Ebola: o que é, sintomas e prevenção!
As doenças causadas por vírus, como a dengue e a AIDS são grandes desafios para a ciência. Estudar o agente, o tratamento e a imunização é uma maneira de evitar o aumento da mortalidade ocasionada por elas. Pensando nisso, o que você sabe sobre ebola?
Certamente, já ouviu falar nos noticiários, pois ocorreram alguns surtos na África nos últimos tempos. Essa enfermidade assusta, pois ela é altamente contagiosa e agressiva, resultando em muitas mortes. Quer aprender mais sobre assunto? Continue a leitura!
O que é ebola?
A DVE (Doença do Vírus Ebola) é uma zoonose. Isso significa que ela é uma doença infecciosa de animais que é transmitida naturalmente para o ser humano. A sua causa é um vírus do mesmo nome que, por sua vez, é nativo da África, onde acontecem surtos esporádicos.
História
A descoberta da doença se deu em 1976, no Zaire (atual República do Congo). A partir daí, várias epidemias foram reconhecidas, como as do mesmo ano no Zaire e no oeste do Sudão, que provocaram 340 mortes, aproximadamente; e as mais recentes, de 2018 e 2019.
Mortalidade
A letalidade da ebola é bem alta. Estima-se que 9 entre 10 infectados vão a óbito. Mas o que leva a esse índice? A febre hemorrágica, que resulta em hemorragia interna, e o comprometimento do colágeno, responsável pela união dos órgãos, debilitam o paciente em pouquíssimo tempo, reduzindo as chances de sobrevivência.
Tipos do vírus
Existem 6 subtipos do vírus ebola, sendo que a última cepa foi descoberta recentemente. Os 5 mais comuns são:
- Ebola-Zaire;
- Ebola-Sudão;
- Ebola-Costa do Marfim;
- Ebola-Bundibugyo;
- Ebola-Reston.
O Ebola-Reston é o único encontrado fora da África, nas Filipinas. É também o único que não causa a doença em seres humanos, apenas em animais.
Como ele é transmitido?
Como ressaltamos, a DVE é alarmante pela letalidade e rapidez de contágio, que comumente resulta em surtos. Mas afinal, como ocorre a transmissão do vírus? É o que esclarecemos a seguir.
Contágio
O vírus ebola é transmitido por meio do contato direto com sangue, fluidos e secreções corporais (sêmen, urina, saliva e fezes), e tecidos de animais e humanos infectados, vivos ou mortos. Também é possível se infectar em contato com superfícies e objetos contaminados.
Vale lembrar que ele só é transmitido após o período de incubação. Isso quer dizer que, somente após os primeiros sintomas aparecerem, é que o infectado passa a ser um transmissor da doença.
Animais
Você sabe quais são os animais que transmitem o ebola, quando infectados? São eles alguns primatas, como chimpanzés, macacos e gorilas, e outras espécies, como morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinho.
Surtos
Acredita-se que os surtos começam quando as pessoas têm contato com a carne crua dos animais infectados. A partir daí, retornam para a comunidade e transmitem o vírus para os outros indivíduos.
Além disso, na África é comum lavarem os corpos dos entes falecidos, o que contribui para a disseminação do vírus. Imagine que alguém morreu por DVE, mas não foi diagnosticado. Ao ter o corpo manuseado, transmite o vírus.
Quais são os sintomas?
Os primeiros sintomas da DVE surgem de 2 a 31 dias após a infecção, e são muito parecidos com uma gripe comum. Veja:
- febre;
- dor de cabeça;
- fraqueza;
- diarreia;
- vômitos;
- dor abdominal;
- falta de apetite;
- dificuldade para engolir;
- manifestações hemorrágicas.
O diagnóstico é confirmado após o resultado de alguns exames laboratoriais específicos. Na evolução da doença, podem ocorrer comprometimento das funções do fígado e dos rins e coagulação intravascular disseminada. Os sintomas da DVE avançada são:
- vômito;
- diarreia;
- vermelhidão nos olhos;
- inchaço nos genitais;
- hemorragias internas e externas, como nariz, olhos e reto;
- erupção e/ou hemorragia na pele e mucosas.
Como é o tratamento?
Primeiro, o infectado deve ser isolado em quarentena para evitar o contágio em outras pessoas. Os profissionais de saúde ou qualquer outro indivíduo que precise entrar em contato com o paciente deve usar o equipamento de proteção individual para preservar a sua saúde.
O tratamento é feito por meio do controle dos sintomas e a estabilização do paciente. São feitas intervenções para controlar a desidratação, a perda sanguínea e a oxigenação dos tecidos, além do combate às infecções bacterianas.
Quanto mais cedo é iniciado o tratamento, maiores as chances de recuperação. A partir do momento em que a pessoa é curada do ebola, ela se torna imune ao vírus.
Qual é a prevenção do ebola?
Atualmente, não existe vacina para o ebola disponível, pois ainda estão em fase de testes. Sendo assim, a melhor maneira de se prevenir é evitar as formas de contágio, ou seja, não entrar em contato com humanos e animais infectados, vivos ou mortos.
Além disso, não é recomendada a viagem aos locais que estão em surto, justamente para não ter contato com o vírus. Como ele se propaga facilmente, o melhor é manter a distância. Caso isso não seja possível, lave as mãos constantemente com água e sabão, e use álcool em gel 60%.
Existe ebola no Brasil?
Felizmente, não há registros de ebola no Brasil. Como a OMS (Organização Mundial da Saúde) não recomenda a triagem para pessoas de países que não fazem fronteira aos que estão em surto, não há com o que se preocupar.
No entanto, se o indivíduo voltou recentemente de lugares que estão em surto, é importante que se fique em alerta a qualquer um dos sintomas e procure ajuda. Os profissionais indicados para isso são o clínico geral e o infectologista.
O ebola vírus é causador de uma doença que tem alta mortalidade e é muito contagiosa. Ele tem sua origem na África, e é responsável por surtos que causam um elevado número de óbitos. Por não existir vacina para imunização ao vírus, é preciso tomar algumas precauções para não ser infectado.
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