O processo de transição escolar, na metade do ensino fundamental, é, para muitos estudantes, marcado pela inclusão de disciplinas adicionais das Ciências da Natureza, como a Química, iniciada pelo estudo da Tabela Periódica.
A aprendizagem é sempre um elo contínuo formado por grandes parcelas de dedicação e algumas de talento. Este esforço passado de geração em geração possibilitou a construção do mundo contemporâneo.
A tabela periódica é um sistema gráfico amplamente utilizado no estudo das ciências naturais em todos os níveis do conhecimento, estampada em lousas de turmas infantis e em banner academico.
Consiste na representação de elementos químicos dispostos pelos critérios de numeração atômica como disposição de elétrons e propriedades periódicas, sendo elas:
Chegar até esse diagrama, que organiza 118 elementos químicos de acordo com suas propriedades atômicas, não foi fácil. O caminho até sua versão atual pode ser traçado desde 1829, com a Tabela de Dobereiner.
A Tabela Periódica como se conhece hoje é fruto de exaustivos estudos das interações químicas e ligações de átomos, por onde provém a interdisciplinaridade com a Física. Voltando 191 anos no tempo, os 118 elementos conhecidos podem ser reduzidos a 30.
O químico Johan Wolfgang Dobereiner sistematizou esses 30 elementos em tríades formadas com base nas semelhanças estruturais entre eles.
A construção de uma rotina de estudos foi o pilar que moveu expedições científicas por séculos. O modelo de Dobereiner foi descartado no período por considerar essas semelhanças um efeito da coincidência.
O próximo promissor candidato ao título de tabela periódica só viria 33 anos após o descarte da Tabela de Dobereiner.
A nova tentativa consistia na organização dos elementos em ordem crescente de massa atômica, em uma espiral em formato de cilindro. Usar esta forma geométrica de catalogação se provou eficiente para aproximar elementos semelhantes em colunas.
O modelo foi batizado como Parafuso Telúrico de Chancourtois, alusão ao nome do cientista responsável pela criação junto ao método de organização utilizado.
As colunas de elementos deste modelo foram posteriormente enquadradas na Lei das Oitavas de Newlands, um químico e músico, que uniu as duas áreas na transformação da escala musical em escala atômica.
Por não comportar a quantidade de novos elementos que surgiam, ambas as estratégias de sistematização se provaram insuficientes.
O trabalho de décadas que, em um primeiro momento pareceu inútil, fundou as bases para o modelo moderno de Mendeleev, aplicado em escola ensino fundamental e médio até os dias atuais.
A ideia de memorizar 118 elementos químicos para uma prova ou seminário, enquanto o estudante ainda aprende como funcionam as reações químicas e ligações atômicas é vista por muitos como missão impossível.
Tendo em vista exatamente a dificuldade de assimilação deste conteúdo, os responsáveis pela esquematização da Tabela Periódica atribuíram uma lógica na estrutura que explica o motivo de cada elemento estar localizado em determinado lugar.
A Tabela Periódica é para a Química o que um mapa é para a Geografia. Do mesmo modo em que se aprendem coordenadas e conceitos como latitude e longitude para entendê-la, existem conceitos simples que ajudam a desvendar este sistema.
Enquanto desenha o esboço de uma tabela moderna em um caderno de anotacoes personalizado, note a existência das 18 famílias de elementos em ordem vertical e o aumento da numeração atômica em ordem horizontal, de 1 em 1.
O primeiro passo para interpretar a Tabela Periódica é dominar os conceitos de prótons e elétrons. As propriedades atômicas numeradas em ordem horizontal representam a quantidade de prótons em cada elemento.
Há maneiras para auxiliar a associação das siglas de elementos às suas posições nas tabelas. Encaixá-las em palavras é uma forma simples e divertida de lembrar-se, como: Hoje Camila Notou O Pato Sujando a Seiva.
Sendo este um código incluindo todos os elementos da família de não-metais diatômicos. É possível aprender as frases já construídas ou anotar frases próprias em um caderno personalizado a4 para memorizar.
A tabela também é dividida em tipos de elementos sinalizados por cores. A primeira família, que representa a primeira coluna vertical, é formada pelos metais alcalinos, com exceção do hidrogênio, um não-metal diatômico.
Os metais alcalino-terrosos formam a segunda família da tabela. As famílias 3 ao 12 são metais de transição, seguidos dos metais pós-transição, semi-metais, não-metais poliatômicos e diatômicos até os gases nobres.
Uma maneira de entender a disposição da Tabela Periódica é através do estudo da Lei Periódica de Moseley, apresentada à academia em 1913. A Lei estabelece uma relação entre função periódica e propriedade química dos elementos.
Existem muitas formas de assimilar conteúdos extensos, e a criatividade é muito bem-vinda nestas situações.
Porém, o entendimento dos porquês e da origem do que se estuda é o único modo de alcançar uma profunda aprendizagem, possível com uma rotina inteligente de estudos.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.
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