos povos que ora conviviam em harmonia, ora se confrontavam. Entre eles, podemos citar os sumérios, acádios, amoritas (ou antigos babilônios), assírios e caldeus (ou novos babilônios).
Esses povos trocaram suas culturas entre si. Assim, por exemplo, a língua, a escrita e a religião passaram a ser características comuns dos mesopotâmicos. Por essa razão, todas essas sociedades citadas acima, podem ser estudadas em conjunto, formando uma única civilização.
A palavra Mesopotâmia foi criada pelos gregos antigos para designar a civilização que vivia entre os rios Tigres e Eufrates. Em grego, “meso” significa “no meio” e “potamos” é rio, portanto Mesopotâmia é “aqueles que estão entre os rios”, ou, também, “terra entre rios”.
Lembrando que os próprios mesopotâmicos não se chamavam assim durante sua história. Esse nome foi criado para se referir aos povos que citamos acima.
O desenvolvimento da agricultura e a criação de animais aconteceram em diferentes momentos e lugares. A Mesopotâmia foi uma das primeiras regiões em que essas atividades ocorreram.
Inicialmente, os grupos que lá se estabeleceram eram basicamente caçadores-coletores nômades e produziam instrumentos feitos de pedra, osso e madeira. Aos poucos, esses grupos começaram a cultivar vegetais e animais. Graças à isso, eles passaram a permanecer nos lugares que ocupavam, formando as primeiras aldeias.
Entre os produtos cultivados por eles, podemos citar a cevada, a tâmara, o linho, o gergelim, a cebola, o alho, entre outros. Os primeiros animais a serem domesticados foram ovelhas, cabras, porcos, bois e outros.
É importante ressaltar que a região da Mesopotâmia é desértica, portanto, para o desenvolvimento agropecuário os mesopotâmicos aprenderam a lidar com as condições naturais. Na época das cheias, os rios transbordavam e inundavam as áreas da planície. Quando as águas baixavam, uma mistura de barro e húmus se depositavam sobre a terra, favorecendo o cultivo agrícola.
Você já deve ter visto que os egípcios também utilizavam as cheias do rio Nilo para tornar as terras cultiváveis. Por essa capacidade de aproveitar as condições naturais de rios com características parecidas, os historiadores chamam a região compreendida entre a Mesopotâmia e o Egito de “Crescente Fértil”.
As primeiras cidades da Mesopotâmia originaram das aldeias onde a população cresceu e seus habitantes diversificaram seus ofícios. Foi o caso, por exemplo, de Ur, Uruk, Nippur, Lagash e Eridu, que surgiram ao sul da Mesopotâmia, na Suméria, por volta de 4.000 a.C.
Nas cidades, grandes construções foram erguidas, como templos religiosos, casas, prédios públicos, ruas, pontes e palácios. Ao redor de algumas cidades foram construídas muralhas e torres de vigilância. Os templos de poder nas cidades eram os templos e o palácio real.
Ao norte, na região dos assírios, grandes cidades foram construídas também. Nínive foi chamada no Antigo Testamento de “cidade extremamente grande”. Assur foi a primeira capital do império assírio.
As famílias mesopotâmicas eram diferentes das que conhecemos hoje. São chamadas por estudiosos de “famílias alargadas”, pois eram formadas por avós, pais, filhos, tios, primos, netos, genros, noras, todos vivendo sob o mesmo teto. Ao casar, o homem levava a mulher para morar e trabalhar nas terras da família dele.
Mas essa composição familiar não foi sempre assim. Com o passar do tempo, por volta de 2000 a.C., as grandes famílias deram lugar às famílias mais restritas, compostas por pais, filhos e algumas pessoas próximas.
Muitas famílias tinham seus próprios campos, plantações e rebanhos. Graças às riquezas das terras férteis, algumas dessas famílias tornaram-se mais poderosas que outras. Assim, começaram a surgir as primeiras desigualdades econômicas.
Os povos mesopotâmicos eram politeístas, ou seja, cultuavam diversos deuses ao mesmo tempo, muitos relacionados à natureza. Por exemplo, Anu era considerado o deus do céu; Ishtar era a deusa da fertilidade e do amor; Enlil era do deu do ar; Shamash a divindade do sol e da justiça.
Eles acreditavam que após a morte o espírito das pessoas ia para um mundo inferior, um lugar sem retorno. Por esse motivo, homens e mulheres queriam aproveitar ao máximo suas vidas, e talvez, por isso, a juventude era considerada a melhor etapa da vida.
As cidades tinham um deus protetor, e os moradores construíam um templo para esse padroeiro. Mas algumas cidades tinham templos para vários deuses. Só na Babilônia havia cerca de 50 construções dedicadas à religião.
No templo, os sacerdotes conduziam as cerimônias religiosas. Eles também exerciam atividades econômicas e influência política, sobretudo nas cidades sumérias.
O Zigurate era uma típica construção religiosa. Era composto de várias plataformas, sugerindo o formato de uma torre de vários andares. No topo, era erguido o templo ao deus local. As torres também eram utilizadas como observatórios astronômico, de onde os sacerdotes observavam o céu para estudar as estrelas.
A escrita suméria é considerada a mais antiga do mundo. Por que será eles criaram a escrita?
A vida nas cidades mesopotâmicas tornava-se cada vez mais complexa. Os sacerdotes, por exemplo, já não podiam confiar apenas na memória para registrar os empréstimos de animais, o pagamento a comerciantes, o controle de produtos estocados em seus armazéns, etc. Por isso, eles inventaram uma forma de registrar que pudesse ficar gravada, ou seja, a escrita.
A partir de 3000 a.C, o uso da escrita ganhou outros espaços e passou a servir para registrar ensinamentos religiosos, leis, literatura, etc. Assim, os mesopotâmicos foram os primeiros povos a registrar seu cotidiano.
Para escrever, os sumérios utilizavam uma placa de argila molhada e uma peça de madeira ou metal em forma de cunha. Foi devido a esse instrumento que a escrita ficou conhecida como cuneiforme. Depois era só cozinhar a argila no forno para que a placa ficasse rígida e os registros gravados.
Foi na Mesopotâmia que criaram as primeiras leis escritas. O código mais antigo que se tem conhecimento é o Código de Hamurabi, rei da Babilônia.
O chamado Código de Hamurabi reunia normas sobre diversos assuntos da vida cotidiana. Trava de crimes, questões comerciais, divisão social, casamento, herança, etc. Esse conjunto de leis instituiu o princípio (ou lei) de Talião. Uma vítima poderia se vingar praticando o mesmo mal recebido pelo seu agressor. O princípio de Talião proporcionou a conhecida frase: “olho por olho, dente por dente”.
Todas essas normas foram estabelecidas a partir de costumes que já eram praticados entre os povos da Mesopotâmia, mas só foram organizadas em forma de leis a partir da escrita.
A partir do ano 2.000 a.C., o poder do rei começou a ser passado a seus parentes, dando origem às monarquias hereditárias. Na sociedade mesopotâmica, o poder do rei estava ligado à religião, pois ele era visto como uma pessoa enviada por deus para governar aquela sociedade. Portanto, a vontade do rei era também a vontade de deus.
Com o passar do tempo, os reis dominaram boa parte da economia, controlando uma série de oficinas, onde eram produzidos objetos de metal, cerâmica, tecidos, mobílias, etc. Com exceção da elite, o restante da população masculina livre era obrigada a fazer trabalhos para o rei. Poderia ser a construção de palácios, de muralhas da cidade, canais de irrigação, celeiros, etc. A imposição dessas obrigações é conhecida como servidão coletiva.
A arquitetura desponta como uma das principais expressões artísticas da Mesopotâmia, principalmente os palácios e os templos. A escultura e a pintura faziam parte da decoração do interior das construções, e, geralmente representavam seus deuses, os reis, a vida cotidiana, os guerreiros, a criação de animais e as plantações.
Na literatura, o principal destaque é a Epopeia de Gilgamesh. Trata-se de um poema escrito pelos sumérios por volta do ano 2000 a.C. Gilgamesh era um rei de Uruk e procurava a imortalidade. A epopeia foi encontrada na antiga cidade de Nínive, em escavações arqueológicas no ano de 1849. Lendo essa história podemos observar diversos elementos da mentalidade e da cultura dos mesopotâmicos, como a busca pelo poder e a visão da vida e da morte.
O Egito e a Mesopotâmia têm muitas características em comum. Juntos, formaram as primeiras civilizações da humanidade e contribuíram com a criação e o desenvolvimento de diversas coisas que são essenciais para a vida humana moderna.
Podemos citar os rios Tigre, Eufrates e Nilo como condições fundamentais para a prosperidade das ambas as civilizações. Graças às suas cheias, as regiões desérticas que compreendiam os dois povos, eram fertilizadas e produziam muitas riquezas.
As religiões eram politeístas, baseadas em deuses ligados à natureza. Nas duas civilizações, a religiosidade estava atrelada ao poder. Servia para legitimar o poder do rei com a justificativa de ser um enviado de deus. No Egito, especificamente, o faraó era considerado o próprio deus encarnado.
Egípcios e mesopotâmicos coexistiram e fizeram grandes trocas culturais, praticaram o comércio entre seus povos e despontaram como grandes civilizações.
Vimos muita coisa sobre a Mesopotâmia até aqui. Aprendemos sobre cultura, religião, história, política… Vamos analisar, através de um esquema, as principais características dos povos mesopotâmicos e ressaltar as coisas mais importantes que você precisa saber.
Por ter sido a civilização mais antiga, os mesopotâmicos foram precursores de várias invenções e tecnologias da humanidade. Foram eles que chegaram na frente ao descobrir várias técnicas, formas de construção, desenvolvimento agrícola, etc.
A roda, por exemplo, foi inventada há cerca de 6 mil anos para o transporte de grandes blocos de pedras utilizadas nas construções de templos e palácios. Mais tarde esse invento revolucionou os transportes e proporciona hoje a utilização de carros, aviões, bicicletas, etc.
Os canais e diques utilizados na irrigação das lavouras até os dias atuais, também foram criados pelos mesopotâmicos diante da necessidade de levar água para plantações mais distantes das margens dos rios Tigre e Eufrates.
Na matemática, desenvolveram cálculos, números e formas de calcular áreas. Graças à necessidade de construir templos e palácios, a matemática teve que ser aprimorada.
História é mesmo uma matéria incrível. Por meio dela, descobrimos como viviam os povos antigos e quais legados eles nos deixaram. Podemos perceber como os objetos, as técnicas, as formas de pensar foram se desenvolvendo há milhares de anos até que cheguem aos dias atuais cada vez mais aperfeiçoados.
E nós? O que deixaremos como legado para as futuras gerações? Daqui 2 mil anos o que falarão sobre nossa cultura, política, religião? Qual o seu papel na sociedade?
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