A língua portuguesa é repleta de regras e entender cada uma delas se torna fundamental para quem deseja se sair bem em provas ou pretende melhorar seu discurso.
No texto de hoje, iremos falar de uma famosa figura de linguagem: a ambiguidade. Explicaremos o que é, como aplicar e quais os momentos em que ela deve ser evitada. Além disso, também daremos alguns exemplos e exercícios para treinar os seus conhecimentos. Confira!
Ambiguidade é uma figura de linguagem também chamada de anfibologia. Antes de explicarmos do que ela se trata exatamente, temos que lembrar que há casos onde a ambiguidade pode ser considerada um vício de linguagem, especialmente quando o aparecimento não é proposital.
Podemos resumir o conceito de ambiguidade como um duplo sentido em uma mesma sentença ou frase. É quando temos palavras ou estruturas que podem ser interpretadas de duas formas diferentes, causando confusão no discurso.
Para ficar mais simples, vamos dar alguns exemplos de ambiguidade.
Perceba nessa frase que não fica muito claro se o cachorro referido é o próprio marido ou o animal de estimação dele. Em casos onde há a fala, podemos perceber no tom a diferença. Porém, na escrita pode haver dificuldade de interpretação.
Quem estava brava? A pessoa que falou com a prima ou a própria prima? A ambiguidade aqui está menos clara, mas ainda pode gerar dúvidas para o leitor.
Quem era paulista? O aluno ou o professor?
De quem era o carro? De Pedro ou da mãe?
Se você entendeu até aqui o que é ambiguidade, agora é hora de compreender que existem dois tipos e eles diferem bastante entre si. São eles:
A ambiguidade lexical tem a ver com as palavras em si. Ou seja, quando temos em uma frase alguma palavra que possa ser interpretada de duas formas diferentes, causando confusão no leitor.
Pedi um prato ao garçom.
Nessa frase, a palavra “prato” pode se referir ao objeto prato ou mesmo à refeição.
Além da ambiguidade causada pelas palavras, há também casos em que ela deriva de suas posições na frase. Chamamos, então, de ambiguidade estrutural.
“Pedro foi atrás do ônibus correndo.”
Quem estava correndo, o ônibus ou Pedro? Nesse caso, temos a ambiguidade estrutural devido à posição da palavra “correndo”, o que a torna estrutural. Se mudássemos para:
“Pedro foi correndo atrás do ônibus”, teríamos a resolução da ambiguidade.
Vale lembrar que ambiguidade é diferente de polissemia. A primeira, como explicamos ao longo do texto, refere-se ao duplo sentido de uma frase ou de uma palavra. Já a polissemia é quando uma palavra possui vários significados com a mesma origem, por exemplo: damas (pode se referir à uma mulher adulta ou à uma peça de um jogo de tabuleiro).
Aprendeu sobre ambiguidade? Hora de praticar com alguns exercícios! Vamos lá?
Exercício 1: (UFPR 2010):
Assinale a alternativa em que as informações acima foram reunidas adequadamente e sem ambiguidade.
A) Os economistas que são entendidos em mercado financeiro descreveram os efeitos dos juros altos, que são arrasadores.
B) Os economistas entendidos em mercado financeiro descreveram os efeitos que são arrasadores dos altos juros.
C) Entendidos em mercado financeiro, os economistas descreveram os efeitos dos altos juros que são arrasadores.
D) Em relação aos juros altos, os economistas, entendidos em mercado financeiros, descreveram os efeitos que são arrasadores.
E) Os economistas, que são entendidos em mercado financeiro, descreveram os efeitos, arrasadores, dos juros, que são altos.
Exercício 2: (UFPR 2009)
Todas as sentenças abaixo apresentam ambiguidades . Assinale a alternativa em que a ambiguidade não pode ser desfeita com a simples alteração na ordem das palavras.
A) As crianças comeram bolo e sorvete de chocolate.
B) Ele viu a moça com um binóculo.
C) Ela saiu da loja de roupa.
D) As crianças esconderam os brinquedos que encontraram no porão.
E) Acabaram de roubar o banco da entrada da universidade.
Exercício 3: Assinale o item em que o pronome relativo QUE pode causar ambiguidade:
A) O homem QUE cumprimentei é o gerente desse banco.
B) O aluno QUE estuda vence cedo ou tarde.
C) A casa em QUE moro fica próxima ao centro.
D) Não conheço o pai do menino QUE se acidentou.
E) NDA
Exercício 4: Assinale o item em que não há possibilidade de ocorrer leitura ambígua.
A) Deixe o cigarro correndo.
B) Vendo carne aos fregueses sem pelanca.
C) Meias para mulheres pretas
D) Camas para crianças de ferro.
E) NDA
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Qual a diferença entre “mantém” e “mantêm”?
RESPOSTAS:
1- E
2- E
3- D
4- E
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