Conforme vamos estudando para o vestibular, é comum encontrar matérias difíceis de compreender, não é mesmo? Uma dificuldade frequente para os vestibulandos é a entalpia, com suas variações, tipos e cálculos avançados. Afinal, ela é capaz de unir conceitos de Química, Física e Matemática, tornando-se um grande alvo dos vestibulares.
Mas, afinal, o que é entalpia e como ela pode aparecer nas provas? Se você ainda não sabe, fique tranquilo! Desenvolvemos este artigo explicando tudo sobre esse processo termoquímico para você mandar bem nos exames. Confira!
Para entender por completo esse conceito, é preciso voltar um pouco e aprofundar-se nos estudos de reações químicas. Você se lembra que a liberação e a absorção de calor ocorrem na maioria das reações? Assim, os processos que liberam calor são conhecidos por exotérmicos e os que absorvem calor são endotérmicos.
Tudo isso é analisado pela termoquímica, que explica os fenômenos e princípios da termodinâmica, relacionando-se diretamente com a entalpia, já que ela é uma grandeza física que define a quantidade de energia que tem dentro das substâncias que sofrem uma reação, ou seja, ela calcula o calor de um determinado sistema.
Isso quer dizer que o cálculo de entalpia é responsável por afirmar se a reação é endotérmica ou exotérmica, avaliando a variação de calor que as substâncias sofrem ao longo do processo.
Vale lembrar que não é possível calcular a energia total de uma substância. Por isso, as contas da termoquímica são sempre relacionadas à entalpia, isto é, a quantidade de variação de calor que a reação química sofreu.
Assim, sempre utilizamos a fórmula:
H = U + PV
sendo que H é a entalpia, U representa a energia interna do sistema e PV é a energia dos conjuntos sistema-vizinhança que estão sob condições normais de temperatura e pressão, isto é, a CNTP.
Você lembra que no tópico anterior nós comentamos que não é possível calcular a quantidade total de energia que uma substância carrega? Justamente por isso, as análises de entalpia são feitas por meio da sua variação, ou seja, a absorção ou liberação de calor de uma determinada reação.
Isso tudo é feito por meio do cálculo:
ΔH = H Final – H Inicial
sendo que o ΔH representa a variação de entalpia. Em outras palavras, o cálculo da variação consiste em analisar a diferença entre a entalpia do produto (H Final) e a do reagente (H Inicial).
É, então, por meio dessa fórmula que você conseguirá determinar se a reação é endotérmica ou exotérmica. Vamos pensar juntos: se o resultado da sua conta der positivo, significa que a quantidade de energia do produto é maior do que a do reagente, certo?
Então, nesse caso, a reação é caracterizada por ser endotérmica, já que houve a absorção do calor dentro do sistema. No entanto, quando o resultado é negativo, significa que a entalpia do reagente é maior do que a do produto, ocasionando uma reação exotérmica, que libera o calor do sistema.
Quando falamos em termoquímica, não podemos deixar de fora a Lei de Hess. Desenvolvida pelo suíço Germain Henri Hess, ela afirma que a variação da entalpia deve ser calculada pela somatória das suas mudanças em etapas individuais.
Isso quer dizer que existe um cálculo específico capaz de avaliar a quantidade de energia presente nas substâncias de um sistema após sofrerem suas próprias reações químicas.
Então, a variação de entalpia não depende da quantidade de reações que ela sofreu, precisa somente dos valores iniciais e finais de cada reação, como explicamos na fórmula anterior: ΔH = H Final – H Inicial.
Além disso, é possível calcular a sua variação de acordo com as mudanças individuais que cada reação sofreu, resultando em:
ΔH = ΔH1 + ΔH2
Até agora, nós explicamos sobre o que é entalpia e suas variações, mas o conteúdo não acaba por aqui. Isso porque, para esclarecer como as reações químicas se estabelecem na natureza e como funciona o processo de armazenamento ou liberação de energia, os químicos e físicos encontraram diversos tipos de entalpia, como:
Cada uma delas apresenta suas especificidades e carrega cálculos diferenciados. Preparado para conhecê-las?
Por se tratar de uma reação de combustão, é compreensível que a entalpia dessa situação seja referente à energia liberada, certo? Afinal, a combustão é um processo exotérmico e a energia que é dispensada da reação pode ser calculada por meio da variação de entalpia.
Dessa maneira, a entalpia de combustão calcula a variação da energia liberada de um mol de qualquer substância da reação, desde que esteja sob condições normais de temperatura e pressão.
Vale lembrar, ainda, que, por ser um sistema exotérmico, o resultado da variação sempre será negativo. Afinal, a energia do reagente deverá ser maior do que a dos produtos, ok?
Diferentemente da entalpia de combustão, que é caracterizada como uma reação exotérmica, a de formação pode tanto liberar calor quanto absorvê-lo, desde que a reação forme um mol de substância simples no seu estado padrão, isto é, respeitando a CNTP.
Isso quer dizer que, a partir da entalpia de formação, podemos identificar quanta energia é produzida para formar um mol de uma determinada substância, daí o nome “formação”.
Você se lembra que as ligações entre os reagentes e produtos podem ser alteradas nas reações? A partir dessa modificação, é possível calcular a variação de entalpia também. Dessa forma, a ΔH de ligação pode ser identificada quando ocorre a quebra de um mol, ou seja, o rompimento ou rearranjo de uma ligação.
Em outras palavras, a entalpia de ligação consegue determinar o quanto de energia é necessário para romper um mol de ligação dentro de uma reação química, com todas as substâncias em estado padrão.
Durante os estudos para o vestibular, é muito comum encontrar conteúdos que se relacionam, não é mesmo? Com a termoquímica não é diferente. Um dos assuntos que está altamente atrelado à entalpia é a entropia, causando diversas confusões entre os estudantes.
Como vimos, a entalpia é uma grandeza física que mede a energia que as substâncias carregam nas reações químicas. Já a entropia, embora também seja uma grandeza física, é caracterizada por quantificar a desordem dessas reações.
Vale lembrar que a desordem não deve ser confundida com bagunça, ok? Essa característica é atribuída à forma de organização das partículas e substâncias de um determinado sistema.
Vamos pensar juntos: quando estamos cozinhando, precisamos de vários utensílios para que a comida fique gostosa. Assim, pouco a pouco vamos colocando-os em cima do balcão, deixando-os sujos e desorganizando a cozinha que antes estava arrumada.
Isso acontece da mesma forma com as partículas. Enquanto, na cozinha, a necessidade de utilizar panelas, colheres e pratos implica desordem, com as moléculas as variações de temperatura modificam seu estado de agitação, implicando desordem do sistema.
Assim, quando a reação química recebe calor, sua entropia é maior, ou seja, o sistema é desordenado. Em contrapartida, quando temos uma reação que libera calor, a entropia diminui.
Você já deve ter percebido como a entalpia é importante para os vestibulandos, não é mesmo? Afinal, ela une os conceitos físicos, químicos e matemáticos para explicar o funcionamento das moléculas e a sua liberação ou absorção de energia.
Mas, afinal, como ela aparece nos vestibulares? Por ser um conteúdo aprendido nas aulas de Química, ela pode surgir nas questões relacionadas a essa matéria. Ainda, não é difícil encontrar perguntas discursivas que exigem o conhecimento de entalpia para gabaritá-las.
Por isso, a nossa dica é investir bastante na prática de exercícios para se familiarizar com o conteúdo e conseguir ter bons resultados no vestibular. Assim, você já fica um passo mais perto da tão sonhada graduação.
Aprofundar-se nos estudos de termoquímica e termodinâmica, sobretudo a entalpia, é fundamental para mandar bem nos vestibulares. Afinal, é um tema bastante recorrente e que pode ser decisivo para a sua entrada no mundo profissional. Por isso, lembre-se de revisar o conteúdo com cuidado, investindo em exercícios e materiais de qualidade para ter excelentes resultados.
E então, o nosso artigo foi útil para você? Aproveite para experimentar o nosso plano de estudos e montar um planejamento certeiro para gabaritar o vestibular!
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