Fique por dentro dos mais importantes acontecimentos desse momento histórico
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Lembra daquelas aulas de História, do período que em o príncipe D. Pedro I abdicou do trono e deixou seu filho de apenas cinco anos no Brasil? Pois foi durante esse tempo da nossa história que aconteceram as revoltas regenciais.
Para entender melhor e acabar de vez com as dúvidas sobre o assunto, continue lendo esse post. Certamente você vai adquirir mais conhecimentos para arrasar nas provas do Enem e principais vestibulares!
Durante o período em que se esperava que o príncipe D. Pedro II atingisse a maioridade, os membros do Congresso escolhiam os regentes para governar o Brasil. No entanto, os designados para tal função eram da elite agrária, opondo-se ao liberais do federalismo.
Dentro de um contexto em que não havia um governo forte e que a grande parte da população sofria por falta de recursos básicos, surgem as principais revoltas regenciais. Essas rebeliões aconteceram em diversas partes do Brasil.
Entre seus participantes estavam os pobres, pessoas das camadas mais altas da sociedade da época e até mesmo os escravos. O que diferenciou as causas reivindicadas pelos revoltosos, foram os problemas locais. Daí a explicação para cada revolta ter seus próprios motivos e participantes diferenciados.
Aqui falaremos das revoltas regenciais no Brasil que recebem maior destaque na nossa história. Preste atenção aos detalhes de cada uma delas: datas, locais dos acontecimentos, participantes, motivos e outros. Vamos lá?
O palco desse acontecimento foi na capital Salvador, província da Bahia, no ano de 1835. Na região, havia muitos negros escravos e libertos, que não se conformaram com a escravidão e imposição da religião católica. Vale ressaltar que os negros de Salvador eram na sua maioria de origem muçulmana.
O grupo de escravos que formavam o grupo de revoltosos, eram os conhecidos como “negros de ganho”, ou seja, vendiam produtos pelas redondezas e traziam metade do que recebiam para seus donos.
Como esses escravos ficavam de certa maneira “livres” para andar pela capital, facilitava a organização de tal movimento. Inclusive, muitos deles conseguiam guardar quantias de dinheiro com as vendas que realizavam e acabavam comprando a própria carta de alforria.
O movimento, que durou menos de um dia, não alcançou os objetivos esperados. Foi duramente controlado, com um saldo de muitos mortos, outros presos e cerca de quinhentos negros libertos foram exilados para a África.
Apesar de não ter tido sucesso, o levante do Malês teve seu destaque em nossa história, por apresentar uma organização dos povos menos favorecidos da época.
A revolta da Cabanagem ocorreu na província do Grão-Pará, no anos de 1835 a 1840. Seus componentes foram negros, índios e os cabanos –– moradores de cabanas. Seus integrantes lutavam pela melhoria de vidas dos pobres e da perda do domínio político dos grandes produtores da terra.
Suas ações tiveram algum êxito, por ter conseguido conquistar a capital Belém e até mesmo chegaram a declarar a independência do Pará! No entanto, o sucesso não perdurou por muito tempo. Em 1840, foram derrotados pelo governo, ocasionando a morte de cerca de 30 mil pessoas.
Os que conseguiram fugir eram perseguidos até serem mortos, o que ocasionou cerca de mais de 40% da população paraense da época!
Ainda na Bahia, dois anos após da revolta de Malês, foi a vez da classe média, os ricos e militares se juntarem para dar início a revolta da Sabinada. O nome surgiu, em decorrência do líder ser o médico Francisco Sabino.
As reivindicações eram os baixos salários dos militares e a insatisfação com o governo regencial, que queria enviá-los para resolver conflitos populares no Sul do país. Já o interesse por parte dos demais integrantes era ter maior participação política e mais acesso ao poder.
Conquistaram algumas vitórias como proclamar uma república, o que durou apenas alguns meses. Após isso, foram duramente reprimidos pelas autoridades da província, tendo muitas mortes, como o do líder da revolta e outros participantes deportados ou executados.
No Maranhão, ocorreu a revolta da balaiada, nos anos de 1838 a 1841. Esse conflito recebeu adesão dos quilombolas, escravos, artesãos e os pobres lutavam para deixarem de ser explorados pela classe dominante –– os produtores rurais e os grandes comerciantes da região.
Entretanto, a revolta teve início por motivos de disputa das elites locais. Um de seus líderes, Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, era comerciante de balaios, daí o nome de balaiada. Foi no ano de 1840, que o futuro Duque de Caxias, então coronel do exército do governo regencial, liderou a dominação sobre os rebeldes.
Conhecida também como a guerra dos farrapos, essa revolta se deu no Sul do Brasil, na província de São Pedro do Rio Grande do Sul. O objetivo dos rebeldes era conquistar maior autonomia econômica e política para a região.
Entre os farrapos, como eram chamados os revoltosos, destacam-se personagens que marcaram o cenário político: Anita Garibaldi, Bento Gonçalves, Giuseppe Garibaldi e Bento Manuel.
A revolta teve um grande feito em 1838: a aclamação da República de Piratini ou Rio-Grandense, tendo como presidente o líder Bento Gonçalves. Somente anos mais tarde, por volta de 1845, que todos os integrantes desse levante foram derrotados pelo governo regencial.
Como deu para perceber, as revoltas regenciais foram desencadeadas com a falta de “comando” do então príncipe D. Pedro II. Para resolver essa situação, e por fim em outras possíveis revoltas que poderiam surgir contra o governo regencial, o Senado Federal antecipou a lei da maioridade para o príncipe.
Dessa forma, antes mesmo de completar os 14 anos de idade, o Brasil passou a ser governado por um líder ainda bem jovem. Essa reforma da lei, que surgiu como estratégia para conter o caos na nação, ficou conhecida como o “Golpe da Maioridade.”
Percebeu como as revoltas regenciais não são tão complicadas assim? Ficou mais fácil de entender? Então, não desista de continuar estudando para que seus conhecimentos históricos fiquem cada vez mais afiados, combinado?
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