Alguns acontecimentos históricos mudaram definitivamente as relações sociais no mundo — são períodos que, independentemente de serem bons ou ruins, obrigatoriamente demandam uma reflexão aprofundada.
Deste modo, podemos facilmente considerar o Nazismo como um fato histórico que foi capaz de alterar as relações humanas de maneira nunca vista antes, refletindo na sociedade, inclusive, nos tempos atuais.
Cabe destacar que é a partir deste tipo de reflexão histórica que conseguimos evoluir como sociedade, tornando o mundo mais respeitoso e igualitário.
Dessa maneira, até hoje o Nazismo na Alemanha é estudado em todo o planeta, já que muitos cientistas e historiadores ainda procuram entender como se deu a dinâmica deste movimento social, como ele se alastrou e o porquê de tamanha crueldade.
Sendo assim, siga a leitura e aprende tudo sobre o nazismo.
Nacional-Socialismo ou Nazismo é uma ideologia que foi criada na cidade de Munique, na Alemanha, no ano de 1919. Essa ideologia tinha como base dividir radicalmente a sociedade alemã naquela época: de um lado a raça ariana, como sendo símbolo de força, superioridade e pureza germânica; do outro lado os judeus, negros, estrangeiros e homossexuais, caracterizados pela ideologia como seres inferiores.
Há outros pontos clássicos das características do nazismo, bem como aspectos específicos que ajudam a responder o que é nazismo, como:
Foi basicamente a partir desses elementos que Adolf Hitler conseguiu unir a Alemanha e dar início a um dos períodos históricos mais sombrios da humanidade.
Após a Primeira Guerra Mundial, finalizada em 1918, a Alemanha enfrentava, além de uma ameaça comunista, uma séria crise social, caracterizada principalmente pelas más condições de vida dadas aos seus camponeses e trabalhadores.
Muitos desses problemas sociais germânicos foram causados devido aos reflexos do Tratado de Versalhes, o qual impunha à Alemanha restrições econômicas e multas.
Dessa forma, o período histórico alemão entre 1918 e 1933 foi marcado por um conturbado cenário político, com destaque para a criação do Partido Nacional Socialista do Trabalhador Alemão, cujo seu líder era o até então desconhecido Adolf Hitler.
Neste contexto social, o partido de Hitler, de forma populista e autoritária (junto a outros elementos já descritos da ideologia nazista), consegue aos poucos ludibriar a população alemã (que até então carecia de lideranças).
Sendo assim, por meio de diversas manobras políticas e manipulação da opinião pública, Hitler é nomeado Chanceler alemão no ano de 1933, e inicia-se a história do nazismo no mundo.
Sem dúvidas, foi o principal líder nazista no mundo. Colocou em prática seus ideais, principalmente após se tornar presidente alemão. Por ter matado milhões de judeus e encabeçado um dos regimes mais cruéis da humanidade, muitos rotulam equivocadamente que Hitler era desprovido de inteligência e também precipitado.
Entretanto, Adolf Hitler era extremamente inteligente, considerado como um gênio da oratória, conseguia durante seus discursos fazer a leitura da plateia e persuadi-los com grande eficiência. Outra característica marcante foi o seu perfil estrategista, o que possibilitou um grande avanço do exército nazista.
Goebbels foi o político alemão responsável por elaborar a propaganda nazista. Se Hitler conseguiu convencer tanta gente, muito se deve às técnicas de comunicação de Goebbels.
Seja na televisão, seja no rádio, toda a programação pública alemã era minuciosamente pensada e articulada de maneira a enaltecer o líder totalitário.
Por esse motivo, Joseph Goebbels foi o homem de confiança de Hitler por muito tempo, alcançando o posto de um dos principais líderes nazistas naquela época.
Ocupando o cargo de chefe militar da força aérea, Goering também tinha autonomia para tratar de assuntos econômicos e manobras militares terrestres. Considerado como braço direito de Hitler, sua representatividade era tamanha que chegou a ser designado em 1939 como o presidente sucessor, caso Adolf morresse.
Como chanceler e empenhando em disseminar ao máximo o discurso nazista por todo o território alemão, Hitler, já no seu primeiro ano de mandato, se consagra como um líder soberano e é visto por grande parte da população como um messias salvador.
Naquela época, Adolf criticava duramente a presença judia na população alemã, sob argumento de que eles eram os grandes responsáveis pela crise no país (já que muitos judeus eram comerciantes e possuíam certa riqueza).
Como o nazismo é considerado um movimento totalitário, baseado na manipulação e no ódio, criou-se neste período o cenário perfeito para uma espécie de “caça às bruxas”.
Diante desse contexto totalmente favorável (obtendo poder com aprovação pública), Hitler intensifica a perseguição aos judeus (e às outras minorias em geral) e, em 1933, constrói o primeiro campo de concentração nazista, na cidade de Dachau.
Desde o início da ascensão política de Adolf Hitler, indícios e elementos preconceituosos já eram detectados. Entretanto, foi a partir 1933 que a situação tomou proporções agravadas.
Desde que surgiu como uma liderança política, Hitler defendia dentro do partido a criação de um símbolo do Nazismo, que conseguisse representar todos os seus objetivos ideológicos. Foi a partir de então que readaptou um símbolo já conhecido pela humanidade: a suástica 卐.
A suástica não é exclusividade do nazismo — é uma simbologia que já estava presente em várias culturas de todo o mundo, e em cada lugar tinha o seu significado e representatividade. No nazismo, a suástica era o símbolo protótipo dos invasores brancos.
Segundo as próprias palavras de Hitler, a explicação da bandeira do Nazismo era a seguinte:
“Nós, nacional-socialistas, víamos a nossa bandeira como a materialização do nosso programa partidário. O vermelho expressava o pensamento social subjacente ao movimento. O branco, o pensamento nacional. E a suástica significava a missão que nos cabia — a luta pela vitória da humanidade ariana e, ao mesmo tempo, pelo triunfo do ideal do trabalho renovador, que é, em si, e sempre será antissemítico“.
Holocausto Nazista foi o genocídio de aproximadamente 6 milhões de judeus no decorrer da Segunda Guerra Mundial, sendo considerado o maior assassinato em massa do século XX.
Toda essa barbárie foi protagonizada exclusivamente pela ideologia nazista, a qual tinha um programa sistemático de extermínio étnico.
Os extermínios não eram restritos ao território alemão, isto é, à medida que o exército de Hitler avançava e conquistava novas terras, milhares de judeus, ciganos, comunistas, prisioneiros de guerra, poloneses, deficientes físicos e mentais eram mortos sem chance de defesa.
A perseguição e morte de judeus se dava em todo o território germânico e das mais variadas formas possíveis. Entretanto, Hitler construiu campos de concentração para intensificar e automatizar a forma de exterminar judeus.
Sob a desculpa inicial de ambientes de ressocialização e recreação trabalhista, os campos de concentração eram locais onde os judeus eram escravizados e mortos posteriormente.
Este fato já é considerado um absurdo, porém, cabe destacar que as vítimas foram exterminadas das formas mais cruéis possíveis, dentro de câmaras de gás, torturados, queimados etc.
Antes do Holocausto, a Europa tinha uma população judia de aproximadamente 9 milhões de pessoas. Depois deste genocídio, estima-se que a população caiu para apenas 3 milhões.
Segundo estudos, as mortes somaram entre 1 milhão de crianças, 2 milhões de mulheres e mais de 3 milhões de homens.
Como destacado acima, o extermínio nazista não era restrito aos judeus, e de acordo com pesquisas recentes, o estado ditatorial de Hitler foi o responsável direto pela morte de aproximadamente 11 milhões de civis (principalmente do leste europeu e prisioneiros de guerra).
Tanto o Nazismo (na Alemanha) quanto o Fascismo (na Itália) são regimes totalitários que surgiram num cenário pós-Primeira Guerra Mundial, com ideias revanchistas e de ideologia opressora.
Há várias semelhanças entre Nazismo e Fascismo, o que pode causar equívocos entre os alunos. Porém, também existem distinções importantes e que devem ser destacadas.
Podemos considerar como sendo uma das diferenças mais significativas entre Fascismo e Nazismo a origem de cada movimento, já que o nazismo originalmente nasceu das classes operárias, enquanto que o fascismo surgiu nas camadas da elite italiana.d
Cabe destacar também que, inicialmente, o fascismo não tinha vertente antissemitista (repulsa aos judeus), tornando-se um regime de caça aos judeus apenas quando Mussolini (o líder fascista italiano) se declara aliado à Hitler.
Outra grande diferença é em relação ao caráter bem mais cruel apresentado pelo nazismo, isto é, o fascismo também perseguia os seus opositores, porém, o nazismo fazia este tipo de perseguição de forma muito mais covarde, desumana e bárbara. Deste modo, podemos afirmar que o regime nazista foi responsável por muito mais mortes que o fascista.
Como descrito na introdução, frequentemente os fatos históricos necessitam passar por reflexão e análise científica. Sobre o Nazismo, o cinema conseguiu representar e propor esta reflexão de forma brilhante, por meio de vários filmes chocantes e histórias baseadas em fatos reais.
Confira alguns dos principais filmes sobre Nazismo.
Um dos filmes mais emocionantes sobre o Holocausto, esta obra levanta uma questão importante sobre até que ponto a população civil alemã sabia o que se passava dentro dos campos de concentração.
Desenvolvendo seu enredo a partir da amizade de uma criança alemã com uma judia (que está presa no campo), o filme explora de forma genial a inocência infantil em meio ao caos vivido no Holocausto, com um final extremamente surpreendente e impactante.
Considerado por muitos como o filme que mais se aproximou da realidade constatada ao final da Segunda Guerra Mundial, A Queda mostra com detalhes o contexto em que Hitler viveu em suas horas finais de vida, retratando suas estratégias, seu refúgio, o suicídio de parte de sua família e a derrota do exército alemão.
A versão mostrada no filme sugere que Hitler se suicidou (versão mais aceita entre os historiadores), entretanto, muitos estudiosos levantam outras hipóteses acerca de seu falecimento. É um ótimo filme e que apresenta com detalhes quais foram as últimas manobras militares ordenadas por Hitler.
Muitos já sabem que os judeus eram escravizados dentro dos campos de concentração, realizando trabalhos braçais (geralmente de finalidade militar) na maioria dos casos.
Entretanto, poucos sabem que tinham campos de concentração onde os judeus eram os grandes responsáveis por falsificar dinheiro (libras esterlinas e dólar americano).
Baseado em fatos reais, “Os Falsários” descreve com muita emoção a rotina de judeus que trabalhavam em uma fábrica de notas falsas.
O grande dilema levantado pelo filme diz respeito sobre a conduta dos judeus, já que muitos se negavam a trabalhar por saberem que podiam estar financiando a morte de seus familiares, que ainda não haviam sido pegos.
Reconhecido principalmente pelo fato de ter sido premiado com o Oscar, e por ser um filme que desperta a emoção do público a partir da relação entre pai e filho, A Vida é Bela é, com certeza, um dos melhores filmes sobre o nazismo.
O filme descreve como os judeus eram capturados, a rotina sombria vivida nos campos de concentração e a banalidade da morte presente no campo.
Porém, em meio ao iminente risco de vida, um pai consegue ludibriar seu filho e levá-lo a um mundo paralelo de fantasia — tudo isso para protegê-lo e mantê-lo calmo.
Portanto, percebe-se o que foi o nazismo e o quão devastador ele foi para a humanidade, sendo o responsável direto por milhares de mortos.
Vale ressaltar também para o aluno que uma boa opção é estudá-lo por meio de filmes, uma vez que eles conseguem retratar a realidade enfrentada na Europa na Segunda Guerra Mundial de forma didática e acessível.
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