A Língua Portuguesa é muito rica e diversificada. Para estudá-la, é preciso entrar em contato com algumas categorias gramaticais.
Ao pensar nos sons que emitimos ao falar, estudamos a Fonética. Se investigamos a formação das palavras, estudamos a Morfologia. Se queremos saber a função que elas assumem na oração, vemos a Sintaxe e, por último, se pensamos no sentido, estamos no campo da Semântica.
Todos esses conteúdos são importantes e costumam ser cobrados no Enem. Dada sua extensão, vamos tratar aqui apenas das classes de palavras e seu emprego na Língua. Acompanhe o texto e faça os exercícios para verificar se aprendeu tudo!
Na Morfologia, como descrevemos acima, estuda-se as palavras que compõem o léxico da Língua. A tarefa de dividir os vocábulos em categorias (classes gramaticais) teve início com os filósofos gregos na antiguidade. Foi Platão quem diferenciou as palavras que dão nome (substantivos) das palavras que fazem (verbos).
Nossa gramática comporta 10 classes de palavras e, para descobrir a qual classe uma palavra pertence, é necessário analisá-la em seu contexto de uso.
Artigo, numeral, pronome, adjetivo e substantivo formam o grupo nominal. Verbo e advérbio compõe o grupo verbal. Preposição e conjunção são os conectivos, e temos ainda as interjeições, que exprimem emoções.
As 10 classes de palavras serão apresentadas mais detalhadamente a partir de agora. Elas estão distribuídas em variáveis e invariáveis, ou seja, de acordo com a flexão que sofrem. Confira!
Os artigos definem (ou não definem) o substantivo e se classificam em:
Para usá-los, acompanhe o exemplo: você já observou que as histórias infantis têm um começo comum, como “Era uma vez uma bruxa malvada que vivia na floresta…”. Usou-se o artigo indefinido uma antes de “bruxa”, porque o leitor ainda não a conhecia, portanto ela estava indefinida.
No decorrer da história, o narrador já poderá usar o artigo definido, pois a bruxa já será conhecida do leitor, portanto, definida.
Os numerais como classe de palavras devem ser escritos por extenso no texto e não podem ser confundidos com algarismos matemáticos. Eles se dividem em:
Para estudar os pronomes, é preciso dividi-los em seis categorias. De modo geral, eles representam e determinam o substantivo, referindo-se a uma pessoa do discurso (1ª, 2ª ou 3ª):
As características dos seres são expressas pelos adjetivos. Eles se flexionam em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) e grau (comparativo e superlativo).
Os substantivos têm como definição o fato de serem palavras que nomeiam seres e coisas. Essa definição é filosófica e não considera as características linguísticas do substantivo.
Observe o exemplo:
Nessa frase, a palavra “vez” é o substantivo, mas ela não é ser nem coisa. Ela é núcleo do sintagma nominal, papel do substantivo, e veio precedida pelo artigo definido feminino “a”.
Quanto ao gênero, os substantivos são biformes (uma forma para o masculino e outra para o feminino — homem, mulher) e uniformes (uma única forma quanto ao gênero. Estes ainda se dividem em epicenos (jacaré macho, jacaré fêmea), comuns de dois gêneros (o dentista, a dentista) e sobrecomuns (a criança).
Quanto ao número, os substantivos podem estar no plural ou no singular (cidadão, cidadãos). Quanto ao grau, podem se apresentar no aumentativo e no diminutivo (homenzinho, homenzarrão).
Essa é a classe mais complexa, visto que os verbos — palavras que expressam ação, estado ou fenômeno — se flexionam em tempo, modo, voz, número e pessoa. O importante é saber que eles são indispensáveis na organização do período.
Os tempos expressos pelo verbo são:
Os modos verbais são:
As vozes verbais são:
Essa classe de palavras tem a função de acrescentar circunstâncias ao adjetivo, ao verbo e ao próprio advérbio, modificando seu sentido. Essas circunstâncias podem ser de:
Aqui estão as palavras que estabelecem relações de sentido entre os termos. As preposições mais comuns são:
É a palavra que liga termos da oração ou orações, estabelecendo uma relação entre elas, que pode ser de coordenação ou de subordinação.
As mais usadas conjunções coordenativas são:
As subordinativas são:
No estudo sobre classes e emprego de palavras, incluem-se ainda as interjeições, palavras responsáveis por exprimir um estado emotivo, que vai da alegria à raiva, passando por saudação, desapontamento e agradecimento. Veja exemplos:
As classes de palavras e suas flexões e emprego compõem, portanto, uma parte significativa dos estudos de gramática. Nosso objetivo, com este post, é que você saiba reconhecer cada uma das classes gramaticais e, posteriormente, aprofunde os estudos de cada uma.
Confira, então, se você aprendeu a identificar as classes de palavras. O resultado das questões está no fim desta página!
Separamos um exercício de classe de palavras para testar seu aprendizado até aqui. Lembramos que é imprescindível continuar aprofundando os estudos e que, fora do texto, as palavras nada significam.
Leia o trecho do poema De gramática e de linguagem, de Mário Quintana.
E havia uma gramática que dizia assim:
“Substantivo (concreto) é tudo quanto indica
Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta”.
Eu gosto é das cousas. As cousas, sim!…
As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.
As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém. .
Indique a classe a que pertencem as palavras grifadas.
Esperamos que este texto tenha ajudado a compreender as classes de palavras! Continue aprendendo em nosso blog! Temos um plano de estudos que não deixa de fora nenhuma matéria!
Imagine um mundo sem leis, autoridades ou estruturas que guiem a convivência entre as pessoas.…
O Present Continuous é um dos tempos verbais do inglês utilizado para descrever ações que…
Quando falamos de mecânica, polias e roldanas são conceitos que aparecem com frequência. Trata-se de…
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é uma instituição de ensino superior pública e…
Descubra tudo sobre o vestibular UECE 2025 e se prepare para arrasar nas provas e…
O vestibular da Universidade de Brasília (UnB) é um dos processos seletivos mais aguardados por…