O que é Geopolítica? Conceito, Definição e Origem
Tudo o que você precisa saber para mandar bem nos vestibulares
Ei… Você mesmo que esta aí, se matando de estudar para o Enem. Já chegou nos conteúdos da geopolítica? Para te ajudar a entender tudo sobre esta matéria, vamos facilitar o seu caminho nesta área do conhecimento que confunde a cabeça de muita gente.
Montamos um “resumão” com informações que podem fazer toda a diferença na sua prova, como:
- O que é geopolítica?
- Como ela surgiu?
- Qual a diferença entre geopolítica e geografia política?
- Exemplos.
Afinal, qual a diferença entre geopolítica e geografia política? Ambas não seriam apenas outro nome para história contemporânea?
Para quem estuda o tema apenas por obrigação, esses termos podem realmente parecer nomes diferentes para a mesma coisa, mas, não são. Há diferenças de enfoque e tratamento dos problemas abordados, ainda que os três termos citados lidem com o mundo atual.
Para não confundir sua mente, atribulada com tantas matérias para estudar de uma só vez, vamos começar separando os dois conceitos principais.
Geopolítica nada mais é que a área de estudos preocupada em entender as relações de poder entre os Estados, considerando as vias diplomáticas e militares. Já geografia política é a área que estuda a interação entre a política e o território, nomeadamente no que diz respeito à administração. Vamos entender mais a fundo.
Origem da Geopolítica: Definição e conceito
O termo Geopolítica surgiu na obra do cientista político Rudolf Kjellén, no início do século XX. Ele se baseou no livro “Politische Geographie“ (Geografia Política) do alemão Friedrich Ratzel.
Foi principalmente durante a ascensão do fascismo europeu (sim, o nazismo), que as questões territoriais ganharam uma nova abordagem para os Estados.
É claro que antes disso os países já entendiam seus territórios como sua fonte básica de recursos, mas, com o nazismo, este entendimento atingiu um novo patamar. Não se tratava apenas de organizar recursos internos e conquistar terras estrangeiras.
É importante destacar que nazismo cunhou a expressão “espaço vital” para se referir a territórios não pertencentes a Alemanha, mas, que seriam fundamentais para o seu desenvolvimento. Correspondia, praticamente, a todo o leste europeu, incluindo Polônia, Ucrânia e outros países que deveriam ser conquistados ou cooptados, conforme as circunstâncias.
Foi justamente este movimento do pensamento político e econômico nazista que deu origem ao que chamamos geopolítica.
E onde entra a geografia política nessa história?
No período nazista, entretanto, tratava-se de colocar na balança o valor de cada território, para a composição de uma política expansionista do Estado alemão. Mas, mesmo naquela época, já havia um movimento paralelo, desenvolvendo a corrente da geografia política – uma outra área do conhecimento que se dedicava mais às relações do Estado, com seu próprio território.
Portanto, de forma simples, a diferença entre ambas é que a geopolítica ultrapassa as fronteiras nacionais, considerando a diplomacia e as disputas e conflitos internacionais.
Evolução da Geopolítica: Desenvolvimento da geopolítica mundial
Nesta altura, você que é apaixonado por filmes de guerra e espionagem já deve estar esfregando as mãos, mas, tenha calma.
A geopolítica mundial evoluiu para incluir as dinâmicas populacionais e econômicas dentro deste jogo de poder, no tabuleiro político internacional.
Digamos que existe uma arena internacional que inclui a Organização das Nações Unidas (ONU) e que também é o palco principal das relações de poder entre as nações.
No interior deste cenário global, existem muitas subdivisões regionais, com conflitos e tensões de naturezas diversas.
O melhor exemplo atual é a guerra na Síria, que envolve várias potências militares, trata de diversas questões econômicas e sociais e ainda afeta o mundo de formas variadas. Tudo isso, sem deixar de ter um foco, um centro geograficamente localizado, o Oriente Médio.
Quais são os outros temas relacionados a esta guerra? Dentre eles, temos:
- Imigração e refugiados de guerra;
- Herança política da Guerra Fria;
- Disputa pelo controle das reservas de petróleo e gás natural;
- Disputa pela influência política na região;
- Conflitos entre muçulmanos, judeus e cristãos.
Todos estes assuntos compõe um cenário complexo, em que cada um deles tem um impacto diferente no desenvolvimento do conflito. Por isso, a geopolítica procura estabelecer todas estas conexões para entender o jogo em termos abrangentes.
Sendo assim, vamos trocar de exemplo, para fixar melhor a área de interesse da geopolítica.
Geopolítica Mundial: A crise da Coreia do Norte
Você já ouviu falar na crise da Coreia do Norte? Vamos entender esse assunto dentro da geopolítica. Tudo começa por analisar o papel daquele país, no equilíbrio de poder regional.
A Coreia foi dividida, nos anos 1950, entre o norte comunista (apoiado pela China) e o sul capitalista (apoiado pelos Estados Unidos).
Com o passar do tempo, as tensões se acomodaram e após o fim da Guerra Fria, a Coreia do Norte parecia ser só um país exótico, fadado a se render ao capitalismo.
Quando o atual ditador coreano assumiu o poder, o jogo virou e em muitos sentidos. Esta virada é semelhante a uma trucada, ou um blefe, para os que preferem poker. Enquanto China e Estados Unidos usavam a separação coreana como uma estratégia para manter sua influência na região, para os norte-coreanos a questão era diferente.
A sobrevivência do Estado, do regime comunista e do próprio território, dependia de um avanço em seu poderio militar. Ou seja, de uma demonstração de força para que o país não ficasse encurralado, como uma moeda de troca nas relações entre China e Estados Unidos.
Imagine o seguinte cenário: os Estados Unidos acenam para a China com um acordo multibilionário de trocas comerciais, sem barreiras alfandegárias. É pouco provável de acontecer, mas, vamos seguir com o exercício. Em troca, exigem que a China desista de suas ambições nos oceanos pacífico e índico.
Pouco disposto a fazer isso, o governo chinês faz uma contraproposta, desiste de algumas poucas reivindicações territoriais e retira seu apoio ao regime norte-coreano.Também é pouco provável que aconteça, mas, o exemplo serve para demonstrar como a Coreia do Norte é vulnerável, perante as duas grandes potências.
Geopolítica: Uma última palavra
Estes dois exemplos, da Síria e Coreia do Norte, devem ter servido para explicar rapidamente como a geopolítica propõe entender as relações internacionais. Tomando o contexto regional, os recursos políticos, econômicos e militares disponíveis e verificando como atuam os Estados dentro daquele cenário.
O objetivo final é compreender a dinâmica destes jogos de poder, através de suas várias manifestações. Ou seja, compreender as motivações profundas, mais do que apenas a disputa direta entre potências militares. Porque o desdobramento destas disputas, por mais regionalizado que seja, tem impactos no restante do mundo.
E para você, prestes a fazer o Enem, é fundamental compreender estas disputas e o jogo político por trás delas, pois o tema pode aparecer em sua prova – ainda que não trate diretamente da Síria ou da Coreia, afinal, o jogo político internacional tem muitas facetas.
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