Psicopedagogia: o guia completo!

Desde o momento em que nascemos, nos encontramos em um cenário de aprendizagem constante. Em várias fases da nossa vida, assimilamos informações e construímos múltiplos conhecimentos, que nos auxiliam no desenvolvimento da mente humana.

Para ajudar nesse processo e entender todas as suas nuances, o profissional de Psicopedagogia é fundamental. Combinando os conhecimentos de duas áreas muito importantes para a compreensão da mente humana, o psicopedagogo tem um papel crucial no entendimento da aprendizagem.

Quer saber mais sobre essa profissão? Então continue lendo este guia completo para descobrir tudo sobre o curso de Psicopedagogia!

O que é Psicopedagogia?

A Psicopedagogia é a área da ciência constituída pela junção de dois conhecimentos fundamentais ao desenvolvimento humano: a Psicologia e a Pedagogia. Além disso, ainda recebe influências de outras áreas, como a psicanálise, a linguística, a semiótica, a neuropsicologia e a psicofisiologia.

Até muito pouco tempo atrás, a Psicopedagogia era considerada um tipo de especialização disponível para os psicólogos e pedagogos que buscassem atuar em clínicas e escolas nas questões relacionadas a obstáculos na educação.

Segundo o Conselho Federal de Psicologia, a Psicopedagogia

“é uma área de interseção entre a Psicologia e a Pedagogia, um saber constituído a partir das intervenções na educação, destas duas áreas em conjunto, envolvendo atividades que são da competência do psicólogo e do pedagogo. Ou seja, é uma especialidade no âmbito das duas áreas e que, portanto, exige a formação geral e básica em uma delas.”

Essa conceituação, entretanto, encontra-se em atualização, uma vez que a Psicopedagogia é, hoje, uma profissão à parte. Apesar disso, ainda poucas instituições de ensino oferecem o curso na modalidade de graduação, sendo mais fácil encontrar essa formação como uma especialização para psicólogos e pedagogos.

O psicopedagogo pode atuar em quatro frentes de trabalho: isso dependerá exclusivamente da sua formação prévia ou mesmo das afinidades e especializações que ele resolver seguir. A primeira é a área clínica, na qual o profissional poderá prestar atendimento em clínicas ou consultórios, de modo a resolver problemas relacionados à dificuldade de aprendizado.

A segunda opção para um psicopedagogo é trabalhar na educação continuada, auxiliando aquelas pessoas que, por algum empecilho, encontram-se afastadas do ambiente escolar.

Já atuando na orientação pedagógica, os profissionais da Psicopedagogia podem atuar em escolas, resolvendo questões referentes a currículos escolares, métodos de ensino e abordagens com alunos. Além disso, ainda atuam na criação de planos de ensino que facilitem o aprendizado.

Por fim, o psicopedagogo ainda encontra atuação no mercado de recursos humanos, assessorando empresas, órgãos governamentais e ONGs em procedimentos referentes à aprendizagem de seus funcionários.

Duração do curso

Como falamos anteriormente, existem dois caminhos para se tornar um psicopedagogo. O primeiro e mais tradicional é por meio das ofertas de especializações para profissionais formados em Psicologia ou Pedagogia. Para esses, o período de pós-graduação é de 3 anos (ou 6 semestres), em média.

Dessa forma, o período total de estudo para se tornar um psicopedagogo pode ser de 7 anos (para os pedagogos) até 8 anos (para os psicólogos).

Já para aquelas pessoas que pretendem seguir a carreira por meio da formação via graduação, os cursos oferecidos giram em torno dos 4 anos, distribuídos em 8 períodos.

Psicopedagogia: estágio

O estágio em Psicopedagogia é obrigatório, como acontece com a maioria dos cursos de graduação existentes no Brasil. Neste caso, constitui parte essencial da formação do profissional, uma vez que a prática e o convívio com crianças, jovens e adultos que necessitam de atendimento psicopedagógico faz com que o aluno do curso descubra a realidade da profissão e saiba, desde cedo, como aplicar as teorias de abordagem na prática.

Como ainda pode atuar em clínicas e mesmo em empresas, no setor de Recursos Humanos, o aluno de Psicopedagogia ainda pode buscar opções de estágio nesse tipo de ambiente. Dessa forma, também entrará em contato com a outra realidade da profissão, muitas vezes podendo conviver com colegas da mesma área e verificar, de perto, como esses profissionais atuam.

Psicopedagogia: faculdades

Como o curso de graduação em Psicopedagogia é relativamente novo e sua tradição está atrelada, na maioria das instituições de ensino, à modalidade de especialização, são poucas as faculdades e universidades que o oferecem.

Homologado pelo Ministério da Educação (MEC) apenas em 2014, o curso de Psicopedagogia é reconhecido pelo órgão nacional apenas em duas universidades:

  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
  • Centro Universitário FIEO (UNIFIEO).

Nota de corte: Psicopedagogia

O principal caminho para se adentrar no ensino superior no Brasil é, hoje, o Sisu por meio da nota do Enem. Para o curso de Psicopedagogia, apenas a UFPB participa da seleção do Sisu. Sua nota de corte, na Unidade Sede e em turno integral é de 629 pontos.

Por isso, a título de comparação, listamos abaixo as dez maiores e dez menores notas de corte para o curso de Psicologia e para o curso de Pedagogia, em faculdades de todo o país.

Dez maiores notas de corte de Psicologia

  1. Universidade Federal do Paraná – Matutino: 835 pontos;
  2. Universidade Federal do Pará – Vespertino: 813 pontos;
  3. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará – Integral: 811 pontos;
  4. Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Integral: 774 pontos;
  5. Universidade Federal do Rio de Janeiro – Integral: 764 pontos;
  6. Universidade Federal de Santa Catarina – Integral: 751 pontos;
  7. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Integral: 750 pontos;
  8. Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Noturno: 748 pontos;
  9. Universidade de Brasília – Integral: 748 pontos;
  10. Universidade Federal de São Paulo – Integral: 743 pontos.

Dez menores notas de corte de Psicologia

  1. Universidade Federal de Roraima (Campus Paricarana) – Integral: 652 pontos;
  2. Universidade Federal do Acre (Campus Universitário) – Integral: 653 pontos;
  3. Fundação Universidade Federal do Tocantins (Campus Universitário de Miracema) – Integral: 655 pontos;
  4. Universidade Federal do Piauí (Campus de Parnaíba) – Integral: 664 pontos;
  5. Universidade de Pernambuco (Campus Garanhuns) – Integral: 673 pontos;
  6. Fundação Universidade Federal do Vale do São Francisco (Campus Petrolina) – Integral: 673 pontos;
  7. Universidade Federal de Mato Grosso (Campus Universitário de Rondonópolis) – Integral: 681 pontos;
  8. Universidade Estadual do Piauí (Campus Teresina – Pirajá) – Integral: 681 pontos;
  9. Fundação Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD – Unidade II) – Integral: 681 pontos;
  10. Universidade Federal de Alagoas (Campus A. C. Simões) – Matutino: 682 pontos.

Dez maiores notas de corte de Pedagogia

  1. Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José da Silveira Neto) – Matutino: 745 pontos;
  2. Universidade Federal do Pará (Cidade Universitária José da Silveira Neto) – Noturno: 736 pontos;
  3. Universidade Federal do Pará (Campus Universitário de Abaetetuba) – Vespertino: 709 pontos;
  4. Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Campus de Marabá – Unidade I) – Matutino: 708 pontos;
  5. Universidade Federal do Rio de Janeiro (Praia Vermelha) – Matutino: 705 pontos;
  6. Universidade Federal do Rio de Janeiro (Praia Vermelha) – Vespertino: 705 pontos;
  7. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Campus de Caicó) – Matutino: 704 pontos;
  8. Universidade Federal de São Paulo (Campus Guarulhos) – Vespertino: 675 pontos;
  9. Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF Campus Sede) – Matutino: 675 pontos;
  10. Universidade Federal do Paraná (Campus Centro) – Matutino: 674 pontos;

Dez menores notas de corte de Pedagogia

  1. Universidade do Estado do Mato Grosso (Campus Universitário de Juara) – Noturno: 542 pontos;
  2. Fundação Universidade Federal do Tocantins (Campus Universitário de Arraias) – Matutino: 544 pontos;
  3. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense (Campus Avançado Abelardo Luz) – Integral: 546 pontos;
  4. Universidade Estadual do Centro Oeste (Campus Avançado de Chopinzinho) – Noturno: 546 pontos;
  5. Universidade Estadual do Piauí (Prof. Ariston Dias Lima – São Raimundo Nonato) – Noturno: 547 pontos;
  6. Universidade do Estado do Mato Grosso (Campus Universitário de Cáceres) – Noturno: 548 pontos;
  7. Universidade Estadual do Piauí (Campus Dep. Jesualdo Cavalcanti) – Noturno: 549 pontos;
  8. Fundação Universidade Federal do Tocantins (Campus Universitário de Miracema) – Noturno: 549 pontos;
  9. Fundação Universidade Federal do Tocantins (Campus Universitário de Miracema) – Matutino: 549 pontos;
  10. Universidade Estadual do Piauí (Bom Jesus) – Noturno: 550 pontos.

Psicopedagogia: grade curricular

Como o curso de Psicopedagogia ainda é muito recente na modalidade de graduação, apenas algumas instituições de ensino o oferecem ao público. Por isso, para ilustrar a formação da grade curricular de um aluno de Psicopedagogia, separamos abaixo as disciplinas ofertadas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que apresenta as melhores classificações no Sisu.

  • A Clínica de Psicopedagogia como Continuação de Aprendizado;
  • A Cultura e a Construção das Subjetividades;
  • A Família, a Criança e a Escola;
  • Arte, Educação e Aprendizagem;
  • Arte, Educação e Criatividade em Psicopedagogia;
  • Avaliação e Intervenção em Psicopedagogia I;
  • Avaliação e Intervenção em Psicopedagogia II;
  • Avaliação Psicopedagógica I;
  • Avaliação Psicopedagógica II;
  • Bioestatística;
  • Bioestatística para Psicopedagogia;
  • Construção da Leitura e da Escrita I;
  • Construção da Leitura e da Escrita II;
  • Corporeidade e Transtornos Alimentares;
  • Desenvolvimento Infanto-juvenil e Aprendizagem;
  • Desenvolvimento Estético e Criatividade;
  • Distúrbios da Aprendizagem I;
  • Distúrbios da Aprendizagem II;
  • Distúrbios da Aprendizagem III;
  • Distúrbios da Linguagem em Psicopedagogia;
  • Ecologia do Desenvolvimento Humano;
  • Educação e Saúde – EAD;
  • Educação e Saúde I – EAD;
  • Educação e Saúde II – EAD;
  • Educação Inclusiva;
  • Educação Popular em Psicopedagogia;
  • Epistemologia da Psicopedagogia I;
  • Epistemologia da Psicopedagogia II;
  • Estágio Supervisionado I;
  • Estágio Supervisionado I;
  • Estagio Supervisionado II;
  • Estágio Supervisionado III;
  • Estágio Supervisionado IV;
  • Estágio Supervisionado V;
  • Estágio Supervisionado VI;
  • Estágio Supervisionado VII;
  • Estudo de História da Educação em Psicopedagogia;
  • Estudo de Políticas Educacionais em Psicopedagogia;
  • Estudos Antropológicos em Psicopedagogia;
  • Ética e Deontologia;
  • Ética Profissional;
  • Família e Aprendizagem;
  • Família e Aprendizagem II;
  • Filosofia da Educação;
  • Formação do Leitor;
  • Gerontologia;
  • Gestão de Projetos I;
  • Gestão de Projetos II;
  • Intervenção Psicopedagógica em Instituições Educacionais e Comunitárias;
  • Intervenção Psicopedagógica em Pessoas Com Deficiência;
  • Intervenção Psicopedagógica nos Contingentes Familiares de Risco;
  • Jogos, Brinquedos e Brincadeiras Infantis;
  • Libras;
  • Linguagem e Cognição;
  • Ludicidade e Desenvolvimento da Criança I – EAD;
  • Ludicidade e Desenvolvimento da Criança II – EAD;
  • Ludicidade e Desenvolvimento da Criança III – EAD;
  • Materiais para o Desenvolvimento Psicomotor na Infância;
  • Matriz Epistemológica das Teorias da Aprendizagem;
  • Matriz Epistemológica das Teorias da Aprendizagem II;
  • Mediações em Aprendizagens;
  • Método do Trabalho Científico Psicopedagógico;
  • Método e Tecnologia Pedagógica na Psicopedagogia;
  • Metodologia do Trabalho Científico;
  • Neurolinguística;
  • Neuropsicologia;
  • Neuropsicologia II;
  • Novas Tecnologias de Aprendizagem;
  • O Jovem e o Adulto nos Processos de Aprendizagem;
  • Organização e Conforto Ambiental – EAD;
  • Pesquisa Aplicada à Psicopedagogia;
  • Pesquisa Aplicada à Psicopedagogia II;
  • Políticas de Educação Inclusiva;
  • Políticas Sociais e Educação;
  • Psicodrama Psicopedagógico;
  • Psicomotricidade I;
  • Psicomotricidade II;
  • Psicopatologia da Criança e do Adolescente;
  • Psicopatologia da Infância e Adolescência I;
  • Psicopatologia da Infância e Adolescência II;
  • Psicopedagogia do Envelhecimento;
  • Psicopedagogia e Direitos Humanos;
  • Psicopedagogia e Fracasso Escolar;
  • Psicopedagogia Inclusiva;
  • Psicopedagogia no Contexto da Justiça;
  • Psicopedagogia no Contexto Institucional;
  • Psicossociologia e Aprendizagem I;
  • Psicossociologia e Aprendizagem II;
  • Relações Interpessoais e Dinâmicas de Grupo I;
  • Relações Interpessoais e Dinâmicas de Grupo II;
  • Saúde e Trabalho Docente – EAD;
  • Seminário de Pesquisa em Psicopedagogia;
  • Seminário Temático em Psicopedagogia I;
  • Seminário Temático em Psicopedagogia II;
  • Semiologia Aplicada à Psicopedagogia;
  • Situações Psicossociais em Contextos de Trabalho Comunitário;
  • Situações Psicossociais em Contexto Comunitário;
  • TCC – Trabalho de Conclusão de Curso;
  • TCC – Trabalho de Conclusão de Curso II;
  • Técnicas de Entrevista e Aconselhamento em Psicopedagogia;
  • Técnicas de Intervenção Psicopedagógica I;
  • Técnicas de Intervenção Psicopedagógica II;
  • Técnicas de Intervenção Psicopedagógica III;
  • Teoria do Vínculo e da Aprendizagem;
  • Tópicos Especiais Em Psicopedagogia I;
  • Tópicos Especiais Em Psicopedagogia II;
  • Tópicos Especiais Em Psicopedagogia III;
  • Tópicos Especiais Em Psicopedagogia IV.

Pós-graduação: Psicopedagogia

O curso de Psicopedagogia, na sua formação inicial é, por si só, uma pós-graduação na modalidade de especialização. Ele funciona como uma opção aos egressos dos cursos de Psicologia e Pedagogia.

Entretanto, com a homologação do curso de graduação de Psicopedagogia, é esperado que, aos poucos e com a aderência de novas universidades públicas e particulares, novas opções de pós-graduação surjam. Hoje em dia, o mais comum é que os alunos formados nos cursos de graduação em Psicopedagogia busquem, caso seja de seu interesse, alguma pós-graduação nas áreas correlatas.

Como o curso trabalha a vertente em comum da Psicologia com a Pedagogia, é muito provável que aqueles alunos que queiram se especializar ou, então, buscar um mestrado ou doutorado, naveguem pelas áreas que, juntas, deram origem à Psicopedagogia.

Nesse cenário, o aluno formado como psicopedagogo vê em suas mãos uma grande vantagem, uma vez que encontra um leque muito maior para atuar e se formar no nível de pós-graduação.

psicopedagogia

O profissional de Psicopedagogia

O propósito do profissional que se forma em Psicopedagogia é identificar e tratar aqueles distúrbios ou dificuldades que dizem respeito à aprendizagem humana, de modo que o processo de aprendizado não seja prejudicado.

Assim, o psicopedagogo busca encontrar as causas que geram a dificuldade de aprendizado, podendo ser de ordem emocional, social, mental ou física. Após encontrar, com sucesso, o diagnóstico dos problemas de aprendizagem, o profissional traça as ações que levaram ao tratamento e à cura desses distúrbios.

Dependendo da necessidade do paciente, é bastante provável que o psicopedagogo tenha que lidar, também, com outras pessoas do círculo social. Esses podem ser familiares, professores ou chefes, no caso da atuação empresarial do profissional. Outros especialistas, como fonoaudiólogos ou mesmo psiquiatras podem ainda ser envolvidos nesse processo.

Perfil do psicopedagogo

Por ser considerada a junção de duas grandes áreas do conhecimento, a Psicopedagogia exige de seus profissionais um perfil bastante completo, especializado e que, ao mesmo tempo, compreenda as influências da Psicologia e da Pedagogia na sua abordagem com os pacientes.

Dessa forma, é esperado que o psicopedagogo tenha gosto por ensinar e, também, aprender no decorrer de sua atuação, afinal de contas, estará lidando durante todo o tempo com alunos das mais variadas idades. Apresentar boa capacidade de comunicação também é essencial, uma vez que o psicopedagogo é responsável por realizar atendimentos que envolvem a troca de informações com os pacientes.

Ter empatia também é uma característica marcante de um bom psicopedagogo. Assim, ele consegue ouvir e compreender as necessidades de seus pacientes e, dessa forma, diagnosticar os problemas de aprendizado de maneira mais precisa e profissional.

Com forte influência da Psicologia, outro traço importante para o profissional psicopedagogo diz respeito à sua capacidade analítica. Ao trabalhar com um universo muito grande de pacientes nos mais variados níveis de aprendizado, o psicopedagogo precisa saber identificar aqueles traços ou sintomas que possam explicar, com mais facilidade, os distúrbios existentes.

Por fim, é inerente a todo profissional que trabalha diretamente com pessoas um sentimento guiado pela vontade de transformar a vida de seus pacientes, devolvendo a eles a capacidade de aprender e se desenvolver plenamente. Um bom psicopedagogo deve estar sempre envolvido com os casos de seus pacientes, buscando de maneira ética e precisa os tratamentos mais eficientes para cada um deles.

Psicopedagogia: salário

Não há, atualmente, nenhuma determinação do governo, por meio de leis ou decretos, que estabeleça um piso salarial nacional. O que acontece, muitas vezes, é que os sindicatos da categoria negociam acordos para que os salários sejam padronizados em suas áreas de atuação.

No Brasil, um psicopedagogo pode ganhar, em média, R$ 2.377,70, segundo as vagas pesquisadas pelo site salario. Essa é a remuneração para o profissional que tenha uma jornada de trabalho de 33 horas por semana.

Já a média salarial nacional é atualmente de R$ 1.688,16, segundo pesquisas do site salario.com.br feitas no primeiro semestre de 2019. O maior salário praticado para um profissional que ocupa a vaga de psicopedagogo é de R$ 3.593,24.

Mercado de trabalho

Após formado ou mesmo durante a sua graduação, o psicopedagogo vê-se diante de um leque de opções, formado por duas grandes áreas deste conhecimento: a Psicopedagogia Clínica e a Psicopedagogia Institucional.

Psicopedagogia clínica

O profissional psicopedagogo que decide atuar clinicamente trabalha no atendimento individual a crianças, jovens e adultos que tenham distúrbios ou problemas que atrapalhem sua aprendizagem.

Aqui, o profissional é o responsável por investigar e diagnosticar todas aquelas situações que possam levar ao quadro de distúrbio de aprendizagem. Assim, os aspectos cognitivos, emocionais, pedagógicos e psicomotores são analisados a fundo.

Como trabalha com pacientes de maneira individual, todos os esforços do psicopedagogo clínico consistem na busca e na aplicação de estratégias e técnicas especializadas, capazes de corrigir os problemas de cada um de seus pacientes.

É bastante comum que um psicopedagogo clínico atue em conjunto com vários outros profissionais da área, como pediatras, fonoaudiólogos, psicólogos, pedagogos, entre outros.

Psicopedagogia institucional

Já aquele psicopedagogo que pretende trabalhar de maneira mais direta nas empresas, escolas e outros deve optar pela Psicopedagogia institucional. Esses profissionais são os responsáveis por atuar assistindo a educadores na construção de um projeto de ensino que favoreça seus alunos.

É muito possível que o psicopedagogo institucional tenha um contato mais direto com os alunos, variando de caso a caso. Entretanto, é muito comum que os profissionais desse nicho da Psicopedagogia tendam a trabalhar mais diretamente com outros professores e educadores.

De fato, o trabalho do psicopedagogo institucional acaba indo em uma direção de reformulação de técnicas, rotinas e métodos referentes à melhoria dos processos de aprendizagem, diferentemente do psicopedagogo clínico, que atua de maneira mais individual e, até mesmo, aprofundada.

Símbolo da Psicopedagogia

A profissão de Psicopedagogia é gerida pela Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPP) e, como é muito comum nesses casos, adota um símbolo oficial.

Eleito em um concurso realizado em São Paulo no ano de 2009, o símbolo de Psicopedagogia é composto pela Fita de Möbius, superfície descoberta pelo matemático e astrônomo alemão Auguste F. Möbius, no ano de 1858, quando estudava o desenvolvimento de uma Teoria dos Poliedros.

A Fita de Möbius consiste em uma fita simples que tem duas superfícies distintas entre si, sendo uma interna e outra externa, delimitadas por duas margens. É, então, uma superfície de duas dimensões e apenas um lado. Dessa forma, quando se caminha com o olhar ao longo da Fita, percebe-se a junção e a interseção entre as duas dimensões.

Segundo o próprio site da ABPP, as 3 voltas da Fita de Moebüs, que representa o olhar do psicopedagogo,

“estão dispostas de forma a representar a aprendizagem do indivíduo. O círculo central representa o indivíduo em processo para a aquisição de conhecimento, chegando ao fim com mudanças perceptíveis (círculo vermelho).

 Esse símbolo foi assim representado com o propósito de caracterizar nossa área de atuação, representando o Psicopedagogo com suas características próprias.”

O profissional de Psicopedagogia é um dos mais importantes quando falamos da capacidade de ensinar e, principalmente, na análise de como são compreendidas as diferenças e dificuldades de aprendizagem.

Gostou do nosso guia completo de Psicopedagogia? Tem vontade de se tornar um psicopedagogo e ajudar no tratamento dos distúrbios de aprendizagem? Então não deixe de conferir o nosso plano de estudos. Com ele, você organiza o seu tempo e aproveita ainda mais para estudar para os vestibulares e o Enem!