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10 temas de redação que podem cair no ENEM

Professora Marina faz suas apostas e apresenta exemplos de propostas de intervenção 

 

A redação normalmente conta com uma posição de destaque em qualquer vestibular por representar grande parte da nota final. Isso também acontece com o ENEM.

Um truque muito simples que faz diversos candidatos somarem pontos é entender quais as particularidades e o formato específico desse exame. Quer descobrir também? Então vem com a gente.

A professora Marina Sestito, nossa coordenadora de redação, vai mostrar o que você pode esperar do ENEM, vai explicar suas principais características e contar quais são os 10 possíveis temas de redação que podem cair na prova desse ano.

  1. Acessibilidade no Brasil
  2. Gestão de resíduos no Brasil
  3. Analfabetismo funcional no Brasil
  4. Intolerância Religiosa no Brasil
  5. Segurança alimentar no Brasil
  6. Mobilidade Urbana no Brasil
  7. Racismo na sociedade brasileira
  8. O aumento no índice de sobrepeso no Brasil
  9. Questão hídrica no contexto brasileiro
  10. Homofobia no contexto escolar brasileiro


A redação do ENEM sempre vai nos trazer um problema para ser enfrentado.

“Vai ser colocada uma questão social ou ambiental brasileira para o aluno identificar. Ele vai ter que provar que aquele problema existe, vai ter que mostrar o motivo pelo qual ele precisa ser resolvido e depois vai apresentar uma proposta para solucionar, de fato, o problema”, explica Marina.

Então, para a gente conseguir cercar as possibilidades de tema do ENEM, precisamos nos questionar: Isso é um problema social ou ambiental? É uma questão nacional? Tem como ser resolvida?

Se não tiver meios para resolver esse problema, ele não aparecerá no exame, pois o ENEM é marcado pela sua proposta de intervenção – aquele último parágrafo do texto que você apresenta algumas formas de solução.

Identificado esse padrão, a gente vai conseguir delimitar melhor os temas, como, por exemplo: o racismo, a crise hídrica, a intolerância religiosa e outros.

“Não tem porque cair atentados na Europa, por exemplo. Apesar de ser uma questão importante, esse tema não retrata um problema social ou ambiental brasileiro”, comenta a professora.

Diferente da Fuvest que aborda temas mais reflexivos, o ENEM vai partir das noções de democracia, cidadania e Direitos Humanos. Então se qualquer questão passar por cima de qualquer um desses, será um problema social de toda a sociedade – e poderá cair na prova.

“Uma dificuldade que os alunos geralmente apresentam é explicar porque determinada situação é ruim, já que ela é tão óbvia”, conta Marina. Nesse caso, ela insiste para que eles tentem justificar no texto tudo aquilo que argumentam.

Por exemplo:

Por que é ruim ter violência?

Ter violência é ruim porque ela fere os Direitos Humanos e acaba considerando aquele indivíduo digno de desrespeito. Isso vai contra as noções de cidadania que permeiam as relações sociais. Resumindo, ter violência é ruim, é contra lei e é antiético.

Agora que você já entendeu o formato do ENEM e sabe o que ele espera de você, chegou a hora de conhecer os palpites da prof. Marina. Confira 10 temas que podem cair na prova:

1. Acessibilidade no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Acessibilidade no Brasil pode ser um tema porque a gente tem uma dificuldade muito grande de incluir pessoas que tenham algum tipo de limitação ou de impedimento. A nossa sociedade não está preparada para receber essas pessoas – é só a gente andar na rua que a gente percebe que não existe rampa para cadeirante, por exemplo.

A gente não vê um mundo feito para pessoas com deficiência, então esse é um problema muito sério. É algo que precisa ser resolvido e justifica a necessidade de uma proposta de intervenção.

Stoodi: Como poderíamos resolver esse problema?

Marina: Não basta apenas conscientizar e punir. A gente precisa sempre pensar em estruturar a solução para o problema.

A gente pode pensar em fazer semáforos para cegos, com avisos sonoros, em todo o território brasileiro e em todos os semáforos, porque os cegos não atravessam a rua só em alguns lugares. Eles precisam ter acesso a toda a cidade.

Precisaria ter rampas para cadeirantes em todos os quarteirões e faixas de pedestres – não apenas nas faixas centrais. Precisaria ter um incentivo fiscal e uma obrigatoriedade para que as empresas disponibilizassem rampas, elevadores e banheiros adaptados.

Outro ponto importante são funcionários preparados para atender deficientes visuais e auditivos. Para ter esse tipo funcionários, a gente precisa disponibilizar workshops e cursos de preparação gratuitos.

Os professores precisam de cursos de libras, as escolas devem possuir especialistas para dar atendimento a pessoas com deficiência.

Todas as emissões de TV devem ter a tradução de libras do lado e todos os cinemas devem ser adaptados com legenda para surdos assegurando um ambiente cultural e de convivência para todos.

2. Gestão de resíduos no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que esse tema pode cair no ENEM?

Marina: Gestão de resíduos tem muito a cara do ENEM porque trata de um problema social e ambiental

O nosso lixo não desaparece, então ele traz consequências ambientais. Ele também não deixa de ser uma questão social porque precisamos considerar que tem muita gente que vive do lixo.
Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Se a gente partir da ideia que tem muita gente que vive do lixo, a gente precisa pensar também o que fazer com essas pessoas, caso a gente dê uma destinação adequada. Então um dos pontos principais dessa proposta de intervenção, acredito que seja incluir os catadores na gestão desses resíduos que eles já tinham como fonte de renda.

Então, criar cooperativas de separação de materiais orgânicos e recicláveis, incluindo essas pessoas de modo que exista um retorno financeiro. Dar formas para que essa população que vivia do lixo seja inserida nesse processo de remanejo de resíduos urbanos.

É preciso ter postos de coleta em absolutamente todo lugar e isso ser fiscalizado, regulado, apoiado e estruturado. Fazer uma coleta seletiva mais eficiente, já ter a separação em casa, dar uma destinação adequada a esses resíduos recicláveis.

O problema não é apenas o lixo doméstico, também precisa ter muito cuidado com a gestão de resíduos industriais.

3. Analfabetismo funcional no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Essa proposta de analfabetismo funcional pode cair no ENEM porque ela também é um problema que atinge muitos brasileiros e que traz transtornos a toda a população. Então, se as pessoas não são alfabetizadas, elas deixam de entender quais são seus direitos e de ter acesso completo à informação.

Pode cair no ENEM porque esse problema trabalha não só com uma questão social brasileiro, mas também tem muita relação com uma questão de cidadania que é muito presente no ENEM.

Stoodi: Qual a grande questão desse problema?

Marina: Como nessa proposta a gente está falando de analfabetismo funcional – e não absoluto – não podemos ligar somente à falta de escolaridade. O analfabetismo funcional atinge até pessoas em nível universitário.

Só ter mais escola não resolveria o analfabetismo funcional, porque as pessoas estão na escola e na universidade, e ainda sim elas não conseguem entender aquilo que está escrito.

Precisaria haver uma mudança de cultura estruturada pelo Estado, para que as pessoas tivessem mais o hábito da leitura, mais contato com textos escritos e mais possibilidade de criticidade – porque um dos problemas desse analfabetismo não é só você não conseguir entender o que está escrito, mas também você não ter criticidade para interpretar aquilo que você está lendo.

Nessa proposta especificamente é importante a gente ter escola, formar bem os professores, criar espaços de leitura, mas é mais importante ainda a gente pensar em medidas estruturais de incentivo à leitura e uma mudança no paradigma cultural para que as pessoas pudessem lidar com mais criticidade.

4. Intolerância religiosa no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Intolerância religiosa no Brasil é um tema que cabe no grande grupo de intolerâncias e desrespeitos. Ele está dentro da mesma discussão do que a gente já teve no ano passado que foi a persistência da violência contra a mulher dentro da sociedade brasileira.

Esse tema é completamente possível de cair porque é uma questão social. Ele é muito importante porque a gente teve vários casos recentes de intolerância religiosa repercutidos pela mídia.

Stoodi: Como podemos resolver a intolerância religiosa?

Marina: Assim como ele se assemelha a outros temas de violência, a solução dele também poderia se assemelhar.

No caso da intolerância religiosa, a gente poderia pensar em criar delegacias especializadas em intolerância religiosa, criar leis que assegurem o direito de exercer a sua livre religião e também punir as pessoas que falam contra a religião alheia.

Quem incita o ódio a outras religiões deve ser punido não como uma forma de censura, mas como a regulação de um discurso de ódio.

Nessas delegacias especializadas, a gente pode precisa pensar em formar as pessoas para atender esse tipo de crime, dar treinamentos para que os profissionais recebam bem essas denúncias. Podemos criar um disque denúncia e uma forma de fazer essa denúncia através da internet.

Podemos fazer um trabalho de formação e aceitação do outro nas escolas e através de propagandas e campanhas, como uma das medidas possuir a matéria ensino religioso para os alunos conhecerem diversas religiões e crenças.

5. Segurança alimentar no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: O que quer dizer segurança alimentar?

Marina: Segurança alimentar no Brasil não fala só da qualidade dos alimentos. É muito comum as pessoas confundirem esse tema falando de agrotóxico. Quando a gente fala de segurança alimentar, a gente não está falando também de você comer um negócio na rua e passar mal, pois não era seguro.

A gente está falando de você saber que você vai comer. É você ter certeza que o direito à alimentação vai estar garantido. Isso é dever do Estado. Esse tema também pode aparecer porque ele trata de direito e cidadania.
Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Então a gente pode pensar na solução desse problema, dando estruturas para que essas pessoas não passem fome. A sociedade como um todo precisa ter acesso a uma alimentação de qualidade por preços acessíveis em qualquer lugar do Brasil.

Podemos sugerir a criação de restaurantes populares em todos os bairros com alimentos de qualidade. A gente pode pensar em subsídio do Estado para que pequenos produtores produzam alimentos e possam vendê-los em preços mais baixos a população em geral.

A gente pode pensar também no remanejo dos alimentos que seriam descartados mesmo estando em estado de perfeito aproveitamento. Sempre pensando em preços acessíveis ou então até mesmo gratuitamente a pessoas que não tenham como pagar por eles.

6. Mobilidade urbana no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Mobilidade urbana no Brasil é importante porque é um tema social e também ambiental, porque ele passa tanto pela locomoção das pessoas e a qualidade de vida das pessoas que demoram horas para se locomover, quanto pelas questões ambientais de poluição do ar e tudo mais.

Essa questão da mobilidade urbana é muito relevante porque a gente teve várias discussões recentes, principalmente na cidade de São Paulo, em relação às medidas que foram adotadas pelo nosso ex-prefeito que fez algumas mudanças importantes.

Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Como solução, a gente pode pensar em aproveitamento de outras vias que não sejam só a dos transportes individuais. A gente pode pensar nas bicicletas, que é algo que já tem medidas sendo adotadas – podemos trabalhar exemplificando essas medidas.

A gente pode pensar no uso dos transportes fluviais. Poderíamos pensar na ampliação da malha metroviária para atender mais regiões e atender com qualidade, fazendo com que essas pessoas se locomovam em menos tempo e com mais eficiência.

A grande questão é a seguinte: reduzir o uso dos transportes individuais. Precisamos evitar uma pessoa num carro que poderia levar 5 pessoas. Como a gente faz isso? Proibindo? Não. Fazendo com que outras formas sejam mais fáceis para ela. Ela tem que achar que é mais vantagem ir para as outras formas.

É muito melhor pegar essa abordagem do que ficar punindo as pessoas.

 

7. Racismo na sociedade brasileira


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que o racismo pode ser tema do Enem?

Marina: Esse problema poderia ser um tema do ENEM porque também está dentro daquela discussão sobre violência e falta de respeito – assim como a intolerância religiosa, a violência contra mulher e etc.

O racismo afeta especialmente uma parcela da população, mas isso é importante para toda a população porque é totalmente contra qualquer noção de cidadania que a gente possa ter. Então esse é um problema muito importante e que tem a cara do ENEM.

Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Se a gente ficar só na conscientização, a gente sabe que não vai tão longe. É importante então adotar essas medidas de conscientização, mas é importante também pensar em medidas que estruturem a solução do problema e não só depender do pensamento e consciência das pessoas para que ele seja concretamente combatido.

Então criar delegacias personalizadas, formar os funcionários para atender os casos de denúncia, aplicar multas as pessoas que forem racistas, criar cotas para transformar esse pensamento racista.

Se você estudar com negros, for atendido por médicos negros, se tiver uma causa julgada por um juiz negros, você vai entender que negro não deve ficar à margem da sociedade.

Poderíamos criar algum benefício para as escolas que tiverem professores negros e adesão de 40% dos seus alunos negros, visando um cenário mais igualitário – e não dar apenas uma bolsa de estudos para um aluno negro que vai sofrer preconceito por ser negro e bolsista.

8. O aumento no índice de sobrepeso no Brasil


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Porque é um tema social, á que aborda uma questão de saúde pública.

É importante você entender que quando toda uma população tem um quadro de aumento de peso, não é que aquela pessoa gosta de comer mais, ou gosta de doce. É que toda a população está tendo hábito que faz aumentar o peso.

Ser gordinho não é um problema, mas toda a população aumentar seu peso junto indica que algo está errado.

A grande questão é que quando a gente aumenta o peso existe uma maior incidência de problemas de saúde – como hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, por exemplo – e a gente tem os problemas sociais, psicológicos e de convívio – já que vivemos numa sociedade que discrimina as pessoas que estão acima do peso.

Isso traz maiores gastos aos cofres públicos e isso faz com que as pessoas fiquem mais doentes.

Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Se a gente parte da ideia que a obesidade está relacionada a problemas de saúde de metabolismo, sedentarismo e má alimentação, a gente precisa dar estrutura para que as pessoas resolvam isso. A gente não pode só incentivar que elas façam exercício físico e não pode falar que as pessoas precisam comer direito.

A gente precisa disponibilizar, em grande número e em todos os hospitais públicos, especialistas em metabolismo para cuidar dos problemas de aumento de peso causado por questões metabólica e endócrinas. A gente precisa ter nutricionistas em qualquer posto de saúde e hospital, adaptando a prescrição da alimentação para essas pessoas, de forma que caiba no bolso dessas pessoas.

Precisamos também disponibilizar alimentos de qualidade a preços acessíveis, então voltamos a questão de ter restaurantes populares com alimentação saudável. É necessário mudar a merenda escolar de forma mais saudável também.

A gente precisa reduzir os níveis de açúcar dos alimentos industrializados e precisamos também dar forma das pessoas saírem do sedentarismo de maneira consciente e acessível. Disponibilizar centos esportivos, academias abertas, subsidiadas pelo Estado, em todos os bairros.

Outra possibilidade é montar um projeto de estágio para novos profissionais que estão se formando para ajudar essas pessoas para terem uma experiência acompanhada e não apenas utilizar os aparelhos sem saber o limite de seu corpo.

9. Questão hídrica no contexto brasileiro


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Pode cair porque é um problema ambiental brasileiro. Estamos enfrentando uma crise hídrica especialmente na região sudeste, mas em outros momentos da nossa história também tivemos questões hídricas em outras regiões do Brasil como no Nordeste.

Precisa ser combatido por toda a população porque não afeta só um lugar. Em alguns locais temos muita chuva e outros temos poucas chuvas – isso tudo entra em questão hídrica. Não estamos falando apenas de falta d’água e de seca, estamos falando de questão hídrica de maneira geral.

Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: Onde tem muita água, a gente precisa criar canais de escoamento. Onde tem pouca, a gente precisa criar formas de receber essa água ou mesmo de economizar e de fazer um uso mais inteligente da água.

Para isso não podemos destruir os mananciais, pois quando você destrói a região em volta, o rio seca. Não podemos desmatar. Precisamos criar uma estrutura de reaproveitamento de água.

É necessário conscientizar a população sobre os desperdícios de água. Além disso, é preciso fiscalizar e punir as indústrias que poluem e desperdiçam a água. Outra medida seria desenvolver pesquisas para criar mecanismos mais eficientes da gestão de água no setor industrial.

10. Homofobia no contexto escolar brasileiro


Foto: Reprodução/Divulgação
Stoodi: Por que pode ser um tema do Enem?

Marina: Esse tema também faz parte daquele grupo de temas que tratam de violência, preconceito, discriminação e desrespeito.

É um problema social porque mesmo que você não seja homossexual e mesmo que você não esteja na escola, o tema trabalha com a questão de cidadania. E não é uma atitude muito cidadã a gente permitir que pessoas sofram, num ambiente escolar ou não, em virtude da sua orientação sexual.

Então, quando a gente vai discutir esse tema, a gente está trabalhando diretamente com a base do ENEM que a noção de cidadania.

O recorte para o contexto escolar é devido a discussão bastante forte no começo do ano sobre o bullying – já que uma lei foi aprovada no começo do ano para punir esse tipo de violência. Na escola quem sofre mais esse tipo de coisa geralmente são as pessoas acima de peso e os homossexuais.

Stoodi: Qual seria uma proposta de intervenção?

Marina: A gente precisa dar estruturas na escola. Todas as escolas precisam ter um coordenador pedagógico que consiga encaminhar essas crianças para um psicólogo e, preferencialmente, ter um psicopedagogo no próprio colégio para identificar e cuidar desses casos.

Podemos criar formas de denúncias para que as crianças se sintam seguras e acolhidas, caso elas estejam sofrendo algum tipo de violência. Precisamos organizar grupos de discussão entre os alunos para falar sobre esse assunto e trazer isso para o cotidiano deles.

Na questão da sala de aula, podemos atribuir a responsabilidade para os professores de História, Sociologia, Filosofia e Redação.

A gente pode criar um aplicativo em que as crianças possam denunciar deixando as claras não só para professores e coordenadores, mas também para os pais dos alunos que praticam e que sofrem, por exemplo.

Se durante o texto você falou que a homofobia acontece porque as crianças crescem num ambiente homofóbico, aí teremos que resolver também fora dos muros da escola. Nesse caso, vamos propor uma medida de conscientização mais geral para combater essa homofobia no contexto familiar.

Por fim, lembre-se que a proposta de intervenção precisa solucionar os problemas discutidos na argumentação. Então não estamos falando da proposta para o tema, mas sim para os argumentos.

Stoodi

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