Gravidez ectópica: sintomas, diagnóstico e tratamentos!
Você sabe o que é gravidez ectópica? Além desse conhecimento ser interessante para melhorar sua compreensão e aumentar a reflexão sobre o aborto em uma possível proposta de redação, saber sobre esse caso é útil para entender um pouco mais sobre os tipos de gestação existentes. Ou seja, preparar-se para todas as situações é o melhor caminho para ter uma boa nota no vestibular e no Enem.
Para ajudar, neste texto você verá o que é gravidez ectópica, quais são os principais sintomas e as opções de tratamento existentes para que a mulher mantenha seu estado de saúde.
Quer estar mais preparado? Veja agora como acontece a gravidez ectópica. Boa leitura!
O que é gravidez ectópica?
A gravidez comum é iniciada com a fertilização do óvulo. Normalmente, quando isso acontece, ele se prende ao revestimento do útero. Entretanto, se o óvulo fertilizado for implementado em um lugar diferente do útero, a gravidez será chamada de ectópica.
Há vários tipos de gravidez ectópica. Normalmente, ela acontece em uma das trompas de Falópio (tubo que leva os óvulos dos ovários em direção ao útero), denominada gravidez tubária. É possível também que ela aconteça no colo do útero ou na cavidade abdominal do ovário, chamada de gravidez ectópica abdominal.
Essa gestação não pode continuar normalmente, já que o óvulo fertilizado não sobrevive. Além disso, o feto em crescimento tem o poder de destruir várias das estruturas da mãe. Caso não seja tratada de forma correta, existe o risco de hemorragias que podem levar a mulher à morte. Se o tratamento for realizado precocemente, as chances de que a fertilidade da mulher seja preservada é maior.
Causas da gravidez ectópica
Uma das causas mais comuns para esse tipo de gravidez são danos nas trompas de Falópio. Isso pode fazer com que o óvulo fertilizado fique parado em uma das áreas danificadas e comece seu crescimento lá. Os motivos mais comuns para que as trompas de Falópio sofram danos são:
- tabagismo;
- doenças pélvicas inflamatórias (que podem surgir por infecções devido à clamídia ou gonorreia);
- inflamações e cicatrizes na região (geradas por cirurgia anterior ou condição médica conhecida);
- caso anterior de gravidez ectópica em uma trompa de Falópio.
Porém, nem sempre os motivos para essa gravidez são claros. Há suspeitas que sugerem que os motivos abaixo podem levar a uma gravidez anormal:
- anormalidades genéticas;
- fatores hormonais;
- condições médicas que modificam a forma e condição dos órgãos reprodutivos e das trompas de Falópio;
- defeitos congênitos.
Fatores de risco para gravidez ectópica
Qualquer mulher sexualmente ativa pode ter riscos de ter uma gravidez ectópica. Entretanto, as chances aumentam caso ela esteja em alguma situação de risco, como:
- gravidez ectópica anterior;
- infecções ou inflamações nas trompas de Falópio;
- problemas de fertilidade;
- forma incomum das trompas de Falópio;
- idade da mulher superior a 35 anos;
- histórico de abortos ou cirurgias pélvicas ou abdominais;
- histórico de endometriose;
- histórico de DST;
- gravidez com auxílio de medicamentos ou procedimentos de fertilidade;
- tabagismo;
- uso incorreto de DIU (quando a gravidez acontece, principalmente por uso incorreto, provavelmente será ectópica);
- gravidez depois de cirurgia de laqueadura.
Sintomas de gravidez ectópica
Em princípio, a gravidez ectópica é percebida pelas mulheres de forma parecida ao que acontece na gravidez normal, com sintomas como:
- atraso na menstruação;
- fadiga;
- seios inchados e sensíveis;
- aumento na micção;
- náusea.
Entretanto, os primeiros sinais de que a gravidez é ectópica são:
- hemorragia vaginal, ainda que leve;
- dor abdominal ou pélvica, que normalmente acontece entre seis e oito semanas após a ausência do período menstrual.
Além desses, outros sintomas podem aparecem enquanto a gravidez progride, como:
- dores pélvicas ou na barriga (que podem piorar com o esforço ou movimento, começando de um lado e depois se espalhando bruscamente por toda a região);
- sangramento vaginal (que pode ser intenso ou moderado);
- dores durante o ato sexual;
- vertigens, desmaios ou tonturas (causados pela hemorragia interna);
- sinais de choque hipovolêmico;
- dores no ombro (causadas pela irritação que o sangue causa no diafragma, gerando hemorragia no abdômen).
Gravidez ectópica: diagnóstico
Na maioria dos casos, esse tipo de gestação pode ser detectado a partir de um exame pélvico, além de exames de sangue e ultrassonografia. Às vezes, a laparoscopia (um procedimento cirúrgico) pode ser usada para procurar uma gravidez ectópica. Esse procedimento pode ser utilizado para diagnosticar e encontrar a gravidez. Entretanto, ela não é comum nos casos mais precoces, uma vez que os resultados de ultrassom e de sangue contam com alta precisão.
Exames
Quando uma mulher tem sintomas de gravidez ectópica, o médico poderá passar exames como:
- pélvico, para detectar obstruções nas trompas de Falópio (como um alargamento do útero menor do que o esperado);
- ultrassonografia pélvica abdominal ou transvaginal (a última apresenta resultados mais seguros);
- exames de sangue para detectar os níveis de beta-hCG da gravidez, que devem ser realizados com 48 horas de intervalo. Nas primeiras semanas, em uma gravidez normal, dobram a cada dois dias. Por isso, se os valores forem baixos ou crescerem de forma lenta, uma gravidez anormal será detectada, como é o caso de gravidez ectópica ou abortos espontâneos.
Tratamentos para gravidez ectópica
Normalmente, esse tipo de gravidez é tratado de forma imediata. Assim, uma ruptura dos tecidos da paciente é evitada, bem como possíveis hemorragias. O tratamento escolhido dependerá do estado geral da mulher bem como do tempo de gestação. Quando é detectada precocemente e sem sangramento, é possível escolher entre a utilização de medicamentos ou cirurgia para que a gravidez seja interrompida.
Conduta expectante
Se a gravidez der sinais de aborto espontâneo, talvez a pessoa não precise de tratamentos. Para isso, o médico fará continuamente exames de sangue para se certificar que os níveis de hormônio da gravidez (hCG) estão caindo.
Gravidez ectópica: cirurgia
Caso a mulher tenha gravidez ectópica com sintomas graves, como sangramento ou altos níveis de hCG, a cirurgia é normalmente necessária. Isso acontece por os medicamentos não funcionarem e uma ruptura ser mais provável enquanto o tempo passa. Sendo possível, a cirurgia laparoscópica é realizada. Nesses casos, o procedimento é de emergência.
Medicamentos para gravidez ectópica
Para se livrar de uma incisão e anestesia, a mulher pode fazer uso de metotrexato para fazer o tratamento. Entretanto, o medicamente poderá causar efeitos colaterais e demandar que vários exames de sangue sejam feitos para verificar os níveis de hormônios. Dessa maneira, o médico poderá confirmar a eficácia do tratamento. Normalmente, essa opção é indicada quando:
- os níveis de hCG são baixos (menor que 5 mil);
- o embrião não conta com atividade cardíaca.
Se os níveis de hCG não diminuírem ou o sangramento não parar após o uso, o médico poderá indicar a cirurgia.
Agora que você já sabe o que é uma gravidez ectópica, está mais preparado para fazer suas provas. Tanto questões objetivas quanto discursivas podem cobrar conhecimentos sobre os tipos de gestação. Além disso, esse assunto contribui com reflexão sobre temas importantes, como o aborto (úteis para provas de redação). Por fim, você ainda saberá um pouco mais sobre o dia a dia de um médico, se você estiver em dúvida sobre seguir cursar essa área.
Acesse exercícios sobre o tema no Stoodi e veja como você pode testar seus conhecimentos e aprimorar seus estudos.