Você já reparou como a tecnologia está presente em nossas vidas? O computador que você usa, os carros que estão passando na sua rua, a luz elétrica, as vacinas que salvam vidas. A humanidade inventa máquinas há muito tempo. Mas, somente com o advento da Revolução Industrial o mundo pôde viver um enorme salto no desenvolvimento tecnológico.
Os historiadores classificam esse evento em três períodos: Primeira Revolução Industrial, Segunda Revolução Industrial e Terceira Revolução Industrial. Vamos aprender sobre a segunda etapa desse processo.
No final do século XVIII, os ingleses deram início a um dos mais espetaculares processos de transformação da humanidade. Após a Revolução Gloriosa, com os grandes lucros obtidos no comércio e na expansão territorial e com abundância em carvão mineral e ferro, a Inglaterra criou um ambiente favorável à industrialização e deu início à chamada Revolução Industrial.
No século XIX foi o início da Segunda Revolução Industrial que se espalhou pela Europa, Estados Unidos e Japão com fim no século XX durante a Segunda Guerra Mundial. As máquinas foram aperfeiçoadas e novas foram criadas, aumentando a capacidade produtiva.
Houve incentivos para pesquisas e os métodos de produção foram aprimorados para aumentar a lucratividade. Esse foi o início da Segunda Revolução Industrial.
Segunda Revolução Industrial é marcada por diversas características por se tratar de um momento histórico importante para o desenvolvimento da indústria, avanços tecnológicos e aumento da produtividade.
Entre as principais características da Segunda Revolução Industrial, destacamos:
O período de maiores avanços foi entre o fim do século XIX e início do século XX. O mundo vivenciou uma série de inovações e criações. As distâncias entre um lugar e outro puderam ser percorridas em menor tempo, as informações chegavam a mais pessoas e a medicina era capaz de prolongar a expectativa de vida.
A Segunda Revolução Industrial foi simbolizada pela criação da locomotiva a vapor (1814), pelo inglês George Stephenson, que carregava vagões a uma velocidade de 26 km por hora — bem mais rápido do que um cavalo faria. Pouco depois, a Europa e os EUA estavam cobertos de ferrovias. O barco a vapor (1807) foi criado pelo norte-americano Robert Fulton. Os navios eram movidos por grandes rodas propulsoras cheias de pás.
Os ingleses Faraday e Henry (1831), respectivamente, descobriram o gerador e o motor elétrico, que seriam largamente empregados na indústria no fim do século XIX. As comunicações puderam viajar na velocidade da luz quando o norte-americano Morse inventou o telégrafo (1844).
A fotografia foi inventada pelo francês Daguerre (1839). O cimento foi criado na Inglaterra pelo pedreiro Aspdin. A bicicleta foi invenção do operário inglês Macmillan (1839). A borracha extraída da seiva de uma árvore pôde ser utilizada na indústria, como na fabricação de pneus, após a descoberta da vulcanização pelo norte-americano Goodyear (1839).
A medicina também foi beneficiada com as novas descobertas. O estetoscópio — aquele aparelho que aumenta o som, útil para os médicos escutarem o coração — foi criado pelo francês Laënnec (1816). A anestesia, fundamental para a medicina com menos sofrimento, surgiu com o uso de éter e do clorofórmio, nos Estados Unidos (1842). A síntese da codeína, uma substância extraída da papoula, virou remédio contra dores a partir da criação do francês Jean Pierre Robiquet (1830).
A utilização do petróleo como combustível do motor à combustão representou um grande avanço no campo da química. Mais tarde, o alemão Karl Benz utilizaria esse motor na criação do primeiro carro (1886).
Como já vimos, a Revolução Industrial teve início na Inglaterra e, alguns anos depois, se espalhou pela Europa, Estados Unidos e Japão. Os principais países europeus que tiveram destaque na industrialização foram a Alemanha e a França. Em menor escala, a Holanda, a Bélgica e a Itália, também participaram dessa revolução.
A Rússia e a Europa Oriental, tal como Portugal e Espanha, permaneceram essencialmente agrárias. Entretanto, esses países entraram no processo de industrialização a partir do início do século XX, especialmente os russos, que participaram ativamente da Primeira Guerra Mundial.
Os Estados Unidos não vieram de uma economia feudalista, como aconteceu com os europeus. Em compensação, os estados do Norte, baseados no trabalho livre, venceram a guerra contra os estados do Sul, durante a Guerra de Secessão, e proporcionaram grande crescimento econômico do país. Na entrada do século XX, a indústria norte-americana já superava a da Inglaterra.
O Japão já se industrializava desde o século XIX, especialmente após a era Meiji, iniciada em 1868. Durante o período Meiji, o Japão seguiu as tendências ocidentais de industrialização, de educação e modernização. A participação do Estado em parceria com o setor privado foi importante para o desenvolvimento tecnológico japonês.
No Brasil, a Revolução Industrial só começou mesmo em meados do século XX, quando Getúlio Vargas deu início à criação de indústrias e estatização de minerais, especialmente das minas de petróleo.
O grande avanço na tecnologia proporcionou a produção em massa em menor escala de tempo. Um produto que levava um dia inteiro para ser fabricado passou a levar apenas alguns minutos ou algumas horas.
Com o aumento da produção e do comércio, o crescimento econômico dessas nações industrializadas, estava vinculado à sua capacidade de dominar econômico e culturalmente outros territórios para vender os novos produtos e, também, para explorar as matérias-primas.
Tendo interesses políticos e econômicos, os países europeus que estavam na corrida da industrialização iniciaram um processo de expansão territorial na Ásia, na África e na América Latina. Esse processo ficou conhecido como Imperialismo ou Neocolonialismo.
A Segunda Revolução Industrial modificou profundamente o mundo, as relações entre as pessoas, a forma de trabalhar e de viver. O trabalho artesanal diminuiu e deu lugar à produção de mercadorias industrializadas. Assim, os produtos passaram a ser feitos em menos tempo.
No campo dos transportes surgiram sistemas avançados como a navegação por barco a vapor, a criação das ferrovias e do carro. O tempo de viagem encurtou radicalmente. A quantidade de pessoas e cargas transportadas nos trens e nos barcos passou a aumentar radicalmente.
No cotidiano, as pessoas deixaram as áreas rurais e foram morar nas cidades. Assim, surgiram as grandes metrópoles. O ritmo da vida passou a ser ditado pelo relógio. O tempo não era mais igual ao da natureza, das estações, do nascer e do pôr do sol, mas sim o tempo do apito das fábricas.
Nem tudo foi perfeito. Aumentaram o surgimento das doenças e acidentes de trabalhos devido às péssimas condições da salubridade e da extensa jornada. Crianças foram utilizadas como mão-de-obra e o salário de um operário era muito baixo.
Com a Segunda Revolução Industrial o mundo não seria o mesmo se tanta coisa não tivesse sido inventada nesse período, não é mesmo? Avanços no campo da Química, da medicina, do transporte, mudanças na relação de trabalho e no modo de vida.
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