Entra ano, sai ano, e as dúvidas seguem rondando em torno das famosas competências da redação do Enem.
Mesmo que haja mudanças em vista para a edição de 2024, é muito raro que se mude a estrutura da proposta de redação. Isso porque o gênero dissertativo-argumentativo tem se mostrado eficaz em avaliar a candidata ou o candidato quanto a suas habilidades de interpretação de textos, seleção de argumentos, persuasão e aplicação de técnicas textuais capazes de dar corpo às ideias.
Afinal de contas, o que se espera de você é saber o quão apta(o) está para se comunicar e viver em comunidade dentro de uma universidade, não é mesmo?
“Competência” é o nome atribuído pela banca de correção do Enem a cada um dos critérios textuais de avaliação.
O objetivo é tanto tornar a atribuição de notas mais objetiva e justa para os corretores quanto dar transparência ao processo para os estudantes.
Isso significa que se você souber a justificativa que leva a banca a atribuir determinada nota baseada nos critérios correspondentes a cada competência, você ganhará autonomia e segurança para exercitar sua escrita com consciência e estratégia.
No entanto, para chegar à nota mil, precisamos dar os primeiros passos e entender cada uma das competências.
Então, vamos lá?
O primeiro critério avaliativo busca identificar o quão adequado o seu texto está quanto às normas gramaticais da língua portuguesa. Para isso, basta obedecer a norma culta e aplicar aquilo que você já aprendeu nas nossas aulas de gramática – desde morfologia (com as classes de palavras), passando por ortografia, separação silábica, acentuação e, é claro, pontuação.
É uma das competências mais objetivas e “simples” de se refinar, mas não a negligencie. Continue fazendo exercícios de gramática e sintaxe e revisando cada um dos seus textos para não perder pontos aqui por bobeira, hein?
O uso de pronomes neutros não invalida nem zera sua redação, mas como a teoria ainda não foi formalizada pela norma culta através da publicação científica de manuais de uso, ainda é melhor evitá-lo.
O mesmo vale para gírias e expressões muito genéricas do senso comum, principalmente se fora de contexto e sem o devido destaque entre aspas.
Se você chegou até aqui, já sabe que saber interpretar textos é fundamental para resolver todas as questões de todos os vestibulares, mas, para redação, essa competência é essencial!
É este o critério que a banca corretora usará para analisar sua capacidade de compreender o eixo e o recorte temáticos, associar a proposta aos textos de apoio e interpretar os dados para construir sua tese.
Aqui, a sugestão é lançar mão de um projeto de texto, que você aprendeu a fazer nas nossas aulas, por meio de um mapa mental ou lista de prioridades com as palavras-chave identificadas na proposta.
Além disso, vale revisar as aulas sobre o gênero dissertativo-argumentativo para que você estruture os argumentos em torno de sua tese em uma estrutura que tenha parágrafo de introdução, dois ou três de desenvolvimento e um último de conclusão.
Se na competência anterior você precisou dedicar atenção ao tema proposto, agora é hora de avaliar a qualidade da sua argumentação com base na sua seleção de argumentos.
Ou seja: aqui você precisa mostrar que sabe “selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões e argumentos em defesa de um ponto de vista”. Este ponto de vista é a tese que você elaborou no seu projeto de texto.
E como dar profundidade e coerência progressiva dos argumentos selecionados?
Colocando em prática a competência 4!
Ok, você já entendeu que não adianta estudar a técnica, saber a estrutura do texto dissertativo-argumentativo e jogar umas informações aleatórias ali no meio da redação, é preciso estabelecer relações de sentido entre sua tese, as ideias autorais que a sustentam e os argumentos que a validam e fortalecem.
De que forma?
Por meio do uso de recursos coesivos.
Conjunções que estabeleçam relações de causa e consequência ou de contradição costumam ser muito úteis, mas não se intimide: use e abuse de pronomes demonstrativos e locuções conjuntivas para garantir que sua linha de raciocínio está palpável para quem lê.
As respostas a essas perguntas são cruciais para que você consiga “costurar o tecido textual” de maneira coerente e valorizando sua argumentação.
Por último, mas – nem de longe – menos importante, chegamos finalmente à proposta de intervenção.
Aqui vale lembrar que você precisa ter em mente sua proposta de intervenção desde o início da elaboração do seu projeto de texto.
Assim, não corre o risco de propor ações desconectadas com o debate levantado ao longo da dissertação-argumentativa. Você pode, inclusive, antecipá-la de forma breve e superficial nos parágrafos anteriores – apenas atente-se para não ser redundante.
Tendo isso em vista, ao construir sua proposta de intervenção é preciso ter em mente uma composição dividida em cinco elementos:
Tipos de agente: instituições públicas, ONGs, comunidade escolar, mídia, imprensa, governo federal etc.
É isso, pessoal.
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E lembre-se sempre: na dúvida, escreva!
Com carinho,
Professora Lets.
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