Métodos contraceptivos: o que são, quais são e mais!
Durante o ensino médio, estudamos bastante sobre métodos contraceptivos, não é mesmo? Seja nas aulas de Biologia, seja em seminários sobre saúde sexual, esse assunto é tratado dentro do ambiente escolar e, portanto, pode aparecer no vestibular. Afinal, saber o que são métodos contraceptivos e seus diferentes tipos é importante para prevenção e promoção de saúde.
Por isso que muitas vezes o Enem e outras provas cobram questões relacionadas à eficácia dos métodos contraceptivos ou, ainda, solicitam uma comparação entre os diversos tipos. Então, o que são eles e como atuam no nosso organismo? Para responder a essa pergunta preparamos este conteúdo com as principais informações!
O que são métodos contraceptivos?
Antes mesmo de identificar quais são os métodos contraceptivos, precisamos compreender seu conceito e função. Como você já deve imaginar, eles caracterizam ações feitas por pessoas que apresentam uma vida sexual ativa e desejam evitar a gravidez e o desenvolvimento de uma infecção sexualmente transmissível (IST).
No entanto, nem todo método consegue evitar esses dois fenômenos, fazendo com que muitas pessoas optem por duas ações combinadas. A mais clássica delas é o uso da pílula e da camisinha, visto que nenhuma ação é 100% eficaz. Além disso, o uso — tanto combinado quanto único — deve ser sempre recomendado por um médico qualificado.
Isso evita o desenvolvimento de alergias e o uso correto dos dispositivos, protegendo sua saúde. Por exemplo, existem pessoas que têm alergia ao látex, material presente nas camisinhas masculinas. Para contornar a situação, o médico pode indicar outros métodos, como a camisinha sem esse elemento.
Quais são os métodos contraceptivos?
Você sabia que existem mais de 10 métodos contraceptivos? Aplicados e utilizados de diferentes formas, cada um apresenta um nível de eficácia e protege contra gravidez ou ISTs, sendo que apenas a camisinha inibe esses dois fenômenos. Para que você conheça cada um deles, separamos os quatro grandes grupos de contraceptivos a seguir. Confira!
Métodos de barreira
Esse tipo de métodos contraceptivos é o mais conhecido pela população e, por consequência, o mais utilizado, já que são removíveis e fáceis de aplicar. Aqui, podemos encontrar os preservativos, tanto femininos quanto masculinos, e outros modelos como:
- diafragma: anel flexível de silicone para ser colocado na vagina antes da relação sexual. Deve ser removido em no máximo 24 horas após a colocação;
- espermicidas: evitam o contato do esperma com o colo do útero. Pode aparecer em forma de geleia, creme e espuma e deve ser inserido na vagina cerca de 15 minutos antes da relação;
- esponjas: elas são menos utilizadas por apresentarem uma eficácia inferior aos outros métodos. Também devem ser inseridas na vagina para absorver os espermatozoides e serem retiradas logo após a relação;
- dispositivo intrauterino (DIU) de cobre: é inserido no útero por um profissional qualificado e impede a motilidade do espermatozoide por meio da liberação de íons de cobre.
Métodos hormonais
Diferentemente da técnica de barreira, o contraceptivo hormonal busca controlar ou até mesmo interromper a ovulação. Nesse sentido, seu grande objetivo é evitar a gravidez, não apresentando nenhuma prevenção contra as ISTs. Confira quais são eles:
- pílula anticoncepcional oral: inibe a ovulação e evita a gravidez, mas apresenta alguns efeitos colaterais;
- contraceptivo injetável: consiste na injeção mensal ou trimestral de hormônios;
- anel vaginal: composto de silicone, ele contém hormônios que inibem a ovulação, devendo ser inserido na vagina a cada semana;
- adesivos cutâneos: liberam hormônios que são absorvidos pela pele e, uma vez na corrente sanguínea, inibem a ovulação;
- DIU hormonal: diferentemente do de cobre, esse dispositivo libera hormônios dentro do útero. Assim, ele afina o endométrio, dificultando a motilidade do esperma e a fixação do óvulo na parede uterina.
Você percebeu como não falamos da pílula do dia seguinte como método contraceptivo? Pois é, ainda que ela seja utilizada, a recomendação é apenas em casos de emergência. Isso faz com que ela não seja caracterizada como uma forma de prevenir a gravidez, apenas evitar a fecundação do óvulo com o espermatozoide.
Métodos comportamentais
Menos comuns do que os anteriores, as técnicas comportamentais apresentam uma eficácia mais baixa do que os métodos de barreira e hormonais, já que dependem de um grande autoconhecimento do corpo, sobretudo das mulheres. Aqui, encontramos:
- a tabelinha;
- o método Billings;
- o acompanhamento da temperatura basal;
- o coito interrompido.
Métodos cirúrgicos
Por fim, existem dois métodos cirúrgicos que podem ser reversíveis: vasectomia e laqueadura. No primeiro caso, ocorre a esterilização masculina por meio de um pequeno corte nos canais deferentes — os dutos por onde passam os espermatozoides. Da mesma forma, a laqueadura busca a esterilização feminina, obstruindo as tubas uterinas por onde passam os óvulos.
Os métodos contraceptivos são eficazes?
Uma das grandes questões entre os jovens é o nível de eficácia dos métodos contraceptivos. Afinal, com tantas formas de evitar uma gravidez ou o desenvolvimento de ISTs, é natural querer optar por aquele que combina praticidade e eficiência, não é mesmo? Bom, como comentamos no início do conteúdo, nenhuma técnica é 100% eficaz.
Isso quer dizer que existem casos em que um casal heterossexual engravida mesmo utilizando camisinha e pílula, por exemplo, ainda que seja uma situação muito rara. Além disso, a eficácia dos dispositivos depende muito da forma como eles são administrados. Nesse sentido, de nada adianta investir no anticoncepcional oral se ele não é ingerido conforme as recomendações médicas.
Considerando que um casal utiliza corretamente os métodos contraceptivos, encontramos os seguintes níveis de porcentagem de eficácia:
- camisinha feminina e masculina: de 90 a 95%, na prevenção contra ISTs e de gravidez;
- DIU hormonal e de cobre: 99%;
- pílula e injeção hormonal: 90 a 95%;
- outros métodos: de 70 a 90%.
Exercícios sobre métodos contraceptivos: como aparecem no vestibular?
Os vestibulandos já sabem: uma das melhores formas de se preparar para as grandes provas é realizando exercícios de avaliações anteriores. Com elas, é possível conhecer a dinâmica das perguntas de cada vestibular, além de revisar e fixar o conteúdo recém-aprendido. Consequentemente, você consegue treinar suas habilidades e, de quebra, se familiarizar com as questões.
Por isso, separamos a seguir três questões sobre métodos contraceptivos de diferentes vestibulares para você colocar seus conhecimentos em prática. Bons estudos:
1. (UFSC 2013) Com relação aos métodos contraceptivos, assinale a alternativa CORRETA.
a. A pílula anticoncepcional contém hormônios sintéticos que inibem a secreção de FSH e LH pela hipófise, impedindo a ovulação.
b. A tabelinha é um método contraceptivo eficaz, pois é possível determinar, com precisão, o período de ovulação na mulher.
c. A laqueadura tubária impede a ovulação na mulher.
d. O diafragma, além de fechar o colo do útero e impedir a entrada de espermatozoides, é eficiente contra doenças sexualmente transmissíveis.
e. A vasectomia é um método contraceptivo de barreira que consiste no seccionamento da uretra, impedindo a passagem dos espermatozoides.
2. (UEL 2004) A pílula anticoncepcional é utilizada como método contraceptivo, porque sua ação é capaz de bloquear a ovulação no organismo feminino humano. Portanto, a pílula anticoncepcional é uma combinação dos hormônios:
a. estrógeno e progesterona, que inibem a produção de folículo-estimulante e de luteinizante na hipófise.
b. estrógeno e progesterona, que estimulam a produção de folículo-estimulante e de luteinizante na hipófise.
c. folículo-estimulante e luteinizante, que estimulam a produção de estrógeno e de progesterona nos ovários.
d. folículo-estimulante e luteinizante, que inibem a produção de estrógeno e de progesterona nos ovários.
e. progesterona e luteinizante, que inibem a produção de folículo-estimulante e de estrógeno na hipófise.
3. (UFMA 2007) Entre os métodos anticoncepcionais usados por seres humanos, as pílulas, que contêm análogos sintéticos de estrógeno e progesterona, agem:
a. impedindo que o útero se prepare para receber o óvulo fecundado.
b. impedindo que o óvulo se encontre com o espermatozoide.
c. impedindo que o zigoto formado se implante no útero.
d. impedindo o processo de espermatogênese.
e. impedindo o processo de ovulação.
Ao longo deste artigo, você pode conhecer os métodos contraceptivos, seus diferentes tipos e sua eficácia na prevenção da transmissão de ISTs e da gravidez. Para garantir um bom resultado nos vestibulares, lembre-se de revisar o conteúdo e realizar os exercícios que selecionamos para você, combinado?
E aí, nosso conteúdo ajudou você nos seus estudos? Então aproveite para conhecer o nosso plano de estudos e montar um planejamento eficiente para mandar bem nas provas!