Se você chegou até este post, é possível que esteja estudando sobre a História do Brasil e querendo entender um pouco mais sobre a República Oligárquica, certo? Entender os momentos pelos quais nosso país passa é importante não só para qualquer vestibulando, como também para compreender algumas configurações atuais e recorrentes da nossa história.
Pois saiba que a República das Oligarquias foi um importante período da então recente República Brasileira e que teve características bastante peculiares não apenas em questões políticas, mas também e principalmente econômicas.
Para entender mais sobre essa parte da História do nosso país, bastante cobrada em vestibulares e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), não deixe de ler este post!
Como o próprio nome diz, o período da República Oligárquica no Brasil diz respeito ao momento em que o poder se manteve nas mãos de oligarquias do país, mais especificamente as cafeeiras, dos estados de Minas Gerais e de São Paulo.
No entanto, o que exatamente são “oligarquias”? Por definição, oligarquia consiste em um tipo de governo em que o poder está concentrado nas mãos de poucas pessoas, que geralmente pertencem a um mesmo grupo, partido, classe ou família.
Para entender melhor os caminhos que levaram a esse tipo de governo no Brasil, precisamos voltar um pouquinho no tempo, logo ali depois da proclamação da República.
Assim que se deu a proclamação da República do Brasil, tivemos dois períodos políticos:
Precisamos lembrar que, no período compreendido entre os anos de 1800 e 1930, a cafeicultura foi a principal atividade econômica no Brasil. Sendo assim, o café se tornou o produto mais exportado naquela época pelos grandes cafeicultores, principalmente no estado de São Paulo.
As fazendas seguiam um sistema de monocultura, ou seja, plantio de apenas um tipo de produto (no caso, o café). Até o período da Lei Áurea, em 1888, o trabalho escravo era utilizado nas lavouras e, com o fim da prática, houve intensa crise devido à falta de mão de obra barata.
Ainda no finalzinho do governo do Marechal Floriano Peixoto, no ano de 1894, grupos de cafeicultores paulistas começaram uma mobilização com a criação de uma aliança para apoiar e eleger aquele que seria o próximo presidente.
Foi criado então o Partido Republicano Paulista (PRP) e, sob sua filiação, Prudente de Moraes foi eleito para a presidência. A partir de então, deu-se início a um período de controle político por parte dos cafeicultores e também de alternância entre o PRP e o Partido Republicano Mineiro (PRM) no governo.
A prática passou a ser chamada República do Café com Leite, sendo esses os dois principais produtos de cada um dos estados, São Paulo e Minas Gerais.
Além das alianças, a República das Oligarquias foi fortemente marcada pelo coronelismo e pelo voto de cabresto. A alternância e o apoio a esse tipo de governo só foi possível devido à forte atuação regional dos coronéis.
O título de coronel é uma herança do período colonialista brasileiro e, ainda no período republicano, essas pessoas mantiveram seu poder político, econômico e bastante influente socialmente.
Por meio dessa influência e como lideranças locais, conseguiam votos para os presidentes paulistas e mineiros, tornando comum a prática de troca de favores ou até mesmo do uso da força. Criavam-se, assim, os currais eleitorais, em que as pessoas deviam obediência e os votos para presidência deviam se dirigirem ao candidato apoiado, sob ordens coronelistas.
Outra característica da República Oligárquica era a Política dos Governadores. Ela consistia em uma troca de favores entre os governadores dos estados e o poder federal. Como você deve imaginar, as oligarquias mais poderosas adquiriam mais vantagens, favores, recursos e cargos.
Os governos estaduais e oligarquias, por sua parte, tratavam de eleger deputados que legislassem, ou seja, votariam medidas em favor das propostas feitas pelo governo federal. Dessa maneira, os estados adquiriam liberdade e poder para governarem enquanto o presidente evitava movimentos separatistas ou guerras civis.
Tantas regalias e monopólio de poder de apenas dois estados do Brasil geraram desconforto e insatisfação dos diversos tipos. Sendo assim, setores sociais excluídos desses esquemas começaram a se revoltar com a situação.
Somaram-se a isso intensas mudanças como a industrialização do país e, tendo início a crise do café, empresários e operários se viram cada vez mais fortes e dispostos a acabar com o modelo de governo que vinha se firmando ao longo dos anos.
Diante disso, surgiram alguns movimentos de reivindicação de representatividade e autonomia política no Brasil. Confira a seguir alguns deles.
Com o surto de Varíola ocorrido em 1902, o governo do então presidente Rodrigues Alves criou uma política de vacinação à força na cidade do Rio de Janeiro. A situação gerou insatisfação, que se somava a precárias condições de moradia e elevado custo de vida.
Em novembro de 1904, as massas populares foram às ruas enfrentar agentes de Saúde Pública e a Polícia. O governo derrotou a Revolta da Vacina, mas instituiu a aplicação facultativa da vacina.
A Guerra do Contestado teve início em 1912 devido às más condições de vida enfrentadas por pessoas em função da construção de uma estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul.
A obra desapropriou camponeses, o que gerou revoltas e conflitos armados entre a população local e o governo federal. O resultado, depois de quatro anos de guerra, foram muitas mortes e a assinatura do Acordo de Limites Paraná-Santa Catarina.
A Revolta do Forte de Copacabana, ocorrida em 1922, teve início devido à publicação de cartas ofensivas do então candidato à presidência Artur Bernardes ao ex-presidente Marechal Hermes da Fonseca.
Militares apoiadores do Marechal ficaram extremamente insatisfeitos e, tendo Artur Bernardes sido eleito, deram início a movimentos e rebeliões populares. Tendo o Forte de Copacabana como refúgio, os militares foram fortemente bombardeados pelo exército federal e, assim, derrotados.
O fim da República Oligárquica, então, se deu com a decadência dos ambientes rurais e crescimento da urbanização no Brasil. Novos grupos sociais surgiram e fizeram frente à oposição ao governo.
Houve, então, a Revolução de 30, liderada por Getúlio Vargas, que toma o poder mesmo após a eleição de Júlio Prestes, no mesmo ano, pondo fim às oligarquias no poder federal.
Como pudemos ver, a República Oligárquica teve grande importância na História Brasileira não apenas pelo seu tempo de duração, mas pelas configurações econômicas, sociais e políticas que implementou. Tudo isso além de ter sido as primeiras experiências republicanas no país.
Por falar em experiência republicana, outro importante período da História foi a Ditadura Militar. Leia nosso post e compreenda como foi o governo de João Goulart, durante essa época.
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