Durante muito tempo, o acesso ao Ensino Superior privado era considerado difícil para muitos estudantes, já que o valor da mensalidade poderia ser elevado demais para o orçamento. Com os avanços dos últimos 15 anos, isso se tornou mais fácil. Uma das possibilidades hoje é o P-Fies.
Mas não se engane! Apesar do nome ser parecido com o do tradicional Fies, ele tem algumas diferenças que podem influenciar na sua decisão de optar por essa modalidade de financiamento.
Vem com a gente e descubra tudo sobre o P-Fies! Vamos nessa!
O P-Fies (ou Programa de Financiamento Estudantil – Modalidades II e III) é uma alternativa ao modelo do Fies tradicional. Essa modalidade foi lançada no ano de 2018, pelo Ministério da Educação (MEC), como uma forma de facilitar ainda mais o acesso de estudantes de baixa renda às faculdades e universidades privadas.
Um dos seus principais diferenciais é que ele não tem critérios rígidos de renda. Ou seja, aqueles candidatos que não se enquadram nas regras do Fies tradicional, mas não conseguem arcar com o valor das mensalidades (especialmente em cursos que são tradicionalmente mais caros), podem contar com essa opção.
“Os programas de crédito educativo, como o FIES, tem como objetivo possibilitar o financiamento a estudantes com renda familiar baixa de modo a permitir que eles tenham meios de pagar suas mensalidades em instituições de ensino que não são gratuitas. Portanto, é importante que os alunos tenham acesso a financiamento e bolsas de estudo para custear as mensalidades do curso”
Fátima Bayma, docente, doutora em Educação e Membro do Conselho Estadual de Educação do Rio de Janeiro
Diferentemente do seu irmão mais conhecido, o P-Fies é operado por bancos privados e fundos regionais, como o FNE-P-Fies (Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste), administrado pelo Banco do Nordeste (BNB).
O P-Fies conta com recursos de bancos privados, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil para o seu funcionamento, além de fundos constitucionais e de desenvolvimento regional.
Ele é um processo independente, ou seja, você não vai passar por uma seleção no Portal Único de Acesso ao Ensino Superior, como é feito pelo Fies. Ele é como uma espécie de financiamento tradicional, feito diretamente com as instituições financeiras, porém, com condições melhores para os estudantes.
Contudo, vale lembrar que, diferentemente do Fies tradicional, que pode ter zero juros para estudantes de baixa renda, o P-Fies aplica taxas de juros, que vão variar conforme o banco que você optar para seu financiamento.
O Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) e o P-Fies são programas que têm o mesmo objetivo: foram criados pelo Ministério da Educação para facilitar o acesso ao Ensino Superior nas faculdades e universidades particulares.
Porém, há diferenças importantes entre os dois modelos, principalmente em relação à origem dos recursos, taxa de juros e os critérios de seleção. Conhecê-las pode ajudar você a escolher qual é a melhor opção para fazer a sua graduação.
Separamos a seguir, na tabela, as principais diferenças, para ajudá-lo nessa decisão!
Característica | Fies (Modalidade I) | P-Fies (Modalidade II e III) |
Origem do financiamento | Recursos públicos do Governo Federal. | Bancos privados e fundos constitucionais, como o FNE-P-FIES. |
Taxa de juros | Reduzida ou zero para estudantes com menor renda. | Os juros são definidos por cada banco, podendo variar entre eles. |
Critério de renda | Só podem participar os estudantes que tenham renda familiar per capita de até 3 salários-mínimos. | Não há limite de renda. |
Nota mínima no Enem | 450 pontos na média das provas e nota maior que zero na redação. | O candidato não precisa ter feito o Enem para participar. |
Critério de seleção | Nota do Enem e renda familiar. | Análise de crédito do banco. |
Inscrição | No sistema próprio do Fies (SisFies). | Sistema do Fies, mas o processo de financiamento ocorre diretamente pelo banco escolhido. |
Pagamento durante o curso | Taxas administrativas ou, então, nenhum valor (no caso do Fies Social). | Valores definidos por cada instituição financeira. |
Ambas as opções são interessantes para facilitar o seu acesso ao Ensino Superior privado e, inclusive, o P-Fies pode ser um “plano B”, caso não consiga uma vaga pelo ProUni e financiamento pelo Fies tradicional.
Além disso, muitos alunos podem não estar dentro dos critérios de renda do Fies, mas não têm condições de arcar com os valores de mensalidades de cursos que são mais caros, como Medicina. Nesse caso, o P-Fies pode ser um grande parceiro, permitindo que você possa realizar a sua graduação dos sonhos.
O P-Fies é uma alternativa de financiamento estudantil privado para quem não atende os critérios do Fies tradicional. Porém, quem pode contar com essa opção?
Ou seja, ele é mais flexível nos critérios de elegibilidade em comparação com o Fies tradicional. Porém, essa variação vale, também, para a instituição financeira. Ou seja, cada uma pode ter seus próprios critérios para definir se aprova ou não o empréstimo para faculdade.
Para decidir se o P-Fies é uma possibilidade que vale a pena investir para realizar seu sonho de fazer uma graduação, é importante considerar as vantagens e desvantagens dessa modalidade antes da contratação.
Separamos as principais informações para ajudá-lo a entender melhor sobre isso!
Estão entre as principais vantagens do P-Fies:
Já entre as principais desvantagens do P-Fies, estão:
Para se inscrever no P-Fies, o candidato deve apresentar uma série de documentos exigidos tanto pelo Ministério da Educação (MEC) quanto pela instituição financeira escolhida. Esses documentos são fundamentais para a validação da inscrição e análise de crédito.
Como cada instituição pode ter seus critérios para análise de crédito, alguns documentos extras podem ser pedidos. Mas preparamos uma lista dos principais solicitados. Confira a seguir!
Vale lembrar que a documentação exigida pode variar de acordo com o banco escolhido para o financiamento. Por isso, antes de ir à agência, vale a pena se informar sobre o que precisa levar, para agilizar o processo.
Os documentos devem estar atualizados. Muitas instituições vão pedir, por exemplo, uma versão mais recente da certidão de nascimento, ou um RG com menos de 10 anos de criação. Também é importante se informar sobre isso. Algumas aceitam cópias autenticadas para evitar o envio de originais.
Ter toda a documentação organizada agiliza o processo de inscrição e aumenta as chances de aprovação no P-Fies e começar sua graduação no tempo certo. Então, atenção a isso!
Para facilitar sua busca rumo à instituição com as melhores condições para o P-Fies e os cursos que poderá fazer, é importante saber quais delas participam do programa.
Entre as instituições que oferecem o P-Fies, estão:
Além disso, entre as instituições parceiras, estão:
Cada instituição financeira terá suas faculdades e universidades privadas conveniadas. Algumas oferecem uma lista online para consulta, como é o caso do Pravaler e do Banco do Nordeste. Já outras não disponibilizam essa informação, então é importante consultar caso a caso.
A inscrição no P-Fies também acontece de forma diferente do Fies tradicional. Afinal, ela envolve a participação dos bancos privados e exige uma análise de crédito feita internamente por eles.
Vamos a um passo a passo de como fazer sua inscrição!
Porém, vai uma dica importante: antes de começar o processo, verifique se a instituição parceira tem convênio com a faculdade ou universidade de sua preferência antes de solicitar a análise de crédito.
Geralmente, elas oferecem essas informações no site, então vale a pena conferir!
Além disso, analise com cuidado as condições de pagamento e taxas de juros antes de fechar contrato. Isso assegura que você terá maior tranquilidade para arcar com os valores do financiamento, evitando começar sua vida profissional com endividamento.
Mesmo que o P-Fies não tenha um processo seletivo, você já deve ter notado que é preciso ficar esperto para aumentar suas chances de ter o crédito aprovado, bem como não precisar pagar juros altos. Para ajudá-lo nisso, separamos algumas dicas que vão potencializar suas chances de conseguir melhores condições.
Um primeiro passo, até mesmo para evitar desperdício de tempo, é ver se a instituição de ensino na qual você deseja fazer a sua graduação é credenciada ao P-Fies. Nem todas permitem utilizar essa modalidade de financiamento para seus cursos. Na dúvida, entre em contato com a secretaria da instituição e tire suas dúvidas.
Mas, caso a sua escolha não faça parte, ainda há outras possibilidades, como contar com as bolsas de estudo ou crédito estudantil, como você viu neste artigo!
Para agilizar a avaliação de crédito, tenha em mãos todos os documentos que a instituição parceira pede para avaliar se concederá ou não o financiamento por meio do P-Fies e as condições.
Isso ajuda a evitar a necessidade de ir mais vezes na instituição e ter sua aprovação mais rápida. Além disso, você conseguirá ter mais rapidamente as informações em mãos para comparar as condições.
Um dos critérios mais importantes para conseguir melhores condições no financiamento é provar que você é apto para pagar as parcelas e não ficar em débito com a instituição. Por isso, quanto mais documentos você tiver que prove isso, melhor.
Por exemplo, se você tem um emprego formal e faz uma renda extra, apenas o holerite não vai demonstrar sua renda real, já que ela é mais alta do que o seu salário. Nesse caso, o extrato dos últimos meses pode dar uma percepção mais realista e permitir que você consiga juros menores e melhores condições.
Um ponto que pode impedir você de conseguir um financiamento pelo P-Fies é ter pendências financeiras, especialmente se isso levou a negativação do seu nome. Se você está em busca da sua graduação em uma faculdade particular, vale a pena resolver essas questões antes de entrar em contato com a instituição financeira.
Aproveite as oportunidades de renegociação para isso. Assim, é possível abater os juros sobre a dívida e conseguir arcar com essa dívida, abrindo portas para melhores condições no financiamento do seu curso.
Após receber a proposta do banco sobre o financiamento, analise se ela está alinhada com suas condições financeiras, ou seja, se você será capaz de arcar com os valores, sem ficar endividado.
Assim, fica mais fácil conseguir se formar e começar sua carreira profissional com maior tranquilidade, sem pendências!
Muitas vezes, a instituição bancária pode exigir um fiador para autorizar a contratação do financiamento. Essa pessoa será responsável por arcar com a dívida estudantil, caso você não consiga pagá-la.
Geralmente, essa pessoa deve ter:
Mas caso você não tenha alguém que possa ser seu fiador, algumas instituições aceitam usar um imóvel próprio como garantia.
Como você viu neste artigo, as condições do P-Fies vão variar para cada instituição. Então, uma dica interessante é fazer a avaliação do financiamento em várias e comparar as condições, analisando questões tais como:
O P-Fies é uma das várias opções de financiamento estudantil privado, mas não é a única alternativa para quem busca ajuda financeira para fazer o curso em faculdades ou universidades particulares.
Ainda há outras formas que podem ajudá-lo a ter o suporte financeiro necessário, como outros programas governamentais, bolsas de estudo ou crédito universitário oferecido por instituições privadas.
Vamos conhecer mais essas alternativas ao P-Fies a seguir!
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) é um programa que proporciona financiamentos para estudantes de baixa renda, com juros reduzidos ou, até mesmo, zerados para estudantes de baixa renda.
Um dos seus diferenciais é que as parcelas do financiamento só começarão a ser pagas após a conclusão da graduação. Durante o curso, o aluno pode, muitas vezes, nem pagar as taxas administrativas, com 100% dos encargos financiados (no caso do Fies Social).
Essa modalidade é financiada pelo Governo Federal e, por isso, as condições são mais favoráveis do que outras possibilidades de financiamento. Para poder participar, é preciso cumprir alguns critérios exigidos no edital do programa:
Além disso, é preciso ser aprovado dentro das vagas oferecidas no processo seletivo, que abre duas vezes por ano (uma no começo de cada semestre). Então, caso não seja aprovado ou tenha perdido os prazos, precisará esperar a próxima edição para tentar novamente.
O ProUni também é um programa governamental, que concede bolsas integrais ou parciais (50%) para cursos em faculdades privadas. O critério de seleção também é a nota do Enem.
Ele também considera a renda como regra para poder participar do programa:
Além do critério de renda, o candidato também precisa:
O processo seletivo também acontece duas vezes por ano, no começo de cada semestre e, geralmente, a seleção ocorre antes do Fies tradicional.
Diversos bancos e instituições financeiras oferecem linhas de crédito educacional próprio, além do P-Fies. Estão entre elas;
Cada instituição terá suas próprias regras sobre o financiamento. Em alguns casos, o pagamento das parcelas do financiamento pode ser mais flexível e dispensar a necessidade de fiador.
Além disso, é possível contemplar cursos que não fazem parte do Fies e do P-Fies. Outro diferencial é não exigir ter feito o Enem para contar com essa opção.
Muitas universidades e faculdades privadas têm seus próprios programas de bolsas, que podem ser integrais ou parciais. Os critérios para conceder os descontos variam conforme as regras de cada instituição, mas geralmente são:
Essa é uma opção interessante, pois você pode conseguir fazer a sua formação sem gerar uma dívida de financiamento para o futuro, o que deixa muitas pessoas mais tranquilas.
Algumas empresas e órgãos públicos oferecem incentivos para funcionários ou dependentes estudarem, como:
Essas são opções também interessantes, pois permitem reduzir o custo com mensalidades sem precisar de financiamento para isso, bem como também não precisa concorrer a bolsas do ProUni ou das próprias faculdades privadas.
A melhor alternativa depende de diversas questões: sua situação financeira, nota no Enem e do tipo de apoio que você busca.
Veja também! Saiba como controlar o nervosismo durante o Enem:
Conquistar sua vaga no Ensino Superior, seja em instituições públicas ou privadas, exige preparação: conhecer mais sobre as opções como o P-Fies, SiSU, ProUni, Fies, bolsas das instituições, vestibulares, entre outros.
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