Osama bin Laden é um nome muito conhecido no cenário político mundial, afinal, representa um dos principais líderes do grupo fundamentalista islâmico Al Qaeda. Responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 aos EUA, estudar sobre esse personagem é um passo importante para compreender a situação político-econômica do Oriente Médio.
A relação entre alguns países da Ásia Ocidental e os Estados Unidos se tornou ainda mais conflituosa desde então. Além disso, essa região do planeta tem vivido guerras intensas e gerado a morte de milhões de pessoas todos os anos.
Quer saber mais sobre um dos terroristas mais famosos de todos os tempos? Basta continuar sua leitura para entender sobre o nome por trás dos ataques de 11 de setembro.
Usamah Bin Muhammad bin Àwad bin Laden, que ficaria conhecido posteriormente por Osama bin Laden, nasceu em 1957, sendo o décimo sétimo filho do segundo homem mais rico da Arábia Saudita. Acostumado desde cedo ao convívio com homens poderosos e longe da companhia de mulheres — inclusive sua mãe —, o jovem Osama cresceu como um dos herdeiros de um grandioso império.
Quando tinha apenas dez anos, perdeu o pai em um desastre aéreo e logo foi enviado ao Líbano para completar sua educação. Acostumado com uma vida de luxo e riquezas, Osama bin Laden viveu alguns anos sem que tivesse restrições aos seus desejos, sempre envolvido em festas e levando uma vida boêmia.
No entanto, durante a década de 1970 eclodiu a guerra civil libanesa, período em que Osama bin Laden ainda completava seus estudos e, diante desses conflitos, acabou voltando para seu país natal, a Arábia Saudita. Após seu retorno, retomou também os seus estudos e ingressou no curso de engenharia da Universidade King Abdul.
Neste período de sua vida, bin Laden conheceu o islamismo mais a fundo e a partir daí se entregou aos ensinamentos de forma fervorosa. Foi durante a década de 1970 que teve a sua primeira experiência significativa com a Al Qaeda — maior organização fundamentalista islâmica. Após conhecer Abdullah Azzam, líder do grupo, bin Laden foi incentivado a participar da organização.
Nessa época, a Al Qaeda estava em guerra contra a invasão soviética em terras afegãs por conta do interesse econômico da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), atual Rússia. É importante pontuar que naquele momento a URSS também protagonizava outra guerra histórica, conhecida como Guerra Fria, mas, dessa vez contra os Estados Unidos.
Dessa forma, o país norte americano passou a tirar vantagem do interesse em comum e interferia cada vez mais nos assuntos do Oriente Médio. Por isso, ao final da Guerra Fria e com a queda da União Soviética, a Al Qaeda passou a se ressentir da presença massiva dos Estados Unidos em seu território, mesmo com todo apoio oferecido durante os conflitos anteriores.
De forma indireta, os Estados Unidos acabaram financiando o armamento bélico daquele que posteriormente viria a ser o seu pior inimigo. Além disso, a relação de Osama bin Laden com a Al Qaeda se aprofundou e o dinheiro do herdeiro saudita contribuiu ainda mais para financiar os movimentos estratégicos da organização.
Durante o ano de 1990, o presidente iraquiano Saddam Hussein deu início a um grande conflito armado com o Estado do Kuwait por conta da sua política de comércio do petróleo. Assim, Osama bin Laden enxergou uma oportunidade para formar uma aliança política com o intuito de fortalecer seu grupo e enfrentar o imperialismo norte-americano.
Essa ideia acabou sendo descartada pelo chefe de estado iraquiano, obrigando bin Laden a fazer alianças com outras lideranças fundamentalistas que o viam como um libertador e guerreiro da Guerra Santa. Assim, com a ajuda de seus apoiadores a Al Qaeda, que já tinha bin Laden como um de seus líderes mais importantes, obteve um crescimento alarmante para os EUA, que viu essa força se espalhar por diversos países.
A mudança de Osama bin Laden para o Afeganistão se deu por causa da aproximação indesejada entre Arábia Saudita e os Estados Unidos. Ainda, a república islâmica era o centro do poder do grupo fundamentalista Talibã, maior apoiador a Jihad do saudita. Além disso, foi no Afeganistão que bin Laden planejou os ataques terroristas aos EUA.
A partir da Guerra do Golfo, uma série de atentados foram feitos contra os EUA, contra as bases norte-americanas na Arábia Saudita e até mesmo um atentado ao World Trade Center em 1993, que acarretou em seis mortes. Por fim, o maior atentado da história recente dos EUA aconteceu em 11 de setembro de 2001.
Em 11 de setembro de 2001, o mundo ficou em choque ao assistir ao maior ataque terrorista da história dos EUA. Nesse dia, terroristas da Al Qaeda sequestraram quatro aviões tripulados: dois deles colidiram intencionalmente contra as Torres Gêmeas, no grupo chamado World Trade Center, um terceiro se chocou contra o Pentágono, base de operações militares norte-americanas, e o quarto caiu em um campo aberto.
Esses atentados abalaram o mundo pela sua magnitude, além de terem sido direcionados aos maiores símbolos do capitalismo moderno, de um dos países mais proeminentes do mundo. Esse ataque a uma superpotência modificou fundamentalmente a sociedade norte-americana e a refletiu também nas demais nações.
Os ataques de 11 de setembro fizeram com que os EUA declarassem guerra ao Afeganistão, que ficou conhecida como A Segunda Guerra do Afeganistão — após a primeira, contra a Rússia. Essa guerra foi uma das mais sangrentas e os conflitos ainda permanecem na região.
Pouco se sabe acerca da morte de Osama bin Laden ou mesmo quem foi ou foram os responsáveis. As buscas pelo terrorista foram extensas e duraram anos. Em 2 de maio de 2011, o então presidente Barack Obama fez um comunicado oficial dizendo que Osama tinha sido encontrado por uma força militar conjunta com operações da CIA e tinha sido morto.
No entanto, exames de DNA não foram 100% acurados, uma vez que faltava a arcada dentária e os exames, ainda que trazendo resultados aproximados, não tinham sido conclusivos o suficiente para que o terrorista pudesse ser declarado morto juridicamente.
Osama bin Laden é uma figura que até hoje assombra toda a sociedade norte-americana. Após os ataques de 11 de setembro, as Américas do Norte e do Sul conheceram o medo provocado por atentados terroristas, do caos e de ataques surpresa. Portanto, descobrir o que motivou os ataques e como funciona a dinâmica entre os EUA e sua política imperialista é essencial para compreender o surgimento de terroristas como bin Laden.
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