Epistasia: o que é, tipos e exercícios!

Você já ouviu falar em Epistasia? É um importante conceito da genética! Venha entender tudo.

Epistasia: o que é, tipos e exercícios!

Uma das últimas matérias a serem dadas no conteúdo de Biologia para os alunos do ensino médio, a Genética é um tema constantemente cobrado no Enem e em outros vestibulares tradicionais. Para quem deseja ser aprovado e conquistar a tão sonhada vaga no ensino superior, é fundamental aprender mais sobre os tipos de interações genéticas que existem, como é o caso da epistasia.

De origem grega, a palavra epistasia (epi = sobre + stasia = inibição) nos remete a algo que está sendo inibido; sendo assim, utilizamos esse termo no campo da Genética quando um determinado gene atua de forma a inibir a função de um outro.

Entretanto, o assunto vai muito além do conceito de inibição de genes. Confira abaixo.

O que é epistasia?

Como já destacamos acima, é um tipo de interação genética (não necessariamente ocorrendo no mesmo cromossoma) em que dois genes ou mais são responsáveis por controlar um certa característica após inibirem a ação de um outro.

Termos genéticos

Para compreender melhor quais os tipos de epistasia e seus exemplos, é interessante conceituarmos primeiramente alguns termos genéticos.

Gene alelo

Genes que estão relacionados com a determinação de uma mesma característica, ocupando o mesmo lócus em cromossomos homólogos.

Gene epistático

É um tipo de gene que inibe a ação dos alelos de um outro par de gene.

Genótipo

Parte da composição genética de uma célula, sendo fundamental para a determinação de uma característica específica.

Fenótipo

É a resultante da expressão dos genes juntamente com a influência de agentes externos (fatores ambientais).

Tipos de epistasia

Há dois tipos de epistasia na Genética: epistasia dominante e recessiva.

Epistasia dominante

Como o próprio nome sugere, esse é o tipo de epistasia em que um gene dominante impede que um gene recessivo manifeste suas características. Nesse caso, o gene epistático age de forma simples e já consegue inibir a atuação de um outro gene.

Desse modo, um alelo qualquer dominante “C” é capaz de “dominar” a atuação de um alelo “A”, por exemplo. Com isso, as características de “A” só se manifestarão caso o par de alelos “cc” for presente, já que apenas um alelo “C” já é o suficiente para inibir as características do alelo “A”.

Epistasia recessiva

Já na epistasia recessiva, o alelo atuante se manifesta apenas de forma dupla (ao contrário da epistasia dominante). Para entender melhor, veja o exemplo abaixo, onde é determinada a cor dos pelos do labrador.

Epistasia labrador

Os labradores podem apresentar pelos nas cores dourada (representada pelo alelo “d” em dose dupla — alelo epistático), preta (representado pelo alelo “B”) e marrom (representada pelo alelo “b”).

labrador marrom epistasia

Com isso, os labradores que têm alelo “B” e “D” obrigatoriamente terão pelo preto, já os cachorros que apresentam alelos “bb”, “Dd” e “DD” terão pelo marrom. O restante dos labradores que têm alelos “dd” serão obrigatoriamente dourados, seja qual for o alelo “B”.

Exercícios de epistasia

Veja agora exercícios sobre epistasia e confira como esse assunto pode ser cobrado na prova do Enem.

1. (FATEC/SP) Pares de genes, com segregação independente, podem agir, conjuntamente, na determinação de uma mesma característica fenotípica. Este fenômeno é conhecido como:

a) interação gênica.

b) epistasia.

c) herança quantitativa.

d) poligenia.

e) dominância completa.

Resolução

Alternativa correta letra “a”.

2. (Vunesp 2004) Epistasia é o fenômeno em que um gene (chamado epistático) inibe a ação de outro que não é seu alelo (chamado hipostático). Em ratos, o alelo dominante B determina cor de pelo acinzentada, enquanto o genótipo homozigoto bb define a cor preta. Em outro cromossomo, um segundo lócus afeta uma etapa inicial na formação dos pigmentos dos pelos. O alelo dominante A nesse lócus possibilita o desenvolvimento normal da cor (como definido pelos genótipos B_ ou bb), mas o genótipo aa bloqueia toda a produção de pigmentos e o rato torna-se albino. Considerando os descendentes do cruzamento de dois ratos, ambos com genótipo AaBb, os filhotes de cor preta poderão apresentar genótipos:

a) Aabb e AAbb.

b) Aabb e aabb.

c) AAbb e aabb.

d) AABB e Aabb.

e) aaBB, AaBB e aabb.

Resolução

Alternativa correta letra “a”.

3. (UEM 2016) Considere o cruzamento de parentais duplo heterozigotos para os genes A e B localizados em cromossomos diferentes, e assinale o que for correto:

01) Se a proporção fenotípica em F1 for de 9 : 3 : 3 : 1 para uma única característica, temos um caso de interação gênica.

02) Se a proporção fenotípica em F1 for de 9 : 3 : 3 : 1 para duas características, temos um caso de segregação independente.

04) Se a proporção fenotípica em F1 for de 9 : 3 : 4 para uma única característica, temos um caso de epistasia recessiva.

08) Se a proporção fenotípica em F1 for de 1: 4 : 6 : 4 : 1 para uma única característica, temos um caso de herança poligênica.

16) Se a proporção fenotípica em F1 for de 13 : 3 para uma única característica, temos um caso de pleiotropia.

Resolução

Apenas a sentença 16 é falsa, já que na pleiotropia um gene influencia duas ou mais características do indivíduo.

Após a leitura deste post, fica mais simples entender o que é epistasia, quais seus tipos e de que forma esse processo atua na inibição da manifestação de um outro gene. Cabe enfatizar ainda que, na matéria de Genética, há muitos termos parecidos e que podem causar confusão entre os alunos, por isso, é fundamental que você, antes de prosseguir com os exercícios, revise o significado de cada expressão.

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