Winston Churchill nasceu na Inglaterra em 1874. Seu pai foi Primeiro-Ministro britânico e sua mãe, norte-americana, fazia parte da alta sociedade. Churchill cresceu com problemas na fala e tirava notas baixas, mas tornou-se correspondente de guerra, colunista de jornais e revistas, parlamentar, Primeiro-Ministro e Nobel de literatura, com uma história de vida conturbada, mas inspiradora.
Foi um dos líderes europeus mais importantes durante a Segunda Guerra Mundial, mantendo pulso firme contra os avanços dos nazistas pelo continente. Inspirou os britânicos para as batalhas, formou alianças estratégicas e ganhou respeito pelo mundo afora. Também é conhecido até hoje por diversas frases que proferiu em suas entrevistas e discursos políticos.
Quer aprender mais sobre a história de um dos homens mais polêmicos e vibrantes da Europa? Continue a leitura deste texto para acompanhar como foi a jornada de Winston Churchill até seu falecimento, aos 90 anos. Conheça também as frases e expressões mais famosas ditas por ele. Confira!
Winston Leonard Spencer-Churchill nasceu prematuramente em 30 de novembro de 1874, no Palácio de Blenheim, cidade de Woodstock, na Inglaterra, na família dos nobres Duques de Marlborough. Seu pai, Randolph Churchill, foi um conhecido político da época, que chegou a ser Primeiro-Ministro, mas ganhou destaque mesmo como Ministro da Fazenda. Sua mãe, a norte-americana Jennie Jerome, fazia parte da alta sociedade.
Quando criança, Churchill demonstrou ter dificuldades para falar — era comum ele pronunciar errado as letras S e Z e, com isso, suas notas na escola sempre foram baixas. Com muito esforço Churchill se formou em um colégio rígido e prestigiado de Dublin, na Irlanda, e pôde entrar na Academia Militar de Sandhurst, onde se formou Tenente-Coronel, como o oitavo melhor aluno da turma.
Em 1895, Churchill foi enviado para a guerra que se desenrolava em Cuba, como correspondente. Em seguida, foi transferido para a segunda guerra Anglo-Afegã, quando passou a ser colunista de importantes jornais e revistas da época. Em 1898, Churchill já estava no Egito, também como correspondente. Ao todo, serviu ao Exército por quase trinta anos.
Já em 1899, Winston Churchill não conseguiu se eleger como parlamentar britânico e, por isso, foi embora para a África do Sul, que até então era uma colônia inglesa. Com intenções de seguir na carreira jornalística, acabou sendo capturado e se tornou prisioneiro de guerra na cidade de Pretória, de onde conseguiu fugir percorrendo cerca de 500 km a pé. O jovem Churchill continuou pela África, onde cobriu e contou a história de diversos outros conflitos.
Ao voltar para a Inglaterra, em 1900, conseguiu, finalmente, ingressar no parlamento, sendo apoiado pelo partido conservador. Foi Ministro das Finanças, Ministro do Comércio, Ministro da Defesa, Ministro das Colônias e Ministro das Munições. Nessa época, casou-se com sua esposa Clementine, com quem teve cinco filhos.
Em 1911, Churchill tornou-se Primeiro Lord do Almirantado, um cargo de alto prestígio na Marinha Britânica. Contudo, durante a Primeira Guerra Mundial, acabou sendo demitido do cargo após uma campanha lamentável na Batalha de Gallipoli, que causou a morte de milhares de soldados britânicos, franceses e de outras nações aliadas.
Quando o comunismo começou a se expandir na Europa, por consequência da Revolução Comunista Russa, Winston Churchill foi um dos políticos contrários ao movimento. Entre 1919 e 1921 foi Ministro da Guerra, mas durante a década de 20 e 30 o político entrou em isolamento e acabou se tornando membro da Câmara Baixa, o que permitiu que Churchill se dedicasse à literatura — o que lhe rendeu um Prêmio Nobel em 1953.
Em 1933, com a ascensão de Adolf Hitler, Winston foi um dos políticos que se levantaram contra o ditador — que já era considerado uma ameaça grave. Churchill era contrário à concordância do governo britânico em relação aos pedidos de Hitler. Contudo, em 1939, quando os nazistas invadiram a Polônia, a Inglaterra declarou guerra contra a Alemanha.
Em meio ao conflito, Winston Churchill reassume seu antigo cargo de Lord do Almirantado e, em 1940, torna-se Primeiro-Ministro, quando os alemães invadem a França. Seu discurso de posse foi bastante simples, mas repleto de significado: “Não tenho nada a oferecer, para além de sangue, sofrimento, lágrimas e suor”.
Nesta altura da vida, Winston Churchill já era um orador de discursos históricos e motivacionais. Todas as dificuldades na fala, que enfrentou quando criança, foram deixadas para trás quando seu povo precisou de um líder. Churchill foi um dos políticos mais importantes para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, que durou até 1945.
Porém, mesmo tendo sido importante para a derrota da Alemanha nazista, até hoje Churchill é tido como um dos culpados pelo caos que se instalou no Sudeste asiático durante os conflitos. Milhões de pessoas morreram por falta de alimentos em Bengala, o que poderia ter sido evitado se a Inglaterra tivesse adotado diferentes estratégias. O bombardeio em Dresden, na Alemanha, é outro conflito polêmico: o crime de guerra, como é considerado por alguns historiadores, matou milhares de inocentes e destruiu a cidade, e foi decisão de Churchill.
Winston Churchill ainda tentou fazer frente à União Soviética, mas acabou tendo seus planos recusados e perdeu a reeleição como Primeiro-Ministro. Considerado um dos idealizadores da União Europeia, Churchill foi quem criou a expressão “cortina de ferro”, ao se referir às divisões que repartiam cidades entre comunistas e não-comunistas.
Em 1953, Churchill foi nomeado Sir (senhor, em inglês). O título honorífico britânico remonta aos tempos medievais, em que os cavaleiros da realeza eram homenageados com tal honraria. Hoje em dia, a Ordem de Cavaleiro da Rainha, como é conhecido o título, pode ser entregue a homens e mulheres britânicos (Sir ou Dame) que colaboram com o país e com a cultura britânica, como músicos e atores.
Winston Churchill renunciou ao cargo de Primeiro-Ministro em 1955, quando proferiu o discurso conhecido como Jamais Desesperar: ”… nunca fugir, não se abater, desesperar jamais”.
Faleceu em 24 de janeiro de 1965, aos 90 anos de idade. Seu funeral reuniu líderes — políticos, militares e civis — de diversas gerações e nacionalidades. Até hoje Winston Churchill é respeitado por ter lutado pela Europa quando o continente enfrentava um dos momentos mais tristes de toda a sua história.
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Durante a Primeira Guerra Mundial, Winston Churchill colaborou com a modernização da Marinha Britânica. Enquanto serviu como Primeiro Lord do Almirantado, trocou os navios a carvão por modelos mais modernos, a óleo, de forma que a frota se tornou mais rápida. Contudo, cometeu erros estratégicos que colocaram milhares de soldados a caminho da morte na Batalha de Gallipoli — o que fez com que perdesse o cargo e partisse para enfrentar a guerra na França.
Em 1940, Churchill pronunciou o mais famoso de seus discursos. Tendo assumido como Primeiro-Ministro há menos de um mês — e ainda sem credibilidade — mobilizou toda a nação para as batalhas que, inevitavelmente, viriam em seguida durante a Segunda Guerra Mundial. A França estava praticamente derrotada e a Inglaterra esperava uma invasão nazista a qualquer momento.
“Nós lutaremos nas praias, nós lutaremos nos campos, nós lutaremos nas colinas, nós nunca nos renderemos.”
Winston Churchill liderou o retorno dos governantes conservadores ao poder quando Neville Chamberlain fracassou ao tentar negociar com Adolf Hitler. Churchill partiu para uma política dura com os nazistas ao firmar um acordo estratégico com Josef Stalin, revolucionário soviético, e conquistar o apoio dos americanos — manteve laços de amizade com Franklin Roosevelt, então presidente dos Estados Unidos da América. Tais medidas, inclusive, fizeram com que o Primeiro-Ministro fosse respeitado mundialmente.
Ao longo de toda a sua carreira política, por diversas vezes Winston Churchill proferiu frases polêmicas e emblemáticas sobre o período que a Europa e o mundo enfrentavam. Abaixo estão algumas das mais famosas que selecionamos para complementar a biografia desta figura tão importante para a governança e a motivação global.
“O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesse; o do socialismo é a distribuição por igual das misérias.”
“A democracia é a pior forma de governo, exceto todas as outras que foram tentadas.”
“Se Hitler invadisse o Inferno, eu faria uma referência favorável ao diabo na Câmara dos Comuns.”
“Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança.”
“Não adianta dizer: “Estamos fazendo o melhor que podemos”. Temos que conseguir o que quer que seja necessário.”
“A vida dá lições que só se dão uma vez.”
“O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade.”
“Os problemas da vitória são mais agradáveis que os problemas da derrota, mas não são menos difíceis.”
” Na guerra a pessoa só pode ser morta uma vez, mas na política diversas vezes.”
“A sorte não existe. Aquilo a que chamas sorte é o cuidado com os pormenores.”
“A maior lição da vida é a de que, às vezes, até os tolos têm razão.”
“Quando se tem de matar um homem, não custa nada ser educado.”
“É melhor morrer em combate do que ver ultrajada a nossa nação.”
“O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder entusiasmo.”
“Estou sempre disposto a aprender, mas nem sempre gosto que me ensinem.”
“Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir.”
“É sempre prudente olhar em frente, mas é difícil olhar para mais longe do que pode ver-se.”
“Eu não sou exigente, eu me contento com o que há de melhor.”
“Não passamos de minhocas. Mas acredito ser uma minhoca que brilha.”
“O que eu espero senhores, é que depois de um razoável período de discussão, todo mundo concorde comigo.”
“Fanático é alguém que não muda de ideia e não muda de assunto.”
Winston Churchill foi, além de político, historiador e escritor. Até hoje ainda é o único Primeiro-Ministro britânico que recebeu um Prêmio Nobel de Literatura, em 1953, pela sua obra em seis volumes sobre a Segunda Guerra Mundial — Memórias da Segunda Guerra Mundial, escrita entre 1948 e 1954 —, que retrata todos os acontecimentos da época, desde o início dos conflitos até a vitória final.
Outras obras de Churchill que merecem destaque são: A Guerra do Rio (1899), De Londres a Ladysmith via Pretoria (1900), Minha Viagem Africana (1908), A Crise Mundial (1923 a 1931), A Minha Juventude (1930), Índia (1931), Pensamentos e Aventuras (1932), Grandes Contemporâneos (1937) e Uma História dos Povos de Língua Inglesa (1956 a 1958).
Diversos filmes e séries já levaram para as telas a personalidade de Winston Churchill. A série The Crown (Netflix, 2016), por exemplo, retrata como era a relação de Churchill, quando Primeiro-Ministro, com a ainda jovem Rainha Elizabeth. Em Tempos de Tormenta (HBO Films, 2009), conhecemos a vida política de Churchill já ao final da Segunda Guerra Mundial.
Churchill (Graeme Hunter Pictures, 2017) levou para as telas os acontecimentos que antecederam a invasão da Normandia, com foco na Segunda Guerra Mundial. Já a relação de Churchill com sua esposa Clementine pode ser conhecida no filme O Homem que Mudou o Mundo (HBO Films, 2002). Um acontecimento escondido na vida de Churchill — um AVC que o mundo não ficou sabendo — é retratado no longa Churchill’s Secret (Daybreak Pictures, 2016).
Contudo, sem dúvidas, o melhor filme para se conhecer Winston Churchill é O Destino de Uma Nação (Darkest Hour, Focus Features, 2017). O longa rendeu a Gary Oldman um Oscar (2018) de Melhor Ator por sua interpretação de Churchill. A história do filme mostra como Winston Churchill encarou a posição de Primeiro-Ministro, um grande desafio, justamente quando a Europa precisava de um líder duro para conter o avanço dos nazistas.
Winston Churchill foi uma das figuras políticas mais emblemáticas de sua época. Enfrentou dificuldades e grandes responsabilidades ao longo de toda a vida, mas nunca deixou de lado os principais interesses pelo bem de sua nação e de todo o continente, que teve que lutar contra líderes extremistas e se reconstruir em meio a diversas crises. Seus discursos eram acompanhados por milhares de britânicos que buscavam palavras de motivação e esperança.
E então, curtiu o nosso post? Agora que você já sabe quem foi Winston Churchill, que tal estudar outros assuntos de História que podem cair na segunda fase da Fuvest? Estude melhor e se saia bem em todas as provas!
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