Refugiados sírios: entenda o conflito na região
Descubra como começou a guerra civil na Síria!
Você está por dentro do que está acontecendo na Síria? Sabe o motivo de de tantos habitantes precisarem procurar refúgio em outros países?
Para esclarecer todas essas dúvidas (e muitas outras), nós montamos um resumo sobre os refugiados sírios para ajudar você a mandar muito no Enem e vestibulares.
O que são refugiados?
Antes de qualquer coisa, precisamos definir o que é um refugiado para alinhar esse conceito. Refugiado é um indivíduo ou grupo humano que se desloca para outro país (ou para outra região dentro de seu próprio país), por conta de problemas relacionados ao meio ambiente, a perseguições políticas, situação de guerras e extrema pobreza.
Ou seja, podemos dizer que é alguém que passou por uma situação insustentável e desumana em seu país e precisou se deslocar para outro lugar com o objetivo de encontrar uma situação melhor de vida e segurança.
Existem diversos conflitos internacionais que estão causando a necessidade de procurar um novo lugar para se estabelecer, como é o caso dos problemas políticos e civis da Síria.
De acordo com relatório da Agência da Organização das Nações Unidas – ACNUR, a Síria é o país com o maior número de refugiados do mundo, somando mais de 5 milhões de refugiados.
Por que os sírios estão procurando abrigo em outros países?
Desde 2011, a Síria passa por momentos de tensão. Existem dois principais motivos para isso:
- Situação política do país com forte centralização do poder nas mãos do ditador Bashar al-Assad e muita repressão;
- Atuação de grupos como o Estado Islâmico.
Tudo começou ainda no contexto da Primavera Árabe – as revoltas da Tunísia, no final de 2010, serviram de inspiração para os sírios. Em janeiro de 2011, uma parcela significativa da população se juntou para manifestar e pedir por mudanças no país.
Muitos civis foram às ruas pedir por melhores condições sociais, mais liberdade individual e coletiva, medidas para conter o desemprego, políticas para melhorar a educação do país, a saúde, entre outros.
Mas Bashar al-Assad, governante que herdou o poder de seu pai e garantiu que a família continuasse no comando do país por mais de 30 anos, não gostou nada disso. Ele reprimiu fortemente todos os tipos de protestos.
Como está dividida a sociedade síria?
A partir desse cenário, o país ficou dividido entre pessoas que apoiavam o governo e pessoas que eram contrárias. Os conflitos, cada vez mais intensos, resultaram em muitas mortes, torturas e situações desumanas, configurando, em 2012, uma guerra civil.
Para se ter uma ideia, de acordo com dados das ONU, esse conflito interno provocou a morte de aproximadamente 400 mil habitantes. Além disso, a Síria também contou com cerca de 100 mil prisões por questões políticas.
Para completar, a partir de 2013, o Estado Islâmico vai agir na Síria tomando alguns territórios para formar seu califado. O grupo radical religioso queria impor a “sharia”, um conjunto de leis islâmicas interpretadas do Alcorão, para ser seguido por todos os sírios.
Como a Síria está inserida na atual crise migratória?
A Síria é o país com o maior número de refugiados do mundo, mas não é o único. De acordo com o relatório “Tendências Globais”, divulgado pela ACNUR, até o final de 2016 o planeta contava com 22,5 milhões de refugiados.
Outros países que também passam por essa situação e seus moradores precisam procurar um novo território com melhores condições de vida. Por exemplo:
- Palestinos;
- Colombianos;
- Afegãos;
- Iraquianos;
- Sul-sudaneses (cidadãos do Sudão do Sul).
O que é o Estado Islâmico?
Para você ter propriedade sobre esse tema, é preciso entender o que é o Estado Islâmico, qual o objetivo desse grupo e suas práticas.
O Estado Islâmico é um grupo radical religioso liderado por Abu Bakr al-Baghdadi. Ele foi criado oficialmente em 2013, quando os integrantes de orientação sunita declararam a formação de um califado em terras iraquianas e sírias, se desvencilhando da Al-Qaeda e se tornando um grupo independente.
O objetivo do grupo é formar um califado (um território teocrático) seguindo a Sharia, as interpretações das leis islâmicas. Entre as reivindicações do Estado Islâmico está a restauração dos antigos territórios do auge da expansão árabe (que ocorreu com início no século VII d.C) e novas expansões – principalmente no Oriente Médio e em partes dos continentes asiáticos e africanos.
Para os integrantes do Estado IsIâmico, quem possui outra crença e não é adepto ao islamismo – os chamados infiéis – devem se converter, respeitar e aprender os ensinamentos do profeta Maomé. Caso a pessoa não siga essa orientação, ela precisará pagar impostos e, anda assim, poderá sofrer punições física ou ser condenada à morte.
Atualmente, o grupo já possui áreas da Síria controladas, porém, o Estado Islâmico reivindica outros territórios do país. Confira na imagem:
Qual a rota de fuga dos sírios?
Os sírios vão tentar fugir para os países vizinhos como:
- Jordânia;
- Líbano;
- Turquia;
- Hungria;
- Sérvia.
Chamamos atenção para o fato dos três últimos países listados (Turquia, Hungria e Sérvia) serem portas de entrada para a União Europeia.
Países que mais recebem refugiados no mundo
É possível saber quais são os países que recebem mais refugiados, não só da Síria, como do mundo inteiro. De acordo com o relatório da ONU, são eles:
Turquia – 2,5 milhões de refugiados;
Paquistão – 1,6 milhão de refugiados;
Líbano – 1,1 milhão de refugiados;
Irã – 979 mil refugiados;
Etiópia – 736 mil refugiados;
Jordânia – 664 mil refugiados;
Quênia – 554 mil refugiados;
Uganda – 477 mil refugiados;
República do Congo – 383 mil refugiados.
Como é a questão dos sírios no Brasil?
De acordo com um estudo realizado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, tivemos um aumento de 12% no número total de refugiados reconhecidos no país em 2016.
O relatório apontou 326 sírios no território brasileiro. É sempre bom estar atento a esses dados porque os exame, principalmente o Enem que tem enfoque nacional, podem apresentar alguma questão sobre refugiados.
Além disso, uma das nossas apostas é de que apareça alguma proposta no Enem relacionada aos “Desafios da população refugiada no Brasil”.
Para saber mais sobre conflitos religiosos e outros temas que caem no vestibular, não deixe de criar seu Plano de Estudos e ficar mais perto da tão sonhada vaga na faculdade!