Aprender gramática para concursos e provas como o Enem exige bastante estudo, leitura e exercícios. Mesmo que você fale e escreva corretamente, pode ser difícil explicar por que uma frase está certa e outra errada, se você não tiver conhecimento das normas gramaticais.
Pensando nisso, o Stoodi preparou este artigo épico e reuniu tudo que você deve estudar, trazendo dicas de gramática muito importantes para escrever uma excelente redação e responder às questões do vestibular e da prova de Linguagens e suas tecnologias no Enem.
Conheça cada uma delas e use este post como seu guia para os principais tópicos da gramática!
A gramática é um conjunto de regras que serve para estabelecer os parâmetros da escrita de uma língua, especificando a forma correta de combinar as palavras entre si para formar frases, parágrafos e textos coerentes.
Entender o que é gramática, e conhecer muito bem as suas regras, é o segredo para construir boas redações no Enem e em qualquer outra prova ou concurso que você for participar. Isso acontece porque ela é cobrada tanto nas questões de múltipla escolha como nas redações.
A gramática da língua portuguesa estuda os elementos e os processos de formação que conferem as características do nosso idioma. Por isso, para falar português e escrever corretamente, mesmo no dia a dia, é importante conhecê-la muito bem.
A linguagem falada é bem mais flexível e coloquial do que a escrita, mas também é preciso seguir certas regras gramaticais para que, em uma conversa, emissor e receptor entendam e sejam compreendidos. Substantivos, verbos e outras classes gramaticais precisam estar ligadas e ordenadas corretamente, se não as palavras deixam de fazer sentido, principalmente para o receptor daquela mensagem.
Os primeiros registros da gramática, como uma divisão sistematizada e organizada para a compreensão de ideias e linguagens, existe há muitos anos. Pelo dados encontrados, foi na Índia, ainda no século VI a.C.
No mundo ocidental seu surgimento veio alguns séculos depois, em III a.C. A obra mais antiga sobre ela é chamada de “A Arte da Gramática”, de autoria do gramático grego Dionísio, o Trácio. Foi nela que se basearam as regras gramaticais latinas, gregas e de algumas regiões europeias, até a chegada do Renascimento.
Não se sabe exatamente quem inventou a gramática, embora alguns povos tenham sido especificamente importantes no surgimento sistematizado dela. O que se acredita é que os gregos começaram a discuti-la de forma filosófica, dando os primeiros passos em seu estudo formal.
Porém, foi no século XVIII que começaram a comparar as características e regras de gramática nas diferentes línguas da Europa e da Ásia. E, tempos depois, no século XIX, surgiu a gramática comparativa.
A primeira gramática da língua portuguesa de que se tem notícia vem do século XVI. Ela foi escrita pelo professor Fernão de Oliveira em Coimbra, Portugal.
A nossa língua portuguesa é muito dinâmica. Ela muda e evolui praticamente o tempo todo, mesmo seguindo as regras da gramática. Mas, às vezes, é preciso adaptá-las para que fiquem adequadas à forma de comunicação adotada comumente.
Foi isso que aconteceu em 2009, quando começou a vigorar o Novo Acordo Ortográfico, que trouxe algumas alterações na acentuação e incluiu no nosso alfabeto as letras já comumente usadas: k, y e w. Ele também excluiu o trema, entre outras modificações.
Isso gerou o que chamamos de nova gramática, que são as normas atualizadas. É importante conhecê-las para que não aconteça nenhum equívoco na hora da prova do Enem, no vestibular ou até mesmo nas redações da sala de aula. Pode ser que uma palavra esteja errada segundo as regras da nova gramática, mesmo estando correta conforme as antigas.
Esse tipo de confusão pode tirar pontos preciosos e fazer a diferença entre entrar ou não no curso e na universidade dos seus sonhos. Por isso, vale a pena estudar bastante essas novas regras e fazer exercícios para fixá-las.
Existem diferentes tipos de gramática. Isso não quer dizer que as regras mudem de um para outro, ok? Mas cada uma tem uma abordagem e uma função diferente.
A questão é que esse é um assunto tão rico e amplo que divide a gramática em tipos, ajuda a melhorar o enfoque e a abordagem na hora de aprendermos as regras e a forma de utilização correta da nossa língua.
Os quatro tipos principais são: a gramática normativa, a descritiva, a histórica e a comparativa. Existem alguns autores que também consideram a semântica, mas de modo geral é essa a classificação mais utilizada. Vamos conhecer cada um dos tipos de gramática?
A gramática histórica é aquela responsável por estudar os diferentes acontecimentos da língua, avaliando como ela se modificou e evoluiu com o tempo, desde o seu surgimento até os dias atuais. Em resumo, podemos dizer que ela estuda a linha do tempo de uma língua.
Ou seja, na prática, a gramática histórica estuda a história específica de uma língua e as suas diferentes fases evolutivas. Ela surgiu a partir da Filologia, que é a comparação de textos de épocas diferentes e a decifração de línguas arcaicas, feita para conhecer a história e os costumes de um povo.
Por outro lado, existe também a gramática normativa. É ela que define as regras da gramática para cada língua, usando como base as normas tradicionais e outras fontes prestigiadas, como obras literárias consagradas ou textos científicos.
Tudo o que é diferente da norma culta e todas as variações linguísticas são considerados erros pela gramática normativa, até que passem a incorporar os dicionários da língua e sejam acrescentados às normas de gramática vigente.
Dentro da gramática normativa estão incluídos os estudos da:
A gramática comparativa é aquela que faz paralelos entre as diferentes línguas de uma mesma família. No nosso caso, a língua portuguesa é comparada com outras línguas românicas, também conhecidas como línguas neolatinas ou latinas, que vieram a partir da evolução do latim vulgar. Entre elas estão:
Já a gramática descritiva se dedica a observar e descrever o que percebe na língua utilizada pelos diferentes grupos de falantes. Ela não dita normas nem define padrões para julgar o que observa como certo ou errado, mas documenta o uso da língua. Por isso dizemos que a gramática descritiva não tem preconceito linguístico.
Os primeiros contatos com a gramática básica acontecem ainda no ensino fundamental, mas o estudo da gramática se amplia durante o ensino médio. São vistos inúmeros assuntos em cada aula de gramática e são eles que ajudam a escrever e se expressar corretamente.
Você conhece as divisões da gramática que são vistas durante o ensino médio? Confira!
Por ser um assunto amplo, a gramática é estudada de forma dividida, avaliando seus diferentes aspectos. Veja os principais e suas características!
A sintaxe estuda a forma com que as palavras se comportam dentro das frases e também analisa como as frases estão colocadas dentro de diferentes períodos, analisando seu papel na comunicação.
Para aprender sobre sintaxe, você deve estudar as diferenças entre frase, oração e período e conhecer as várias funções sintáticas como sujeito, predicado, objeto direto e indireto, complemento verbal e nominal, assim por diante.
Já a morfologia estuda a forma como cada palavra é estruturada, entendendo como ela foi formada e fazendo sua classificação. Ela é diferente da sintaxe porque não vê o contexto em que a palavra está sendo usada, mas apenas a avalia de forma isolada.
Ela também faz a identificação de cada palavra de acordo com sua classe gramatical, dizendo, por exemplo, se ela é um substantivo, artigo, verbo, conjunção etc.
São alguns dos pontos estudados na morfologia:
Já a fonética estuda os aspectos acústicos dos sons no ato da fala. Ela procura entender e explicar a produção, articulação e variação desses sons.
Ela é dividida em duas áreas:
A ortografia está inclusa na gramática normativa e trata da escrita correta das palavras, estabelecendo os padrões formais delas. Ela se baseia em critérios etimológicos, ou seja, que dizem respeito à origem das palavras, e fonológicos que, como nós falamos acima, estão ligados aos fonemas.
Entender os conceitos básicos de ortografia é muito importante, pois erros dessa natureza prejudicam muito o desempenho de um estudante na redação do Enem e de qualquer prova. É a ortografia que ajuda a tirar dúvidas sobre a escrita correta das palavras, como:
As figuras de linguagem são formas de tornar certas expressões mais significativas e geralmente são temas de provas como o Enem e vestibular.
Alguns dos principais tipos de figura de linguagem são:
Por outro lado, as funções da linguagem dizem respeito à função e à intenção de quem fala. São seis os tipos de função de linguagem:
Cada função tem um papel com os elementos que fazem parte da comunicação — emissor, receptor, mensagem, código etc. São elas que determinam o objetivo da comunicação.
A concordância verbal diz respeito à harmonia estabelecida no uso da gramática entre os sujeitos e os verbos, no que se refere ao número e à pessoa. Para que exista concordância, o verbo precisa se flexionar para concordar com o sujeito da oração.
Por exemplo:
A concordância nominal é a relação entre as classes de palavras, chamadas comumente de nomes. Ela quem define como os substantivos devem concordar com pronomes, numerais, adjetivos e todas as palavras que os cercam e interagem com eles.
Veja, por exemplo, algumas das principais relações de concordância nominal:
A colocação das palavras é a definição do local mais adequado para inserir uma palavra dentro da frase para garantir a coerência e a coesão do discurso. Essa mudança de lugar procura dar ênfase a uma determinada ideia sem prejudicar seu nexo semântico e sintático.
A colocação normal das frases é SUJEITO + PREDICADO + COMPLEMENTO VERBAL + ADJUNTO ADVERBIAL. Por exemplo: “A gata bebia o leite delicadamente”. Mas é aceitável inverter a ordem dessas palavras mantendo o mesmo significado. Por exemplo: “Delicadamente, a gata bebia o leite”.
Em resumo, esses são os principais tópicos de gramática no ensino médio. Aproveite os exercícios disponíveis no Stoodi para fazer uma revisão completa sobre o assunto!
Como falamos, a gramática no Enem é uma certeza. Sempre há questões sobre seus vários aspectos na prova de Linguagens e suas tecnologias. Além disso, ortografia e gramática bem dominadas são fundamentais para construir uma redação com nota máxima e conseguir a melhor pontuação possível para entrar no curso dos seus sonhos.
Você precisa revisar todos os aspectos sobre os quais falamos, incluindo a questão da gramática descritiva, pois é característica do Enem reduzir o preconceito linguístico. Assim, é preciso conhecer os diferentes níveis de linguagem e momentos históricos.
Outro ponto a ser estudado e muito praticado é a gramática contextualizada. Veja só, o Enem não aborda a gramática pura, mas ele sempre insere suas perguntas em um contexto, não é mesmo? Por isso é preciso saber interpretar.
Você deve entender as funções das palavras na oração e perceber os efeitos que elas estabelecem no sentido da mensagem. Ou seja, é a gramática aplicada ao texto. Por isso, você deve entender bem alguns aspectos como a polissemia, que é o estudo dos vários sentidos de uma palavra ou de uma locução.
Outro ponto que merece atenção é a questão da ambiguidade. Às vezes, a má colocação de um pronome pode deixar uma frase duvidosa, no que diz respeito ao seu sentido. Por exemplo: “João pediu que o filho de Rogério que fosse buscar a meia dele”. Escrevendo dessa forma, ninguém consegue saber ao certo quem é o dono da meia, concorda?
Por isso, vale a pena estudar bastante interpretação de texto para entender como uma palavra se encaixa dentro do contexto no qual foi utilizada.
A sintaxe também marca presença no Enem, especialmente o que chamamos de figuras de sintaxe ou figuras de construção. Elas são um grupo dentro das figuras de linguagem e geralmente estão presentes em textos literários.
São exemplos de figuras de sintaxe:
As classes gramaticais são as diferentes categorias de palavras existentes na língua portuguesa. No total, temos dez classes de palavras, que são:
A morfologia, que analisa as palavras de forma isolada, exige o estudo das classes gramaticais e das condições das palavras. No Enem e nos vestibulares ela é sempre cobrada. Portanto, é fundamental conhecer a classificação de:
Portanto, nada de estudar somente os tipos principais das dez classes gramaticais, mas se aprofunde também nos detalhes de cada uma delas, ok?
Conhecer a nova ortografia é uma tarefa básica se você pretende obter nota máxima na redação e tirar uma excelente nota na prova do Enem. Por isso, vale a pena estudar as mudanças que o Novo Acordo Ortográfico trouxe e ver como elas são aplicadas. Lembre-se de verificar as alterações no uso de:
Ir bem em uma prova de gramática exige entender as regras que são usadas na comunicação e saber como as frases e sequências de palavras são usadas e reconhecidas dentro de uma língua. Esse não é um ensino convencional, mas se chama gramática internalizada.
Para ter bons resultados, você precisa estudar bastante, mas também deve buscar diferentes formas de colocar em prática seus conhecimentos. Quer dicas de como estudar gramática? Confira a seguir!
Um bom livro de gramática é essencial para dar suporte ao seu aprendizado. São boas alternativas:
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E mais: o Stoodi também faz a correção das suas redações, incluindo os aspectos gramaticais. Aproveite para treinar bastante, exercitar a gramática e conseguir uma redação nota máxima!
E, como diz o ditado, a prática leva à perfeição, não é mesmo? Por reconhecer isso, preparamos uma página inteira de exercícios de redação e gramática especialmente para você que quer fazer o Enem ou outros vestibulares.
São questões sobre:
Ao fazer exercícios, você identifica as áreas nas quais você tem mais dificuldades. Assim, pode se dedicar ainda mais a elas e dominar todos os tópicos da gramática!
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