Energia nuclear: o que é, como funciona e mais!
A energia nuclear é um assunto que envolve certa polêmica. Há algum tempo, vários países começaram a investir nas usinas termonucleares para produzi-la.
Apesar das vantagens, o risco de sua utilização para fins não pacíficos deixou essa discussão um tanto quanto tensa e esse é um ponto de atrito ainda não resolvido no cenário internacional. Inclusive, tudo isso pode aparecer em provas de Geografia, História ou multidisciplinares como o Enem e outros vestibulares.
Que tal entender um pouco mais? Continue a leitura e confira um bom resumo sobre energia nuclear!
O que é energia nuclear?
Em primeiro lugar, vamos entender exatamente do que estamos falando. A energia nuclear é gerada a partir do átomo de urânio (um tipo de metal pesado), sendo esse o principal elemento para a produção.
Quando sua estrutura nuclear é quebrada, ocorre a liberação de uma boa quantidade de energia que pode ser usada para diversos fins.
Esse processo foi descoberto em 1938 pelos pesquisadores alemães Otto Hahn, Lisa Meitner, Fritz Strassmann e Otto Frisch. Na época, a Segunda Guerra Mundial estava prestes a começar e a energia nuclear foi adotada com objetivos militares.
Prova disso é que a bomba atômica foi desenvolvida nesse período. Em agosto de 1945, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki foram bombardeadas pelo exército norte-americano. Os resultados foram catastróficos e milhares de pessoas morreram.
Como funciona a energia nuclear
Apesar da enorme tensão sobre o desenvolvimento de armas nucleares, a energia nuclear não serve apenas para isso. Ela pode ser utilizada como um recurso energético para o mundo, substituindo outras fontes de energia elétrica.
O detalhe é que sua produção é bastante dispendiosa e, por isso, está concentrada nas maiores potências mundiais. Atualmente, EUA, Japão, Rússia e alguns países da Europa (como França, Suécia, Bélgica e Finlândia) são os que mais apostam em energia nuclear. Outros países como China, Coreia do Sul, Argentina e até o Brasil também têm usinas — em menor escala.
O funcionamento de uma usina termonuclear se dá pelo calor gerado pela fissão (que nada mais é do que a divisão) ou fusão de átomos de urânio, o que acontece dentro dos reatores. Esse calor é capaz de aquecer uma quantidade de água, que acaba evaporando para movimentar a turbina e ligar o gerador elétrico.
Vantagens e desvantagens da energia nuclear
Esse é um tópico que não pode passar despercebido para entender sobre energia nuclear. Afinal, as controvérsias que existem a respeito da sua produção e uso levam em conta as vantagens e desvantagens envolvidas.
Confira a seguir os principais fatores que pesam nessa balança.
Pontos positivos
Um dos benefícios de investir nesse tipo de energia é que, seguindo todas as regras de segurança, a usina termonuclear não emite poluentes durante seu funcionamento.
Esse é um privilégio em comparação aos combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão natural, que poluem o meio ambiente e aceleram o aquecimento global.
Além disso, é muito mais viável construir uma dessas usinas do que estruturar uma hidrelétrica, por exemplo. O espaço pode ser reduzido e não é necessário inundar um terreno gigante, por mais que os custos de uma usina nuclear também sejam elevados.
Para completar, ainda que o urânio não seja uma fonte renovável de energia, ele existe em abundância na natureza e isso poderia suprir o abastecimento das usinas por muitos anos.
Dois fatores que contribuem com essa perspectiva são:
- a chance de descobrir novas reservas;
- o avanço da tecnologia para aumentar a eficiência da produção (o que iria demandar menos material).
Pontos negativos
Por outro lado, podemos dizer que a parte desvantajosa de toda essa história é realmente cheia de tensão. Basta acompanhar o noticiário internacional para se deparar com algum fato relacionado a isso.
O maior problema é o risco da fabricação de bombas atômicas, que são capazes de destruir o mundo e geram um clima constante de ameaça na Nova Ordem Mundial.
Para evitar esse estado caótico, em 1970 foi estabelecido o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares. Os 190 países assinantes, incluindo as potências nucleares, se comprometeram a investir na tecnologia apenas para uso pacífico.
Mesmo assim, isso não encerrou a discussão, e o medo do descumprimento existe — sem contar que algumas nações nem fazem parte do acordo.
Outro aspecto é que o processo produtivo precisa ser muito cauteloso, pois há perigo de acidentes graves. O mais conhecido deles aconteceu em 1986 na usina de Chernobyl, que fica na Ucrânia. Uma falha na refrigeração da usina causou uma explosão que atingiu e matou muita gente, sendo a maior catástrofe nuclear até hoje.
Um ano depois tivemos um acidente aqui no Brasil, mais especificamente em Goiânia (GO). Um instrumento com o Césio-137 não foi descartado corretamente e acabou contaminando quase 2 mil pessoas. Não houve tantos mortos, mas as vítimas sofreram queimaduras e outras complicações.
Além desses pontos, a questão ecológica é uma das mais importantes e costuma acirrar a discussão sobre as desvantagens da energia nuclear. O que acontece é que a produção da energia nuclear gera resíduos radioativos que precisam ser descartados de alguma maneira.
Hoje, boa parte desse lixo atômico vai para o fundo do mar. A contaminação do ambiente como um todo (águas, solo, ar etc.) é um problema, pois pode causar vários prejuízos para a saúde das pessoas. Deu para perceber como esse não é um tema tão simples? Por isso, os governos precisam (ou deveriam) considerar uma série de aspectos na hora de tomar certas decisões.
Energia nuclear no Brasil
O Programa Nuclear Brasileiro começou a ser pensado nos anos 50 e progrediu somente na década de 70. O governo militar construiu e passou a operar as usinas de Angra I e Angra II, localizadas no estado do Rio de Janeiro.
Contudo, a produção de energia nuclear no Brasil ainda é pequena e representa cerca de 3% da matriz energética total. Um ponto favorável nesse contexto é que o Brasil está entre as cinco maiores reservas de urânio do mundo, o que gera uma vantagem competitiva para a geração de energia nuclear.
Recentemente, foram divulgadas notícias de que o projeto de Angra III está para ser retomado, já que as obras estão paradas desde 2015. A previsão é que outras usinas sejam instaladas no nosso país, embora exista o debate em busca de priorizar fontes de energia renováveis e limpas.
Conseguiu entender por que energia nuclear é um tema um tanto quanto controverso? Agora você já sabe quais são as principais questões envolvidas e pode entender como as decisões sobre esse assunto são tão importantes para a sociedade em que vivemos.
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