Conflitos no Oriente Médio: contexto e principais conflitos!

Você já se perguntou como podem surgir tantos conflitos no Oriente Médio? Vem com a gente e conheça tudo sobre esses acontecimentos.

Conflitos no Oriente Médio: contexto e principais conflitos!

Se você está entre as pessoas que se perguntam como podem surgir tantos conflitos no Oriente Médio, saiba que tudo tem um motivo e iremos explicar tudo para você!

Oriente Médio é uma região do planeta localizada predominantemente no continente asiático e um país da África. Os países que fazem parte do Oriente Médio são: Afeganistão, Arábia Saudita, Bahrein, Catar, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Irã, Iraque, Israel, Jordânia, Kuwait, Líbano, Omã, Síria e Turquia.

Praticamente todos os atuais conflitos regionais do Oriente Médio estão relacionados, de alguma forma, aos desenvolvimentos políticos do pós Segunda Guerra Mundial.

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Causas dos Conflitos no Oriente Médio

Em primeiro lugar, vamos falar apenas das causas dos conflitos mais recentes, que são os mais importantes para entender os problemas atuais da região.

Sendo assim, existem três pontos que você precisa ter em mente quando se trata de guerras e conflitos no Oriente Médio:

  • A criação do Estado de Israel, em 1948;
  • A Guerra Fria, ou o embate entre capitalismo e comunismo;
  • A divisão interna do Islã, entre sunitas e xiitas.

Quando a Segunda Guerra Mundial acabou, a Europa tinha milhões de refugiados, muitos deles, judeus perseguidos pelo regime nazista.

Entre as várias ideias da época sobre como resolver o problema do ódio aos judeus, estava a criação de um Estado judeu (Estado de Israel). Isso aconteceu em 1948, com o apoio das Nações Unidas. Assim, de um lado, os judeus passavam a ter o próprio país, mas de outro, este território seria criado no Oriente Médio.

Isso contribuiu para que muitos árabes e muçulmanos passassem a ver os judeus como invasores e, para piorar, a partir dos anos 1950, Estados Unidos e União Soviética passaram a disputar a hegemonia global.

Este período, conhecido como Guerra Fria, durou até o final dos anos 1980 e também contribuiu para adicionar pitadas de pólvora no Oriente Médio.

As duas potências imperialistas financiavam governos ou grupos rebeldes, dentro de cada país da região, conforme seus interesses particulares.

Além disso, também há uma divisão interna ao Islã, caracterizada por dois entendimentos diferentes da religião (sunitas e xiitas).

Conflitos no Oriente Médio: quando começaram?

A fé muçulmana se espalhou pela região a partir do profeta Maomé, que morreu no século VII (anos 600), sem que a comunidade islâmica tivesse um substituto com o qual todos concordassem.

Em função desta discordância, formaram-se duas correntes:

  • Sunitas: muçulmanos ortodoxos que procuravam se guiar pelas ações e palavras de Maomé;
  • Xiitas: muçulmanos que seguiam os descendentes de Maomé, se baseando em interpretações sempre em atualização dos preceitos religiosos.

Resumindo, desde o século VII, o Islã tem uma partição interna, que está representada em praticamente todos os países da região. Dentro deste ambiente conturbado, a ONU resolveu criar o Estado de Israel.

No auge da Guerra Fria, americanos e soviéticos disputavam a hegemonia política sobre a região, apoiando grupos sunitas ou xiitas em cada país, conforme seus próprios interesses.

Conflitos no Oriente Médio: linha do tempo

Para que possamos deixar os conflitos no Oriente Médio mais claro, vamos mostrar uma linha do tempo, a partir da criação de Israel, seguido com os principais momentos históricos.

A criação do Estado de Israel

A criação do Estado de Israel em 1948 amplifica os conflitos entre árabes e judeus no Oriente Médio. Isso se dá, devido a divisão da Palestina entre os Judeus e Árabes determinada pela ONU, gerando ataques entre as duas nações.

Esse foi o primeiro conflito gerado após a criação do novo Estado. A guerra foi vencida pelo Estado de Israel e milhares de palestinos tiveram que se refugiar em países vizinhos, devido ao controle territorial de Israel de 75% da Palestina.

Conflito de Suez

O Egito nacionaliza o Canal de Suez em 1956 (ligação entre o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho), que era controlado pelos britânicos e proíbe a passagem de navios israelenses.

No mesmo ano, é derrotado por britânicos, franceses e israelenses, mas um acordo internacional devolve o Canal de Suez ao Egito, garantindo a passagem de navios de todos os países.

Guerra dos Seis Dias

Em 1967 o Egito, Síria e Jordânia se juntam para expulsar tropas israelenses do Canal de Suez, na chamada Guerra dos Seis Dias.

Esse foi o tempo que Israel levou para ocupar vários territórios pertencentes a estes países, incluindo a faixa de Gaza, as colinas de Golan e partes de Jerusalém que ainda não controlava, com o objetivo de utilizar essas áreas como proteção de novos ataques.

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Guerra Yom Kippur

Outro ataque a Israel pelos árabes aconteceu no feriado chamado Yom Kippur em 1973. O motivo do ataque ainda tem a ver com a Guerra dos Seis Dias, quando Israel ocupava parte dos territórios egípcios e sírios.

Como consequências da guerra vários países do Oriente Médio se unem, através da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), para aumentar os preços do petróleo em escala mundial, como forma de ganhar poder de negociação com o ocidente, o que leva os americanos a proporem acordos de paz na região.

Acordo de Camp David

Em 1978, os representantes do Egito, Israel e Estados Unidos se reúnem e concordam em haver paz entre as nações e, assim, foi assinado o primeiro acordo de paz de Camp David entre as nações árabes e israelenses.

O que se imaginava impossível, aconteceu apenas quatro anos depois da Guerra do Yom Kippur, quando o presidente egípcio Anuar Sadat foi a Israel pela primeira vez, depois de anos, na tentativa de iniciar negociações de paz.

Em setembro de 1978, o presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, convidou representantes de Israel e Egito para finalizar o acordo em Camp David, casa de veraneio oficial do governo americano. A negociação durou 12 dias, mas no final, foram aceitos pelas partes.

Guerra Irã x Iraque

O Iraque, financiado pelos americanos, ataca e invade o Irã, dando início a Guerra Irã x Iraque no ano de 1980, que não teve vencedores, mas estabeleceu a dinâmica de golpes, invasões e guerras, com apoio russo ou americano, conforme o interesse de cada um.

O principal motivo que deu início a guerra, foi a disputa entre o controle do Chatt-el-Arab (canal que liga o Iraque ao Golfo Pérsico por onde é escoada a produção de petróleo do país), onde o Iraque queria total controle do canal, no qual foi recusado pela nação iraniana.

Esta situação durou até o ano de 1988, por sugestão da ONU, quando a União Soviética desmoronou e os americanos se viram na necessidade de resolver os problemas da região, sem saber exatamente como fazer isso.

Principais conflitos no Oriente Médio após a Guerra Fria

Com a queda da União Soviética, os conflitos no Oriente Médio se tornaram até piores em alguns casos, seja pela interferência americana e europeia, seja pelas próprias divisões internas.

Para resumir, podemos delinear três núcleos de conflitos.

Conflitos do petróleo

A invasão do Kuwait pelo Iraque e, depois, a invasão do próprio Iraque pelos americanos, em 1991 e em 2003, podem ser considerados como conflitos pelo controle de poços de petróleo.

Além disso, a própria Guerra da Síria conta com a participação da Rússia, muito em função dos interesses daquele país em manter seu monopólio de distribuição de gás natural para a Europa.

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Conflitos religiosos

Atualmente, os conflitos religiosos no Oriente Médio são devidos, principalmente, a atuação de grupos radicais como a al-Qaeda e o Estado Islâmico.

Mas, os conflitos árabes e israelenses não deixam de ter um fundo religioso como motivação, embora se encaixem melhor no próximo núcleo.

Conflitos regionais

Neste ponto, existem novamente os conflitos políticos internos, entre países dominados pelos Sunitas e identificados com o ocidente, como a Arábia Saudita, contra países dominados por Xiitas, como o Irã, que seguem um caminho próprio.

Mas, Israel continua sendo o principal foco de ódio de muitos países árabes, independente da corrente religiosa no poder.

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