Você já parou para pensar sobre a vida que existe debaixo da terra? Afinal, o nosso planeta é composto por 70% de água, tornando as profundezas dos oceanos um grande mistério para todos nós. É por isso que o curso de Oceanografia cresce a cada dia no Brasil — e no mundo.
Como você pode perceber, essa faculdade tem como objetivo principal estudar as características dos mares, lagos, rios e oceanos do planeta, analisando a vida marinha, animal e vegetal que compõe os diferentes ecossistemas apresentados.
Se você gosta de aprender sobre os mares e seus segredos, então Oceanografia é o curso certo para você. Neste artigo, separamos todas as informações sobre essa faculdade para você decidir o seu futuro profissional. Confira!
Antes mesmo de entender como acontece o curso, é necessário compreender o que é Oceanografia, você concorda? De maneira geral, ela é uma ciência voltada para a pesquisa e investigação sobretudo o que acontece nas águas, sejam elas os mares, rios ou oceanos.
Nesse sentido, os profissionais dessa área estudam sobre os animais, as correntes, vegetações e relevos que compõem o ecossistema aquático, desenvolvendo estratégias de proteção e de diminuição dos impactos ambientais que acometem essas regiões.
Como comentamos, a Oceanografia é uma ciência ampla que possibilita um trabalho multifacetado. Em outras palavras, você pode voltar o seu foco de intervenção para as questões geológicas dos ambientes aquáticos ou também para os aspectos biológicos do ecossistema.
Assim, existem quatro grandes campos dessa carreira em que você pode se destacar:
Agora que você já sabe o que é Oceanografia, está na hora de entender como acontece o curso. No tópico anterior explicamos que a carreira é ampla e, portanto, cheia de possibilidades. Para que os profissionais estejam preparados para lidar com as imprevisibilidades do oceano, a graduação precisa ser completa.
Assim, o bacharelado em Oceanografia aborda as áreas nas quais os profissionais terão contato no futuro, como física, química, biologia, matemática e geografia, divididos em diferentes módulos da graduação.
Em outras palavras, no início do curso são apresentados os conceitos bases para depois o introduzir temas mais complexos em relação a multidisciplinaridade da graduação, aprimorando seus conhecimentos e tornando-o capaz de lidar com os desafios diários dessa carreira.
Quando falamos em tomar uma decisão profissional, é preciso considerar diversas variáveis que interferem na sua escolha. Por exemplo, se você pretende entrar com mais rapidez no mercado de trabalho, talvez uma boa possibilidade é entrar em um tecnólogo, tendo em vista a duração reduzida que o curso apresenta.
Ainda, se você deseja começar uma graduação mais longa e ter um nível mais aprofundado de conhecimento em relação a sua profissão, escolher um bacharelado ou licenciatura é a melhor alternativa para alcançar seus sonhos.
No caso da Oceanografia, você terá que realizar pelo menos nove semestres de estudo, visto que é um curso de bacharelado. Ainda, algumas universidades acrescentam um semestre a mais para a realização da finalização do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
Como comentamos no tópico anterior, você deverá realizar pelo menos um semestre de estágio obrigatório para poder se formar em Oceanografia. Isso porque o Ministério da Educação (MEC) exige que cada universidade facilite o contato dos alunos com a prática profissional durante a graduação.
Assim, independentemente da instituição de ensino que você escolher, terá que realizar pelo menos um semestre de estágio na área que mais chama a sua atenção dentro da carreira de Oceanografia. Vale lembrar que você pode escolher uma organização parceira da sua faculdade ou investir em outras empresas que aceitam estagiários.
Caso você opte pela segunda alternativa, será necessário enviar o seu currículo para as empresas que você demonstra interesse ou pesquisar vagas disponíveis em plataformas de empregos e estágios, como o Sine, Catho e NUBE (Núcleo Brasileiro de Estágio).
Ainda, outra dica interessante para encontrar excelentes oportunidades é ficar de olho nos programas do governo, como o Novos Valores, para ter uma experiência diferente na área, trabalhando em órgãos públicos.
Você lembra que comentamos sobre a importância de considerar as diferentes variáveis na tomada de decisão sobre seu futuro profissional? Pois é, outro ponto além da duração do curso que você precisa colocar na balança é o salário.
Isso não quer dizer que a sua remuneração deve ser a informação decisiva na sua vida, mas é fundamental conhecer a média salarial da sua profissão em potencial para identificar o estilo de vida que você terá no futuro. Assim, se torna mais fácil alinhar os seus planos com seus sonhos.
No Brasil, não existe regulamentações que orientem o piso salarial do profissional de Oceanografia. Além disso, o leque de atuação é bastante amplo, visto que existem muitas áreas em que o oceanógrafo pode trabalhar.
Nesse sentido, podemos afirmar que ainda há uma grande variação salarial no território brasileiro, sendo que os valores dependem do seu nível de especialização, campo de atuação e da região onde você desempenha seu trabalho.
Por exemplo, ao mesmo tempo que podemos encontrar oceanógrafos que apresentam um salário de R$ 2.800,00 depois de dois anos de formado, também encontramos profissionais que conquistaram um salário de R$ 15.000,00 por mês no mesmo tempo de atuação.
Cada um desses cenários apresenta sua particularidade. Via de regra, o segundo trabalhador identificou uma oportunidade fora da norma e conseguiu desempenhar o seu papel em uma grande empresa multinacional ou ocupou uma posição de destaque em um órgão público após passar em um concurso.
Além disso, é possível seguir a carreira acadêmica e conquistar um salário acima da média básica — entre R$ 2.800,00 e R$ 5.000,00. No entanto, vale lembrar que a alta remuneração se refere principalmente aos professores universitários, já que estão constantemente envolvidos com pesquisas e inovações na área.
Você lembra que comentamos sobre os mistérios do oceano no início deste artigo? Justamente por apresentar tantos segredos, o estudo dos habitats aquáticos ainda é bastante recente no mundo, fazendo com que poucas universidades ofereçam o curso.
No Brasil, a primeira faculdade de Oceanografia começou em 1971 na Fundação Universidade Federal do Rio Grande (FURG), implementando uma nova forma de trabalhar com esses ecossistemas em um país que apresenta uma enorme pluralidade de regiões aquáticas.
Porém, afinal, quais são as principais faculdades de Oceanografia hoje? Abaixo, você pode conferir os nomes que se destacam no mercado de trabalho brasileiro.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciou o curso de Oceanografia em 2008. Voltado para a formação de oceanógrafos qualificados e especializados nos seus campos de atuação, o curso estimula o desenvolvimento de uma visão crítica e criativa sobre a observação, identificação e resolução dos problemas ocupacionais.
Assim, os alunos aprendem a criarem uma atuação empreendedora, multidisciplinar e abrangente, sobretudo no manejo das exigências e demandas dos ecossistemas aquáticos brasileiros. Isso tudo é feito por meio de uma integração didática entre as Ciências do Mar.
Nesse sentido, o curso oferece aos alunos a possibilidade de associar conceitos físicos, biológicos, químicos e geográficos que dizem respeito à vida marinha e, também, sua relação com os seres humanos — em especial as zonas costeiras, visto que o Brasil é um país com um extenso litoral que apresenta múltiplas variedades químicas e geográficas.
Você consegue perceber como o curso de Oceanografia UFSC tem como principal objetivo formar profissionais capazes de realizar intervenções conscientes, sustentando suas ações por meio de uma crítica consolidada em relação a sociedade, economia, política e responsabilidade social.
Além da UFSC, outra faculdade de Oceanografia que se destaca no Brasil faz parte da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Enquadrado dentro do departamento de Ciências Exatas e da Terra, o curso volta a sua atenção para o estudo dos oceanos e todos os aspectos que o atravessam, como os componentes bióticos e abióticos e os processos físicos e químicos presentes no ambiente.
Assim, a Oceanografia UERJ é fundamentada em quatro grandes ciências – da mesma forma que a UFSC — sendo elas a física, química, biologia e geologia. Acontece que o curso apresenta um grande diferencial no mercado: tem um relacionamento aprofundado com outras áreas do conhecimento, como a meteorologia e a climatologia.
Podemos dizer, então, que esse curso não trabalha somente de forma multidisciplinar, ensinando aos futuros profissionais formas de integrar as diversas ciências que compõem o trabalho do oceanógrafo, permitindo o desenvolvimento de uma visão holística do ambiente.
Você já deve ter percebido que o curso de Oceanografia envolve, sempre, outras áreas do conhecimento, certo? Isso acontece porque não é possível falar sobre os mistérios do mar sem trazer à tona outros conceitos que permeiam seus segredos. Na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) o departamento de Oceanografia também foca na integração transdisciplinar.
Assim, o curso tem como objetivo formar profissionais capazes de trabalhar com todos os ecossistemas marinhos, desenvolvendo estratégias eficientes para o uso desses ambientes de forma sustentável e consciente, principalmente referente as grandes companhias petrolíferas.
Por fim, um dos cursos que mais ganha destaque atualmente é a Oceanografia USP, da Universidade de São Paulo. Uma das faculdades mais antigas da história da Oceanografia, ela iniciou sua trajetória em 1972, com a criação da pós-graduação na área.
Em 2001, o curso de graduação foi aprovado pelo MEC e deu-se início ao desenvolvimento do bacharelado em Oceanografia, abrindo a turma no ano seguinte. Assim, além da interdisciplinaridade que a faculdade oferece, ela apresenta um diferencial que hoje é muito buscado pelos alunos: o foco nas ciências exatas.
Enquanto que as outras faculdades têm uma grade curricular voltada para a integração de conhecimentos, a Oceanografia USP traz à tona as análises matemáticas e estatísticas em relação à vida marinha e suas complexidades.
Não é nenhum mistério que a tecnologia veio para transformar a nossa forma de viver. Em todos os cantos, encontramos alguém conectado e interagindo de forma virtual com outros contextos. Quando essas inovações se mesclaram com a educação, desenvolvemos novas estratégias de ensino-aprendizagem.
Assim, os cursos a distância foram sendo cada vez mais aprimorados e hoje apresentam um destaque na educação, atraindo diversos alunos justamente por democratizar o acesso ao ensino superior.
No entanto, não podemos negar que a virtualização da educação é mais eficiente para cursos que tem uma grade curricular voltada para o estudo teórico e metodológico, tendo em vista que os cursos práticos necessitam de um intenso contato com o campo para que os alunos apreendam as técnicas específicas de atuação.
Isso quer dizer que o curso de Oceanografia EAD não existe, visto que é uma carreira que exige um contato aprofundado com o campo, apresentando uma grade curricular voltada para a atuação prática.
No início deste artigo explicamos que você precisa levar em conta diversas informações para decidir qual profissão seguir. Além da duração do curso e do salário, você também precisa considerar a nota de corte.
Contudo, afinal, qual é a relevância desse dado para os vestibulandos? Vamos pensar juntos: para ter um bom desempenho nas provas, é necessário ter um preparo de qualidade, revisando bem os conteúdos e sabendo exatamente o que estudar.
Acontece que, quando você não sabe onde precisa chegar, não conseguirá estabelecer metas concretas para atingir o seu objetivo. Nesse sentido, se você não tem um parâmetro de quanto precisa alcançar no vestibular, dificilmente você conseguirá montar um plano de estudo de qualidade.
Essa é justamente a função da nota de corte para você, estabelecer uma meta que precisa ser alcançada para que você conquiste seu objetivo principal: entrar no ensino superior.
E, então, qual é a nota de corte para a Oceanografia? A seguir, listamos as notas das principais faculdades do Brasil, com base nos dados do Sisu. Confira!
É importante ter em mente que esse valor se refere somente às universidades públicas. Caso você pretende entrar em uma faculdade privada, o processo de seleção é diferenciado e, muitas vezes, aceita a nota do Enem como forma de ingresso.
Até agora, explicamos o que é Oceanografia, como acontece o seu curso e as melhores faculdades públicas que o oferecem. Acontece que o nosso artigo não estaria completo se nós não falássemos da grade curricular do curso. Afinal, é ela que proporciona uma boa visualização da sua futura profissão.
Vamos pensar juntos: se você não conhece o que estudará durante cinco anos, como saberá se é a profissão certa para você? Lembre-se de que o estudo sempre estará presente na sua vida enquanto oceanógrafo, visto que é necessário manter-se atualizado para desempenhar um bom papel e conquistar reconhecimento profissional.
Por isso, separamos a seguir você as principais matérias que são oferecidas aos alunos. Vale lembrar, no entanto, que a grade curricular varia de acordo com cada faculdade, sendo fundamental analisar o currículo da sua instituição de preferência para ter uma visualização mais completa, ok?
Você lembra que falamos sobre a história da Oceanografia na USP? Pois é, o bacharelado só foi criado em função da pós-graduação, que conquistou uma grande relevância acadêmica no Brasil, além de consolidar a sua importância no cenário internacional.
Hoje, o mestrado em Oceanografia da USP é dividido em quatro áreas principais, sendo que o profissional pode escolher em qual ênfase ele quer desenvolver a sua pesquisa. Por exemplo, é possível seguir carreira acadêmica na área biológica, estudando sobre a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas ou física, aprofundando seus conhecimentos nos fenômenos climáticos, marés e correntes.
Ser oceanógrafo é um grande desafio, não em função do mercado de trabalho — pois ele cada vez se expande mais —, mas em função das grandes possibilidades que essa profissão apresenta. Isso quer dizer que é preciso escolher uma área de atuação para ter um bom reconhecimento.
Assim, o oceanógrafo pode elaborar, executar, formular e dirigir estudos e projetos científicos, desenvolver estratégias de intervenção sobre a sustentabilidade do meio ambiente e trabalhar em empresas petrolíferas que buscam uma ampliação ecológica das suas atividades.
Além disso, você pode seguir carreira autônoma, principalmente depois de cinco anos de formado, oferecendo serviços de consultoria, perícias e criação de laudos técnicos para fortalecer uma atitude consciente das grandes empresas em relação ao ecossistema aquático.
Considerar as habilidades e competências que um bom profissional deve ter é fundamental para desenvolver uma carreira de sucesso. Afinal, existem diversos comportamentos que um oceanógrafo necessita para desempenhar um trabalho de qualidade.
A seguir, listamos as principais características que você precisa ter para conquistar o tão sonhado reconhecimento no mercado de trabalho. Confira!
Se você não apresenta essas habilidades, fique tranquilo! Elas são desenvolvidas ao longo do tempo e, sobretudo, com o contato com o universo profissional. Assim, a dica de ouro é estar aberto para aprender e aperfeiçoar suas características, ok?
Você já deve ter percebido que a rotina de trabalho de um oceanógrafo depende da área que ele atua, não é mesmo? Ao mesmo tempo que é possível trabalhar no campo de forma autônoma, você pode criar intervenções ao lado de biólogos e geólogos ou até com empresários e líderes de grandes negócios.
Em outras palavras, o mercado de trabalho da Oceanografia é amplo e rico em possibilidades, tanto para o profissional recém-formado quanto para aquele que já está no campo há tempo.
Isso acontece porque ela é uma ciência nova, implementada a pouco tempo no Brasil e, portanto, ainda tem muito o que crescer. Nesse sentido, a carreira acadêmica acaba ganhando certo destaque no mercado, visto que diversas instituições estão à procura de profissionais que buscam formas inovadoras de trabalhar com Oceanografia.
No entanto, isso não quer dizer que o mercado não está aberto para trabalhadores que querem atuar diretamente no campo. Hoje em dia, diversas nações estão preocupadas com o futuro do meio ambiente e entendem a importância das regiões aquáticas para a sustentação da vida na Terra.
Dessa forma, carreiras no exterior se tornam cada vez mais comum, tanto para trabalhar em organizações não governamentais quanto para atuar em empresas privadas e órgãos públicos.
Vale lembrar, também, que o mercado de trabalho apresenta uma particularidade importante em relação a outras profissões: as melhores oportunidades estão nas cidades litorâneas. Afinal, para trabalhos práticos é necessário estar em regiões que tenham água.
A Oceanografia é uma profissão ampla e cheia de possibilidades, que cresce todos os dias no Brasil. Para entrar nesse curso superior, é necessário ter um bom planejamento de estudos para conquistar uma excelente nota e passar no vestibular. Por isso, lembre-se de revisar bem o conteúdo e focar nas disciplinas que você tem mais dificuldade para mandar bem.
E então, acha que Oceanografia é a carreira certa para você? Aproveite para conhecer o nosso plano de estudos e monte um planejamento eficiente para o seu vestibular!