Aprovado em física na USP após 3 anos de estudo
Vinicius Valgofo afirma que a maior dica é não sobrecarregar os estudos
Vinícius Valfogo sempre foi um aluno apaixonado por matemática e pela natureza. Por isso, viu na Física a oportunidade de unir o útil ao agradável. Depois de 3 anos de dedicação e vestibulares (um como treineiro e dois para valer), ele foi aprovado no curso de Licenciatura em Física, na USP.
“Foi a melhor sensação da minha vida, simplesmente. Nunca senti uma alegria tão grande antes”, descreve o calouro.
Vinícius conta que estudou em escola particular até o 4º ano e, ainda no fundamental, migrou para o ensino público. Quando chegou no colegial, ele passou na seleção de um colégio técnico, o que o ajudou a ter uma base maior nos estudos.
“Eu percebi que a minha escola não daria conta de me preparar adequadamente para enfrentar o vestibular – eu só não sabia que o buraco era tão fundo quanto parecia, pois não depende apenas da escola, mas também do seu próprio esforço”, afirma ele.
Após o colégio, foi a vez de começar o cursinho. Ele optou por estudar em casa, com o Stoodi, para ganhar tempo e economizar dinheiro. “Não há coisa melhor que estudar no conforto da sua casa, sem a necessidade de pegar ônibus lotado e gastar com transporte”, confessa o aluno.
O estudante conta que se surpreendeu com o seu desempenho no vestibular, “A primeira fase foi bem difícil, porém na segunda fase eu me mantive muito confiante e cada dia foi melhor que o anterior”.
Para Vinícius, o grande segredo da Fuvest é não ceder à pressão da prova, porque “ela é muito mais psicológica que de conhecimento”. O recém-aprovado explica que ficar nervoso só vai atrapalhar – porque além de correr o risco de dar aquele “branco”, o aluno pode acabar se confundindo na hora de interpretar as questões e as alternativas.
Se na primeira etapa do processo seletivo ele acertou 55 questões das 90, na segunda fase ele garantiu seu nome na lista da primeira chamada do vestibular. Para alcançar esse resultado, Vinícius organizou seus estudos com uma carga horária de 5 horas por dia – duas horas pela manhã, duas à tarde e uma à noite.
Sobre o método utilizado, o aluno conta que sempre procurou por ferramentas para fazer assimilações. “Eu gosto muito de fazer organogramas, eles relacionam tópicos de uma maneira bem intuitiva e simples. Também gostava de fazer resumos e sempre que podia, comentava sobre o que eu aprendi com alguém, principalmente com a minha mãe”, afirma.
Para a galera que vai estudar durante este ano, Vinícius dá algumas dicas:
“Não se sobrecarreguem porque isso pode afetar o desempenho na rotina de estudos.
Nós só aprendemos quando temos a mente relaxada, então eu acho muito bom intercalar coisas que você gosta de estudar com coisas que você tem mais dificuldade. Isso aumenta o seu pico de atenção e você consegue estudar bem melhor”, diz o estudante.
De acordo com ele, não devemos nos pressionar, nem ficar ansiosos para dar tudo certo agora. “Caso aconteça de você não passar, não é o fim do mundo. Tudo na nossa vida acontece no momento certo e se você tem que entrar no próximo ano, é porque você vai encontrar as influências certas para você nesse tempo”, declara Vinícius.
Ele mesmo não conseguiu entrar no primeiro ano de cursinho. Para criar um grau maior de dificuldade, Vinícius teve que trabalhar no segundo ano e deu um jeito para conciliar a sua rotina com os estudos.
“Eu sabia que quanto mais eu estudasse e me dedicasse, mais rápido eu poderia liquidar o vestibular da minha vida. Então, por mais que eu começasse a pensar negativo, eu afastava esses pensamentos e não pensava mais nisso”, conclui o estudante.