A sociedade é marcada por sofrer mudanças de pensamento e postura constantemente. Questões que antes eram consideradas como tabus ou definidas como verdades absolutas passaram a ser mais debatidas ultimamente.
Neste contexto de autorreflexão, cabe ressaltar uma importante temática que vem sendo dialogada diariamente em todo o mundo: o preconceito e as suas terríveis consequências.
Seja dentro do ônibus, seja nos meios de comunicação, falar e combater os tipos de preconceito é fundamental para garantir uma sociedade mais justa e igualitária.
Ações como essas são extremamente importantes, pois todos sabemos que episódios de preconceito (motivados em sua grande maioria pelo ódio) já proporcionaram lamentáveis fatos históricos, desde o período da escravidão até a xenofobia nos tempos atuais.
Por ser um assunto atual e presente no dia a dia da população, há grandes chances de cair no Enem algo relacionado ao preconceito, por exemplo: preconceito estético; preconceito e discriminação social; preconceito de gênero; preconceito religioso, etc.
Sendo assim, confira tudo sobre o que é preconceito, quais as suas consequências e todos os tipos de preconceito.
O preconceito é um julgamento formado antecipadamente, caracterizado principalmente por não ter lógica ou fundamento crítico. Geralmente, ele é expresso por meio de atitudes discriminatórias, para com outras pessoas, tendências de comportamento, crenças e sentimentos.
Em outras palavras, o significado de preconceito é um juízo pré-concebido, oriundo de pessoas que se limitam a enxergar o mundo único e exclusivamente de acordo com seu próprio ponto de vista (equivocado e distorcido).
Além de todos esses problemas, existe outro ainda pior, pois, em sua grande maioria, o preconceito é externalizado acompanhado de hostilidade e ódio. Por isso a necessidade de se aprofundar a discussão acerca do tema, com intuito de identificá-lo com mais facilidade e combatê-lo cotidianamente.
Para alcançar uma sociedade sem preconceito é preciso expor e saber identificar quais os tipos de preconceito existentes no mundo. Abaixo você verá a explicação de cada um deles:
O preconceito racial (racismo ou preconceito de raça) é qualquer manifestação que menospreza uma cultura ou etnia, considerando-a menos capaz, inferior e digna de discriminação.
O preconceito racial é um dos juízos pré-concebidos mais antigos do mundo, sua existência já é relatada há vários anos e suas consequências já foram diagnosticadas em diferentes períodos históricos.
Nesse contexto, vale ressaltar que a definição de raça pode ser considerada como uma construção social, ou seja, é utilizada na verdade para esclarecer etnia. Isso porque, cientificamente falando, não existem raças humanas, somos separados apenas por etnias diferentes.
Por acontecer com maior frequência, muitas pessoas acreditam que o racismo é restrito apenas à discriminação contra negros, porém, infelizmente há racismo contra índios, nordestinos, pessoas deficientes, etc.
Conhecido também por intolerância religiosa, são todas as práticas e pensamentos discriminatórios para com pessoas ou grupos que têm diferentes crenças ou religiões. O cristianismo é a religião com mais seguidores do mundo, com cerca de 2 bilhões de fiéis, porém, há várias outras vertentes religiosas com ideologias completamente diferentes.
Quando se trata de fé humana, os ânimos ficam ainda mais exaltados, pois muitos religiosos simplesmente não aceitam a hipótese de que a sua crença pode ser questionada.
O grande problema está nessa questão, já que é a partir desse cenário que surgem as manifestações preconceituosas, fatos de intolerância e desrespeito por outras crenças, iniciando inclusive guerras (guerra santa).
As religiões que historicamente mais sofrem preconceito no Brasil são as de matrizes africanas, como candomblé, umbanda e xamanismo. É importante pautar também que o ódio e o menosprezo contra o ateísmo (doutrina que nega a existência de um Deus) são igualmente considerados como preconceito religioso, uma vez que há discriminação originada pela crença humana, seja ela qual for.
O conceito de cultura acerca de um povo engloba seus conhecimentos, crenças religiosas, moral, leis, artes, língua, falada, costumes e todos os hábitos tradicionais. Isto é, existem milhares de culturas espalhadas em todo o mundo, inclusive a existência de diferentes culturas inseridas em um mesmo país.
O preconceito cultural é todo e qualquer tipo de expressão que visa menosprezar algum elemento característico de um povo (citados acima). Nesse contexto, dois exemplos clássicos de discussões sobre as diferenças culturais, e que inevitavelmente dão origem ao processo de preconceito cultural, são o etnocentrismo e a xenofobia.
O etnocentrismo é a definição das atitudes/conduta de um povo segundo uma visão de “melhor”, “pior”, “superior” e “inferior” em relação à atitude/conduta de outros povos, o que fatalmente pode gerar atos e pensamentos discriminatórios.
Já a xenofobia é a aversão aos estrangeiros como um todo, não importando quais são suas crenças, hábitos, idiomas, etc.
Muitas vezes, é potencializada em períodos em que há aumento dos fluxos migratórios (motivados por guerra, perseguição política ou crise social), sendo a população do país de destino a responsável por protagonizar atos de discriminação.
A existência de luta entre classes faz parte de praticamente todos os períodos históricos da humanidade, sendo a aguda desigualdade social muitas vezes a grande responsável por impulsionar os embates. Dessa forma, o preconceito social está associado ao padrão de vida e poder aquisitivo de um indivíduo, dividindo a população entre ricos e pobres.
Desse modo, uma pessoa pode ser alvo desse tipo de preconceito de acordo com a posição social em que ela se encaixa, recebendo seu pré-julgamento devido a uma escala social de superioridade e inferioridade.
Cabe destacar que o preconceito social é um dos temas mais discutidos no mundo globalizado, já que ele constantemente origina conflitos regionais e alimenta a eterna briga de classes.
A intolerância e o preconceito estético estão relacionados com a discriminação de pessoas que a princípio não se encaixam num padrão de beleza pré-estabelecido pela própria sociedade.
Isto é, historicamente falando, cada cultura espalhada pelo mundo afora impõe conceitos de beleza para sua população, julgando esteticamente o que é belo e o que é considerado como feio.
No Brasil não é diferente: pessoas que não estão dentro do padrão estético são vítimas das mais variadas formas de discriminação, como: gordofobia; piadas sobre cabelos crespos; comentários ofensivos sobre algum aspecto físico do corpo etc.
Dentro de um mesmo idioma pode haver diversas variações linguísticas, ou seja, a forma pela qual certa comunidade fala pode ser diferente de acordo com suas relações sociais e posição geográfica.
Contextualizando para a nossa língua, notamos facilmente as diferenças existentes entre o português falado na Bahia e o falado no estado do Paraná, por exemplo.
Não há problema algum nessas variações; pelo contrário, elas enriquecem a cultura de um povo. Entretanto, o preconceito linguístico surge justamente quando uma pessoa é discriminada apenas pelo seu sotaque, ou por cometer erros de português devido à baixa escolaridade.
Mais conhecido como homofobia, o preconceito sexual é todo o ato de repulsa, ódio ou rejeição contra homossexuais, bissexuais, transexuais, lésbicas e travestis.
O Brasil é o país com maior registro de crimes homofóbicos (quem age contra pessoas LGBT) do mundo, levando a muitos tipos de violência física e também psicológica.
Como descrito e exemplificado acima, existem sim vários tipos de preconceito no Brasil e, entre esses exemplos, podemos considerar o preconceito racial no Brasil como a intolerância mais presente, impactante e grave, uma vez que o indivíduo pode ser preso pela prática de racismo em nosso país.
Deve-se destacar que a intolerância religiosa também é passível de prisão no Brasil, entretanto, devido ao histórico racista que o nosso país tem (reflexo principalmente das marcas da escravidão no Brasil colônia), a intolerância racial é uma questão ainda mais crítica.
Dessa forma, mesmo com a conscientização da população acerca do debate dos tipos de preconceito, ainda hoje lamentavelmente é possível presenciar cenas de intolerância no Brasil. Porém, é interessante destacar os avanços já conquistados, mesmo que a situação ainda esteja longe do cenário ideal.
Nesse viés de temas para redação sobre preconceito, existem vários tipos de abordagem que o Enem pode cobrar do aluno, mesclando a modalidade de preconceito e as suas consequências para a sociedade.
São bons exemplos:
Portanto, é fácil perceber o quão prejudicial praticar o preconceito (seja qual for o seu tipo) é para a sociedade. Isso é facilmente comprovado, por exemplo, quando analisamos os efeitos do nazismo e a escravidão negra na África.
Dessa forma, cabe ao vestibulando, nesta reta final de estudos, ficar atento a este tema, já que ele pode ser cobrado tanto nas questões objetivas quanto na proposta de redação.
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