Maconha: o que é, efeitos e legalização!
Só de ser mencionada, a palavra maconha pode ser motivo de polêmicas em uma roda com amigos ou familiares. Todos têm uma opinião, mas nem todo mundo está preparado para discutir a questão do uso de drogas com a seriedade necessária.
Pensando nisso, estamos aqui para preparar você para falar com propriedade sobre a questão da maconha. A legislação em torno de seu cultivo e uso é diversa e está sob possibilidade de mudança em diversos países. Portanto, vale estar informado das últimas atualizações e compreensões sobre isso.
Trata-se de uma discussão que põe em interface diferentes áreas:
- produção de pesquisa e conhecimento científico;
- campos de saúde;
- gestão das políticas públicas.
Como você se posiciona sobre esse assunto? Para o estudante, é bom ficar atento, pois o tema pode figurar em diferentes disciplinas nas avaliações e provas de vestibular. Dada sua complexidade e pertinência social, existe uma boa chance de que surja também como tema de redação do Enem.
Você já deve saber que pontos polêmicos e atuais como esse estão sempre sujeitos a aparecer nessas avaliações. Existem muitas abordagens pelas quais podemos refletir sobre a maconha e o uso de drogas. Que tal fazer isso de um ponto de vista neutro, ético e responsável. Vamos lá?
O que é maconha?
O nome científico da maconha é Cannabis sativa, o termo diz respeito às drogas psicoativas e medicamentos produzidos a partir da cannabis (gênero da planta). Popularizado no Brasil, o nome maconha é de origem angolana, do idioma quimbundo.
É a forma mais conhecida, mas existem inúmeros outros adjetivos e gírias usadas para nomeá-la por aqui. Podemos pensar que isso ocorre tanto pela ilegalidade quanto pela popularidade de um produto como esse. Calcula-se que a maconha seja a droga mais consumido em todo o território nacional.
Há um imenso número de utilizações para seus compostos orgânicos. Eles variam desde a produção de papel e tecido, passando por medicamentos diversos até a subtração do haxixe, droga psicoativa com alta concentração de cannabis.
Da mesma forma, a palavra maconha pode ser usada erroneamente para se referir a compostos orgânicos ou misturas químicas de outra ordem. É importante se ater a esses detalhes, para que os debates legais a respeito do tema sejam feitos de maneira técnica e científica e possam ir além do senso comum.
Efeitos da maconha
A maneira mais comum de consumo é o fumo da folha da maconha. Como dissemos, existem outras formas de uso que não se relacionam ao consumo recreativo. Por ser a forma mais conhecida e popular, vamos nos ater, nesse primeiro momento, aos seus efeitos enquanto psicotrópico:
- euforia e sentimento de felicidade;
- tendência ao riso espontâneo;
- desorientação temporal e espacial;
- aceleração dos batimentos cardíacos;
- sensação de relaxamento e tranquilidade;
- coloração vermelha dos olhos temporariamente;
- diminuição de tensão e estados de angústia.
Ainda sobre esses efeitos, precisamos lembrar de duas coisas. Primeiro, é que eles variam muito de pessoa para pessoa, passando por parâmetros biológicos particulares e até mesmo subjetivos.
Segundo, mencionamos apenas os efeitos do fumo e usos recreativos em geral da grande família de plantas cannabis. Na verdade, existem inúmeras subdivisões de espécies com propriedades diferentes entre si, potencializando ou mesmo possibilitando seus efeitos.
Legalização da maconha
Ao contrário do que se pensa, o uso da maconha já passou por diversas transformações em termos legislativos e de aceitação social. Apesar de já ter sido compreendida fora das questões, o contexto de combate às drogas se intensificou no século passado, gerando sua ilegalidade em diversos países.
Atualmente, a maior parte das nações do mundo proíbe o cultivo e o consumo. Mas cada um desses estados o faz de maneira particular, estabelecendo políticas mais ou menos restritivas sobre ela. Ao mesmo tempo, é possível observar um movimento de descriminalização da maconha nos últimos anos, em lugares como alguns estados dos EUA.
Maconha nos EUA
A partir do século XX, muitas nações do ocidente passaram a aderir a uma criminalização da maconha como política pública. Os EUA, em sua institucionalizada guerra contra as drogas, foram os principais atores em propagar essa ideologia, aderida por nações como o Brasil, que mantém essa política até os dias de hoje.
Por outro lado, existem iniciativas que marcham na direção oposta. Alguns estados dos EUA, país que se organiza em uma lógica federativa mais independente, já aceitam o uso da maconha medicinal ou recreativa, como ocorre no estado da Califórnia.
Legalização da maconha no Brasil
Atualmente, a maconha é criminalizada no Brasil, algo que se deu primeiramente na década de 20. Tanto a distribuição quanto a posse da substância implicam sanções legais de diferentes níveis.
Por exemplo, portar uma pequena quantidade pode gerar uma detenção para apreensão da substância e depoimento, mas esse ato em si não se configura como crime. A transação ou o transporte de quantidades maiores podem ser enquadradas como tráfico, atividade criminal com implicações legais mais graves, como o aprisionamento.
Benefícios da maconha
Existem inúmeros benefícios registrados da cannabis, sendo que diferentes componentes da planta têm aplicações igualmente diversas. Por exemplo, o THC (tetraidrocanabinol) é a substância mais conhecida por propiciar os efeitos psicotrópicos da maconha, mas também tem algumas propriedades terapêuticas importantes. Podemos destacar:
- tratamento de náuseas, mal-estar e vômitos;
- aumento do apetite em pacientes com dificuldades de alimentação e ingestão;
- redução da pressão intraocular, usado no tratamento do glaucoma;
- propriedades analgésicas diversas, auxiliando no tratamento de pacientes com dores crônicas.
Maconha medicinal
A cannabis tem centenas de compostos orgânicos em sua composição, e um dos mais conhecidos e estudados é o CDB (canabidiol). Ele é bastante conhecido por suas propriedades medicinais, sendo uma substância que não causa efeitos psicoativos, ao contrário do que normalmente se pensa.
O canabidiol extraído da cannabis consegue produzir medicamentos com atuação significativa em doenças crônicas. Esse é um ponto importante do debate sobre legalização da maconha, já que a comunidade científica produziu um grande acervo comprovando os benefícios do uso do canabidiol em diversas vertentes.
Entretanto, países como o Brasil ainda proíbem a utilização desse recurso por pacientes em geral, sendo necessário conseguir uma autorização judicial para importar a substância e fazer o tratamento.
Essa é uma legislação que tem sido flexibilizada em muitos lugares, por conta do comprovado benefício desse recurso e até mesmo da dificuldade de encontrar tais efeitos em outras substâncias.
Sendo assim, não é exagero afirmar que existe um preconceito na sociedade que associa a cannabis apenas a uma substância nociva, algo que ainda impede numerosas pessoas de ter acesso a uma qualidade de vida superior. Sobre CDB, já existem comprovações de seu uso para:
- tratamento de convulsões e pacientes epiléticos;
- efeitos anti-inflamatórios no organismo;
- proteção das células do sistema nervoso;
- tratamento dos efeitos secundários do câncer e até mesmo retração de alguns tipos de tumores;
- efeitos no tratamento da esquizofrenia e outras enfermidades psiquiátricas.
Como você pôde perceber, o tema da maconha traz uma série de reflexões importantes. É um assunto que conjuga política, saúde, segurança pública e até mesmo outras interfaces não mencionadas, como tecnologias agrícolas e arrecadação de impostos proveniente de um controle do seu consumo pelo estado.
Ao ser abordado por você, estudante, em contexto de avaliação, sempre leve em consideração as reflexões estimuladas aqui. Não se trata de ser a favor ou contra a maconha, mas sim de compreender suas reais propriedades e as implicações sociais de uma liberação ou restrição por parte do estado.
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