Por Marina Sestito
“Aí, ó. Já começou a ficar difícil. Que negócio é esse de interlocução?”
Stoodianos da minha vida,
Para escrever uma boa redação, é preciso saber quem vai ler o texto que estamos escrevendo. Com quem você está falando? Pra quem você está dirigindo suas palavras?
Isso é o que chamamos de interlocução. Quando você tem clareza de quem é o seu interlocutor, isto é, daquele pra quem o seu discurso é direcionado, tudo fica mais fácil e o seu processo de escrita fica mais eficiente.
Como vocês já descobriram pelo texto da semana passada, nas redações de vestibular nós temos vários gêneros textuais e temos vários tipos de interlocutores. Como o foco da maior parte dos vestibulares é a redação dissertativa argumentativa, é dela que vamos falar hoje.
Uma dissertação argumentativa é um texto que tem como objetivo defender um ponto de vista acerca de um determinado tema, mas quem é essa pessoa que a gente pretende convencer?
Um vizinho, um colega, sua mãe? O interlocutor da dissertação argumentativa é o que a gente chama de leitor universal. É alguém que pode – ou não – conhecer as referências que você está trazendo para a sua dissertação; é alguém que precisa entender o seu texto inteiro e ser convencido da ideia que você se propôs a defender, sem precisar necessariamente ter lido a proposta de redação ou ter visto o filme que você citou.
O que isso quer dizer, na prática?
Quer dizer que você precisa, necessariamente, explicar tudo que disser, sustentar todas as suas afirmações com evidências concretas e situar todas as referências externas que trouxer pro texto. Eu lá sei quem é Machado de Assis? Eu lá sei que música é essa que você usou na introdução pra apresentar o tema?
Pode ser que sim, pode ser que não. Mesmo que saiba, você precisa, necessariamente, situar a referência que você trouxe pro texto e me explicar o que está pretendendo fazer ali.
Além disso, quer dizer que você precisa usar uma linguagem adequada a “todos os públicos”. Explico: você precisa escrever de maneira clara, para que qualquer pessoa com nível médio completo consiga entender o que você está falando, mas também não pode escrever de maneira coloquial, como falaria com seus amigos no Whatsapp. Tudo bem? Combinado?
A dúvida que não quer calar: “Preciso usar palavras bonitas? Preciso impressionar o meu corretor com um monte de palavras que decorei do dicionário?”
Não, gente. O objetivo é convencer, não impressionar. Você precisa usar uma linguagem clara e adequada à norma padrão da Língua Portuguesa, mas não precisa usar um monte de palavras desconhecidas.
Usa só aquilo que você conhece, tudo bem? E explica bem direitinho pra pessoa que ler o seu texto entender também 🙂
Beijos e até semana que vem!
Você sabia que o Stoodi tem Correção de Redação? Conheça
Marina Sestito é a Coordenadora de Redação do Stoodi. Formou-se em Filosofia pela FFLCH, na USP – atualmente cursa Licenciatura na FEUSP. Trabalhou em cursinhos pré-vestibulares e hoje comanda a equipe de correção do Stoodi.
O Natal é uma época mágica: luzes piscando, árvores decoradas, crianças esperançosas e o bom…
Quer entrar na UNB? Então saiba tudo sobre a Universidade de Brasília: cursos, formas de…
O calor específico é um conceito fundamental da física térmica, utilizado para descrever a quantidade…
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) é uma das opções de universidades públicas no Paraná.…
A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é uma das instituições de ensino superior mais…
Os números irracionais são mais do que um conceito matemático; eles representam mistérios que atravessaram…