A língua portuguesa já é complexa, com a mudança da norma ortográfica ficou ainda mais fácil se confundir. Para melhorar a comunicação escrita, a dica de hoje é sobre crase
A crase é um fenômeno que ocorre quando juntamos a preposição “a” com o artigo “a”. Por exemplo: A aluna foi (a + a) à escola. Um ponto que devemos destacar é que ela só existe antes de palavras femininas.
Como a crase é a fusão da preposição com o artigo “a” (a + a = à), nenhuma palavra masculina empregará a crase – pois será acompanhada do artigo “o”.
Para ficar mais fácil identificar se existe crase na oração, listamos algumas regras:
1. Se você estiver na dúvida se a frase possui ou não o acento, inverta para um termo masculino similar. Desta forma, você pode conferir se é necessário o uso da preposição ou se só aparece o artigo. Por exemplo:
Atentas às modificações/ Atentos aos processos
Agradeci a população brasileira/ Agradeci o povo brasileiro
2. A segunda regra refere-se aos nomes geográficos. Nessa situação, substitua a preposição “a” pelo termo “para”. Todas as vezes que tiver artigo depois da preposição (e formar “para a”) é necessário indicar a crase. Por exemplo:
Foi à França/ Foi para a França
Foi a Curitiba/ Foi para Curitiba
3. A combinação de outras preposições com o artigo “a” (para a, na, da, pela, com a) indica se há crase. Não é necessário que a frase alternativa tenha o mesmo sentido da original nem que a regência seja correta. Exemplos:
Emprestou o livro à amiga/ Emprestou o livro para a amiga
Chegou à Espanha/ Chegou da Espanha
À falta de/ Na falta de/ Com a falta de
4. Toda vez que os termos “aquela, aquele, aquelas, aqueles, aquilo, aqueloutro” (e derivados) forem acompanhados da preposição “a”, evidencia-se o fenômeno:
Cheguei àquele (a + aquele) lugar/ Vou àquelas cidades./ Não deu importância àquilo
5. A quinta dica é referente a horários. Deve-se indicar a crase toda vez que citarmos horas determinadas. Por exemplo:
Chegou às 8 horas/ Saiu às 10 horas/ Entrou às 15 horas
6. A crase se faz presente nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas “às pressas, às vezes, à risca, à noite, à direita, à esquerda, à frente, à maneira de, à moda de, à procura de, à mercê de, à custa de, à medida que, à proporção que, à força de, à espera de”. Por exemplo:
Saiu às pressas/ Vive à custa do pai/ Estava à espera do irmão/ Serviu o filé à moda da casa.
7. Também indicamos a crase quando a oração tiver locuções que indicam meio ou instrumento, como “à bala, à faca, à máquina, à chave, à vista, à venda, à toa, à tinta, à mão, à navalha, à espada, à baioneta calada, à queima-roupa, à fome (matar à fome)”. Por exemplo:
Morto à bala/ Escrito à tinta/ Pagamento à vista/ Produto à venda
Observação: Neste caso não se pode usar a regra prática de substituir a por ao.
8. O oitava regra é sobre o uso do acento indicando crase antes dos relativos “que”, “qual” e “quais” quando o “a” puder ser substituído por “ao”. Exemplo:
Eis a moça à qual você se referiu (equivalente: eis o rapaz ao qual você se referiu)
Com informações do Manual de Redação do Estadão
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