História é uma matéria essencial durante o ensino médio. Conhecer os processos que originaram as grandes civilizações e desenvolveram a vida como a conhecemos hoje é fundamental para pensar em novas perspectivas! É por isso que preparamos este conteúdo sobre a Unificação Italiana ou Risorgimento.
Estudar sobre como aconteceu o surgimento da Itália e todas as batalhas originadas desse processo é um passo importante nos seus estudos, pois surgem muitas questões relacionadas às consequências da Unificação Italiana.
A seguir, compartilharemos com você informações fundamentais sobre a criação da Itália que orientarão seus estudos para garantir melhores resultados nas provas. Continue a leitura!
A Unificação Italiana representa o surgimento de um país europeu bastante conhecido: a Itália. Durante muito tempo, o território que hoje chamamos de Itália era composto por diversas províncias independentes. Assim, durante a liderança de Vitor Emanuel II e por meio dos ideais revolucionários oriundos da Revolução Francesa, iniciou-se o processo de unificação territorial.
A população sofria com as baixas condições de vida, associadas à repressão política e à pobreza das províncias. Com isso, diversos grupos de resistência foram surgindo em busca de construir uma nação italiana justa e fortalecida. Entre eles, encontramos nomes como Guiseppe Mazzini, Guiseppe Garibaldi e Camilo Benso.
A partir da década de 1840, os ideais antimonárquicos e republicanos perdem voz, fazendo com que as forças monarquistas e liberais tivessem mais espaço para exercer seu poder. Com isso, Sardenha e Piemonte montaram uma aliança e construíram um único Estado: Sardenha-Piemonte.
A consequência dessa primeira unificação é o desenvolvimento das forças italianas sobre as tropas austríacas, constituindo o que hoje chamamos de primeira guerra da independência. No entanto, o novo Estado perde a batalha, fazendo com que os ideais nacionalistas tomassem força.
Então, em 1859, Sardenha-Piemonte iniciam o processo de conquista do centro e norte da Itália, enquanto as forças de Garibaldi conquistam o sul, caracterizando a segunda guerra da independência. A Áustria, que detinha o poder sobre o território italiano, perde suas tropas e tem sua dinastia abdicada.
Com a saída dos poderes austríacos, Vitor Emanuel II é coroado como rei e finaliza o processo de Unificação Italiana. Assim, a burguesia e a elite cultural iniciam o processo de criação de uma identidade nacional para consolidar a nova nação a partir dos ideais iluministas: liberdade, igualdade e fraternidade.
No tópico anterior, falamos um pouco sobre os motivos que levaram à unificação da nação italiana e os ideais que a constituíram. No entanto, para compreender profundamente o processo histórico da criação da Itália, é fundamental entender os diferentes antecedentes que permitiram seu nascimento.
Como você já deve imaginar, antes do Risorgimento, o território italiano estava fragmentado em diferentes reinos em função das guerras napoleônicas e do Congresso de Viena. Os movimentos de resistência oriundos da Revolução Francesa e das batalhas contra a França foram fundamentais para sustentar as ideias revolucionárias da Unificação.
É de se esperar que o movimento revolucionário francês assustasse outras monarquias, certo? Afinal, ele colocava em xeque todos os valores e parâmetros que existiam para fazer política, economia e cidadania. Assim, as monarquias europeias começaram a montar alianças para reprimir qualquer avanço republicano.
Após a queda o imperador francês Napoleão Bonaparte, os reinos italianos foram submetidos a diferentes nações. Parma, Luca e Sicília foram controlados pela dinastia espanhola, enquanto que Lombardia-Veneza e Módena ficaram sobre o controle da Áustria. Toscana, por sua vez, era comandada pela Igreja Católica.
Acontece que os ideais revolucionários estavam enraizados nas populações dos diferentes reinos. Consequentemente, eles eram levados à política e sustentaram todo o processo da Unificação Italiana.
Uma coisa é certa: não há, na História, movimentos de resistência sem luta. A Unificação Italiana representou toda a criação do nacionalismo e de um único Estado que oferecesse melhores condições para todos os povos. Isso ocorreu, entretanto, por meio de guerras e batalhas.
Assim como as guerras da independência, existiram outros conflitos entre nações que fazem parte da história da Unificação Italiana. No sul da Itália, Guiseppe Garibaldi, esposo de Anita Garibaldi, iniciou a batalha para a conquista de Toscana, Parma e Módena.
Em 1861, criou-se o Reino da Itália a partir da união dos diferentes reinos de norte a sul. Entretanto, Veneza, ocupada pela dinastia austríaca, e Roma, dominada pelas tropas de Napoleão, ainda não faziam parte da unificação, uma vez que era necessário articulações físicas e políticas para a conquista desses territórios.
Foi por esse motivo que o Reino da Itália se aliou à Prússia, conseguindo conquistar Veneza e, por sua vez, perdendo Tirol, Trentino e Ístria para a Áustria. Anos depois, em 1870, a Guerra Franco-Prussiana tomou conta da Europa e o exército italiano conseguiu conquistar Roma, já que os franceses estavam comprometidos em outras batalhas.
Questões sobre as consequências da Unificação Italiana aparecem com frequência no vestibular. Isso porque todo o processo de união dos reinos ocasionou o surgimento de um Estado comandado por uma monarquia constitucional, permitindo sua grande expansão territorial para outros países e continentes, como a África.
Afinal, a monarquia constitucional (ou parlamentar) é caracterizada pela figura de um rei como Chefe de Estado, podendo ser colocado no poder de forma hereditária ou eletiva. No entanto, a grande diferença entre ela e uma monarquia absolutista é a presença da constituição.
Nesse modelo, os poderes de decisão do rei são limitados por uma série de leis que prezam pela população. Essa aliança entre monarquia e constituição ocorre pela presença de um primeiro-ministro, que também é responsável pela chefia do governo, e todas as ações públicas, políticas, econômicas, sociais e institucionais devem estar de acordo com a constituição.
A construção de um novo modelo político desequilibrou os interesses das outras potências, como Alemanha e França. Da mesma forma que elas não desejavam a ascensão dos ideais revolucionários, uma postura da monarquia constitucional também apresentava um embate. Isso foi um dos pilares que sustentou a Primeira Guerra Mundial.
Existe, na História, um fenômeno fascinante: os impactos que outros movimentos causam em nações distintas. Em paralelo à Unificação Italiana, acontecia, na Alemanha, um processo similar: a Prússia tentava promover a união dos diferentes reinos — esse foi um dos motivos da criação da aliança entre Itália e Prússia!
A França, que via sua potência sendo colocada em risco, era contrária aos processos de unificação alemã e italiana. Isso ocasionou o surgimento de uma série de batalhas que originaram o pacto ítalo-prussiano e, consequentemente, a Guerra Austro-Prussiana.
Conhecer o surgimento da Itália por meio do processo de Unificação Italiana é fundamental para mandar bem no vestibular e no Enem. Lembre-se de revisar bem o conteúdo para fixar sua aprendizagem, combinado? Assim, você consegue aprimorar sua performance e conquistar excelentes resultados nas provas!
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