“Se um dia eu pudesse ver meu passado inteiro e fizesse parar de chover nos primeiros erros!” — quem nunca se encantou com os versos de Kiko Zambianchi em Primeiros erros? Que estranho seria se ele cantasse podesse, não?
Vamos ver qual é a forma correta: pudesse ou podesse? Acompanhe a leitura!
Vamos direto ao ponto: pudesse! Isso porque o verbo poder é irregular. Veja os casos mais complicados da sua conjugação, que sofre alterações na raiz, e exemplos de uso:
Na hora de escrever puder ou poder, tenha em mente que as duas formas existem: a primeira refere-se ao futuro, enquanto a segunda é o nome do verbo (infinitivo) ou o substantivo. Na dúvida, use a expressão “se eu” ou “quando eu” antes da palavra. Fez sentido? É com U. Caso contrário, é com O.
As duas formas também existem e são conjugadas na 1ª pessoa do plural: pudemos é passado e podemos é futuro.
Eu podia, ele podia. É assim que se escreve. A palavra pudia não existe em português. A confusão ocorre em função da sonoridade: em algumas regiões, é comum que o som do O fique mais parecido com o do U em início de palavra, como mosquito, moleque e zoar, que podem ser pronunciadas (mas não grafadas) mUsquito, mUleque e zUar.
Novamente, estão corretas as duas palavras. Podermos está flexionada no infinitivo pessoal e pudermos está conjugada no futuro do subjuntivo.
Comecemos pelo significado de poder, que, no latim (possum, do verbo *potere), referia-se a ser capaz de. Esse sentido geral é mantido ainda hoje, acrescido de: ter ocasião, possibilidade, faculdade, autorização de; tolerar, suportar; ter força, capacidade para; ter influência.
O substantivo significa possibilidade, mando, soberania, governo ou importância, entre outras acepções.
Agora que você já viu como se escreve puder ou poder e quando cada um é usado, não confunda mais. Esse tipo de errinho pode prejudicar a sua nota na redação do Enem!