Quase todo dia, nos noticiários, ouvimos falar de algum tipo de manifestação de movimentos sociais, principalmente no contexto conflituoso que o Brasil e o mundo estão inseridos nas últimas décadas. Esses movimentos são fundamentais para a democracia e representam muito da vontade do próprio povo.
Você sabe de que modo os movimentos sociais se organizam e funcionam? Continue lendo este post para descobrir o que são, quais os tipos e como são os movimentos sociais no Brasil!
Um movimento social é uma forma de expressão da sociedade civil, por meio da qual os cidadãos participantes buscam, em ações coletivas, alcançar diversos tipos de mudanças na sociedade. Isso acontece por meio de debates políticos e manifestações.
Os movimentos sociais são elementos fundamentais das sociedades plurais, pois agem coletivamente, como uma estratégia de resistência e luta perante as desigualdades, buscando inclusão social. Esses movimentos são populares e podem envolver a atuação de diversos grupos internos, que agem em diversas frentes em busca do mesmo objetivo.
Como são ações coletivas em busca de um objetivo em comum, os movimentos sociais se organizam por meio de um conjunto de pessoas que veem na unidade de vários indivíduos uma força plural de reivindicação mais ampla.
Dessa maneira, eles surgem de uma iniciativa pública, tendo motivação principalmente nas diversas injustiças e desigualdades sociais presentes na maioria dos países atualmente. Ou seja, quanto maior o cenário de desigualdade, maiores as chances de surgimento de diferentes movimentos sociais.
Como os grupos de reivindicação têm como objetivo alterar a composição e a atuação do Estado, é natural que a relação entre ambas as partes seja conflituosa. Desse modo, a organização estatal é vista como a manutenção do status quo e das injustiças, devendo ser combatida pelas ações originadas nos movimentos sociais.
A existência de movimentos e organizações de cunho social é fundamental para o estabelecimento e o funcionamento de uma democracia. Afinal de contas, um dos pilares democráticos é a garantir, por lei, a reivindicação de direitos por parte dos cidadãos, de modo que a extinção de qualquer movimento social significa a extinção do próprio Estado Democrático de Direito em si.
Os movimentos sociais podem ser organizados a ponto de possuírem sedes e representações em várias cidades ou mesmo mais espontâneos, surgindo de passeatas e manifestações sociais, que, em um primeiro momento, constituem uma forma simbólica de comunicação da população com o Estado.
São várias as características dos movimentos sociais, de modo que muitos deles podem apresentar diferenças específicas. Entretanto, é possível observar alguns pontos em comum para qualquer tipo de movimento social, como:
Os movimentos sociais podem ser classificados de acordo com seus objetivos, sendo possível separá-los em três tipos diferentes. São estes:
Enquanto país em desenvolvimento, o Brasil apresenta um contexto sociopolítico de grande desigualdade e injustiças sociais. Por isso, é natural que existam diversos movimentos sociais, buscando alterar esse cenário estabelecido há muito tempo.
Apesar de ser possível considerar as diversas revoltas na história do país como movimentos sociais brasileiros, a organização dessas organizações, como as conhecemos hoje em dia, ganhou força, particularmente, a partir da década de 1960.
Exemplos de movimentos sociais
Com o Golpe Militar e o consequente estabelecimento da Ditadura Militar (1964-1985), a população se encontrava em um contexto no qual era necessário se organizar para reivindicar seus direitos.
Nesse período histórico, um dos movimentos sociais de maior destaque foi o das Diretas Já!, durante a redemocratização, que exigia o estabelecimento de eleições diretas. Esse movimento levou milhões de brasileiros às ruas.
Mas as Diretas não foi o único movimento a ganhar força nessa época. O contexto brasileiro faz com que possamos destacar alguns movimentos organizados e extremamente importantes para a sociedade civil, como o Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o movimento Passe Livre e diversas ONGs.
Além desses movimentos mais organizados, ainda existem diversos outros grupos que se expressam por meio de manifestações e outras formas de comunicação na sociedade civil, como os movimentos pelos direitos dos negros, dos povos indígenas, das mulheres e da população LGBTI+.
Os movimentos sociais, em um Estado Democrático de Direito, são peças fundamentais enquanto entidades de mediação entre grupos minoritários e o próprio Estado. Tornam-se ferramentas cruciais pela busca de direitos e pela diminuição das desigualdades presentes em diversos países.
Independentemente da concordância ou não de suas causas por parte da opinião popular, a existência dos movimentos sociais deve ser garantida por lei dentro de um Estado verdadeiramente democrático, uma vez que este necessita também da legitimação por parte da sociedade para exercer suas funções de governo.
Conseguiu entender um pouco mais sobre a importância dos movimentos sociais para a organização da democracia? Aproveite, então, para conferir nosso post sobre Socialismo e nossa base de exercícios de História e Sociologia para se dar bem no Enem!
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