A prova de Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias pode abordar diversos conteúdos que possuem detalhes importantes que merecem atenção. Afinal, você não quer perder uma questão de bobeira só por não dominar um assunto importante e que estava no conteúdo programático, não é mesmo?
E um dos temas que pode aparecer na sua prova do Enem no caderno de Linguagens e Códigos e Suas Tecnologias é, justamente, a compreensão sobre os diferentes tipos de linguagens que podemos utilizar no dia a dia. E uma delas é a linguagem coloquial.
Vamos entender o que é linguagem coloquial, suas características e suas diferenças para outras modalidades de linguagem na Língua Portuguesa. Vem com a gente e chegue com o melhor preparo para sua prova.
A linguagem coloquial é uma das variações linguísticas mais utilizadas na Língua Portuguesa. Então, vamos dar um passo atrás e entender o que é o conceito de “variação linguística” primeiro.
As variações linguísticas falam sobre as diferentes formas que uma língua pode ser utilizada, em diferentes contextos. Por exemplo, a forma como você conversa com seus familiares e amigos é bem diferente daquela que encontra em um texto acadêmico. Estruturas, nuances, tom de voz, entre outros pontos, mudam bastante nesse cenário, não é mesmo?
A linguagem coloquial é a variação linguística que utilizamos em nosso cotidiano. E é por isso que pode ser conhecida como:
Esse é um ponto que pode ser abordado em seus exames e, portanto, foco aqui, hein? A linguagem coloquial possui algumas características bem claras e que você conseguirá identificar, por exemplo, em um texto de apoio em uma questão.
Sua principal característica é a fluidez na fala. Você sente que ela é tranquila de entender, espontânea, e com menos preocupações em relação às normas gramaticais. Ao ler, você perceberá que a fala em linguagem coloquial parece bastante com a forma, por exemplo, com a qual seus amigos conversam contigo.
Mas como ter certeza? Outras características que você encontrará são:
Sabia que os processos de variação linguística podem ser classificados de acordo com algumas categorias específicas? Isso também pode aparecer nos seus exames, então vamos conhecer mais sobre cada um deles a seguir:
Se a linguagem coloquial é a popular, corriqueira, utilizada em nosso dia a dia, então o que seria a linguagem formal?
Também chamada de “forma culta”, é aquela que preza pelo uso das normas gramaticais da Língua Portuguesa. É a utilizada, principalmente, em contextos mais rígidos ou quando há relações formais entre as pessoas envolvidas.
Por exemplo, um advogado, ao escrever uma petição, deve utilizar a linguagem formal para isso. Um professor escrevendo um texto para um livro didático também deve priorizar a linguagem formal.
Vale lembrar que a linguagem coloquial não é considerada errada, ok? Ela é apenas a variação comum utilizada no contexto do dia a dia. Os contextos dispensam essa formalidade sem maiores problemas e não torna esse uso equivocado ou errado.
Uma interseção que pode aparecer na sua prova, seja no Enem ou nos vestibulares tradicionais, é a correlação entre a linguagem coloquial e o preconceito linguístico. Esse termo foi abordado e tornou-se popular no Brasil na obra de Marcos Bagno.
Nele, o autor defende que a linguagem coloquial, muitas vezes, é vista como errada ou inadequada, provocando relações de preconceito com as pessoas que cometem alguns erros dentro do que é considerado a norma culta da Língua Portuguesa.
Por exemplo, uma pessoa que faz uma pronúncia errada de um termo, ou uma construção que seria vista como errada, pode ser corrigida, vista como uma pessoa menos inteligente ou, ainda, perder oportunidades de trabalho ou inserção social por isso.
O importante, em nossa língua, é que possamos nos comunicar, entender e sermos entendidos. E isso pode vir na sua prova, sabia? Então fique atento para não considerar a linguagem coloquial como um problema.
Esse é um tema tão importante que nós, inclusive, já falamos sobre o assunto, até mesmo, como sugestão de tema de redação. Então aproveite para tirar suas dúvidas, hein?
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A linguagem formal, ou a norma culta, é caracterizada por seguir as normas gramaticais da língua portuguesa. As construções são feitas com um vocabulário mais extenso e diversificado e usa, muitas vezes, palavras que não fazem parte do nosso dia a dia.
Além disso, as estruturas sintáticas podem ser mais complexas (por exemplo, o uso da ordem inversa) e é mais utilizada, principalmente, na forma escrita, como em textos acadêmicos, leis, petições da área do Direito, entre outras.
Para fazer a redação do Enem, você deve fazê-la dentro da norma culta, ou seja, seguir as regras de ortografia e gramática vigentes na Língua Portuguesa. Isso não quer dizer que, contextualmente e com justificativa, você não possa inserir elementos de oralidade no texto.
Mas fique atento: desviar dessa variação pode fazer, até mesmo, com que você perca pontos preciosos na prova. Então use os elementos da linguagem coloquial com cuidado no seu texto.
Evite usar gírias e palavrões. Use com parcimônia elementos de oralidade, apenas quando faz sentido que eles estejam em seu texto. Evite utilizar a primeira pessoa do singular – o conteúdo deve priorizar a linguagem impessoal.
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