Império Bizantino: o que foi, resumo e mais!
Ao longo da História da humanidade vários grandes impérios dominaram enormes territórios, exercendo seu poder sobre diversos povos diferentes e espalhando sua cultura, suas práticas econômicas e políticas. E, sem dúvidas, um dos mais longevos e poderosos da História foi o Império Bizantino.
Quer saber mais sobre esse grande império? Neste artigo vamos contar para você o que foi o Império Bizantino, como sua sociedade se organizava, qual foi a sua História e quais as suas relações com o mundo árabe. Confira!
O que foi o Império Bizantino?
Também conhecido como Reinado Bizantino, o Império Bizantino foi uma organização política que sucedeu o domínio do Império Romano. Foi o Império que dominou o Mar Mediterrâneo durante séculos, até sucumbir na Idade Média.
Os historiadores consideram que o Império Bizantino atingiu o seu auge com o grande imperador Basílio II Bulgaroctonos (Mata-Búlgaros), da dinastia Macedônica, ainda no início do século IX.
Até o momento da queda do Império Bizantino, sua regressão territorial influenciou fortemente a história da Europa, delimitando territórios que hoje conhecemos como as nações europeias. Sua queda foi a responsável por marcar, historicamente, o fim da Idade Média.
Império Bizantino: resumo
Historicamente, o Império Bizantino é considerado como a continuação do Império Romano, que se dividiu e ruiu no ano de 395. Nesse ano, o grande Império Romano se dividiu em duas partes, sendo o Império Romano do Oriente, com a capital em Constantinopla (também chamado de Império Bizantino) e o Império Romano do Ocidente, cuja capital ficava em Milão.
O Império Bizantino foi uma das organizações políticas mais grandiosas e que durou mais tempo na história da humanidade, do mundo antigo ao período medieval. Se estendeu do ano de 395 ao ano de 1.453.
Seu início se deu a partir da fundação da cidade de Constantinopla sobre aquilo que, até o momento, era Bizâncio, uma colônia da Grécia que teve origem em 657 a.C. A cidade foi fundada por Constantino, o Grande, filho de Constâncio Cloro.
Constantino foi aclamado como um dos imperadores do Império Romano no ano de 306 d.C., após o falecimento de seu pai.
Nessa época, todo o Império Romano encontrava-se vulnerável aos ataques bárbaros dos povos do Norte e do Oriente, particularmente pelos Persas. Por conta dessa vulnerabilidade, o Império foi dividido e cada parte ficava sob a responsabilidade de uma autoridade diferente.
No entanto, quando Constantino assumiu, Maxêncio, o Augustus da mesma região do Império declarou-se como único imperador, o que levou a guerras civis que marcaram os anos posteriores.
Com grandes vitórias em sequência, Constantino publicou o Édito de Milão, declarando oficialmente a tolerância a qualquer credo religioso e inibindo a perseguição aos cristãos. Suas vitórias levaram à unificação do Império que, apesar de manter as características do anterior, incluíram diversos novos elementos, sendo o principal a mudança para a nova capital imperial no Oriente.
O Império Bizantino prosperou por muitos séculos, concentrando seu poder econômico e político principalmente no que antigamente era conhecido como o lado oriental do Império Romano.
Por fim, após diversos conflitos com cristãos ocidentais (Quarta Cruzada) e muçulmanos em expansão, o Império Bizantino encontrou seu fim, subjugado pelo sultão Mehmet II.
Império Bizantino: cultura
Culturalmente, o Império Bizantino foi responsável por introduzir uma série de elementos que o distinguiram da tradição ocidental baseada nas premissas do antigo Império Romano. Entre eles, podemos citar:
- oficialização do grego como a língua do império, substituindo o latim;
- cesaropapismo, ou seja, a convergência dos poderes político e espiritual na figura do imperador;
- tolerância religiosa, interrompendo anos de perseguição aos cristãos;
- Cisma do Oriente, separando o cristianismo Bizantino (Igreja Ortodoxa) da Igreja Católica;
- extinção do paganismo.
Império Bizantino: economia
A economia do Império Bizantino estava entre as mais avançadas da época, sendo que a própria Europa não conseguia corresponder à força econômica do Império até a sua queda, no fim da Idade Média.
Eixo central de uma vasta rede comercial, Constantinopla influenciou a Eurásia, o Norte da África e até mesmo a Rota da Seda. O comércio foi um dos pontos mais fortes da economia do Império Bizantino, florescendo perante a decadente organização ocidental.
Império Bizantino: política
Era muito comum que os imperadores fossem representados como santos no Império Bizantino, principalmente por conta da junção dos poderes políticos e religiosos.
Um dos imperadores de maior sucesso foi Justiniano que, ao longo do século VI, recuperou territórios invadidos e construiu grandes estradas que permitiram a retomada do comércio no Mar Mediterrâneo.
Império Bizantino e o mundo árabe
O reinado de Justiniano foi um dos mais importantes do Império Bizantino, principalmente por sua característica expansiva e pela conciliação com persas, além das retomadas de territórios no Norte da África, Itália e Espanha, reconstituindo o antigo Império Romano do Ocidente.
Com isso, anos de prosperidade e um convívio relativamente pacífico foram importantes para difundir uma cultura mista, além das práticas comerciais dominadas pelos povos árabes, que influenciaram muito no surgimento das sociedades modernas após a Idade Média.
Entretanto, com a morte de Justiniano e as invasões ao Império Bizantino, os conflitos entre bizantinos e árabes se acirraram, de modo que a queda de Constantinopla foi um dos marcos da queda da Idade Média e o seguinte domínio do Império Árabe onde, hoje, conhecemos como Turquia.
A partir de então, os costumes e a cultura da sociedade árabe passaram a dominar a região, aumentando a separação entre o que hoje é o Oriente Médio e os territórios que, posteriormente, deram origem aos estados europeus. Tais domínios ainda entrariam em diversos conflitos, principalmente com a unificação da Arábia e a expansão do islamismo.
O Império Bizantino foi, sem dúvidas, uma das organizações políticas e sociais mais importantes do mundo antigo, tendo dominado regiões muito valiosas na Europa, África e Eurásia durante séculos. Sua ascensão e sua queda marcaram a História da humanidade e, até hoje, refletem na forma como as sociedades se organizam onde antes prosperou um dos impérios mais grandiosos do mundo.
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